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21 exercícios de neuróbica para deixar o seu cérebro afiado


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Quem foi que disse que o cérebro não precisa de exercícios para se manter ativo? Se o nosso corpo necessita de malhação para ficar sempre em ordem e cheio de disposição, por que com a mente seria diferente?

O cérebro também vai perdendo sua capacidade produtiva ao longo dos anos e, se não for treinado com exercícios, pode falhar. O neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o cérebro.

A teoria de Katz é baseada no argumento de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente também precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida. É comum não prestamos atenção naquilo que fazemos de forma mecânica, por isso costumamos esquecer das ações que executamos pouco tempo depois.

“O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder de concentração e a sua memória”, explica a psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva, Mariuza Pregnolato. “Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente”.

Para o neurologista da Unifesp Ivan Okamoto, tais exercícios ajudam a desenvolver habilidades motoras e mentais que não costumamos ter em nosso dia a dia, porém, tais habilidades em nada se relacionam com a memória.

“Se você é destro e começa a escrever com a mão esquerda, desenvolverá sua coordenação motora de modo a conseguir escrever com as duas mãos e caso um dia, tenha algum problema que limite a escrita com a mão direita, terá a esquerda bem capacitada para isso. Mas o fato de praticar este tipo de exercício não significa que você se verá livre de problemas como esquecer de pagar as contas, tomar o remédio, ou algo do gênero”, explica o especialista.

Como funciona a neuróbica?

A neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns em nosso dia a dia, alterando nossa forma de percepção, sem, contudo, ter que modificar nossa rotina. O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. São exercícios que vão desde ler ao contrário até conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, mas que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do nosso corpo. “São esses hábitos que ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro desenvolvendo suas células e deixando-o mais saudável”, explica Mariuza Pregnolato, psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva.

Quanto mais o cérebro é treinado, mais afiado ele ficará, mas para isso não precisa se matar nos testes de QI ou nas palavras cruzadas para ter resultados satisfatórios. “Estas atividades funcionam, mas a neuróbica é ainda mais simples. Em vez de se inscrever em um super desafio de matemática e ficar decorando fórmulas, que tal vestir-se de olhos fechados ou andar de trás para frente?”, sugere a especialista. A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro para “forçar” a memória. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção ou usar um novo caminho para ir ao trabalho.

O papel dos sentidos

O programa de exercícios da neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos – visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos “sentidos” de cunho emocional e social.

“Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações, assim, quando você veste uma roupa no escuro, coloca seus sentidos em sinal de alerta para a nova situação. Se a visão foi dificultada, e é isso que faz com que você sinta o efeito dos exercícios, outros sentidos serão aguçados como compensação”, explica Mariuza.

Para estimular o paladar, uma dica bacana é fazer combinações gastronômicas inusitadas. Já pensou em misturar doce com salgado? Maionese com leite condensado?

Corpinho de 40 e Mente de 20!

A neuróbica não vai lhe devolver o cérebro dos vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o seu arquivo de memórias. “Não dá para aumentar nossa capacidade cerebral, o que acontece é que com os exercícios você consegue ativar áreas do seu cérebro que deixou de usar por falta de treino”, explica Mariuza.

“Você só estimula o cérebro se o exercita, por isso quem sempre esteve atento a esta questão terá menos problemas de saúde cerebral, como demência e doenças cognitivas, como Alzheimer”, considera a especialista.

9 Exercícios de quebra de rotina

Mudar a rotina ajuda a nos tirar dos padrões de pensamento de sempre, que nos levam ao piloto automático. Experimente:

1- Use o relógio de pulso no braço direito

2- Ande pela casa de trás para frente

3- Vista-se de olhos fechados

4- Veja as horas num espelho

5- Troque o mouse do computador de lado

6- Escove os dentes utilizando as duas mãos

7- Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual

8- Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro

9- Faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever com a outra mão?

3 Exercícios de Memorização

Treinar a memória também ajuda a desenvolver a mente. Tente esses exercícios:

1- Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os

2- Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos

3- Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar

9 Exercícios com palavras e habilidades cognitivas

Aprimorar novas habilidades sempre ajuda a exercitar o cérebro. Experimente essas dicas:

1- Estimule o paladar, coma comidas diferentes

2- Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado

3- Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado

4- Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais sutis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef

5- Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras

6- Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes

7- Compre um quebra-cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu

8- Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver

9 – Ao ler uma palavra pense em outras cinco que começam com a mesma letra

Hábitos Saudáveis

Outra atitude indispensável para manter a memória sempre afiada, é prestar atenção na qualidade de vida. O neurologista Ivan Okamoto sugere um estilo de vida mais tranquilo, com alimentação balanceada, sem vícios e com a prática regular de exercícios físicos para manter o corpo e a mente saudáveis.

“A melhor maneira de manter a memória em dia é cuidar da saúde, por isso é importante evitar cigarro e bebidas alcoólicas, seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios e exercitar o cérebro. Manter a atividade mental, seja trabalhando ou participando de alguma atividade em grupo, ajuda a elevar a autoestima e deixar a memória a todo vapor”
, explica o especialista.

(Texto de Natalia do Vale | Via: Minha Vida)

Outra dica que não foi citada no texto, mas acredito que seja fundamental para a nossa mente, sem dúvida nenhuma é a prática da meditação. Caso você tenha interesse em aprender a meditar acesse nossa área de exercícios. Boa prática!

– Veja mais em: http://despertarcoletivo.com/21-exercicios-de-neurobica-para-deixar-o-seu-cerebro-afiado/

NASA financiará conceitos futurísticos para viagens espaciais


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Redação do Site Inovação Tecnológica

NASA financiará conceitos futurísticos para viagens espaciais

Imagem: John Bradford/Spaceworks Engineering

A NASA anunciou que irá financiar uma série de pesquisas inovadoras, dentro do seu Programa de Conceitos Avançados.

Segundo a agência, as propostas foram selecionadas com base no potencial que esses conceitos têm para mudar a forma como as missões espaciais são realizadas, criando novas capacidades ou melhorando significativamente as técnicas usadas atualmente.

Os projetos que estão na fase de idealização receberão US$100.000 e deverão apresentar resultados em um ano. Os projetos que já estão em estágio mais avançado receberão US$500.000 e terão dois anos para serem concluídos.

Conheça quatro das propostas aprovadas, duas envolvendo missões robotizadas e duas envolvendo viagens tripuladas.

Em uma reportagem posterior, apresentaremos as novas tecnologias de propulsão vislumbradas pela NASA.

Hibernação espacial

John Bradford, da Spaceworks Engineering, está propondo começar a colocar na prática um conceito longamente utilizado na ficção científica: a “suspensão” das atividades metabólicas do ser humano durante as longas viagens espaciais.

Embora o conceito de “animação suspensa” continue longe do alcance do conhecimento científico e das tecnologias disponíveis – na ficção o conceito envolve uma espécie de criopreservação -, Bradford acredita que o conhecimento médico atual já permite a indução de estados de sono muito profundos, o que ele chama de torpor.

Durante o torpor, o ser humano apresenta taxas metabólicas reduzidas, diminuindo as demandas sobre água, alimentos, entretenimento e, sobretudo, reduzindo o estresse psicológico de uma viagem a Marte, por exemplo.

O engenheiro propõe desenvolver um habitáculo com toda a tecnologia necessária para que os astronautas permaneçam nesse estado de dormência induzida.

O habitáculo seria um pequeno módulo pressurizado com acesso direto tanto à nave principal, quanto ao módulo de descida.

“Nós acreditamos que o habitáculo da tripulação possa ser reduzido para apenas cinco a sete metros para uma tripulação de quatro a seis astronautas, comparados com os 20 a 50 metros atuais. O módulo total da tripulação teria algo na ordem de 20 metros cúbicos, em comparação com os 200 metros cúbicos das propostas atuais,” disse Bradford.

O projeto prevê a avaliação do sistema completo para uma missão a Marte, além da comparação da proposta de “módulo de torpor” com as demais tecnologias sendo avaliadas pela NASA.

NASA financiará conceitos futurísticos para viagens espaciais

[Imagem: Lynn Rothschild/NASA]

Impressão 3D de biomateriais

Há muito tempo a NASA tem manifestado interesse nas impressoras 3D. Foram engenheiros do seu Centro de Pesquisas Langley que inauguraram aprototipagem rápida com metais, com vistas à fabricação de peças sobressalentes de espaçonaves onde quer que elas se façam necessárias.

Outros experimentos mostraram que é possível construir peças com poeira lunar usando uma impressora 3D e, eventualmente, até uma base lunar inteira.

Mas a ideia agora é fabricar biomateriais, com vistas à produção de qualquer coisa necessária a um ser humano em outro planeta, de alimentos a tecidos humanos para implantes.

“Imagine estar em Marte e poder substituir qualquer peça quebrada, seja uma parte do seu traje espacial, o seu habitáculo ou o seu próprio corpo. Propomos uma técnica que permitiria isso,” diz Lynn Rothschild, do Centro de Pesquisas Ames, da própria NASA.

Rothschild pretende fazer isso usando uma impressora 3D para construir coisas usando não metais ou resinas, mas células vivas, alteradas geneticamente para secretar os materiais necessários para que roupas, hambúrgueres e órgãos para implantes possam ser fabricados por qualquer astronauta bem treinado.

NASA financiará conceitos futurísticos para viagens espaciais

[Imagem: Hamid Hemmati/NASA]

Sondas espaciais 2D

Quando o robô Curiosity desceu em Marte, os chefes da missão na Terra afirmaram ter passado por “sete minutos de terror”, tamanha foi a expectativa gerada pela complicada engenharia necessária para colocar um jipe de uma tonelada na superfície de outro planeta.

Hamid Hemmati, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA acredita que dá para explorar outros planetas com muito menos estresse.

Ele está propondo colocar na superfície não naves pesadas e complicadas, mas simples fitas, que desceriam suavemente de onde quer que sejam lançadas.

“O nosso conceito de sondas espaciais 2D consiste em uma pilha de folhas flexíveis, cada uma equipada com uma variedade de sensores, geradores de energia, aviônica e capacidades de telecomunicação,” disse Hemmati.

As sondas bidimensionais, ou fitas eletrônicas, seriam simplesmente soltas na atmosfera, sem qualquer dispositivo de pouso e sem necessidade de propulsão, totalmente desnecessários.

A ideia é imprimir os sensores dos dois lados das sondas planas, e lançá-las às dezenas ou centenas, criando uma rede de sensores que colete dados de uma grande área da superfície do planeta – ou qualquer outro corpo celeste, incluindo luas, cometas e asteroides.

NASA financiará conceitos futurísticos para viagens espaciais

[Imagem: Adrian Stoica/NASA]

Transformers espaciais

Adrian Stoica, também do Laboratório de Propulsão a Jato, vislumbra aparelhos mais complexos e mais versáteis, o que ele chama de “transformers para ambientes extremos”.

O engenheiro propõe criar veículos multifuncionais, capazes de alterar seu formato ou função de acordo com o local que pousarem.

“Colocados sobre a borda ensolarada de uma cratera permanentemente sombreada, ou na entrada de uma caverna, os Transformers poderão ser usados em conjunto com robôs de exploração, projetando um microambiente favorável nas áreas frias e escuras,” disse Stoica.

As cavernas e crateras escuras, da Lua e de Marte, atraem a atenção dos pesquisadores porque, além de darem informações científicas importantes sobre a formação e história geológica, é possível encontrar nelas gelo e, eventualmente, sinais de vida extraterrestre.

VAMOS LUTAR PELA CRIAÇÃO DA SECRETARIA NACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS!


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Indígena raízes e razões da luta

Por: Hélio Araújo Silva

Temos  a FUNAI – Fundação Nacional do Índio, que não tem força política nenhuma. Na verdade, este órgão não tem força suficiente para estimular o desenvolvimento e é muito deficiente na questão dos Índios. Tem dificuldades para gerir o seu patrimônio e fiscalizar suas terras, não impedindo ações predatórias de garimpeiros, posseiros, madeireiros, etc, que representem um risco à vida e à preservação desses povos. Este órgão também tem pouquíssima
expressão nos poderes do Governo e no Estado, sendo ineficiente na luta
pela questão da cidadania dessa população, bem como na melhoria da saúde,
educação, etc. É por isso que resolvemos fazer esta campanha. Pelo menos acho que devemos lutar pela criação de uma Secretaria Especial ligada diretamente ao Presidente da República, como a das Mulheres.

Terenas
Os índios merecem isso depois de 510 anos de marginalidade, de falta de
educação e de outras oportunidades de crescimento social e político. Olha para
os negros que souberam lutar pelos seus direitos (vejam os dados do IBGE, para se ter uma idéia do avanço dos negros nestes últimos anos). Hoje, ainda não temos um índio nativo (ou seja, puro) que tenha um doutorado em qualquer ramo do conhecimento. Os indicadores culturais e sociais dos povos indígenas, de uma maneira geral, ainda são muito baixos. Eu acho uma vergonha que um país como o Brasil, que tem apresentado índices bastante
significativos de taxa de crescimento econômica mantenha os seus povos nativos como subjugados.

ÍNDIO E BRASIL
Acho que razões como estas nos estimulam a lutar por uma SECRETARIA NACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS, para que consigamos alcançar alguma vitória para este povo tão sofrido. Neste mundo em que vivemos hoje, temos de saber barganhar….Usar todas as forças de organizações como ONU, OIT, etc, seja de onde vier. Nossos caciques tem que se reunirem com Senadores e Deputados para lutarem com a força dos índios e participarem mais de Conferências Nacionais eInternacionais. Não precisamos de antropólogos,
ambientalistas, ongueiros, etc, para lutarem por nós e descobrirem  o que
melhor para os índios.

Temos de parar de dizer que a nação indígena é uma nação separada do
povo brasileiro. Isso é arrogância de povo perdedor. Todos nós somos seres
humanos…

e-mail:  shorin33@gmail.com

A política indigenista sob comando do agronegócio


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Clovis Antonio Brighenti, historiados e membro do Cimi

No último dia 5, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a latifundiária e pecuarista ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, deixou claro qual será a política indigenista do próximo mandato da presidente Dilma Rousseff: nada de demarcações de terras indígenas e mudança na legislação, ou seja, uma continuidade mais radical dos últimos quatros anos do governo. Segundo a latifundiária, os indígenas atuais não têm direito porque eles “saíram da floresta e passaram a descer nas áreas de produção”.

A política indigenista brasileira, legalmente, não é atribuição do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No entanto, na prática, este é o ministério que mais exerce influência no governo sobre a temática, e é a bancada do agronegócio na Câmara que tem externado os mais veementes discursos racistas, preconceituosos e tem incitado a violência contra os povos indígenas. Além da incidência política na relação com o governo há uma relação pessoal entre Dilma Rousseff e Kátia Abreu, definida pela ministra como sendo de “fã”, e a confiança recíproca também é verdadeira.

A declaração de que os indígenas são e deveriam permanecer na floresta revela a mais profunda ignorância externada por uma pessoa, inadmissível a um Ministro de Estado. A frase só pode ser entendida a partir da dimensão política, do uso do cargo público para impedir que os povos indígenas acessem seus direitos. Também tem a função de criar na opinião pública conceitos distorcidos e levianos no sentido da não humanização dos povos indígenas.

indios-participam-de-sessao-solene-na-camara-dos-deputados

Primeiramente, é importante compreender que os povos indígenas não são e nunca foram da floresta. As informações arqueológicas, históricas e contemporâneas demonstram que os povos indígenas vivem em aldeias, algumas chegando a constituir-se como cidades e outras apenas povoados, mas não há dados históricos que demonstram que os indígenas viviam como quer fazer crer a ministra. Havia e há uma relação próxima com a floresta, devido aos conceitos de natureza humana, comum entre povos indígenas, pelos quais pessoas e meio ambiente são integrantes de um mesmo cosmos e necessitam-se reciprocamente para sobreviver, muito diferente do conceitos do agronegócio em que o meio ambiente é um estorvo, um impedimento ao lucro, basta lembrar que foi a mesma bancada de latifundiários que provocou a mudança no Código Florestal brasileiro, a fim de ampliar o cultivo de cana e soja.

Os dados históricos demonstram que as regiões onde se concentram os maiores conflitos por terra nesse país – Mato Grosso do Sul, região Sul e Nordeste – são locais onde os povos indígenas foram violentamente arrancados de suas terras. O relatório produzido pela Comissão Nacional da Verdade, e entregue no último dia 10 de dezembro à presidente Dilma Rousseff, revela que a expulsão desses povos ocorreu a partir de 1950, com a Marcha para o Oeste do governo de Getúlio Vargas, tanto no oeste dos estados do Sul como no Mato Grosso do Sul.Etnia Karajá Xambioá

Até esse período essas regiões eram ricas e florestadas. Foi o agronegócio, predador, que avançou sobre as terras indígenas, destruiu a floresta, mecanizou o campo e expulsou os indígenas. Mesmo nos locais em que as terras indígenas já estavam consolidadas, a partir da criação de reservas no início do século XX, houve reduções, foram feitos acordos entre o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) e governos de estados para reduzir as terras. Outros indígenas foram expulsos e povos praticamente exterminados, como no caso dos Xetá no noroeste do Paraná, sem nunca terem tido acesso a uma terra regularizada e os Kaiowá, no MS, confinados em pequenas reservas. Portanto, nada mais mentirosa e preconceituosa que a declaração da ministra.

A pecuarista também fez questão de posicionar-se sobre o reconhecimento da tradicionalidade, demonstrando mais uma vez sua total ignorância e malícia com relação ao tema: “Se a presidenta entender que os pataxós estão com a terra pequena, arruma dinheiro da União, compra um pedaço de terra para eles e dá. Ótimo. Eu só não posso é tomar terra das pessoas para dar para outras.” Ou seja, se seus colegas latifundiários tomaram as terras dos Pataxó é a União que deve “comprar” um pedaço de terra. Ora, senhora pecuarista, não é assim que define a legislação brasileira que a senhora, como ministra, deveria muito bem conhecer.

Por fim, a Miss Desmatamento 2009 (prêmio concedido pelo Greenpeace), usa de artimanhas esdrúxulas, demonstrando o quanto irresponsável é, não apenas em relação aos povos indígenas, mas com todo o Brasil: “Então, vamos tomar o Rio de Janeiro, a Bahia. Por que [o raciocínio] só vale em Mato Grosso do Sul? O Brasil inteiro era deles. Quer dizer que nós não iríamos existir.” Discurso fajuta e que não contribuiu com a solução dos conflitos. Todos nós sabemos que os povos indígenas reivindicam terras específicas e pontuais definidas como terras tradicionalmente ocupadas. É importante ressaltar que se todas as terras reivindicadas pelos povos indígenas no estado do Mato Grosso do Sul, por exemplo, que tem a segunda maior população indígena do país, fossem demarcadas, esse total corresponderia a apenas 2% do estado todo. Mais de 85% do Brasil já está consolidado como não terra indígena, portanto quanto mais querem os latifundiários?

Terena 8

Diante do absurdo do discurso da Ministra não resta outra alternativa que pedir solenemente à presidente Dilma Rousseff que demita a ministra, que nunca deveria ter assumido um cargo como o que ocupa… pelo bem do Brasil.

*Clovis Antonio Brighenti é Historiador, membro do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e professor de História na Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila).

Via Láctea pode ter bilhões de ‘Terras’


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  • Até uma em cada seis estrelas (sóis) pode abrigar em sua órbita um planeta do tamanho da Terra, segundo uma pesquisa divulgada pela Sociedade Astronômica Americana, na Califórnia-EUA.

    Com base nesses dados, os autores da pesquisa afirmam que pode haver um total de 17 bilhões desses planetas em toda a nossa galáxia, chamada de VIA LÁCTEA.

    Desde seu lançamento, em 2009, o telescópio Kepler vem observando uma parte fixa do céu, captando mais de 150 mil estrelas em seu campo de visão. Ele detecta a diminuta redução na luz que chega de uma estrela quando um planeta passa em frente a ele, no que é chamado trânsito.

    A nossa Galáxia Via Láctea pode ter 17 bilhões de ‘Terras’, diz estudo

    Fonte: http://www.bbc.co.uk/

    Jason Palmer – Da BBC News

    A pesquisa, divulgada no encontro semestral da Sociedade Astronômica Americana, na Califórnia-EUA, foi baseada em análises de possíveis planetas revelados pelo telescópio espacial Kepler.

    A equipe responsável pelo Kepler também anunciou 461 novos candidatos a planetas, elevando a 2.740 o número total de planetas já identificados. Desde seu lançamento, em 2009, o telescópio Kepler vem observando uma parte fixa do céu, captando mais de 150 mil estrelas em seu campo de visão.

    Imagem artística mostra diferentes tipos de planetas na Via Láctea detectados pelo Telescópio Espacial Kepler.

    Ele detecta a diminuta redução na luz que chega de uma estrela quando um planeta passa em frente a ele, no que é chamado trânsito. Mas essa é uma medida difícil de se fazer, com a luz total mudando apenas frações de porcentagem. Além disso, nem toda redução se deve a uma estrela.

    ‘Correções‘ O astrônomo François Fressin, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica – que descobriu o primeiro planeta do tamanho da Terra – começou a tentar descobrir não somente quais candidatos detectados pelo Kepler podem não ser planetas, mas também quais planetas podem não ser visíveis ao Kepler. “Temos que corrigir duas coisas.

    Primeiro, a lista de candidatos do Kepler é incompleta”, disse Fressin à BBC.  “Nós somente vemos os planetas que estão em trânsito pelas suas estrelas hospedeiras, estrelas que por acaso têm um planeta que está bem alinhado para que nós o vejamos. Para cada um deles, há dezenas que não estão nessas condições”, explica.

    Concepção artística da nossa Galáxia, a VIA LÁCTEA, que poderia ter cerca de 400 bilhões de estrelas/sóis e incontáveis planetas que abrigariam vida humana.

    “A segunda grande correção é na lista de candidatos – há alguns que não são planetas verdadeiros transitando sua estrela hospedeira, são outras configurações astrofísicas”, diz. Isso pode incluir, por exemplo, estrelas binárias, nas quais uma estrela orbita outra, bloqueando parte da luz conforme as estrelas “transitam”umas às outras.

    “Nós simulamos todas as possíveis configurações em que podíamos pensar – e descobrimos que elas poderiam representar apenas 9,5% dos planetas Kepler, e que todo o resto são planetas genuínos”, explicou Fressin. Os resultados sugerem que 17% das estrelas hospedam um planeta com tamanho até 25% superior ao da Terra, com órbitas fechadas que duram apenas 85 dias ou menos – semelhante ao do planeta Mercúrio. Isso significa que a galáxia abrigaria ao menos 17 bilhões de planetas do tamanho da Terra.

    Zona habitável

    Busca por planetas semelhantes à Terra tem se intensificado nos últimos anos. O estudo divulgado por Fressin foi complementado pelos resultados de uma pesquisa do astrônomo Christopher Burke, do Seti Institute, que anunciou a descoberta de mais 461 candidatos a planetas.

    O cosmos é infinito assim como a possibilidade de vida extraterrestre, em diferentes níveis de evolução rumo à consciência total.

    Desse montante, uma fração substancial tem o tamanho da Terra ou não são muito maiores – planetas que até agora vinham sendo particularmente difíceis de serem detectados. “O que é particularmente interessante é que quatro desses novos planetas – com menos de duas vezes o tamanho da Terra – estão potencialmente na zona habitável, a localização em torno de uma estrela onde poderia potencialmente haver água líquida para sustentar a vida”, disse Burke à BBC.

    Um dos quatro planetas, batizado de KOI 172.02, tem apenas uma vez e meia o diâmetro da Terra e orbita uma estrela semelhante ao Sol – no que seria a versão mais próxima já descoberta de uma “gêmea” da Terra. “É muito animador, porque estamos realmente começando a aumentar a sensibilidade a essas coisas na zona habitável – estamos realmente só chegando à fronteira dos planetas que podem potencialmente ter vida”, diz Burke.

    William Borucki, um dos líderes da missão do Kepler, se disse “encantado” com os novos resultados. “A coisa mais importante é a estatística – não encontraremos somente uma Terra, mas cem Terras, que é o que veremos com o passar dos anos com a missão Kepler – porque ele foi desenvolvido para encontrar várias Terras”, disse.

Startup vai usar drones para semear 1 bilhão de árvores por ano e reflorestar o planeta


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start-up-vai-semear-1-bilhao-arvores-com-drones-e-reflorestar-planeta-abre-625

Corte de madeira, mineração, agropecuária e a cada vez maior expansão dos centros urbanos em direção às florestas são responsáveis por levar ao chão aproximadamente 26 bilhões de árvores por ano.

Para reverter este cenário de destruição, o americano Lauren Fletcher sonha em fazer um replantio em escala industrial: semear 1 bilhão de árvores por ano usando drones. “Há anos eu e meu time estudamos as mudanças climáticas. Com esta tecnologia, acreditamos que poderemos mudar o mundo”, afirma o visionário.

Fletcher, engenheiro que trabalhou durante 20 anos na Agência Aeroespacial Americana (Nasa), é o CEO da BioCarbon Engineering, sediada em Oxford, na Inglaterra. A startup desenvolveu um projeto que utiliza a tecnologia dos drones para mapear, plantar e monitorar o crescimento das mudas.

No ar, os drones farão o mapeamento preciso das áreas que precisam ser replantadas, gerando imagens em alta resolução e mapas em 3D. Em seguida, o equipamento será usado para o plantio de sementes germinadas, que tem índice de absorção na terra muito mais alto quando comparado a técnicas que fazem dispersão aérea de sementes  secas.

start-up-vai-semear-1-bilhao-arvores-com-drones-e-reflorestar-planeta-II-625

O drone lança do ar casulos com sementes pré-germinadas

O sistema é bastante sofisticado. Os drones descem a dois ou três metros acima do solo e lançam uma espécie de casulo, que contem sementes pré-germinadas, cobertas por um hidrogel com nutrientes. O veículo aéreo tem capacidade para plantar dez sementes por minuto. Fletcher acredita que será possível plantar 36 mil mudas de árvores por dia.

A técnica de agricultura de precisão garantirá o replantio em larga escala. Segundo a BioCarbon Engineering, o plantio manual é caro e lento e o que espalha sementes secas apresenta baixo índice de germinação.

Numa última etapa, os drones servirão para monitorar as áreas que foram replantadas. Esta informação ajudará a fornecer avaliações da saúde do ecossistema ao longo do tempo.


start-up-vai-semear-1-bilhao-arvores-com-drones-e-reflorestar-planeta-625A startup estima que será possível plantar 36 mil mudas de árvore por dia

No ano passado, o projeto da BioCarbon Engineering recebeu um prêmio da Skoll Foundation, fundação americana que investe na inovação e empreendedorismo social. Mais recentemente, ficou com o terceiro lugar na competição Drones for Good, nos Emirados Árabes Unidos.

A intenção do engenheiro americano é que até o meio do ano os drones já estejam no ar, semeando novas florestas pelo planeta. Que bons ventos os levem!

Assista abaixo ao vídeo em que Lauren Fletcher explica como funcionará o replantio de árvores com drones:

Leia também:
Florestas plantadas ajudam a reduzir CO2 na atmosfera
Árvores: verdadeiras fábricas de saúde
70% das florestas remanescentes do planeta estão ameaçadas
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Fotos: Pavel Ahmed (abertura) e divulgaçhttps://www.facebook.com/Superinteressante/photos/a.435242732579.240315.80591352579/10153487733972580/?type=1&theater

Vimanas-UFOs: descoberta uma peça muito antiga


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Vimanas ou UFOs

Uma peça manufaturada de Alumínio com a idade de 20 mil Anos, um trem de pouso de um “Vimana” (uma antiga espaçonave) da antiga ÍNDIA – Bharata – foi descoberto. 

Alguns estudiosos estão convencidos de que uma antiga e avançada civilização existiu onde a moderna e atual nação da Índia existe hoje. Eles reclamam que as cidades-estado pré-históricas (pré-dilúvio) tinham tecnologias muito avançada, incluindo armas de alta energia, aviões a jato, espaçonaves e até mesmo a bomba atômica.

Uma peça manufaturada de Alumínio com a idade de 20 mil Anos, um trem de pouso de um “Vimana” (uma antiga espaçonave) da antiga ÍNDIA – Bharata – foi descoberto. 

http://beforeitsnews.com/

By Terrence Aym (Reporter) Contributor profile

Agora, um artefato deslumbrante e fabricado tecnologicamente em passado remoto foi identificado por alguns pesquisadores como uma parte de um conjunto do trem de pouso de aeronaves, datado com cerca de 20 mil anos de idade, e feito de um metal que não foi descoberto pela nossa civilização atual até o início dos anos de 1800. 

Por muitos anos, alguns pesquisadores da antiga Índia e da Ásia têm tentado convencer os céticos ocidentais de que os chamados textos religiosas do Rig Veda também  são narração de FATOS da história realmente descritiva e autêntica. Dando credibilidade às suas reivindicações existem vários artefatos manufaturados encontrados ao longo dos últimos anos e descrições detalhadas da engenharia de aeronaves vimanas e da sua construção.

A incrível descoberta na década de 1990 dos restos de uma antiga cidade no norte da Índia, cujo local ainda era altamente radioativo enviou alguns arqueólogos correndo para o local da descoberta.

E então, um artefato muito estranho, o Wedge of Aiud (Cunha de Aiud), descoberta em 1973, foi visto com um novo olhar: uma antiguíssima peça de metal usinado feita de uma liga de alumínio (metal não encontrado na natureza). Originalmente se pensava que tivesse cerca de 400 anos, mas novos e mais modernos testes têm determinado que sua idade é de 18.000 a.C., a partir do Pleistoceno, cerca de 20.000 anos antes da descoberta do alumínio nos atuais tempos modernos.

Mais estranho ainda, alguns especialistas acreditam que o artefato pode ser parte de um trem de pouso de algum tipo de espaçonave…  Possivelmente de um dos antigos Vimanas  indianos, as  máquinas voadoras descritas nos textos sagrados do RigVeda .

As super cidades-estados pré-dilúvio perdidas.

As provas que vem se acumulando durante os últimos séculos acrescenta credibilidade à ideia de que super cidades-estado cresceram na região em algum momento no final da última Idade do Gelo. A melhor evidência para a localização de algumas dessas cidades – que poderiam  ter gerado a civilização pelo mundo se encontra no norte da Índia e sul do Paquistão, e num trecho desolado do deserto de Gobi, na Mongólia, ao noroeste da China.

Essas culturas tão avançados se diz terem possuído uma tecnologia muito elevada, igual e superior em alguns aspectos à do século 21.Textos antigos se referem a edifícios imponentes, vários tipos de aeronaves, um elevado nível de ciência e engenharia, e até mesmo uma arma que os físicos de hoje acreditam que foi usado pela primeira vez nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial: a bomba atômica.

Pode ser que essas culturas avançadas se eliminaram umas às outras por se envolver em uma guerra nuclear limitada. Evidências colhidas ao longo das últimas décadas apontam nessa direção. Talvez, depois de uma série de ataques devastadores, a rede remanescente dessas antigas e avançadas culturas desabou, sucumbindo às devastações da depressão econômica, deslocamentos da população (ao abandonar as cidades radioativas) e doença.

Ilustração de um vimana por David H. Childress

As máquinas (Vimanas) antigas que voavam

De acordo com os reverenciados textos indianos dos Vedas, escritos em sânscrito, os Vimanas e ram máquinas voadoras. A palavra vimana é usada ainda hoje na linguagem moderna indiana para se referir a aeronave. Enquanto a maioria dos vimanas eram usados para o transporte através da atmosfera, alguns foram descritos como sendo usados para viajar no espaço exterior, enquanto outros eram uma forma limitada de submarino.

Assim como aeronaves modernas, os vimanas tiveram várias configurações e tamanhos, dependendo do que eles foram projetados para realizar. Alguns tinham dois motores, como a agnihotra-vimana , outros, como a gaja-vimana , tinham mais. Ao todo, podem ter sido tantos tipos como uma dúzia de tipos diferentes de vimanas todos projetados para diferentes fins. A maioria deles voavam.

Se assim for, os vestígios de uma ou mais dessas culturas pode ter servido para alimentar a lenda da grande cidade de Atlântida que aparece nos diálogos de Platão, Timeu e Crítias escritos por volta de 360 a.C. Após o colapso dessas cidades-estado, o restante da Humanidade caiu na barbárie e conhecimento da tecnologia fantástica se transformou em mito. Este ponto de vista é suportado pelo fato de que algumas das primeiras pinturas nas cavernas revelam um maior nível de sofisticação do que aquelas que foram criadas centenas de anos mais tardiamente. A raça humana regrediu e as glórias das super-cidades estado foi ocultada pelas brumas rodopiantes do tempo.

Um Ataque atômico … Há 20.000 anos

Vestígios de uma antiga guerra atômica entre avançadas e poderosas cidades-estado ainda permanecem no norte da Índia, Paquistão e em partes do grande Deserto de Gobi, na Mongólia. Os cientistas sabem há muitos anos sobre a extensão de areia vitrificada que cobre uma região do Deserto de Gobi. A areia fundida, de cor esverdeada, só pode ser criada através da exposição a um calor intenso. Geólogos acreditam que a areia se tornou vitrificada pela exposição à ação vulcânica; astrônomos afirmam que um grande meteoro poderia ter feito isso; e os físicos perguntam se o vidro não foi causado por uma explosão atômica.

Esses três incidentes são as únicas coisas que poderiam ser responsáveis pela existência da região de areia vitrificada, que se situa nos trechos solitários da terra árida. Mas as origens vulcânicas estão fora, pois que não existem vulcões na região.  E também não existe evidência de uma cratera meteórica ou resíduo que seria encontrado se uma rocha do espaço batesse no deserto e deixasse cicatrizes no terreno e queimasse a areia ao ponto de fusão em vidro.

Vestígios de uma antiga guerra atômica entre avançadas e poderosas cidades-estado ainda permanecem no norte da Índia, Paquistão e em partes do grande Deserto de Gobi, na Mongólia.

O processo de eliminação deixa apenas uma explosão atômica para explicar a estranha condição da areia,  uma região vitrificada onde nada nasce e cresce. Suportando a teoria atômica existe o fato de que uma parte da área do terreno tem um maior nível de radiação de fundo fora da área afetada semelhante. É quase como se algo que existisse na região deserta e foi vaporizado por uma explosão como as explosões que destruíram Hiroshima e Nagasaki.

Outra descoberta que confirma a existência de uma avançada civilização de cidades-estado tecnologicamente avançada cerca de 20.000 anos atrás, foi a descoberta impressionante dos restos de uma antiga cidade, Mohenjo-Daro, no estado noroeste do Rajastão, na Índia. O local foi encontrado quando começou a construção para o desenvolvimento de novas habitações.

O local foi encontrado quando começou a construção para o desenvolvimento de novas habitações.

O que surpreendeu os arqueólogos foram os restos carbonizados de edifícios parcialmente derretidos e os esqueletos radioativos que foram cobertos por uma espessa camada de cinzas – confirmado mais tarde como tudo sendo radioativo. As cinzas cobriam uma área quadrada de três milhas. Outra pesquisa mostra que existiam várias cidades-estado principais e que pelo menos duas ou mais estavam em guerra uns contra os outros. Enquanto muita atenção tem sido focada nas pesquisas arqueológicas das cidade-estado do norte da Índia, pouco tem sido gasto investigando os restos da antiga explosão atômica no Deserto de Gobi.

Sitio arqueológico de Mohenjo-Daro, onde foram encontrados altos níveis de radioatividade e esquelestos radioativos.

A antiga região é considerada por alguns professores universitários locais como sendo uma precursora da civilização mais moderna chamada de Matsya, outro antigo estado da civilização védica. A cultura Matsya acredita-se estar associada a um estado anterior chamado de Jaipur. Outro texto indiano, o Mahabharata , considerado por alguns estudiosos para apresentar mais do que fato de mito, contêm passagens que descrevem em detalhe o ataque atômico sobre a cidade que a equipe de construção acidentalmente descobriu:

“Um projétil único carregado com todo o poder no Universo … Uma coluna incandescente de fumaça e chamas tão brilhantes quanto 10.000 sóis, subiram em todo o seu esplendor … Ela era uma arma desconhecida, um trovão de ferro, um gigantesco mensageiro da morte, que reduziu às cinzas uma raça inteira. “Os corpos estavam tão queimados a ponto de ser irreconhecíveis. Seus cabelos e unhas caíram, a cerâmica quebrou sem causa aparente, e os pássaros ficaram brancos . “Depois de algumas horas, todos os alimentos estavam infectados. Para escapar deste fogo, os soldados se jogavam no rio.”

Esqueletos com radiotividade  de pessoas mortas em explosão atômica na antiga Índia.

Essa antiga conflagração atômica descrita no livro sagrado do Mahabharata foi tão terrível e mortal como o ataque sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945. Apesar do texto sugerir o ataque de uma arma nuclear por um míssil, antigos escritos indianos também descrever em detalhes surpreendentes, as máquinas voadoras chamadas vimanas . Os textos descrevem as características de vôo, a construção, o grupo motopropulsor (um híbrido jato foguete movido por motores de plasma de mercúrio), e especificações de engenharia dos Vimanas. A misteriosa Cunha de Aiud pode ter vindo de um vimana .

O Enigma do trem de pouso de alumínio de um “Vimana” com 20 mil anos: ‘A Cunha de Aiud’

Perto das pitorescas margens do rio Mures localizado a pouco mais de uma milha a leste da pequena cidade de Aiud, na Roménia, um artefato bizarro foi descoberto apelidado de Cunha de Aiud. O Pesquisador Boczor Iosif investigou a respeito encontrou a informação de que a cunha foi descoberta debaixo de 35 pés de areia. Dois ossos de mastodonte alegadamente também se encontravam perto da cunha.

Um relatório de Lars Fischinger declara que ele e um colega, o Dr. Niederkorn, analisaram a cunha no Instituto de Pesquisa e Design. Eles determinaram que o artefato era de uma liga metálica composta de 12 metais diferentes.

O relatório lista que o alumínio era o metal com a maior composição com cerca de 89% do objeto, o resto dos metais eles listaram como sendo: 6,2% de cobre, 2,84% de silício, zinco 1,81%, 0,41% de chumbo, estanho 0,33%, 0,2% de zircônio, cádmio 0,11%, 0,0024%  níquel, 0, 0023% de cobalto, bismuto 0,0003% , de prata 0,0002% e vestígios de Galium. ”

Florian Gheorghita, segurando a Cunha de Aiud

Os resultados do teste confundiram os dois pesquisadores pois que o metal alumínio não foi descoberto até o início dos anos de 1800. O Dr. Fischinger observa que a produção comercial de alumínio requer a fundição do minério em temperaturas de até 1.000 graus Fahrenheit.

Inicialmente, o objeto foi pensado para ter apenas cerca de 400 anos. Isso mudou drasticamente quando ele foi analisado cuidadosamente na quantidade de oxidação que cobre a cunha. Eles reajustaram a idade da peça em milhares de anos a mais para o passado.

É agora estimado que a Cunha de Aiud pode datar de 18.000 a.C. e essa data coincide com a idade dos vimanas descritos nos Rig Vedas da antiga ÍNDIA. Após os resultados do teste das analises, a cunha foi enviado para o Museu de História na Transilvânia, Romênia, onde hoje se situa em uma prateleira, sem perturbações, por mais de duas décadas.

Finalmente, em 1995, outro pesquisador romeno, Florian Gheorghita, se deparou com o artefato no porão do museu. A cunha foi testada novamente. Desta vez, em dois laboratórios diferentes: o Instituto Arqueológico de Cluj-Napoca e um laboratório independente na Suíça. Os testes confirmaram os resultados a que chegaram Fischinger e Niederkorn.

Esboço por Florian Gheorghita do artefato em questão 

Gheorghita escreveu na publicação Ancient Skies que pediu a um engenheiro aeronáutico para estudar o artefato. O engenheiro observou a configuração e o buraco perfurado na cunha e afirmou que um padrão de escoriações e arranhões no metal o levou a acreditar que a peça era parte de um trem de pouso de uma aeronave. Um esboço foi feito para ilustrar a configuração.

Uma vez que as antigas cidades-estado tinham um sistema de transporte avançado  talvez até mesmo com veículos espaciais – era fácil navegar pelo mundo apenas como as “aeronaves modernas” fazem hoje.

A evidência de engenharia metalúrgica apoia a teoria de que a misterioso Cunha de Aiud é um pedaço de um trem de pouso, que caiu de um vimana antigo há cerca de 20 mil anos atrás na atual Romênia e ficou soterrado por milênios sob os bancos de areia do rio Mures, que o  engoliu. Talvez um dia a terra venha a revelar mais de seus antigos segredos, espero que seja um vimana inteiro – e  intacto.

Esboço por Florian Gheorghita do próprio artefato

UPDATEUm  leitor doBeforeitsnews, John Cooper, chamou minha atenção para uma foto que ele postou em sua página no Facebook ( clique aqui para ver em tamanho real a foto ).

Esta é uma construção modular para um conjunto do trem de pouso. Observe as semelhanças entre os footpads do trem de pouso em sua foto e a semelhança dos esquemas de engenharia feito por Florian Gheorghita da Cunha de Aiud.

Esta é uma construção modular atual para um conjunto do trem de pouso.

Muitos agradecimentos a John Cooper por fazer esta foto disponível para os  leitores do nosso site. – Terrence Aym.

Tradução, edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com

Por quem os índios lutam?


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Encerrado ontem, Abril Indígena de 2015 não defendeu apenas povos originários. Lançou chamado: é hora de proteger direitos conquistados na Constituição de 1988 — e ameaçados pela ofensiva conservadora 

Por João Mitia Antunha Barbosa | Imagem: Jornalistas Livres

A Constituição Federal de 88 já completou 26 anos, e é tempo de fazer uma breve reflexão para interrogar se a alcunha “Constituição Cidadã” ainda se sustenta.

O processo constituinte abriu espaço para significativas inovações em relação às Constituições Federais anteriores – notadamente no campo social, cultural e ambiental –, sedimentando ou inserindo no ordenamento jurídico brasileiro o que certos juristas passaram a chamar de “novos direitos”. Como bem apontou recentemente a professora Manuela Carneiro da Cunha, a CF de 88 teve o mérito de, pela primeira vez, celebrar “a diversidade como um valor a ser preservado”, (….) “indicando que o país queria novos rumos. O Brasil aspirava a ser fraterno e justo.”

Análises recentes sobre os 25 anos de Carta avaliam, no entanto, que a “Constituição Cidadã” apresenta resultados bastante modestos no que se refere à garantia de fato dos direitos de diversos “grupos minoritários”. Isso se torna evidente quando apontamos o foco para os povos indígenas.

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De acordo com diversas associações indígenas e indigenistas, dos mais de mil territórios indígenas (TIs) existentes no país apenas cerca de um terço encontra-se regularizado. Os outros dois terços estão em alguma fase do processo de demarcação ou sequer tiveram seu procedimento demarcatório iniciado. Destaquemos ainda que, das TIs demarcadas, mais de 98% encontram-se na Amazônia brasileira. O restante, isto é, menos de 2%, dividem-se pelas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e porção sul do Centro-Oeste (estado do Mato Grosso do Sul).

Vale notar que da população indígena brasileira – que, de acordo com o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010, soma 896.917 pessoas –, cerca de 433.363 pessoas vivem nos estados da Amazônia Legal e 463.554 nos demais estados. Trocando em miúdos, a justaposição desses dados nos indica que a população indígena que vive nos estados do Sul, Sudeste, Nordeste e Mato Grosso do Sul representa mais da metade da população indígena brasileira total, ocupando, porém, menos de 2% das Terras Indígenas atualmente demarcadas.

Essa desproporção manifesta um contraste flagrante no que se refere à situação fundiária dos Povos Indígenas e revela o drama humanitário ao qual estão submetidos diversos deles (dentre os quais os Guaranis e os Terenas do Estado do Mato Grosso do Sul), perpetuando injustiças, preconceitos, violência e a falta de direitos fundamentais e de cidadania, acumulados ao longo de todo o processo de colonização do Brasil. Onde estaria, nesta medida, a valorização da diversidade e a justiça social preconizadas pela constituição cidadã?

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Não bastasse um quadro político e legal tradicionalmente já bastante inquietante para os direitos indígenas, assistimos agora a uma nova e feroz investida de grupos extremamente conservadores de nossa fauna política, muitos deles ideologicamente apegados à estrutura fundiária arcaica do país e economicamente vinculados ao agronegócio. A dita bancada ruralista, composta por mais de 200 deputados e senadores, é responsável por inúmeros projetos que tramitam atualmente no Congresso Nacional Brasileiro. Citemos apenas a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/2000, que tem o intuito de alterar a constituição para restringir ou aniquilar direitos – sobretudo territoriais – conquistados pelos povos indígenas e reconhecidos pelo Estado brasileiro após séculos de intensas batalhas em diversos planos. Reconhecidos, pois se tratam de direitos preexistentes à formação do próprio Estado. Estamos falando de direitos territoriais de povos e nações que, anteriormente à criação do estado nacional brasileiro, já possuíam elos com esta terra que hoje habitamos. Esse direito, juridicamente denominado de “indigenato”, foi reconhecido, e não criado pela CF 88.

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Para deixar claro: o direito de ocupação das terras indígenas, assegurado em nossa Constituição, é um direito originário e, neste sentido, as demarcações são apenas o reconhecimento, a garantia fática, de um direito pré-existente sobre tais territórios. O Professor Dalmo Dallari é taxativo neste sentido, dirimindo qualquer dúvida que pudesse existir sobre a pertinência da PEC 215. Ele afirma categoricamente que a proposta é flagrantemente inconstitucional, uma vez que demarcações e homologações de Terras Indígenas são atribuições exclusivas do Poder Executivo, pois se tratam de procedimentos de natureza administrativa.

Em entrevista à Carta Capital, o antropólogo e fundador do Instituto Socioambiental, Beto Ricardo, afirma que “ao transferir uma competência executiva para o legislativo, a bancada ruralista pretende paralisar os processos ou retalhar territórios com base em critérios políticos, o que é flagrantemente inconstitucional”, e acrescenta que “os índios entendem que o texto constitucional vigente constitui um pacto entre o Estado brasileiro e os seus povos. Mudar esse texto, de forma expedita, nebulosa e unilateral, representaria o rompimento desse pacto. É algo inaceitável”.

''A honra não se herda.

Neste mesmo sentido, na avaliação de diversas organizações indígenas essas reformas legais constituem um verdadeiro atentado, pois, na prática, implicarão no fim de novas demarcações. O risco não está apenas em situações futuras, ele é absolutamente atual! Como já foi dito, muitos territórios indígenas, por diversos fatores, encontram-se ainda em alguma fase do processo de demarcação ou aguardam na fila para ter seu processo iniciado e ficariam com sua homologação na dependência do Congresso Nacional. As lideranças indígenas mobilizadas esse mês de abril no Acampamento TerraLivre – ATL são unânimes ao afirmar: “como contamos nos dedos quantos congressistas defendem a causa indígena, com certeza nenhuma terra será demarcada”.

Como justificar, portanto, esse tipo de investida, considerando que a sociedade brasileira – com o intuito de enfrentar passivos históricos inadiáveis, como os direitos culturais e territoriais dos povos indígenas ou daqueles traficados desde a África – determinou soberanamente a elevação e o assentamento de determinados valores político-sociais à categoria constitucional?

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Vale destacar,no entanto, que o movimento indígena (com seus aliados) representa um tipo de movimento social bastante singular. Além da aguerrida resistência que lhe é particular, é capaz de se organizar com imenso dinamismo tanto no universo digital quanto pelos meios (digamos) analógicos. Iniciativas pulverizadas nas mídias digitais, assim como ações diretas de enfrentamento e resistência face aos desafios legais e políticos atualmente impostos são prova da enorme capacidade de resistência e resiliência dos povos indígenas no Brasil. Além disso, possuem capilaridade por toda a extensão do território brasileiro. Isso demonstra a posição estratégica em que se encontram e a condição estratégica que deveria ser reconhecida. Estes povos são atores de sua história, são donos de seus territórios, nunca foram e nunca serão presa fácil! Engana-se quem imagina que esse país poderá existir sem eles…

Retornando à nossa indagação inicial. Fica patente que a energia despendida pela bancada ruralista – configuração política contemporânea de uma elite secularmente encarregada do massacre a indígenas, negros e camponeses – na tentativa inconstitucional de transferir ao poder legislativo a atribuição de demarcar as Terras Indígenas ou de transformar em regra as exceções ao direito de usufruto exclusivo dos povos indígenas sobre seus territórios representa, em última análise, não apenas um ataque às populações diretamente afetadas, mas à sociedade como um todo. Contando com uma suposta ingenuidade política do povo brasileiro, setores econômicos e bancadas políticas insistem em tentar arrogar poder e competência que, constitucionalmente, não lhes foram atribuídos pela sociedade brasileira.

Cacique pensando

A nosso ver, essa tentativa coloca em xeque não apenas os direitos específicos de “populações minoritárias”, mas um projeto de sociedade. E este projeto de sociedade foi o que impulsionou a redemocratização do país, o que gerou a Constituinte e deu vida à nossa atual Constituição. Ou seja, existem direitos – e os direitos indígenas estão entre eles – sobre os quais não se pode admitir retrocesso, pois são a essência e o motivo de ser da nossa democracia.

Computador Quântico: NASA e Google compram D-Wave-Two


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A D-Wave Systems Inc., é uma pequena empresa e a única que vende comercialmente computador quântico do mundo, e acaba de negociar com  clientes novos e impressionantes: uma colaboração entre a Google, a NASA e a Associação das Universidades de Pesquisas Espaciais, sem fins lucrativos.

A máquina quântica vai ajudar a agência espacial e o Google no trabalho e desenvolvimento em problemas de inteligência artificial

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http://www.scientificamerican.com

por Nicola Jones – Da revista Nature

As três organizações se uniram para instalar um  computador quântico D-Wave Two, o mais recente modelo da companhia de computador, em uma unidade lançada pela colaboração do  Laboratório Quantum de Inteligência Artificial do Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett Field, na Califórnia.

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Google adquire computador quântico de 512- qubit
(Bit Quântico) da empresa D-Wave Systems Inc.

O laboratório irá explorar áreas como o da aprendizagem das máquinaa – fazendo com que computadores classifiquem e analisem dados com base na experiência anterior. Isso é útil para funções como a tradução, pesquisas de imagem e reconhecimento de comando de voz. “Na verdade, acho que a aprendizagem de máquina quântica pode fornecer o processo de resolução de problemas mais criativos de acordo com as leis conhecidas da física”, diz um post no blog do Google que descreve o negócio.

A colaboração liderada pelo Google é apenas o segundo cliente a comprar computador da empresa D-Wave Systems Inc., que é baseada em Burnaby, no Canadá. A gigante Aerospace Lockheed Martin, com sede em Bethesda, Maryland-USA, foi a primeira cliente. A Lockheed adquiriu um computador quântico D-Wave em 2011 e o instalou em um novo Centro de Computação Quântica da Universidade do Sul da Califórnia (USC), em Los Angeles. A D-Wave se recusa a revelar o preço de seus computadores.

Ambos os centros de computação quântica – um na USC e um em Ames – tem reservado 20% do seu tempo de computador para acesso por pesquisadores externos.”A julgar pelas solicitações de terceiros que tivemos, eu diria que deve haver muita procura – provavelmente mais do que pode ser acomodado”, diz Daniel Lidar, diretor do centro da USC. Até agora, as pessoas têm usado na maior parte destas máquinas para explorar possíveis aplicações da computação quântica e para investigar como o computador se comporta, ao invés de resolver os problemas anteriormente não respondidos por outras máquinas.

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Modelo alternativo

O computador D-Wave é incomum porque ele usa bits quânticos (qubits) – Bits de que podem existir em dois estados, ligado e desligado, simultaneamente – para acelerar os cálculos, e porque não funciona no modelo normal de “gate” da computação, em que portas lógicas são usadas para manipular esses bits. Em vez disso, é um computador “adiabático”, que lê em voz alta o estado fundamental de seus qubits para encontrar uma solução.

A comunidade acadêmica tem favorecido o modelo de gates (Portas), que tem uma teoria melhor desenvolvida por trás dele. Mas o modelo adiabático provou ser muito mais fácil construir, permitindo a D-Wave dobrar de tamanho o seu processador a cada ano. O modelo D-Wave Two tem 512 qubits.

Computadores adiabáticos são particularmente adequados para a resolução de “problemas de otimização”, em que uma série de critérios lutam todos para ser atendidos ao mesmo tempo. Um exemplo é tentar encontrar a dobra de menor energia para uma proteína, os vários aminoácidos de que atraem ou repelem de forma diferente.

Artificial intelligence --- Image by © Colin Anderson/Blend Images/Corbis

O computador D-Wave não é um computador “universal” que pode ser programado para enfrentar qualquer tipo de problema. Mas os cientistas descobriram que pode ser útil para formular perguntas na pesquisa de aprendizado de máquinas (ajudar computadores a pensar por si mesmos), como problemas de otimização.

D-Wave lutou para provar que seu computador realmente opera em um nível quântico, e que é melhor ou mais rápido do que um computador convencional. Antes de fechar o acordo mais recente, os potenciais clientes definiram uma série de testes para o computador quântico.

A D-Wave contratou um perito externo no algoritmo de corridas, que concluíram que a velocidade da D-Wave Two foi acima da média global, e que era 3.600 vezes mais rápido do que um computador convencional líder quando se trabalha com o tipo específico de problema que o computador quântico foi construído para resolver.

Se a D-Wave vai fazer máquinas cada vez mais rápidas ou melhores sistemas de inteligência artificial ainda está para ser visto. Daniel Lidar da USC diz que ele tem visto solucionadores mais rápidos. “Cada problema que nós testamos ainda pode ser resolvido mais rápido em computadores clássicos”, diz ele.

Este artigo é reproduzido com permissão da revista Nature . O artigo foi publicado pela primeira vez em 16 de maio de 2013.

Tradução, edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com

Temos que aprender a ser índios, diz antropólogo


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O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro durante a mesa Tristes Trópicos/ Divulgação

O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro afirma que é preciso aprender a viver no mundo sem destruí-lo e compara a situação dos índios no Mato Grosso com a dos palestinos em Gaza

Marcos Grinspum Ferraz

Temos que aprender a ser índios, antes que seja tarde. Foi essa a principal mensagem dada pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro na mesa “Tristes Trópicos”, realizada no sábado, dia 2, na Festa Literária Internacional de Paraty. Segundo o pesquisador, neste momento em que o planeta passa por uma situação de “catástrofe climática” e está sendo transformado em um “lugar irrespirável”, devemos aprender com os povos indígenas “como viver em um país sem destruí-lo, como viver em um mundo sem arrasá-lo e como ser feliz sem precisar de cartão de crédito”. “O encontro com o mundo índio nos leva para o futuro, não para o passado”, disse ele.

Índio

Viveiros de Castro dividiu a mesa com o também antropólogo Beto Ricardo, fundador do Instituto Socioambiental (ISA), e com a mediadora Eliane Brum. Em discurso afinado, os dois denunciaram a dura realidade vivida pelos índios brasileiros atualmente e disseram haver uma “campanha” em voga no Congresso para retirar os direitos que estes povos conquistaram com a Constituição de 1988. “Hoje os índios estão mais visíveis do que nunca, mas mais vulneráveis do que nunca. O Congresso tem uma maioria de proprietários de terra em uma ofensiva final contra os índios”, disse Viveiros de Castro, que também criticou o governo federal pelo trabalho quase nulo na demarcação de terras.Terena 8

O antropólogo, célebre mundialmente por sua teoria do perspectivismo ameríndio, comparou a situação dos índios no Mato Grosso do Sul com a dos palestinos na Faixa de Gaza. Segundo ele, os guaranis do Estado vivem ou nas beiras de estrada ou confinados em reservas mínimas, das quais são frequentemente expulsos pelas pressões do agronegócio: “O Mato Grosso foi transformado em um nada, a custa de que se possa plantar ali soja, cana e botar gado para exportação, para alimentar os países capitalistas centrais. Devia chamar Mato Morto, ou ex-Mato”. E continuou: “Os índios estão vendo o céu cair em suas cabeças. Mas dessa vez vai ser na cabeça de nós todos.”

O antropólogo Beto Ricardo/ Divulgação

O antropólogo Beto Ricardo/ Foto Walter Craveiro

Beto Ricardo criticou também a cobertura dada pela imprensa à questões como essa no País. “Quantos nomes de grupos indígenas você conseguiria pronunciar de memória? A imprensa brasileira consegue pronunciar pouquíssimos. Fala em um índio genérico”, disse ele. Ao apresentar a série de publicações intitulada Povos Indígenas no Brasil, o antropólogo aproveitou para cutucar inclusive o público: “Quem quiser não só decorar os nomes das capitais do Brasil, mas os nomes dos povos, pode ler esses livros”. “Os índios tem muito a colaborar para um país mais democrático e diverso”, concluiu.

A última intervenção de Viveiros de Castro, após as perguntas do público, foi talvez a que mais chamou atenção pela dureza e aparente pessimismo, mas foi muito aplaudida. O antropólogo disse sentir vergonha de ser brasileiro quando vê o que se fez com os povos originários dessa terra, ou ainda quando lembra que o Brasil foi o último país no mundo a abolir a escravidão (com exceção da Mauritânia). Para ele, no entanto, o sentimento de vergonha deve ser preservado, já que é também o que gera o sentimento de intimidade com o país: “Se eu fosse francês, teria vergonha do que a França fez na Argélia, na Indochina, na África. Ou seja, ser brasileiro não é especialmente vergonhoso. Ser de qualquer país é vergonhoso, porque todo país é construído em cima da destruição de povos”, explicou.

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Livro de Cabeceira

No domingo, na tradicional mesa de encerramento da Flip intitulada “Livro de Cabeceira”, Viveiros de Castro esteve mais uma vez entre os participantes, e fechou com brilho sua passagem pela festa literária. Ao lado de alguns dos convidados de maior destaque do evento, como Andrew Solomon, Fernanda Torres e Juan Villoro, o antropólogo escolheu ler o trecho de um sermão de Padre Antonio Vieira em que o religioso ressaltava a dificuldade de conversão dos índios brasileiros: “Como diz o Vieira: ‘A gente dessa terra é a mais bruta, a mais ingrata, a mais inconstante, a mais avessa, a mais trabalhosa de ensinar de quantas há no mundo. Outros gentios, outros pagãos, são incrédulos até crer. Os Brasis, ainda depois de crer, continuam incrédulos.’” E Viveiros de Castro concluiu: “Ou seja, esse tema, a ideia de que os índios tem uma inconstância essencial, passou a ser uma espécie de traço definidor do caráter ameríndio, consolidando-se como um dos estereótipos do nosso imaginário nacional. A saber, o imaginário do índio mal convertido, que à primeira oportunidade manda deus, a enxada e as roupas ao diabo e retorna feliz à selva. E eu diria, para concluir, que é graças a isso que os índios continuam a salvo dos seus salvadores