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Antigos problemas encontram a sua limpeza na Terra…


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GABRIEL: Problemas antigos da Terra encontram, FINALMENTE, a sua limpeza cósmica

Eu sou o Arcanjo Gabriel, juntamente com muitos outros que você pode considerar como pertencentes às Hostes de Deus.

Michael Arcanjo já informou em recentes mensagens para vocês sobre a nossa presença ESTAR muito próxima dentro do seu ambiente planetário neste momento. Nós viemos dentro da Luz do Criador de Tudo O Que É.

Então não é que os loucos tomaram conta do hospício (a civilização),  o fato é que o lugar maldito foi projetado e construído por eles  Anonymus.

Problemas antigos da Terra encontram finalmente, a sua limpeza cósmica

Fonte: http://www.wisdomoftherays.com/index.html

Mensagem do Arcanjo Gabriel:

A nossa Radiante Luz não é outra senão o Poder que flui através da Fonte UNA, para àqueles que assim necessitam e a buscam, e para benefício de toda a criação. Obrigado por ouvir o nosso apelo e de escrever esta mensagem. (Assim como agradecemos a voce que a esta lendo AGORA) …

Nós pedimos que você adicionasse esta tarefa de última hora porque existem muitos em seu mundo que estão clamando por ajuda neste tempo de turbulências e transição, mas e ainda assim alguns destes mesmos que pedem por conforto, que afirmam familiaridade com as nossas mensagens, logo facilmente esqueceram os conselhos e avisos que temos compartilhado em orientações e lições anteriores dadas no passado que se seguidas teriam feito as coisas serem muito mais fáceis agora nesses tempos, para eles próprios.

Condições de depressão induzida bioelétrica e artificialmente, a ansiedade e desligamentos relacionados com a sustentação espiritual estão sendo transmitidos em tal intensidade neste momento em seu planeta, que muitos estão se debatendo envolvidos com todo tipo de negatividade. Essa negatividade é intensificada por uma sensação de desorientação em relação ao que é a “realidade”, uma condição que resulta da frequência planetária subindo mais rápido do que alguns de vocês podem se ajustar e acompanhar.

No seu cenário mundial agora você está testemunhando facções opostas da sua elite planetária, já conhecidos como os controladores do seu mundo (que operam todos para as forças das trevas, os Sionistas, NWO-Nova Ordem Mundial, Illuminatis, Grupo Bilderberg, Reptilianos, Draconianos, etc), entrando em batalha para ver quem “será o rei da montanha”. Como dissemos a muitos anos passados isso seria necessário que acontecesse.

SOBRE REPTILIANOS E DRACONIANOS saiba mais em:

  1. http://thoth3126.com.br/category/reptilianos/

Você vê os desejos de uma facção (que preferem e têm planos diferentes para o desengano TOTAL da sua civilização) se manifestando através de tais ações anti-guerra como estão sendo tomadas eventualmente pela França, Alemanha, RÚSSIA e China.

E depois você vê a outra facção trabalhando através dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, ISRAEL, e quem quer que eles conseguirem subornar ou chantagear para favorecer a sua votação de assuntos que lhes interessam em seu fórum mundial de debates que é as Nações Unidas-ONU.  

A determinação tola de uma facção é correspondida, contrabalançada passo a passo, tecnicamente pelo poder avassalador da outra facção. Mas todos eles trabalham apenas para um só e mesmo senhor, e no conjunto TODOS TRABALHAM PARA AS TREVAS e estão preparando o terreno para o surgimento de UM  “NOVO” GRANDE LÍDER.

Mas não se deixe enganar pelas aparências externas, queridos. As facções opostas da sua “elite global” estão conduzindo seus negócios através de muitos “bonecos” (políticos medíocres e corruptos) e são todos controlados, em um nível ainda maior por uma manipulação  INTERDIMENSIONAL, PELAS MESMAS ENERGIAS DAS TREVAS. Eles exigem que o seu planeta seja mantido em baixa freqüência vibratória para o seu próprio conforto e sobrevivência e para continuar no controle total de seu mundo, sob seu domínio.

Saiba mais sobre esse controle ALIENÍGENA em:

  1. http://thoth3126.com.br/grupo-bilderberg-misterios-e-controle-alienigena/

Como isso é feito? Como explicamos em muitas lições do passado, isto é feito, como sempre tem sido feito, através da disseminação de condições que geram ou provocam emoções negativas (de baixa freqüência) como medo, desespero, raiva, ódio, fúria, etc, para atingir um máximo número de pessoas, o máximo que for possível.

Vocês, milhões de vocês, reagindo ao seu conturbado ambiente e eventos sinistros, então irradiam essa energia negativa para fora, como um monte de torres de rádio, e assim é criada uma “atmosfera” de baixa freqüência  no espaço de energia que seja confortável e nutriente para eles, e esse processo parcialmente anula as desagradáveis (para eles) ondas de energias de alta freqüência que estão incidindo (o Cinturão de Fótons, a Banda Fotônica vinda do Sol Central da Galáxia) sobre o planeta – e todo o seu sistema solar, na verdade – com intensidade cada vez maior, essa freqüência aumenta mais e mais, a cada dia que passa.

Saiba mais em:

Então, o que vocês estão testemunhando no cenário mundial agora (por meio de tais pontos focais como o Iraque, a Coréia, Egito, Síria, IRÃ, Israel, Paquistão, Afeganistão, recentemente a Ucrânia) é nada mais, nada menos do que um reflexo no domínio físico de uma grande batalha para a sobrevivência de energias escuras das trevas que os têm confortavelmente prendido e por muito tempo reinou sobre os assuntos da humanidade no planeta Terra inteiro. Imagine-os como insetos que estão colados em seu carro, no pára-brisa, ainda tentando se agarrar ao exterior do seu automóvel (planeta) enquanto você dirige através de uma espécie de CAR WASH cósmico, uma estação de lavagem do carro (seu planeta) cósmica neste momento.

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Em última instância essas energias escuras, das trevas estão mais e mais perdendo a sua ancoragem  e, por meio de desconforto absoluto pela intensificação da energia de alta frequência em TODOS OS ambientes, terão, como última escolha optar que ir para outro lugar finalmente. Mas não sem antes uma luta final. E, se conseguirem, não sem destruir tanto quanto for possível, em atitude de desespero, daquilo que não se pode mais ter para que ninguém mais possa desfrutá-lo também.

Isto é quando nós das HOSTES de Deus entramos em cena e, necessariamente, nos tornaremos participantes muito efetivos nos assuntos de seu mundo.Tanto como Michael e “Jesus”, (Sananda) tem explicado em mensagens recentes,   estamos completamente prontos para ENTRAR EM AÇÃO e dirimir quaisquer ações de agressão que cruzar a linha na zona de perigo de comprometer a saúde, a vida e a progressão evolutiva que esta à frente da Mãe Terra e das almas experienciando com ela a evolução em alinhamento com a Vontade do Criador.

Sim, isso é uma bela tarefa. Mas nós somos um adversário formidável para aqueles reconhecidos em posições de poder que parecem que optaram por serem agentes das Trevas. E, como já foi explicado, as energias das trevas associadas com seu planeta estão se sentindo muito desesperadas neste momento.

Eu, Gabriel, sou historicamente conhecido por ter um pouco de talento dramático quando se trata de fazer anúncios importantes. Então me deixe fazer este anúncio perfeitamente claro (e você pode adicionar seu próprio toque de trombeta, se assim o desejar): Nós das HOSTES DIVINA novamente instamos com aqueles em posição política com grandes capacidades, com poder para tomada de decisão a pensarem duas, três vezes e então agir de boa-consciência ou estarem preparados para aprender essa lição da maneira mais difícil. A Regra de Ouro não é difícil de seguir para aqueles que estão alinhados com a Vontade do Criador. Este é o tempo de testes e classificação sem exceções e sem “espaço de manobra”, como você os colocou.

Nós sugerimos que vocês que lêem estas palavras com apreciação e compreensão, para permanecerem diligentes sobre como manter um pé nesse mundo físico da experiência tridimensional e outro pé no nosso mundo (a freqüência mais elevada) do espírito. O equilíbrio entre estes dois domínios é fundamental para um bom passeio através da Transição Planetária (que também tem sido chamada de o Grande Despertar e a Grande LIMPEZA) agora em progresso evidente e se acelerando em seu planeta Terra.

Mantenha sua energia em equilíbrio. Não se deixe envolver pelo clima de medo que toma conta do planeta, MAS desenvolva o seu DISCERNIMENTO.

Monitore com certa distância o que seus noticiários/relatórios de notícias têm a dizer (não é necessário deixar de assisti-los, a alienação também não é positiva), para que você possa discernir muito mais do que eles gostariam de revelar ou que vocês venham saber, por suas ações e palavras (especialmente pela sua (deles) negação e/ou manipulação da verdade). 

Mas praticando e fazendo esse acompanhamento das “notícias” do seu mundo com um distanciamento saudável é que você cria um amortecedor e evita de ser puxado para as reações emocionais negativas de medo, raiva, etc, para evitar que os esforços que as trevas fazem para manipulá-los em sua emoções não os afetem mais.

Se você se encontra deslizando pela ladeira escorregadia do lado escuro da negatividade, lembre-se de chamar a Luz, tantas vezes quanto for necessário, e peça à nós, das HOSTES de DEUS para obter assistência. Estamos sempre prontos para ajudá-los. Mas vocês devem solicitar! Da mesma forma que fazer do humor um ingrediente freqüente de sua dieta diária emocional. Junto com o amor, a gratidão, bondade, o humor é um poderoso antídoto para qualquer tipo de baixa freqüência de ataque, seja de dentro ou de fora.

Saiba mais sobre as Hostes de Deus em:

  1. http://thoth3126.com.br/quem-sao-as-hostes-de-deus/ 
  2. http://thoth3126.com.br/sananda-o-comandante-da-transicao-da-terra/

Gostaríamos de fechar esta mensagem, pedindo que você também continue a enviar Amor, Luz e apreço a Mãe Terra, que resiste a uma grande negatividade neste momento de turbulência, para que vocês possam ter um ambiente de sala de aula em que mesmo o crescimento de uma única alma possa ter lugar. O destino da Mãe Terra reside no mesmo ambiente de alta freqüência de vocês que são atraídos a ouvir/ler estas nossas mensagens, instintivamente, intuitivamente vocês sabem que é também a sua nova casa.

Esse reino de dimensão superior já é a moradia para muitos de vocês durante o que vocês chamam de períodos de sono (e meditação profunda), e o “rompimento através dos véus” para despertar a consciência de que a experiência deve continuar a se intensificar na medida que o “véu de separação” continua a ficar mais tênue.

Foi nessa época no ano passado queSOLTEC, cuja tradução de funções em seus termos seria como o comandante de Geofísica da nossa missão de ajuda nesse Projeto de Transição da Terra compartilhou uma mensagem mais crítica com você que nós estamos pedindo para ser repetida aqui. Assaltos propositais e secretos em cima da sua estabilidade bioelétrica (aura, campo energético pessoal) fazem mais difícil de você lembrar o que você leu ontem, muito menos um ano atrás, e que eram mensagens que não tinham tanta urgência como agora, com o que vocês estão enfrentando nos dias atuais.

Lembrem do aviso do Mestre:  ORAI E VIGIAI. Abençoamos todos vocês que estão perseverando através dessas lições intensas de crescimento espiritual, pois assim como qualquer um cresce, assim faz  toda a criação. Esta É uma viagem grande e gloriosa, de fato!

Eu sou Gabriel, o Arcanjo, o Indicador do Caminho e aliado formidável para vocês que ouvem o chamado e fazem esforço para assumir a sua parte neste grande jogo em desdobramento. Deixo-vos na Luz e Amor que flui através de mim da Fonte de Tudo Que É.  Salu. (Postado Dezembro 2013)

Saiba mais em: http://thoth3126.com.br/poderosa-energia-emitida-pelo-centro-da-galaxia-foi-registrada/

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Por que socialismo? Por Albert Einstein


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Por que socialismo? Por Albert Einstein

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(Einstein de bike em 1933)

Em maio de 1949, o físico alemão radicado nos EUA Albert Einstein (1879-1955) resolveu escrever um artigo defendendo o socialismo na revista de esquerda norte-americana Monthly Review, que acabava de ser lançada. Nele, Einstein diz por que advoga uma visão socialista do mundo. Quanta atualidade no que ele diz!

Este é o texto que inspirou o pré-candidato à presidência dos EUA, Bernie Sanders, a se definir como socialista ainda na juventude. “Uma vez perguntei para ele o que queria dizer com ‘socialista’ e ele se referiu a um texto que também tinha sido fundamental para mim, ‘Por que socialismo?’, de Albert Enistein”, conta um amigo de Bernie, Jim Rader, neste artigo. “Acho que a ideia básica de Bernie sobre socialismo é tão simples quanto a formulada por Einstein.”

Leiam, traduzi para vocês.

***

Por que socialismo?
Por Albert Einstein, para a Monthly Review

É aconselhável que alguém que não é um expert em assuntos econômicos e sociais expresse suas visões sobre o socialismo? Acho que sim, por várias razões.

Vamos primeiro considerar a questão sob o ponto de vista do conhecimento científico. Pode parecer que não há diferenças metodológicas essenciais entre astronomia e economia: cientistas em ambos os campos tentam descobrir leis gerais para aplicar a certo grupo de fenômenos e possibilitar que a inter-relação desses fenômenos seja tão compreensível quanto possível. Mas na realidade essas diferenças metodológicas existem. A descoberta de leis gerais no campo da economia se torna difícil pelo fato que os fenômenos econômicos analisados são frequentemente afetados por diversos fatores muito difíceis de avaliar separadamente. Além disso, a experiência acumulada desde o começo do chamado período civilizado da história humana tem, como bem sabemos, sido largamente influenciada e limitada por causas que não são exclusivamente econômicas por natureza. Por exemplo, a maioria dos países mais importantes deve sua existência à conquista. A conquista de outros povos os estabeleceu, legal e economicamente, como a classe privilegiada do país conquistado. Eles conquistaram para si mesmos o monopólio da propriedade de terra e escolheram líderes eclesiásticos entre suas próprias fileiras. Os padres, no controle da educação, transformaram a divisão de classes da sociedade em uma instituição permanente e criaram um sistema de valores no qual as pessoas passaram a guiar seu comportamento social,  muitas vezes inconscientemente.

Mas a tradição histórica é, por assim dizer, de ontem; em lugar algum realmente superamos o que Thorstein Veblen chamou de “fase predatória” do desenvolvimento humano. Os fatos econômicos observáveis pertencem àquela fase e até mesmo as leis que derivam deles não são aplicáveis a outras fases. Como o real propósito do socialismo é precisamente superar e avançar a fase predatória do desenvolvimento humano, a ciência econômica em seu estado atual pode jogar pouca luz na sociedade socialista do futuro.

Em segundo lugar, o socialismo objetiva um fim ético-social. A ciência, no entanto, não pode criar fins e muito menos inculcá-los em seres humanos; a ciência pode fornecer, no máximo, os meios para atingir certos fins. Mas os fins são concebidos por personalidades com elevados ideais éticos –quando estes fins não são natimortos, mas vitais, vigorosos–, e são adotados e levados adiante por aqueles muitos seres humanos que, parte deles de forma inconsciente, determinam a lenta evolução da sociedade.

Por estas razões, temos de estar atentos para não superestimar a ciência e os métodos científicos quando se trata de uma questão de problemas humanos; nós não deveríamos presumir que os especialistas são os únicos que têm o direito de se expressar em questões que afetam a organização da sociedade.

Incontáveis vozes vêm assegurando há algum tempo que a sociedade humana está passando por uma crise, que sua estabilidade foi gravemente abalada. É característico desta situação que indivíduos se sintam indiferentes e até hostis ao grupo, pequeno ou grande, ao qual pertencem. Para ilustrar o que digo, deixe-me recordar uma experiência pessoal. Recentemente discuti com um homem inteligente e bem disposto sobre a ameaça de outra guerra, o que, em minha opinião, poderia seriamente pôr em risco a existência da humanidade, e salientei que somente uma organização supra-nacional poderia oferecer proteção contra este perigo. Em seguida, meu visitante, muito calma e friamente, disse: “Por que você se opõe tão profundamente ao desaparecimento da raça humana?”

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(Einstein de pantufas)

Tenho certeza que até um século atrás ninguém faria uma declaração destas com tamanha tranquilidade. É a declaração de um homem que que se esforçou em vão para alcançar o equilíbrio consigo mesmo e que de certa maneira perdeu a esperança de conseguir. É a expressão de uma dolorosa solidão e isolamento que muitas pessoas estão sofrendo atualmente. Qual é a causa? Há alguma saída?

É fácil levantar tais questões, mas é difícil respondê-las com algum grau de certeza. Eu devo tentar, entretanto, da melhor maneira que posso, apesar de estar muito consciente do fato de que nossos sentimentos e impulsos são frequentemente contraditórios e obscuros e não podem ser expressados em fórmulas simples e fáceis.

O homem é, ao mesmo tempo, um ser solitário e um ser social. Como um ser solitário, ele tenta proteger sua própria existência e a daqueles que lhe são mais próximos, para satisfazer seus desejos pessoais e desenvolver suas habilidades natas. Como um ser social, ele procura ganhar o reconhecimento e a afeição dos seus semelhantes, compartilhar prazeres com eles, confortá-los em suas dores, e melhorar suas condições de vida. Somente a existência dessas variadas aspirações, frequentemente conflitantes, contribui para o caráter de um homem, e a específica combinação delas determina quanto um indivíduo pode conquistar em equilíbrio interno e ao mesmo tempo contribuir para o bem estar da sociedade. É possível que a relativa força destes dois impulsos seja, na maioria, herdada. Mas a personalidade que finalmente emerge é formada pelo ambiente em que o homem se acha durante seu desenvolvimento, pela estrutura da sociedade onde ele cresce, pela tradição daquela sociedade e pelo apreço dela por tipos particulares de comportamento. O conceito abstrato de “sociedade” significa o indivíduo humano sendo a soma total das suas relações diretas ou indiretas com seus contemporâneos e com todas as pessoas das gerações anteriores. O indivíduo pode falar, sentir, ambicionar e trabalhar por si mesmo; mas ele depende tanto da sociedade –em sua existência física, intelectual e emocional– que é impossível pensar nele, ou entendê-lo, fora da moldura da sociedade. É a sociedade que lhe dá comida, roupas, um lar, as ferramentas de trabalho, o idioma, as formas de pensamento e a maioria dos conteúdos de pensamento; sua vida se torna possível através do trabalho e das habilidades de muitos milhões no passado e no presente que estão ocultos detrás da pequena palavra “sociedade”.

É evidente, portanto, que a dependência de um indivíduo em relação à sociedade é algo natural, que não pode ser abolido –assim como ocorre com as formigas e as abelhas. No entanto, enquanto todo o processo de vida das formigas e das abelhas é fixado até os mínimos detalhes por rígidos instintos hereditários, o padrão social e os inter-relacionamentos dos seres humanos são muito variáveis e sujeitos a mudanças. Memória, a capacidade de fazer novas combinações e o talento da comunicação oral tornaram possíveis acontecimentos entre os seres humanos que não são ditados por necessidades biológicas. Tais acontecimentos se manifestam em tradições, instituições e organizações; em literatura; em conquistas científicas e de engenharia; em trabalhos artísticos. Isto explica como, de certa forma, o homem pode influenciar sua vida através da conduta, e que neste processo o pensamento e a vontade consciente podem desempenhar um papel.

O homem adquire no nascimento, por hereditariedade, uma constituição biológica que podemos considerar fixa e inalterável, incluindo as necessidades características da espécie humana. Mas, durante sua vida, ele adquire da sociedade também uma natureza cultural, através da comunicação e muitos outros tipos de influências. É esta natureza cultural que, com a passagem do tempo, é objeto de mudança e determina a maior parte das relações entre indivíduo e sociedade. A antropologia moderna nos ensinou, ao fazer comparações com as chamadas culturas primitivas, que o comportamento social dos seres humanos pode ser enormemente variado, a depender dos padrões culturais e do tipo de organização que predomina na sociedade. É nisto que aqueles que se empenham em melhorar a condição humana devem fundamentar suas esperanças: os seres humanos não estão condenados, por sua natureza biológica, a aniquilar uns aos outros ou estar à mercê de um destino cruel auto-infligido.

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(Einstein na praia em Long Island em 1939)

Se nos perguntarmos como a estrutura da sociedade e a natureza cultural do homem pode ser mudada para tornar a vida humana o mais satisfatória possível, devemos estar constantemente conscientes de que há certas condições que não somos capazes de modificar. Como mencionei, a natureza biológica do homem não é, para qualquer propósito prático, sujeita à mudança. Além do mais, os avanços tecnológicos e demográficos dos últimos séculos criaram condições que vieram para ficar. Em populações relativamente densas, com os bens que são indispensáveis à continuidade de sua existência, uma divisão extrema do trabalho e um aparato produtivo altamente centralizado são absolutamente necessários. Foi-se o tempo –que, olhando para trás, parece tão idílico– em que indivíduos ou pequenos grupos podiam ser completamente auto-suficientes. Há pouco exagero em dizer que a humanidade se constitui em uma comunidade planetária de produção e consumo.

Cheguei no ponto onde posso indicar brevemente o que para mim constitui a essência da crise de nosso tempo. Tem a ver com a relação entre o indivíduo e a sociedade. O indivíduo se tornou mais consciente do que nunca de sua dependência em relação á sociedade, mas ele não vê esta dependência como algo positivo, como um laço orgânico, uma força protetora, e sim como uma ameaça a seus direitos naturais ou até mesmo à sua existência econômica. Mais ainda, sua posição na sociedade reforça que os impulsos egoístas de sua natureza sejam constantemente acentuados, enquanto seus impulsos sociais, naturalmente mais fracos, se deterioram progressivamente. Todos os seres humanos, não importa que posição tenha na sociedade, estão sofrendo este processo de deterioração. Prisioneiros, sem se dar conta, de seu próprio egoísmo, se sentem inseguros, sozinhos e privados do simples, primitivo e sem sofisticação desfrute da vida. O homem pode encontrar sentido na vida, curta e perigosa como é, somente se devotando à sociedade.

A desordem econômica da sociedade capitalista que existe hoje é, em minha opinião, a real fonte do mal. Vemos diante de nós uma enorme comunidade de produtores cujos membros estão se esforçando em privar uns aos outros dos frutos do trabalho coletivo –não pela força, mas em total cumplicidade com regras legalmente estabelecidas. A este respeito, é importante perceber que os meios de produção –quer dizer, a total capacidade produtiva que é necessária para produzir bens de consumo assim como os bens de capital– podem ser legalmente, e a maioria é, propriedade privada de indivíduos.

Para simplificar, a seguir chamo de “trabalhadores” todos aqueles que não compartilham a propriedade dos meios de produção –apesar de não corresponder exatamente ao costumeiro uso do termo. O dono dos meios de produção está em posição de usar a força de trabalho do empregado. Usando os meios de produção, o trabalhador produz novos bens que se tornam propriedade do capitalista. O ponto essencial deste processo é a relação entre o que o trabalhador produz e como ele é pago, ambos medidos em termos de valor real. Como o contrato de trabalho é “livre”, o que o trabalhador recebe é determinado não pelo valor real dos bens que produz, mas por suas mínimas necessidades e pela demanda capitalista por força de trabalho em relação ao número de trabalhadores competindo pelas vagas. É importante entender que até mesmo em teoria o pagamento do trabalhador não é determinado pelo valor do seu produto.

O capital privado tende a ficar concentrado em poucas mãos, parte por causa da competição entre os capitalistas, e parte porque o avanço tecnológico e a crescente divisão do trabalho encorajam a formação de unidades de produção maiores em detrimento das menores. O resultado disso é uma oligarquia do capital privado cujo enorme poder não pode ser efetivamente questionado nem mesmo por uma sociedade democraticamente organizada politicamente. Isto se comprova quando sabemos que os membros das casas legislativas são selecionados pelos partidos políticos, largamente financiados ou pelo menos influenciados por capitalistas privados que apartam o eleitorado da legislatura para todas as finalidades práticas. A consequência é que, na realidade, os representantes do povo não protegem suficientemente os interesses dos setores menos privilegiados da população. Pior: normalmente, os capitalistas inevitavelmente controlam, direta ou indiretamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É então extremamente difícil, e em alguns casos impossível, para o cidadão, chegar a conclusões objetivas e fazer uso inteligente de seus direitos políticos.

A situação dominante em uma economia baseada na propriedade privada do capital é, assim, caracterizada por dois fatores principais: primeiro, os meios de produção (capital) pertencem a proprietários que os utilizam como querem; segundo, o contrato de trabalho é livre. Claro, não existe uma sociedade capitalista pura neste sentido. De fato, é preciso notar que os trabalhadores, através de longas e amargas lutas políticas, tiveram sucesso em assegurar uma forma melhorada do “contrato de trabalho livre” para certas categorias. Mas, tomando-se como um todo, a economia de hoje não se difere muito do capitalismo “puro”.

A produção é guiada pelo lucro, não pelo uso. Não existe garantia de que todas as pessoas hábeis para o trabalho estarão sempre em condições de achar emprego; um “exército de desempregados” quase sempre existe. O trabalhador vive em constante medo de perder seu emprego. Já que os desempregados e os trabalhadores mal pagos não constituem um mercado rentável, a produção de bens de consumo é restrita, e a consequência é um grande sofriment . O progresso tecnológico frequentemente resulta em mais desemprego, em vez de reduzir o fardo de trabalho para todos. O desejo de lucro, em conjunção com a competição entre os capitalistas, é responsável pela instabilidade na acumulação e utilização do capital, que leva a depressões cada vez mais severas. Competição sem limite leva a um enorme desperdício do trabalho e à deterioração da consciência social dos indivíduos que mencionei antes.

Eu considero esta deterioração dos indivíduos o pior mal do capitalismo. Todo o nosso sistema educacional sofre deste mal. Uma atitude competitiva exagerada é inculcada no estudante, que é treinado para idolatrar o sucesso adquirido como uma preparação para sua futura carreira.

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(Cabelos ao vento)

Estou convencido de que só há um modo de eliminar estes males, o estabelecimento de uma economia socialista, acompanhada de um sistema educacional orientado por objetivos sociais. Numa economia assim, os meios de produção são de propriedade da sociedade e são utilizados de uma forma planejada. Uma economia planejada que ajusta a produção às necessidades da comunidade distribuiria o trabalho a ser feito entre os que são hábeis para trabalhar e garantiria o sustento a todo homem, mulher e criança. A educação do indivíduo, além de promover suas próprias habilidades natas, faria com que se desenvolvesse nele um senso de responsabilidade por seus semelhantes em vez da glorificação do poder e do sucesso da sociedade atual.

É necessário lembrar que uma economia planejada ainda não é socialismo. Uma economia planejada pode vir acompanhada pela completa escravização do indivíduo. A conquista do socialismo requer a solução de alguns problemas sócio-políticos extremamente difíceis: como é possível, tendo em vista a abrangente centralização do poder político e econômico, impedir que a burocracia se torne todo-poderosa e onipotente? Como os direitos do indivíduo podem ser protegidos para garantir um contrapeso democrático ao poder da burocracia?

Ter clareza sobre estas questões e problemas do socialismo são de grande significado nesta época de transição. Como, sob as circunstâncias atuais, a discussão destes problemas de forma livre e sem obstáculos se tornou um tabu poderoso, considero que a fundação desta revista representa um importante serviço público.

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Quatro mitos sobre a crítica de Marx ao Capitalismo (ou “o que a crítica marxiana ao capitalismo não é”)


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Em 2011, na esteira de um renovado interesse por Marx e por sua crítica ao capitalismo, Terry Eagleton publicou um livro intitulado “Marx Estava Certo”. Cada um dos dez capítulos do livro apresenta uma crítica usual ao marxismo (na maior parte das vezes oriunda do senso-comum) e a resposta de Eagleton. O livro é uma leitura interessante para qualquer leitor interessado, mas as dez críticas selecionadas respondiam a critérios diversos, como o contexto britânico e a subjetividade do autor.

Marx

O livro de Eagleton pretendia desenvolver subsídios para o evidente retorno da crítica marxiana ao palco do debate político mundial. Desde a crise de 2008 a percepção do público em geral havia se transformado: subitamente, o capitalismo deixou de ser encarado como um sistema natural e as alternativas – ou ao menos a busca por elas – ressurgiram. A obra marxiana (re)apareceu então como um manancial importante onde poderíamos encontrar algumas respostas – ou pelo menos perguntas mais adequadas.

No Brasil, uma efetiva polarização social vem se expressando nos últimos anos através de uma polarização do debate eleitoral. Termos como comunista, socialista, vagabundo eCuba voltaram definitivamente à cena. Se Terry Eagleton passasse uma temporada em terras tupiniquins, talvez sentisse a necessidade de escrever um complemento ao seu livro, adaptado ao contexto nacional. O que se segue abaixo é uma colaboração nesse sentido, tentando responder brevemente a alguns mitos, enganos, ignorâncias e falsificações acerca do sentido da obra marxiana.

1. Não é franciscanismo.

“É comunista, mas tem Iphone!”

A crítica marxiana ao capitalismo não é uma crítica ao modo de distribuição da riqueza, mas ao seu modo de produção. Enquanto a forma de produção das riquezas estiver organizada pela separação entre os proprietários dos meios de produção (os capitalistas) e os proprietários de sua própria força de trabalho (os trabalhadores) é impossível garantir uma redistribuição da riqueza de forma duradoura. A caridade individual pode garantir um lugar no paraíso para o bom cristão, mas não altera em nada uma questão social. Ao contrário, a transformação da forma de produção da riqueza implica transformação da sua forma de distribuiçtão.

Comunista de Iphone

Outra dimensão da crítica marxiana é o reconhecimento dos imensos poderes produtivos criados pelo capitalismo: o marxismo também não é um primitivismo – uma ideia inocente de retorno a um estado natural. Ao contrário, é esse imenso poder produtivo da humanidade que aparece como pré-condição para a superação do capitalismo. Em outras palavras: o Iphone não é o problema, mas sim que ele represente uma tecnologia vedada à maior parte da população mundial. Os comunistas não querem um mundo sem smartphones, mas um em que esse tipo de tecnologia não seja acessível apenas para uma minoria.

2. Não é um passo-a-passo para o comunismo.

“O ser humano é egoísta por natureza!”

Quem lê O Capital em busca de um passo-a-passo para uma sociedade comunista, se decepciona. O subtítulo do livro, muitas vezes ignorado, é “Crítica da Economia Política”. O próprio Marx define o comunismo da seguinte maneira:

“O comunismo não é para nós um estado que deva ser criado, nem um ideal pelo qual a realidade se deve reger. Chamamos de comunismo o movimento efetivo que abole o estado atual. As condições desse movimento resultam das pressuposições atualmente existentes.”

Ou seja, comunismo é meramente a superação do modo de produção capitalista. A própria ideia de que o comunismo pudesse ser estabelecido através um “plano” definido nos mínimos detalhes por uma pessoa é expressão de um idealismo combatido pela própria crítica marxiana. Essa ideia normatizadora (“o comunismo tem que ser desse ou daquele jeito”) estaria diretamente relacionada à outra – uma normatização de como as pessoas deveriam ser para uma sociedade comunista “funcionar” (desinteressados, sem individualidade etc). Essas ideias são traduzidas pela clássica imagem de uma sociedade onde todos comem a mesma comida (ruim!), vestem a mesma roupa (cinza!) e desempenham trabalhos manuais (repetitivos!).

Comunismo?

Comunismo?

Em Marx, ao contrário, o que encontramos é uma radical percepção da dimensão plásticado humano – isto é, que não existe uma natureza humana imutável – e do respeito à individualidade – que não se confunde como individualismo. Essa percepção impossibilita qualquer previsão (ou normatização) sobre como as pessoas seriam em uma sociedade diferente e ainda inexistente. O ponto fundamental é afirmar as possibilidades concretas e imediatas de transformação da sociedade – mesmo naquilo que parece mais natural -, não a determinação a priori do resultado dessa transformação.

3. Não é um totalitarismo.

“O comunismo matou um trilhão de pessoas!”

Uma abordagem comum nos últimos anos vem sendo a posição anti-intelectual que vincula a crítica marxiana com os horrores do stalinismo e/ou do totalitarismo em geral. Essa vinculação seria responsável por uma mácula primordial, onde marxismo redundaria automaticamente em totalitarismo. Os críticos menos ignorantes (mas ainda assim bastante ignorantes) pensam ter encontrado no conceito de “ditadura do proletariado” justamente o termo que expressa essa vinculação necessária.

Ditadura

Mas o conceito de “ditadura do proletariado” não tem nenhuma relação com as ditaduras do século XX – regimes anti-democráticos, reacionários, militarizados e assassinos. No século XIX, conforme demonstrou o historiador Hal Draper, o conceito de ditadura tinha um sentido muito mais próximo de sua origem, na Roma antiga (dictatura): “Essa instituição constituía um exercício de poder emergencial por um cidadão confiável com propósitos e duração limitada, no máximo seis meses. Seu objetivo era preservar o status quo republicano”.

Em Marx a palavra se recobre de um novo sentido – a ditadura de uma classe, não mais para a preservação do status quo, mas para a sua transformação. Quando se fala em “ditadura do proletariado” (e, vale lembrar proletariado quer dizer assalariado) a imagem que devemos conjurar não são campos de concentração para a classe média ou pelotão de fuzilamento para os ricos, mas um período de transição no qual a condução política da sociedade é fruto da deliberação direta dos trabalhadores. Ecoando Marx, F. Engels definiu assim a ditadura do proletariado:

“Então está bem, senhores. Vocês querem saber como essa ditadura é? Olhem para a Comuna de Paris. Isso era a ditadura do proletariado.”

4. Não é datada.

“O capitalismo já não é mais como no tempo do Marx!”

Essa perspectiva supõe um reconhecimento do caráter científico da crítica marxiana, mas apenas para retirar seu caráter político. O argumento estabelece então que a crítica marxiana é correta, mas se aplicaria apenas ao capitalismo do século XIX. O capitalismo do século XX, ao contrário, seria radicalmente diferente – seja pela suposta redução do número de trabalhadores que desempenham tarefas manuais, pela expansão do ramo de serviços ou simplesmente pelo avanço tecnológico.

Capitalismo no século XXI.

Capitalismo no século XXI.

O que essa posição ignora é que a crítica marxiana é uma crítica aos elementos fundamentais do Capitalismo – como trabalho assalariado, a dinâmica do capital e o dinheiro como mediação social. E justamente por ser uma crítica desses elementos, inclui cada uma das “novidades” que são citadas para declarar sua irrelevância. Enquanto a produção social estiver organizada de maneira capitalista, a crítica marxiana terá validade e relevância.

O melhor antídoto contra falsificações e mistificações da crítica marxiana ao capitalismo é a leitura direta da obra do próprio Marx. Felizmente, atualmente dispomos de boas edições e excelentes materiais de acompanhamento para essa tarefa, além de cursos frequentes nas principais universidades.

Marx não tem todas as respostas – ainda que coloque muitas questões. Sua obra não fornece caminhos fechados ou dogmas, mas um método e uma crítica. A obra marxiana é, sobretudo, uma plataforma de pensamento – ombros de um gigante sobre o qual podemos nos apoiar para vermos muito além do nosso horizonte imediato.

Qual a diferença entre comunismo e socialismo?


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 Existiu algum país realmente comunista?

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As expressões “comunismo” e “socialismo” recebem significados nem sempre muito precisos. Numa explicação bem resumida, daria para dizer que, segundo a teoria marxista (veja quadro ao lado), o socialismo é uma etapa para se chegar ao comunismo. Este, por sua vez, seria um sistema de organização da sociedade que substituiria o capitalismo, implicando o desaparecimento das classes sociais e do próprio Estado. “No socialismo, a sociedade controlaria a produção e a distribuição dos bens em sistema de igualdade e cooperação. Esse processo culminaria no comunismo, no qual todos os trabalhadores seriam os proprietários de seu trabalho e dos bens de produção”, diz a historiadora Cristina Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Mas essas duas expressões também pode assumir outros significados. “Pode-se entender o socialismo, num sentido mais limitado, significando as correntes de pensamento que se opõem ao comunismo por defenderem a democracia. Em contraposição, o comunismo serviria de modelo para a construção de regimes autoritários”, afirma o historiador Alexandre Hecker, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Assis (SP). Os especialistas são quase unânimes em afirmar que nunca houve um país comunista de fato. Alguns estudiosos vão mais longe e questionam até mesmo a existência de nações socialistas. “Os países ditos comunistas, como Cuba e China, são assim chamados por se inspirarem nas idéias marxistas.Karl Marx ....

Contudo, para seus críticos de esquerda, esses países sequer poderiam ser chamados de socialistas, por terem Estados fortes, nos quais uma burocracia ligada a um partido único exerce o poder em nome dos trabalhadores”, diz o sociólogo Marcelo Ridenti, também da Unicamp. Logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), formou-se na Europa, sob liderança da União Soviética, um bloco de nações chamadas de comunistas. “Esses países tornaram-se ditaduras, promovendo perseguições contra dissidentes. A sociedade comunista, justa e harmônica, concebida por Marx, não foi alcançada”, afirma Cristina.

Obras revolucionáriasTrês trabalhos de Karl Marx são a base para entender esses sistemas políticos

O sociólogo, historiador e economista alemão Karl Heinrich Marx (1818-1883) foi o principal pensador do marxismo, movimento filosófico e político nomeado em sua homenagem. Junto com Friedrich Engels (1820-1895), Marx detalhou sua teoria política e previu o colapso do sistema capitalista (baseado na propriedade privada) em três obras principais:

Manifesto Comunista

Escrito entre 1847 e 1848, esse famoso manifesto defendia a idéia de que a história de todas as sociedades existentes até então era a história da luta entre as diferentes classes sociais

Esboços da Crítica da Economia Política

Manuscrito preparado por Marx e Engels, entre 1857 e 1858, que discutia questões como a propriedade agrária e o mercado mundial

O Capital

No primeiro volume, lançado em 1867, Marx e Engels analisavam o modo capitalista de produção. Marx trabalharia até morrer nos dois volumes seguintes, mas eles só seriam publicados por Engels em 1885 e 1894

Socialismo e comunismo, modo de uso: manual didático


Socialismo e comunismo, modo de uso: manual didático

Segundo matéria recente publicada no Globo, o capitalismo deu muito certo. Pelo menos para as 85 pessoas mais ricas do mundo ou cerca de 1% da população.

Rita Almeida

Arquivo

Ainda me surpreendo com gente que afirma repudiar os ideais comunistas ou socialistas porque eles “não deram certo” em parte alguma. Em resposta a essa afirmação o que me vem em mente é uma pergunta: Então o capitalismo deu certo?

Bom, parece que segundo matéria recente publicada no Globo, o capitalismo deu muito certo. Pelo menos para as 85 pessoas mais ricas do mundo ou cerca de 1% da população. Segundo a pesquisa citada, essa elite de 85 pessoas acumula a mesma riqueza que os 3,5 bilhões mais pobres do planeta. A matéria afirma ainda que cerca de 1% da população detém a metade da riqueza mundial. Sendo assim, minha pergunta também pode ser feita de outro modo: Se é que o capitalismo deu certo, deu certo pra quem?

Suspeito que, quando se supõe que o capitalismo tenha “dado certo”, se queira dizer que o capitalismo trinfou. Infelizmente, disso eu não tenho dúvidas. Se é eticamente permitido que ao dividirmos uma pizza gigante ao meio, metade dela seja fatiada para 85 pessoas e a outra metade seja fatiada para 3,5 bilhões de pessoas, então só podemos confirmar que o capitalismo triunfou. Ou seja, os melhores e maiores pedaços de pizza serão sempre para quem pode pagar por eles. E o mais cruel é que se você quiser um pedaço melhor de pizza, terá que disputa-lo competindo com os que, como você, têm acesso à segunda metade da pizza. Ou você acredita mesmo que poderá alcançar uma migalha que seja da primeira metade? Esqueceu? Estamos falando de capitalismo. Os tais 1% que desfrutam da primeira metade da pizza têm dinheiro suficiente para não deixar que você nem mesmo sinta o cheio dela.

E melhor, eles têm poder suficiente para fazer você acreditar que essa história de comunismo ou socialismo são ideias retrógradas de gente do mal que não sabe respeitar o pedaço de pizza alheio. Ou seja, para protegerem seus pedaços de pizza eles precisam nos fazer acreditar que é ultrapassada a ideia de compartilharmos de maneira mais igualitária essa pizza gigante. Cada um tem o pedaço de pizza que lhe cabe e ponto. Se alguns têm um pedaço de pizza bem maior que do outro, e outros não têm nenhum pedaço de pizza, paciência! Ao invés de ficarmos fomentando essa coisa de socialismo ou comunismo, lendo Marx ou citando Badiou, tratemos de trabalhar com dedicação e persistência para conseguirmos nosso próprio pedação da pizza, fazendo assim que o capitalismo também dê certo para nós.

Sintetizando: Se o capitalismo não deu certo pra você é apenas por culpa sua. Porque se ele deu certo para alguns pode dar certo para você também, basta que você tenha fé e trabalhe.

No entanto, existe um grande problema com essa teoria do capitalismo, chamada de meritocracia, que é um problema matemático. Vamos supor que essa teoria funcione e que 99% da população mundial resolva, com fé e trabalho, conquistar o mesmo pedaço de pizza que o seleto grupos dos 1%. Matematicamente, para que isso seja possível, teríamos que aumentar essa pizza (inteira) pelo menos 99 vezes, só assim todos teriam a possibilidade de ter pedaços de pizza parecidos com as dos 1%, não é mesmo?

Entretanto, tal estratégia tem dois problemas graves. Primeiro: a pizza, por uma limitação ecológica, jamais poderá ser ampliada 99 vezes sem que entremos em colapso. Para se ter uma ideia, se todos os habitantes da terra consumissem como um americano médio (eu disse médio), nos seriam necessários quatro planetas Terra. Segundo: na medida em que a pizza cresce e as mesmas regras capitalistas são mantidas, o mais provável é que os pedaços extras de pizza fiquem para os que já têm pizza suficiente, afinal, eles são os mesmos que têm recursos de sobra para adquiri-los. Não é obvio?

Se você ainda não desistiu do texto e acompanhou meu raciocínio até aqui, já começou a entender o que move os ideais comunistas ou socialistas. Eles pensam em estratégias para que nossa pizza gigante seja dividida de forma mais equânime, para que não tenhamos distorções tão injustas como as que vemos.

Mas aí vem outra questão importante para socialistas e comunistas. Como faremos para que a riqueza que está acumulada nas mãos dos 1% mais ricos ou dos 85 (os mais ricos dentre os mais ricos), seja melhor distribuída, chegando especialmente, aos mais pobres e miseráveis? Antes de tentar responder esta pergunta, preciso abrir outro parágrafo.

Suspeito que o que chamei antes de triunfo do capitalismo, se deu por um motivo bastante simples. O capitalismo é um modelo econômico que repete o nosso modo mais primitivo de existência que é a chamada Lei da Selva, onde os mais fortes e mais aptos sobrevivem. Uma vez regidos pela Lei da Selva (daí o termo “capitalismo selvagem”) os mais frágeis, incapazes de vencer a luta pela sobrevivência, simplesmente não merecem viver, essa é a ordem natural das coisas. Isso faz com que a sustentação ideológica mais forte do capitalismo seja sua naturalização. Digamos, então, que o socialismo e o comunismo vieram para subverter a ordem natural das coisas. Vieram para desnaturalizar a Lei da Selva e inventar uma nova ordem, a de que todos merecem ter uma chance de sobreviver, mesmo os mais frágeis. Pensando na nossa pizza gigante, a utopia socialista-comunista é que todos deveriam ter acesso a pedaços dignos de pizza, de forma mais igualitária possível e ninguém deveria poder esbanjar pizza, enquanto outros não recebem uma migalha sequer.

Voltando à nossa última pergunta: Quais as maneiras que socialistas e comunistas imaginam que sejam eficazes para redistribuir melhor essa pizza riqueza?

Socialismo e comunismo – modo de usar

Existem inúmeros teóricos e teorias que pensaram e pensam sobre o modo de uso do socialismo e do comunismo. Algumas teorias acreditam que um governo comprometido com os mais frágeis só surgirá por meio da chamada Revolução, onde os mais pobres (a maioria) se unem e tomam para si o poder e a responsabilidade de repartir a pizza-riqueza. Em nome do bem comum, estatizarão a pizza, assim ela deixará de ser um bem privado, que beneficia uma minoria, para ser socializada em benefício da coletividade. Outras teorias defendem a presença do chamado Estado Forte, ou seja, um Estado que seja responsável por regular a economia, para que ela proteja os mais frágeis e redistribua de forma mais igualitária a riqueza circulante. Algumas correntes acreditam que seja possível implantar os ideais comunistas e socialistas por meios de leis mais justas, serviços públicos de qualidade, programas sociais e de redistribuição de renda. E há ainda os que, em nome do comunismo ou socialismo, cometem equívocos e abusos, alguns deles absurdos e contraditórios. Mas, vale lembrar, que isso não é uma particularidade do comunismo ou do socialismo. Todo tipo de atrocidade já foi cometida em nome das mais nobres causas. Guerras estúpidas são travadas em nome da democracia. Assistimos recentemente a violação da privacidade de pessoas e Nações, tudo feito em nome da paz. Ao longo da história, povos inteiros já foram escorraçados e dizimados em nome de Jeová, Jesus Cristo, de Alá… A lista de absurdos é vasta.

Apesar das várias correntes e nuances comunistas e socialistas, o que elas têm em comum é que todas buscam evitar que a Lei da Selva do capitalismo prevaleça sem intervenções, tal como desejaria o capitalismo liberal (liberado de qualquer intervenção do governo), ou sua forma mais moderna, o neoliberal. Por isso, a concepção de Estado Mínimo – um Estado que tenha o mínimo de influência na sociedade, especialmente na economia – é a que mais favorece que o capitalismo floresça em toda a sua plenitude, alcançando toda a crueldade e selvageria que lhe seja permitido.

Mas você pode agora estar se perguntando se poderíamos ter um capitalismo mais humanizado, menos competitivo e cruel. Citando Marx, o capitalismo se fundamenta na mais-valia e no exercito de reserva. Simplificando, é necessário que sempre haja pobres (o maior número possível a fim de baratear o preço da mão de obra) dispostos a trabalhar para sobreviver (exercito de reserva), para que a riqueza possa, então, ser deles extraída (mais-valia) e se acumule nas mãos de alguns poucos. Sendo assim, não há humanismo no capitalismo, é o homem sendo o lobo do homem.

Para quem perdeu as aulas de história, vale lembrar que socialismo e comunismo são irmãos gêmeos do capitalismo, nasceram juntos. De fato, o socialismo e o comunismo nasceram para questionar e problematizar as contradições impostas pelo capitalismo. Em última análise, vieram para injetar humanismo no capitalismo. Por exemplo, sabemos que nas primeiras fábricas capitalistas os trabalhadores (homens, mulheres e até crianças) mantinham jornadas de até 16 horas diárias e sem direito a descanso semanal, férias e qualquer outra garantia trabalhista ou proteção social. Sendo assim, todas as conquistas dos trabalhadores desde o início do capitalismo, foram alcançadas pelo jogo de forças que impediam – não sem muita luta – que a ordem natural do capitalismo seguisse seu fluxo. Foram os ideais comunistas e socialistas que sempre fizeram, e sempre farão, contraponto ao desejo capitalista de acumular mais e mais à custa da exploração de outro ser humano e da miséria de muitos outros.

Socialismo e Comunismo fracassaram?

Lanço agora uma outra pergunta: Se acreditamos que o capitalismo triunfou em certa medida, isso quer dizer que socialismo e comunismo fracassaram ou sucumbiram? Na minha opinião, não, e vou explicar. Marx concebia o comunismo como movimento que reage aos antagonismos do capitalismo e não como um modelo de sociedade ideal. Sendo assim, enquanto o capitalismo existir, com suas contradições e desigualdades, a “hipótese comunista”, como diz Alain Badiou, permanecerá viva. Badiou afirma ainda: “se essa hipótese tiver de ser abandonada, então não vale mais a pena fazer nada na ordem da ação coletiva. (…) Cada indivíduo pode cuidar de sua vida e não se fala mais nisso”.

Um dado curioso é que os defensores do Estado Mínimo, em geral adeptos do capitalismo, criticam os governos socialistas e comunistas por nutrirem um Estado Forte que intervém constantemente na economia, na política e nas corporações. Todavia, quando em 2009 a economia americana entra em colapso (mais uma vez), é nas portas desse mesmo Estado que os banqueiros americanos vêm bater pedindo socorro. O que quer dizer mais ou menos o seguinte: “Nós, que fazemos parte da elite dos 1% que detém a metade pizza estamos tendo problemas em administrar nossa metade e estamos temerosos em perde-la por completo, sendo assim, precisamos da ajuda do governo para que possam usar da sua parte da pizza, a que serve para socorrer os que tem pouca pizza ou pizza alguma, para nos reerguermos”. É quando os ideais comunistas e socialistas servem, desta vez, para socializar o prejuízo, já que o lucro é sempre privatizado.

Socialismo e comunismo abrigam uma sociedade ideal?

Já ficou claro que capitalismo, comunismo ou socialismo são modos de organização econômica, são maneiras diferentes de pensar a divisão da pizza, sendo que, todos eles podem florescer em diferentes formas de governos, mais ou menos democráticos, mais ou menos corruptos, mais ou menos agressivos, mais ou menos estúpidos, mais ou menos sanguinários e mais ou menos paranoicos. Não existe um ideal de sociedade. Capitalismo, socialismo e comunismo podem abrigar virtudes e mazelas.

Por outro lado, sempre haverá uma tensão intransponível entre o individual e o coletivo, entre o privado e o público, entre o singular e o universal. Freud afirmava que a civilização só foi possível porque o ser humano foi capaz de abrir mão da satisfação de suas pulsões egoístas em nome da coletividade. Todavia, sabemos que essa renuncia não se dá sem angústias e tensões. Digamos então que os ideais socialistas e comunistas nos auxiliam a pensar o mundo para além do nosso próprio umbigo. Investem na constante construção de um mundo onde os interesses individuais precisam ser considerados, entretanto jamais poderão ser maiores ou mais importantes que os interesses da coletividade.

Eu não acredito numa sociedade ideal, num sistema de governo ideal, num sistema econômico ideal. No entanto, eu não posso viver num mundo onde 85 pessoas tenham mais importância do que 3, 5 bilhões, sobretudo se eu sei que esses últimos não vivem, apenas sobrevivem, quando sobrevivem. E é por isso, que eu me recuso terminantemente a abandonar os ideais socialistas e comunistas, pois são essas bandeiras que me permitem ter esperança. Se eu não puder ao menos me envergonhar e me indignar por tanta injustiça e desigualdade e acreditar que temos rotas de fuga possíveis em direção a um outro mundo, duvido que conseguisse levantar da cama todos os dias pela manhã…

Orlando F. Filho – 27/11/2014

Opa! Temos mais um “sabe tudo” na área. O sr. Fernando Cavalcanti pensa que somos um bando de idiotas. Como dizia dylan; “vc não precisa de um meteorologista para saber de que lado o vento está soprando”. Um cachorro, animal de estimação de muitas famílias pelo mundo, consome nos eua mais calorias do que uma criança africana e isto, segundo o sr. fernando, deve ser incompetência dos governantes e não um resultado de séculos de pilhagem dos grandes países capitalistas/imperialistas. Me parece que o carlão não achava o capitalismo uma maravilha né. Mais um da turma do roberto danunzio. Dizer que a melhora de vida do povo é “uma bolha”. Vá insultar a inteligência dos seus cumpinchas, fernando.
Orlando F. Filho – 27/11/2014

Como diz aquele velho ditado: “na hora da caganeira, todo mundo procura o banheiro”.
Gonzalo Deiró – 27/11/2014

Tenho que parabenizar não somente a autora do artigo, mas também a Carta Maior. Esta é uma reflexão das esquerdas que não perderam sua identidade por detrás do “progressismo”. Tem muita luta pela frente no campo social e econômico neste nosso Brasil sofrido. Tenho esperanças que se poderá construir uma sociedade diferente onde a pizza seja melhor dividida. Depende de nos, e como dizem os Zapatistas: desde abajo y hacia la izquierda”
Carlos Kremer – 27/11/2014

Como.deixar de comentar um texto tão feliz… . Depois de lê-lo, junto aos comentários, lembrei-me de algumas coisas que podem ajudar. O problema do limite de nosso planeta só tem uma solução: tentar reduzir o crescimento populacional descontrolado. Como? Tentando ocupar(capitalismo(C) aqui ajuda) e fazer sobreviver minimamente as pessoas(C atrapalha) ao mesmo tempo que educamos(C ajuda e atrapalha) as pessoas inclusive a ter menos filhos (ver países desenvolvidos). Para isso temos que ter parcimônia(economia), paz(relativa), justiça(principalmente nas coisas vitais) e a busca constante da verdade(sem excesso de sobrenaturalidades) que nos possibilite nossa sustentabilidade maior possível neste planeta Gaia.
Fernando Cavalcanti – 26/11/2014

Parei na metáfora da pizza. Vai estudar economia, mocinha, você não faz a menor ideia do que está falando. É muita, muita burrice. Aliás, todo o ideal socialista sustenta-se em burrices várias, de gente que não entende nada de economia, nada de capitalismo e, desconfio, também nunca leu Marx. Se todo o dinheiro do mundo fosse distribuído amanhã entre todos os habitantes do planeta, em uma semana todos teriam retornado a sua condição anterior. Fato. Estude. Aprenda. Pare de falar besteira. Existe riqueza que existem apenas como potencial de investimento, e fariam o bolo inteiro murchar se entrassem no sistema produtivo de uma hora para a outra. Quer fazer o bem aos pobres? Dê-lhes educação (coisa com que o PT nunca se preocupou), aumente o valor de seu trabalho pela via da qualificação e da produtividade. Este é o único caminho, nunca há nem nunca houve outro, como aprenderam na marra os países que embarcaram na aventura socialista.
Fernando Cavalcanti – 26/11/2014

Por favor, complementem meu comentário anterior. É um texto sob medida para insuflar os ânimos das multidões. Aliás, o socialismo, desde o início, vive mesmo disso. De mentiras e simplificações grosseiras da realidade econômica. E de slogans com base nessas mentiras. Então todos se sentem muito nobres por defender causas tão magnânimas, acham que realmente são injustiçados, embora sejam na maioria preguiçosos e/ou burros, e que só não são milionários porque o capitalismo não deixa, é “excludente”, blá, blá, blá. É como o PT. Aproveitou-se da bolha de bens acessíveis gerada pela entrada da China no CAPITALISMO e saiu vendendo que o breve enriquecimento da população se deveu a suas políticas populistas. Ledo engando, pelo qual estamos pagando caro. Não há como sustentar um modelo desses por muito tempo. Ou se investe em educação, em produtividade, ou se estagna. É o que estamos começando a experienciar, com esse governo Dilma II.
Juca Ramos – 26/11/2014

Artigo muito didático e claramente explicativo, mas que, ao apresentar os tais “ideais comunistas e socialistas” na mesma embrulhagem, turva um pouco as águas. Se Socialismo é aquilo pelo qual os líderes comunistas chamam os seus respectivos regimes, então não há o que discutir. Só que também se atribuem qualidades socialistas à Social Democracia à la Escandinava , tal como praticada na época do virtuoso Olof Palme, da Suécia. Em outra paragem, já no final do artigo, a articulista conclue dizendo: “E é por isso, que eu me recuso terminantemente a abandonar os ideais socialistas e comunistas, pois são essas bandeiras que me permitem ter esperança”. Claro, cada um esposa a ideologia que quiser, mas se a sociedade for depositar sua esperanças na realização dos ideais comunistas, adeus Democracia! Perdão pelo excesso de franqueza, mas não dá para ver como a sociedade possa se beneficiar da realização de ideais que querem tomar o poder pela força e pela força tem feito das tripas coração para mantê-lo. Como já foi visto, o Comunismo não resolve os problemas criados pelos vícios do Capitalismo, mas com suas práticas cria outros, tais como a repressão totalitária e irrespirável, a falta de liberdade política para a formação de lideranças autênticas, um clima opressivo que impede a criatividade e a inovação, e que a sociedade levará anos, até mesmo décadas, tendo que aturar ou tolerar. Definitivamente, não é disso que a sociedade precisa para a cura de seus males.
Glauber Araujo – 26/11/2014

Eu nao consigo acreditar que tem gente que ainda pensa que o capitalismo ” deu certo”. Peço para essas pessoas dar um passeio, pela Somália ou Haiti. Creio que a todos faltam um pouco de sensibilidade com a causa humana. Marx no capitulo XXIV do ” O Capital” fala do acúmulo da riqueza. Se hoje existe um terceiro mundo, existe porque fomos saqueados. As grandes riquezas estão empapadas com sangue dos povos originários. Outro mundo é possível. Capitalismo nao dá mais.
Alchimist da Silva – 26/11/2014

Excelente conteúdo. Didático, equilibrado e muito oportuno.
MIGUEL ANGELO GOMES DE ARAUJO – 25/11/2014

Texto de linguagem simples e direta, de um extremo didatismo e precisão cirúrgica. Realmente temos de dizer BRAVO!!!
Rodrigo Ricoy Dias – 25/11/2014

Escrito com uma linguagem clara e até didática, o artigo resume muito bem as contradições, visíveis a olho nu, de um sistema que padece dos mesmos problemas já criticados há mais de 150 anos, mas que se adaptou o suficiente para desarticular o proletariado como classe, trazendo como resultado a existência de uma maioria de defensores até mesmo entre aqueles que jamais participarão efetivamente da divisão da riqueza. Parabéns à autora pela exposição singela.
Zenio Silva – 25/11/2014

De tão simples é brilhante! Com a palavra os tais dos 1%!
Nilson Caetano – 25/11/2014

Era o que eu queria dizer e não sabia! Parabéns e obrigado pelo texto!
Marcia Eloy – 25/11/2014

O capitalismo deu certo para quem se beneficiou dele, pois é o regime mais egoísta do mundo.
Roberto Locatelli – 25/11/2014

Rosa Luxemburgo sintetizou a situação humana atual quando disse: “Socialismo ou barbárie”. Essa é a encruzilhada em que estamos. O capitalismo continua produzindo crises, bolhas e desastres econômicos para a maioria, enquanto os bilionários ficam mais bilionários.
Thiago dos Santos Paulo – 25/11/2014

Inspirador esse último parágrafo!
Altamir Gonçalves Filgueiras et Silva – 25/11/2014

Eu acho que as pessoas devem lutar pelo seu povo independentemente do Sistema. A gente deve se mobilizar para aperfeiçoar o Capitalismo, para que não seja tanto hipocrisia como o é. Tem-se que assimilar as regras do jogo e interagir nele para que a filosofia se faça valer na justiça… Esta é uma luta menos impossível do que parece…
Mário SF Alves – 25/11/2014

Muito bem. É preciso mesmo descascar essa jaca. É preciso mesmo trazer seu cerne à luz. E já passa da hora de tomarmos essa decisão. Já passa da hora de desmascararmos todos os sistemas. É preciso mostrar a realidade, as virtudes, mas, também, as distorções éticas, morais e sujeições a falhas a que todos estão propensos e/ou condicionados. Ressalte-se: de todos. De mais a mais, e o que pode ser o mais importante: todos eles passam. Tudo é transitório. É um dado na Natureza. A única coisa que não é transitória é a sede de vida e de vida em plenitude comum a todos os seres vivos. Portanto, o que não se pode permitir em hipótese alguma é que quaisquer destes sistemas em nome de interesses de minorias ponham em risco a sobrevivência, a dignidade, os direitos e os deveres fundamentais da maioria; e que é, neste caso, sobretudo, constituída pelo único ser vivo dotado de consciência na face deste singular e tão maravilhoso Planeta; o único que sabe de sua finitude; o único que sabe que vai morrer um dia; que tem consciência do infinito e do eterno, do inalcansável. O único que conscientemente dimensionar sua força, limites e fragilidades decorrentes da dor, da doença e da injustiça; o único que tem consciência de que é capaz de amar e de sentir compaixão. E o único que, paradoxalmente, está sujeito à autodestruição e à desumanização.