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Arquivo mensal: outubro 2014

Estados que sustentam o Brasil.. Pasmem !!


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BRASIL305209_256137734418847_100000678675540_844362_2078090051_n
 
Tínhamos esse sentimento.
Entretanto não sabíamos da veracidade desses números, cujas diferenças
são astronômicas . Dá para fazer uma boa reflexão acerca da situação econômica e social das regiões, bem como o uso pelo poder político da situação.
E ainda querem criar mais estados no Brasil.
Na federação norte-americana, a regra básica foi que para entrar na União, o Estado produzisse riquezas e fosse auto-suficiente… E aqui, existe regra?

Veja abaixo quanto cada Estado recebe e repassa ao Governo Federal (via arrecadação de Impostos ).
Depois faça as contas e veja quem sustenta quem? É assustador…

O Brasil que trabalha…E o Brasil dos votos de cabresto…

Estado

Quanto paga ao governo federal

Quanto recebe do governo federal

Em vermelho ficou devendo e Verde Fica sobrando
Maranhão

1.886.861.994,84

9.831.790.540,24

-7.944.928.545,40

Bahia

9.830.083.697,06

17.275.802.516,78

-7.445.718.819,72

Pará

2.544.116.965,09

9.101.282.246,80

-6.557.165.281,71

Ceará

4.845.815.126,84

10.819.258.581,80

-5.973.443.454,96

Paraíba

1.353.784.216,43

5.993.161.190,25

-4.639.376.973,82

Piauí

843.698.017,31

5.346.494.154,99

-4.502.796.137,68

Alagoas

937.683.021,32

5.034.000.986,56

-4.096.317.965,24

Pernambuco

7.228.568.170,86

11.035.453.757,64

-3.806.885.586,78

Rio Grande do Norte

1.423.354.052,68

5.094.159.612,85

-3.670.805.560,17

Tocantins

482.297.969,89

3.687.285.166,85

-3.204.987.196,96

Sergipe

1.025.382..562,89

3.884.995.979,60

-2.859.613.416,71

Acre

244.750.128,94

2.656.845.240,92

-2.412.095.111,98

Amapá

225.847.873,82

2.061.977.040,18

-1.836.129.166,36

Rondônia

686.396.463,36

2.488.438.619,93

-1.802.042.156,57

Mato Grosso

2.080.530.300,55

3.864.040.162,26

-1.783.509.861,71

Roraima

200.919..261,72

1.822.752.349,69

-1.621.833.087,97

Mato Grosso do Sul

1.540.859.248,86

2.804.306.811,00

-1.263.447.562,14

Goiás

5.397.629.534,72

5.574.250.551,47

-176.621.016,75

Amazonas

6.283.046.181,11

3.918.321.477,20

2.364.724.703,91

Espírito Santo

8.054.204.123,90

3.639.995.935,80

4.414.208.188,10

Santa Catarina

13.479.633.690,29

5.239.089.364,89

8.240.544.325,40

Minas Gerais

26.555.017.384,87

17.075.765.819,42

9.479.251.565,45

Paraná

21.686.569.501,93

9.219.952.959,85

12.466.616.542,08

Rio Grande do Sul

21.978.881.644,52

9.199.070.108,62

12.779.811.535,90

Rio de Janeiro

101.964.282.067,55

16.005.043.354,79

85.959.238.712,76

São Paulo

204.151.379.293,05

22.737.265.406,96

181.414.113.886,09

Maranhão – O que recebe mais esmola, seguido da Bahia e do Pará.
E a conta só não está mais feia porque não listamos Brasília, a CAPITAL DOS ALI-BABÁS !!!!”

Agora você entende porque a popularidade deles, lá em cima,é muito alta?

Dos estados da federação:
a) 18 = Dão prejuízo, recebem, chupam, mordem, roubam…
b) 08 = Dão Lucro (Pagam pra Viver).

Divulgue a seus amigos.
Eles também devem conhecer.

“O único lugar onde sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.” (Einstein)

E A TERRA DO “SARNEY” OCUPA O PRIMEIRO LUGAR…

Se São Paulo fosse um país em apenas 6 meses teríamos padrão de vida igual aos da Europa.

ACORDA BRASIL !!!!

O príncipe das águias brasileiras


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Vandré Fonseca 

uiracu2O uiraçu-falso tem até 1,6 metro de envergadura e pesa 3 quilos. É a segunda maior ave de rapina brasileira, mas é bem menor do que a harpia, que pesa até 9 quilos. Crédito: Felipe Bittioli Gomes.

Chamar de falso esse uiraçu é uma injustiça com a segunda maior águia brasileira. O Morphnus guianensis é na verdade uma bela e majestosa ave de rapina, encontrada na Mata Atlântica e na Amazônia. Porém, por ser parecida com a harpia acabou carregando no nome um certo menosprezo. Mas uma ave com quase 90 centímetros de comprimento e que pode chegar a quase um 1,60 metro de envergadura merece respeito. Estranho é que, com todo esse porte, o morphnus ainda seja tão desconhecido.

Existem poucas informações e muitas dúvidas sobre a espécie. Há questionamentos inclusive sobre se ele e a harpia pertencem mesmo a gêneros diferentes. Para conhecer melhor essa ave, o biólogo Felipe Bittioli Gomesestudou durante quatro anos textos, registros e fotografias. E mais do que isso, enfrentou longas noites e caminhadas na floresta amazônica para acompanhar ninhos e aves no ambiente natural.

Entre noites na floresta e o encontro com uma onça (Felipe diz ter ficado a menos de 4 metros de uma), o biólogo pode registrar um comportamento admirável da ave: os pais incentivando o primeiro vôo dos filhotes. Eles demoram cerca de 90 dias após o nascimento para conseguir bater as asas e mais algumas semanas para sair do ninho. Felipe Gomes registrou os pais atraírem o filho de um galho a outro com a presa até que o pequenomorphnus voasse até o ninho e recebesse a recompensa.

Durante a pesquisa, Felipe acompanhou ninhos na terra firme em uma reserva do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, e também em áreas alagáveis, em Manacapuru. “Na terra firme, eram 50 quilômetros de estrada, 14 de ramal e mais dois quilômetros de caminhada”, lembra. “Em Manacapuru, antes era a balsa (agora existe uma ponte atravessando o Rio Negro), depois pegava um taxi, viajava mais uma hora de barco até um local, onde pegava uma canoa com a comunidade. Depois, tinha mais uma hora de caminhada dentro da mata”. Difícil, mas veio a recompensa acadêmica.

Ele já defendeu o doutorado e já tem dois artigos encaminhados sobre a ave. E foram muitas descobertas. Entre elas, a possibilidade de as populações de morphnus amazônicas e atlânticas se unirem através de corredores que atravessam o interior brasileiro. Foram feitos registros da ave no Cerrado de Minas Gerais e também na Serra da Bodoquena, no Mato Grosso do Sul. Esse contato entre duas populações da mesma espécie de dois biomas diferentes já existe entre as harpias.

Discretas e raras

silhuetas Fredy Pallinger 1

Um dos motivos que levaram ao estudo do morphnus é justamente a falta de informações sobre a espécie. Acredita-se que ela seja bem mais rara do que a harpia. A experiência de dez anos do Projeto Gavião-Real contribui para esta hipótese. Dos 100 ninhos monitorados pelo programa, apenas 10 são demorphnus. Mas a dificuldade em encontrar ninhos talvez esteja relacionada também a discrição da espécie. “Já fiquei o dia inteiro olhando o ninho e não vi a ave. Ao contrário da harpia, que faz barulho quando voa, o morphnus é silencioso”, conta Felipe.

Este voo silencioso é justamente resultado de diferenças evolutivas que separaram as duas espécies. O uiraçu-falso é mais adaptado a voos dentro da mata, tem uma asa mais larga, uma cauda mais comprida. E é bem mais leve, chega a 3 quilos, enquanto o gavião-real atinge até 9 quilos. Outra diferença é a garra da harpia, do tamanho de uma mão humana, que não se pode comparar com a do primo menor.

Visualmente, é difícil diferenciar. A mais característica está na coroa. Enquanto a crista da harpia tem duas penas, a do morphnus tem apenas uma. Mas este detalhe nem sempre é fácil de ser observado. Mais marcante é a ausência do “colar” escuro no uiraçu-falso adulto. As diferenças são ainda mais difíceis de serem percebidas quando as aves são filhotes. E há diferenças também nas escolhas para construção de ninhos e de presas: omorphnus também usa as forquilhas principais das árvores, mas sempre na altura das copas. Já a harpia prefere árvores emergentes, para ficar acima da copa das árvores.

Enquanto o gavião-real prefere atacar preguiças, mais da metade de sua alimentação, o morphnus parece mais especializado em locais onde caça. Mais de 70% da alimentação são pequenos e médios mamíferos, predominantemente arbícolas e crepusculares ou noturnos. Felipe acredita que o predador ataca essas vítimas durante o dia, nos refúgios que eles utilizam.

Esta semana, Felipe apresentou os resultados do estudo em uma palestra do Museu da Amazônia. Uma hora de conversa foi pouco para apresentar essa majestosa ave de rapina, que nas florestas brasileiras só perde em porte para o gavião-real. Mas os quatro anos de estudo já ajudaram a revelar um pouco mais sobre ela e a mostrar que ainda existem muitos nobres a serem reconhecidos na nossa biodiversidade.  

 

Leia TambémGaviões-reais são seguidos por satélites na Amazônia
Águias pescadores iniciam trajeto rumo ao sul
Uma arara voa na Serra de Bodoquena

Economia verde requer mudança no consumidor, avaliam líderes do 3GF.


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A construção de uma economia verde só será possível quando houver mudança no modelo de produção adotado pela maioria das nações e no comportamento do consumidor de classe média. Essa foi a conclusão tirada da quarta edição do Fórum Global de Crescimento Sustentável (3GF), que reuniu cerca de 300 líderes de seis países na segunda e terça-feira (21), em Copenhague, na Dinamarca.

 

No último dia de evento, a primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning Schmidt, disse que “a construção de economias verdes não é uma tarefa fácil, e que as nações precisam trabalhar juntas”. Garantir essa conexão, disse ela, é o que o fórum buscou fazer.

Governos de países desenvolvidos e em desenvolvimento, empresários, instituições financeiras e organizações da sociedade civil se debruçaram sobre os principais desafios para a construção de uma economia verde. Copenhague, a cidade mais sustentável do mundo, serviu de inspiração para dois dias de debates, plenárias, rodadas de conversa e negociação, que resultaram em onze parcerias a serem aplicadas em diversas partes do mundo.

Na última plenária do evento, houve consenso de que o modelo econômico atual, centrado na produtividade a todo custo, precisa ser mudado. O ex-presidente do México e atual chefe da Comissão Global de Economia e Clima, Felipe Calderón, disse que quatro medidas precisam ser adotadas com urgência pelas nações: a redução na emissão de gases de efeito estufa, a busca de eficiência energética na indústria, o controle da urbanização e a proteção dos recursos naturais. “Não é uma alternativa, é algo que precisa ser feito imediatamente”, disse. A boa notícia, segundo ele, é que é possível garantir crescimento econômico e, ao mesmo tempo, frear as mudanças climáticas, mas “para isso, grandes mudanças precisam ser feitas”.

O comportamento do consumidor, especialmente o de classe média, foi alvo de preocupação no fórum. A ministra de Meio Ambiente do Quênia, Alice Kaudia, enfatizou que o crescimento da classe média e o aumento do consumo são tendências preocupantes. Ela disse que, “se o comportamento das pessoas não mudar, se elas não começarem a pensar em reaproveitamento, em uso racional e em reciclagem, em pouco tempo não vai haver recursos suficientes para todos”. O presidente do Conselho Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, Peter Bakker, ressaltou que, se quiserem garantir um mundo melhor para as futuras gerações, as pessoas terão que reconsiderar alguns hábitos comuns. “Ter um carro é mesmo a melhor opção? Ou dividir um carro é um modelo melhor? Os conceitos de propriedade, de compartilhamento, de viver bem, de felicidade, todos terão que ser reconsiderados”, ressaltou.

Criado em 2011, o Fórum Global de Crescimento Sustentável conta com a parceria de seis governos: Dinamarca, China, México, Etiópia, Quênia e Catar. Grandes empresas multinacionais, como Hyundai, Samsung e Siemens também são parceiras, além de organizações internacionais, como a Agência Internacional de Energia (IEA, da sigla em inglês), o Pacto Global das Nações Unidas e a Corporação Financeira Internacional do Banco Mundial (IFC, da sigla em inglês).

Com o encerramento do fórum, as atenções se voltam para o Conselho da União Europeia, que deve aprovar, na próxima quinta-feira (23), um pacote de medidas sobre clima e energia para os próximos 15 anos, com amplos efeitos sobre os governos dos 28 países-membros e sobre a indústria. Entre as metas estão a redução em 40% na emissão de gases de efeito estufa e o aumento da eficiência energética das empresas em no mínimo 30%.

(Fonte: Agência Brasil) – http://noticias.ambientebrasil.com.br

Os Cavaleiros Templários e a Arca da Aliança


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Os Cavaleiros Templários

e a Arca da Aliança, parte 4 –

Moises e Javé (Yahve)

De acordo com o Êxodo, quando Moisés se ausentara para entrar em contato com Deus no Monte Sinai, seu povo, temendo que algum mal pudesse cair sobre eles, pediu para seu representante Aarão que fizesse imagens sagradas para protegê-los. De acordo com eles, Aarão pegou jóias de ouro das pessoas e fez um “bezerro fundido”. Na verdade, ao contrário da popular imagem de Hollywood, não foi um bezerro que eles fizeram, mas foram muitos, quando outros passaram a seguir a  idéia de Aarão. Aarão afirmou que esses bezerros eram “teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito” (Ex 32:4).

Thoth3126@gmail.com

Capítulo IV do livro: Os Cavaleiros Templários e a Arca da Aliança, a descoberta do Tesouro do Rei Salomão, de Graham Phillips, Editora Madras

http://grahamphillips.net/

“E a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva”.   Livro do Apocalipse 11:19

4. Moisés e Javé

Antes que eu pudesse formar uma opinião quanto ao fato de a Arca da Aliança ser ou não um artefato histórico ou uma lenda fantástica, eu tinha que tentar responder duas últimas e cruciais perguntas. Primeiro, será que Moisés, o homem que dizem ter inspirado sua criação, de fato existiu?; e segundo, será que a religião hebraica, da qual dizem que ela era a relíquia mais sagrada, de fato existiu no tempo que o Êxodo parece ter ocorrido? Se a resposta a essas perguntas, principalmente a segunda, fossem negativas, seria então pouco provável que a Arca fosse real. Ela não teria tido nenhum propósito. Seria o mesmo que o Vaticano existir sem Jesus ou a Igreja Cristã que ele fundou.

De acordo com a Bíblia, Moisés foi o primeiro profeta a revelar as leis sagradas de Deus para a religião hebraica enquanto os israelitas vagaram pelo deserto por quarenta anos após sua fuga da prisão no Egito. Com isso, ele foi o fundador do que se tornou o Judaísmo. A maioria dos arqueólogos e historiadores, porém, consideram Moisés como o fundador imaginário de uma religião que se desenvolveu com o passar do tempo. Eles não apenas duvidam de que Moisés foi uma figura histórica, mas também questionam, com seriedade, se uma religião israelita organizada poderia ter sido iniciada há tanto tempo assim. Eles estavam certos? Eu precisei refletir sobre tudo que aprendera a respeito de Moisés.

De acordo com o livro do Êxodo do Antigo Testamento, Moisés nasceu no
Egito em uma família de escravos israelitas. Durante uma expurgação, quando o faraó ordenou a terrível chacina de bebês israelitas, a mãe de Moisés salvou seu infante colocando-o em uma pequena arca feita de papiros e escondendo-a nos juncos que crescem ao longo da orla do Rio Nilo. A filha do faraó encontrou o bebê Moisés e, simpatizante com o empenho dos israelitas, adotou-o como seu neto. De acordo com Êxodo 2:14, Moisés chega a tornar-se um príncipe egípcio. A razão pela qual muitos historiadores duvidam de que Moisés foi uma figura histórica se dá pelo fato de acreditarem que uma pessoa da realeza deveria apresentar menções em registros egípcios. Embora seja verdade que registros diários possam ter sido destruídos, por estarem escritos em papiros, milhares de inscrições de monumentos  e tumbas ao longo de toda a história do antigo Egito ainda existem para revelar os nomes dos reis e príncipes egípcios. Entre eles, não há registro algum de um Moisés  durante o reinado de Amenhotep III — ou sequer de nenhum faraó egípcio de tempo
algum.

O nome Moisés, entretanto, pode ser ilusório. Pode não ter sido o nome
verdadeiro do homem. As traduções modernas do Antigo Testamento pegaram o nome Moisés da tradução grega da Bíblia, onde aparece como Mosis. Esse, por sua vez, foi tirado dos livros do Tanak dos hebreus, onde aparece em sua forma original como Mose. Êxodo 2:10 nos diz que a filha do faraó decidiu chamá-lo assim “porque das águas o tenho tirado.” Presumimos que o autor do Êxodo está se referindo à semelhança entre o nome Mose e a palavra hebraica masa, que significa “arrancar.” Em 1906 o historiador alemão Eduard Meyer afirmou que essa passagem foi inserida por um posterior copiador do Antigo Testamento para dar uma origem hebraica ao que era na verdade um nome egípcio.

O episódio, ele disse, não faz sentido algum no contexto da narrativa como existe hoje. Se a princesa desejasse manter a nacionalidade de Moisés em segredo da corte — o que ela deve ter feito, visto que Moisés sobreviveu à ordem do faraó de matar os bebês hebreus — ela não teria, então, dado a seu filho adotivo um nome hebraico. Um contemporâneo de Meyer, o famoso egiptólogo inglês Flinders Petrie, indicou que mose é uma palavra egípcia que significa “filho”. É um sufixo comum em muitos nomes egípcios. É encontrado, por exemplo, no nome do faraó egípcio Ahmose, um nome que quer dizer “filho da lua.”

Em 1995, o historiador israelense David Ullian especulou que Mose pode ter sido algo mais que apenas um nome pessoal, assim como o termo Cristo — “o ungido” — mais tarde se tornou o epíteto para Jesus. Ele sugeriu que o nome pode ter sido a abreviatura do título “Filho de Deus”. Em tempos posteriores, os reis e os profetas de Judá eram geralmente descritos como os “filhos de Deus”. É possível, então, se essa personalidade de fato conduziu os israelitas à sua liberdade, que ele apareça nos registros egípcios com um outro nome. Há alguém, usando qualquer outro nome, no palácio real de Amenhotep III que se encaixe no perfil de Moisés?

Para início de conversa, é muito pouco provável que estejamos de fato procurando por um israelita adotado. A história toda das origens hebraicas de Moisés parece ter sido uma interpolação posterior no relato do Êxodo de duas razões cruciais. Primeiro, a história da arca de juncos parece ser tirada de uma lenda babilônica. Em Êxodo 2:3 lemos como a mãe de Moisés o esconde: Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a colocou nos juncos à margem do rio.

O autor islandês e historiador literário Magnus Magnusson, em seu livro “BC: The Archaeology of the Bible Land”, chama nossa atenção para um mito
mesopotâmico que fala do Rei Sargon I de Akkad, datado de cerca de 2.350 a.C. Ali, o rei também é colocado em um rio dentro de uma cesta de juncos quando sua mãe tenta escondê-lo. Como Moisés, ele foi encontrado e adotado por outra pessoa:

A mãe que me trocou me concebeu, e em segredo deu à luz. Me colocou em uma cesta de juncos, com betume fechou minha tampa. Me jogou ao rio que não me cobriu”.

Segundo, e ainda mais importante, a história da adoção de Moisés fracassa a opor-se a um exame histórico detalhado. O relato do Êxodo diz que a filha do faraó adotou Moisés e que ele foi criado como um príncipe. No Egito antigo o sangue da família real era estritamente controlado e manipulado. Os faraós eram  considerados deuses, e suas filhas só podiam conceber filhos com alguém da escolha do rei — quase sempre o próprio rei. Adoções estavam totalmente fora de questão. É inimaginável que uma filha do faraó tivesse a permissão de adotar um filho. Se Moisés realmente era um príncipe no palácio real egípcio, como a Bíblia diz, ele, então, muito provavelmente foi um egípcio nativo. Ainda mais interessante, há um príncipe egípcio do reinado de Amenhotep que tem muita coisa em comum com Moisés — seu nome era Príncipe Tuthmose.

Não se sabe muito a respeito de Tuthmose, mas muitas inscrições egípcias sobreviveram para nos fornecer um breve esboço de sua vida. Ele era o
filho mais velho de Amenhotep e herdeiro do trono. Quando jovem, agiu como
governador de Memphis no norte do Egito, antes de ser nomeado comandante das forças das bigas do rei e presenciar muitos trabalhos contra os etíopes.

Após uma campanha militar bem sucedida, ele voltou-se para a vida religiosa e foi escolhido o sacerdote superior no Templo do deus Ra em Heliópolis, também no norte do Egito. No vigésimo terceiro ano do reinado de Amenhotep ele, repentinamente, e por nenhuma razão aparente, deixou seu cargo de sacerdote superior e desapareceu  misteriosamente. Dois anos depois, quando o reinado de Amenhotep terminou, foi seu irmão mais novo Akhenaton quem subiu ao trono. O Príncipe Tuthmose se encaixa no perfil de Moisés de várias maneiras. Primeiro, ele comandou o exército durante uma campanha etíope. O mesmo, parece, aconteceu com Moisés. Embora a Bíblia não nos fale quase nada a respeito do tempo de Moisés como um príncipe egípcio, o historiador judeu do século I, Josephus, nos oferece um capítulo inteiro acerca de suas Antiguidades Judaicas. Naquilo que parece ter sido a versão aceita dos acontecimentos há cerca de três mil anos, ficamos sabendo que o faraó indicou Moisés para ser o comandante de um exército que enviou para lutar contra os etíopes, e foi o sucesso nessa investida que o levou para seu exílio. Com ciúmes da popularidade de Moisés entre os soldados, o faraó decide ordenar sua prisão mas, avisado de antemão, Moisés deixa o país.

O relato de Josephus parece ter uma validade histórica ainda maior do que a narrativa bíblica com relação ao motivo do exílio de Moisés. No Êxodo, lemos apenas que Moisés é forçado a fugir do Egito após salvar a vida de um israelita, ao matar um cruel senhor de escravos. Na realidade, um príncipe egípcio podia dar ordens para que um administrador de escravos fosse executado quando e onde quisesse. Esse foi provavelmente um outro episódio usado para fazer de Moisés um israelita. A segunda semelhança entre Moisés e o Príncipe Tuthmose é que, por um tempo, Tuthmose foi um sacerdote superior no Templo de Ra, em Heliópolis.

Parece que o mesmo aconteceu com Moisés. De acordo com um relato encontrado por Josephus no trabalho de um historiador egípcio chamado Manetho, que escreveu no século IV a.C, uma revolta aconteceu entre os escravos semitas durante o reinado de Amonhotep III. Ainda mais interessante, dizem que a revolta aconteceu em Avaris, o mesmo lugar onde os israelitas parecem ter sido escravizados. De acordo com Manetho, Amenhotep foi aconselhado por um de seus oficiais a livrar o país dos “indesejáveis” e colocá-los para trabalhar em suas pedreiras de Avaris. Por muitos anos foram forçados a trabalhar como escravos, quando passaram a ser liderados por um sacerdote do templo do deus Ra em Heliópolis.

Evidentemente, o sacerdote abandonara os deuses do Egito e fora condenado à prisão. Ele tinha sido no passado, Manetho diz, um soldado, e durante seu cativeiro, treinou os “indesejáveis” para lutar. Quando finalmente conduziu-os em uma rebelião, milhares deles conseguiram fugir e voltar para sua terra natal. Os “indesejáveis” não têm um nome, tampouco sua terra natal, e o sacerdote é apenas chamado deOsarseph, que significa “líder”. Josephus, porém, não tinha dúvidas de que os “indesejáveis” eram os israelitas e que Osarseph era Moisés. Se Moisés era o sacerdote que aparece na obra de Manetho, então, Tuthmose, obviamente, encaixa-se no perfil. Manetho nos diz que o sacerdote era um servo no templo de Ra em Heliópolis antes de abandonar os deuses egípcios. Essa era a exata função exercida pelo Príncipe Tuthmose antes de ele desaparecer.

A terceira semelhança entre as duas figuras é que, assim como Moisés,
Tuthmose pode ter sido mandado para o exílio. A razão para essa hipótese é que sua tumba jamais chegou a ser ocupada. O explorador italiano Giovanni Belzoni descobriu a tumba de Tuthmose no início do século XIX no Vale dos Reis do Egito, e a descoberta logo fez surgir um outro enigma. Tumbas de reis eram preparadas enquanto seus donos ainda estavam vivos; somente as decorações funerárias finais eram adicionadas após a morte. Essa tumba, porém, estava pronta, mas as ilustrações comuns que mostram o enterro e a mumificação de seu dono, não existiam. Isso significava que a tumba estava vazia não porque tivesse sido roubada, mas porque jamais chegara a ser usada. Mas, por que não?

 É possível que Tuthmose tivesse mandado preparar uma outra tumba, embora isso pareça pouco provável. As tumbas eram caras, além de seus projetos demorarem anos para serem concluídos. Era comum levarem anos para remover as centenas de metros quadrados de rocha sólida para criar a sepultura e as câmaras dos tesouros em solo profundo. Somado ao seu desaparecimento repentino e inexplicável do templo de Ra, e a falta de quaisquer memoriais ou obituários, a tumba vazia indica que Tuthmose fora, de alguma forma, desonrado e executado, ou enviado para o exílio. A única maior diferença entre Tuthmose e Moisés são suas supostas idades. O Êxodo parece ter acontecido no fim do reinado de Amenhotep, quando Tuthmose não teria mais que trinta e cinco anos. De acordo com o relato do Êxodo, no entanto, foi muitos anos depois do exílio de Moisés, que ele voltou para conduzir os israelitas à liberdade, quando já teria oitenta anos de idade. E devemos ainda lembrar que precisamos considerar as idades bíblicas com um certo cuidado.

Com freqüência, lemos a respeito de pessoas que viveram mais de um século,
quando quarenta ou cinqüenta anos era considerado um bom tempo de vida.
Se o Êxodo aconteceu durante o reinado de Amenhotep III, o Príncipe
Tuthmose é o melhor candidato de todos para ser o histórico Moisés. Seu passado corresponde com o de Moisés de várias maneiras: Ele foi o comandante do exército na Etiópia, um sacerdote no templo de Ra, e foi morto ou exilado. Até seu nome é intrigante: Tuthmose quer dizer “filho de (do deus) Thoth.” Se Tuthmose tivesse abandonado os antigos deuses e decidido tirar o divino Tuth — Thoth — de seu nome, ele teria, na verdade, passado a se chamar Mose, a tradução original do nome de Moisés. Embora nada disso sejam provas absolutas de que Tuthmose era o histórico Moisés, ele, sem dúvida, se encaixa no perfil do homem e parece ter vivido no lugar certo, no tempo certo. Fica, então, claro por que os antigos israelitas podem ter precisado tramar uma história alternativa quanto às origens de Moisés. Nacionalistas israelitas teriam achado muito difícil aceitar que seu grande legislador, que estabeleceu a aliança com Deus e a guardou na Arca, fosse, na realidade, um príncipe egípcio.

Evidências de que a religião israelita já existia na mesma época do Êxodo
são ainda mais convincentes do que as que ligam Moisés a Tuthmose. Indicações de que os escravos israelitas já praticavam o monoteísmo — a religião de um só deus — durante o reinado de Amenhotep III são encontradas, de forma indireta, em fontes egípcias. Parece que idéias da religião dos hebreus influenciaram uma seita egípcia. Conhecida como Atonismo (deus ATON), essa seita adorava a uma única divindade universal e negava a existência de todos os outros deuses. A seita Atonismo parece ter surgido muito rapidamente próximo ao fim do reinado de Amenhotep, e quando seu filho, Akhenaton, subiu ao trono, por volta de 1360 a.C. O Atonismo tornara-se tão influente que o novo faraó chegou a adotá-lo como a religião oficial do Egito por um tempo. Suas práticas são tão parecidas com as da religião hebraica que comentaristas bíblicos e egiptólogos vêem uma ligação entre elas. Algumas pessoas chegaram inclusive a dizer que o Atonismo foi diretamente inspirado pela religião dos escravos israelitas, de uma forma semelhante com a qual o antigo Cristianismo inspirou a religião da Roma Imperial.

A correlação entre as duas religiões parece muito grande para ser apenas
uma coincidência. Com exceção do fato de que ambas acreditam em um único deus universal e negam a existência de todos os outros — um conceito desconhecido em todas as demais partes do mundo na época — elas ainda compartilham de uma série de outros temas especiais. Primeiro, ambas veneram um deus sem nome que é apenas referido através de títulos. Jeová, o nome de Deus conhecido pelos cristãos de hoje, é na verdade, uma tradução do grego do nome hebraico (Yhuv ou Yahweh (Javé-Jeová), que na realidade, quer dizer “o Senhor”. O Deus de Israel não tem um nome. Tampouco o deus dos Atonismo. Independentemente da reverência, no Egito, os deuses eram geralmente chamados de forma direta e por meio de seu nome. Na verdade, imaginava-se que o nome do deus invocava sua presença.

{n.T. – Jeová é uma representação aportuguesada, com perda sintática da letra h (i.e., pois advém de Jehová), do hebraico יְהֹוָה, uma vocalização do Tetragrammaton (“Tetragrama”) יהוה (YHWH), o nome próprio do Deus de Israel na Torah hebraica.

O nome יְהֹוָה (YeHoVaH) aparece cerca de 7 Mil vezes no texto original das Escrituras Hebraicas, além das 305 ocorrências da forma יֱהֹוִה (YeHoViH). O texto em latim mais antigo a utilizar uma vocalização semelhante a ‘Jeová’ data do século XIII.}

Entretanto, o deus dos Atonismo foi uma exceção única. O nome comum usado por egiptólogos para o deus Atonismo é “o Aton”(às vezes como Aten) No entanto, esse não era de fato o nome do deus, mas o nome do hieróglifo, ou símbolo, que o representava.

Uma transliteração direta da palavra Aton é “o que dá a vida“(LUZ). Aton não era o nome da divindade dos Atonismo; era apenas uma descrição. Seus outros títulos e formas de ser chamado são, na verdade, idênticos aos usados para o deus dos hebreus. Isso foi revelado por meio de uma descoberta acidental feita em Tebas (Luxor), a antiga capital no sul do Egito.

Nos primeiros anos de seu reinado, Akhenaton ergueu um novo templo
para o deus Aton na cidade de Karnak, em Tebas. No entanto, pouco depois de seu reinado, quando o Egito abandonou o Atonismo e voltou a usar seu panteão de deuses tradicionais, o templo foi demolido. Por acaso, muitos dos blocos esculpidos que decoravam o templo foram preservados dentro de duas gigantescas torres fechadas por portões, que haviam sido erguidas em frente ao templo próximo do deus Amun (Amon). Por volta de 1930, quando essas torres foram desmanteladas para reformas estruturais, mais de 40.000 desses blocos esculpidos foram encontrados em seu interior, tendo sido usados como aterro por mais de três mil anos.

Agora chamado de talatat de Karnak, de um trabalho árabe que significa obra de tijolos, muitos deles estão gravados com orações Atonistas (dedicadas a Aton) que apresentam semelhanças inacreditáveis com os textos hebraicos. No relato bíblico, Moisés fala com Deus, pela primeira vez, no Monte Sinai quando Ele aparece em um arbusto que, de maneira miraculosa, arde em chamas sem consumi-lo. Sem saber qual deus está falando, Moisés pede a Deus que revele seu nome, e Deus responde: “Eu sou o que sou“ (Ex 3:14). Ele era apenas Deus — o único Deus.

A palavra hebraica para “deus” era El. Ela tinha diversas formas, como por exemplo, Elyon, “o deus mais superior”, e Elohim, “deuses”, ou El Shaddai, “deus Todo- Poderoso”. A palavra Yahweh, “o Senhor,” é usada com freqüência, como em Yahweh-tsidkenu, o “Senhor das Multidões,” (A palavra hebraica tsidkenu, que traduções modernas apresentam como “multidões”, na verdade se refere a exércitos, como por exemplo os exércitos de Judá, os exércitos de Israel, ou os exércitos de anjos.) No entanto, pelo fato de os israelitas considerarem Yahweh (Javé), pessoal demais, a palavra Adonai — “meu Senhor” — foi substituída na oração.

Nas inscrições do talatat, encontramos o deus Aton sendo chamado de uma
forma quase idêntica. Uma referência bastante recordativa do “Eu sou o que sou” no episódio do arbusto em chamas: “Sois o que és, radiante e soberano sobre todas as terras”. Outros se referem ao Aton, exatamente da forma como a Bíblia o faz repetidas vezes para com Deus, como Deus Todo Poderoso e o Deus Soberano. Por exemplo: O grande Aton, deus todo poderoso, que provém o homem com seu alimento e “Ó grande Aton, deus soberano, que nos livra da escuridão”. O Aton é ainda citado como o senhor dos exércitos, assim como o deus de Israel é chamado de o Senhor das Multidões: “Vós que sois Senhor de todos os exércitos do mundo.” Com ainda mais freqüência, porém, o Aton é chamado de forma semelhante à forma como Deus é chamado de Adonai, usando a palavra Neb, a palavra egípcia para “Senhor”.

Esses nomes não são apenas parecidos, mas também devemos observar
a forma como as duas religiões recebem suas divindades. Uma oração longa feita para o Aton sobrevive em uma série de inscrições na cidade em ruínas de Tell-el-Amarna (n.T.a antiga capital de Akhenaton, a cidade de Akhetaton-O Horizonte de Aton), na região central do Egito. Conhecida como “O Hino a Aton“, foi vista pelo egiptólogo americano James Henry Breasted, no início de 1909, apresentando uma incrível semelhança com o Salmo 104 no Antigo Testamento.

{“Nota: O Hino a ATON: 
Tu és belíssimo sobre o horizonte, Ó radioso Aton, fonte de Vida!
Quando te ergues no oriente do céu, teu esplendor abraça todas as terras.
Tu és belo, tu és grande, radiante és tu.
Teus raios envolvem todas as terras que criaste,
Todas as terras se unem pelos raios de teu amor.
Tão longe estás, mas seus raios tocam o chão;
Tão alto estás, mas teus pés se movem sobre o pó.
Tu és vida, por ti é que vivemos,
Os olhos voltados para tua glória, até a hora em que, imenso, te recolhes…
Criaste as estações para renascer todas as tuas obras.
Criaste o distante céu, para nele ascender.
A Terra está nas tuas mãos, como aos homens criaste.
Se tu nasceres eles vivem, se te pões eles morrem. Tu és propriamente a duração da vida, e vive-se unicamente através de ti!”}

Ambas as orações descrevem  em termos idênticos como Deus e o Aton são respectivamente vistos como criadores, alimentadores e responsáveis por todos os fenômenos na Terra.Uma outra correlação especial entre o Deus de Israel e o Aton é que nenhuma divindade tinha permissão de ser representada por imagens. De acordo com a Bíblia, embora os antigos israelitas tenham construído ícones que representavam os aspectos do poder de Deus, a religião israelita proscrevia a produção de efígies do próprio Deus. No Egito, uma efígie ou estátua de um deus era, tradicionalmente, uma parte essencial da prática dos rituais.

Os egípcios acreditavam que as divindades, na realidade, habitavam nessas imagens e suas construções ficaram descritas em textos antigos. Em todo o Egito, somente o Atonismo se divergia dessa prática. Os Atonistas proibiam a produção de quaisquer ídolos e efígies do Aton. De acordo com um dos talatats, “Nenhuma forma em toda a Terra deverá refletir vossa glória”.

Ambas as religiões conseguiram superar os problemas que essa doutrina
criou ao usar um símbolo para representar a presença da divindade. Quando  finalmente se estabeleceram em Canaã, os israelitas usavam o Menorah, umcandelabro sagrado de sete velas, para representar a luz e a presença de Deus no templo.  A prática ainda sobrevive nas sinagogas e nos lares dos judeus da atualidade. Conforme mencionado anteriormente, os atonistas também usavam um símbolo de luz para representar o Aton. Era um hieróglifo: um disco com braços que se estendia para baixo chegando às mãos que seguravam um ankh, o símbolo da vida.

Ele na verdade mostrava o sol com seus raios trazendo luz como fonte de vida para a Terra. Antigos egiptólogos chegaram à conclusão de que isso provava a adoração do sol. No entanto, conforme outras descobertas arqueológicas eram feitas durante o século XX, ficou claro que o hieróglifo representava a luz (“invisível”) do sol e não o  sol em si. (O sol era na verdade retratado como um disco com asas.) O Atonismo proibia a representação de seu deus de qualquer forma. Fica claro nos dias de hoje que o brilho do sol — que traz calor, luz e vida, e que contudo, não pode ser propriamente visto — era a forma por meio da qual a seita transmitia a idéia de um deus invisível, onipresente e provedor.

A única exceção que os atenistas faziam quanto à proibição contra a produção de imagens é exatamente a mesma exceção que os antigos israelitas parecem ter estabelecido: a imagem de um touro sagrado. Mesmo depois de Akhenaton abandonar todas as divindades tradicionais e tudo o que estava associado a elas, deu instruções específicas para que o touro de Mnevis, um animal sagrado ao deus sol Ra, fosse trazido para sua nova capital em Akhetaton (Tell-el-Amarna) e que fosse enterrado em uma tumba especial nas montanhas da região. O touro de Mnevis, ou Nemur, era um animal vivo venerado no templo de Heliópolis que, quando morto, era enterrado com grandes pompas e cerimônias, e substituído por um novo touro encontrado na floresta, de acordo com presságios recebidos. Uma série de figuras, do tamanho de uma mão, desses touros, feitas em pedras e em bronze, foram descobertas nas ruínas de Tell-el-Amarna-Akhetaton. Os antigos israelitas também continuaram a venerar um touro sagrado, para a perturbação de Moisés, como pode ser visto na história bíblica do bezerro de ouro.

De acordo com o Êxodo, quando Moisés se ausentara para entrar em contato com Deus no Monte Sinai, seu povo, temendo que algum mal pudesse cair sobre eles, pediu para seu representante Aarão que fizesse imagens sagradas para protegê-los. De acordo com eles, Aarão pegou jóias de ouro das pessoas e fez um “bezerro fundido”. Na verdade, ao contrário da popular imagem de Hollywood, não foi um bezerro que eles fizeram, mas muitos, quando outros passaram a seguir a  idéia de Aarão. Aarão afirmou que esses bezerros eram “teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito” (Ex 32:4). Além disso, eles, tampouco, parecem ter sido representações de tamanho real. Não sabemos qual era seu tamanho exato, mas a inferência é de que, como as efígies do touro dos egípcios, são pequenos o suficiente para caber na palma de uma mão. Quando as pessoas deram a Aarão seu ouro para que ele fizesse o ídolo, “E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril” (Ex 32:4).

Moisés pode ter sido contra a prática da adoração do touro, mas parece
que ela ainda durou mais oito séculos (n.T. ou até os dias de hoje, pois a figura do Touro representa o mundo material, da forma humana e suas sensações). O livro de Jeremias do Antigo Testamento trata de acontecimentos que se desenrolaram imediatamente antes da invasão babilônica de Judá em 597 a.C, e nele há referências a doze estátuas de touro de bronze, na verdade, enfeitando o templo de Jerusalém. De acordo com Jeremias 52:20, quando os babilônios saquearam o Templo, fugiram com os “doze bois de bronze” que ficavam na base dos pilares do Templo. No âmbito lingüístico, o livro de Jeremias é datado de cerca de 550 a.C. — próximo o suficiente do ataque ao Templo que não deixa dúvidas de que esse detalhe tenha sido inventado. Se o próprio autor não tivesse testemunhado o acontecimento, muitas pessoas, ainda vivas na época, o teriam. Não há muitas dúvidas, no entanto, de que a veneração de efígies de touros ou bois foi uma parte da antiga religião dos hebreus. Que os antigos israelitas veneravam esses ídolos é um fato também sustentado por evidências arqueológicas. Uma série de efígies do tamanho de uma mão foram encontradas em antigos locais por toda as cidades de Israel e na Palestina.

Talvez a mais interessante de todas seja a de um touro de bronze, com cerca de
vinte centímetros de comprimento, encontrada no campo de Shechem (SICHEM), e hoje propriedade do arqueólogo israelense Amihay Mazor, da Universidade Hebraica, em Jerusalém. Ela é datada do século XX a.C, um tempo muito anterior ao período de Moisés e, conseqüentemente, um tempo quando a fé dos hebreus foi totalmente estabelecida. De acordo com o Antigo Testamento, Shechem era um dos lugares sagrados na antiga Israel. O touro de bronze, vindo desse local tão respeitado, é uma óbvia evidência da contínua veneração do touro, certamente por alguns israelitas, muito tempo após terem invadido Canaã. De todas as centenas de práticas religiosas que existiam no mundo, ambas as religiões, a Atenista e a Hebraica, aparentemente, devem ter mantido um costume pagão antigo que é exatamente o mesmo, e isso é mais do que uma simples coincidência.

Talvez a prova mais convincente de que o Atenismo e a religião dos
israelitas estavam relacionadas, tenha vindo com a surpreendente descoberta
arqueológica feita em 1989. Naquele ano, o arqueólogo francês Alain Zivie descobriu uma tumba de pedra em Sakkara, próximo ao Cairo. Inacreditavelmente, o homem enterrado na tumba era um sacerdote tanto do Deus Aton, quanto do Deus dos hebreus. Inscrições revelaram que a múmia fora um importante oficial egípcio do reinado de Akhenaton, chamado Aper-el. Na verdade, ele era uma das figuras mais importantes do governo de Akhenaton. Era um grande vizir, o ministro chefe do norte do Egito. Surpreendentemente, o teste de DNA revelou que Aper-el não era um nativo egípcio, mas sim um semita, o que, por si só, já teria sido algo estranho o suficiente.

Ainda mais impressionante, porém, ele parece ter sido um israelita. Seu nome, AperEl, Alain Zivie concluiu com surpresa, parecia ser um título. Traduzido, ele literalmente significa “Servidor de (do deus) El.” El, naturalmente, era a palavra hebraica para Deus. Seu nome obviamente implicava que Aper-el foi um praticante fervoroso da religião israelita durante o reinado de Akhenaton. A descoberta mais instigante, porém, foi a das ilustrações da tumba que revelavam que Aper-el também era o sacerdote superior do templo atenista na cidade de Memphis. Aqui não apenas temos provas de uma ligação compartilhada entre a religião hebraica e o Atenismo, mas também um exemplo  de alguém que parece ter sido um sacerdote de ambas as religiões que não via nenhuma contradição. A única conclusão que pode ser tirada é a de que as religiões dos israelitas e dos atenistas estavam muito intimamente  relacionadas.

Temos somente os livros do Antigo Testamento como prova da religião
dos hebreus no período do ano de 1300 a.C. — livros que não foram escritos até muitos séculos depois. Entretanto, o que se sabe do Atenismo está baseado em descobertas contemporâneas. Isso não nos faz ter dúvidas de que uma religião, de muitas maneiras idêntica à religião dos hebreus, existiu por um pequeno tempo no Egito exatamente na mesma época em que Moisés parece ter vivido e que o Êxodo parece ter acontecido. Na verdade, nenhum outro povo, em nenhuma parte do mundo, ficou conhecido por ter estabelecido uma religião monoteísta antes, e não o faria — com exceção dos israelitas — por outros mil anos. Parece pouco provável, portanto, que as duas religiões não estivessem relacionadas. Se o Atenismo surgiu da religião dos israelitas, ou se o contrário, jamais ficaremos sabendo. O que foi muito importante para minhas pesquisas, foi que havia grandes evidências de que a religião hebraica, de uma forma ou de outra, de fato existiu no tempo que dizem que a Arca da Aliança foi construída. Havia, porém, não apenas provas de fontes egípcias do antigo monoteísmo por volta da época que a história do Êxodo aconteceu; havia também evidências de um recipiente sagrado quase idêntico à Arca.

No Egito, acreditava-se que a presença de um deus residia dentro de uma
imagem feita com detalhes, geralmente uma estátua ou uma estatueta. Durante o reino de Amenhotep III, uma estátua da principal divindade egípcia, Amun, ficava em um canto escuro de um lugar sagrado no templo de Karnak. Assim como a câmara onde a Arca da Aliança mais tarde ficou no Templo de Jerusalém, esse lugar sagrado era chamado de Sagrado dos Sagrados (Sanctun Santorun). De alguma forma que hoje não entendemos, acreditava-se que nesse local sagrado do templo a divindade (ou um seu mensageiro) revelava suas instruções ao sacerdócio.

Somente em ocasiões especiais a estátua era tirada de seu lugar, e era então
carregada em um recipiente sagrado que, como a Arca, era feito de madeira
dourada e transportada com varas inseridas em seus arcos de ambos os lados. Uma outra semelhança entre esse recipiente sagrado e a Arca da Aliança, é seu nome. Uma inscrição em um cenário que mostra a estátua do deus sendo carregada neste recipiente no relevo de uma parede no templo de Medinet Habu em Tebas, diz: “O divino Amun é transportado na Barca sagrada.”

As palavras arca e barca têm uma origem comum na palavra Ak, um
termo egípcio que significa um recipiente ou vaso sagrado. A palavra seguiu seu caminho até o latim onde se transformou em barca, um barco real. Com o tempo, essa palavra romana ganhou um uso comum como a palavra usada para qualquer barco pequeno; no inglês moderno a palavra é barge, que também significa barca. A palavra original Ak, porém, não apenas se referia a um objeto inanimado; ela também podia ser aplicada a uma pessoa por intermédio da qual deus falava, como no título do faraó egípcio Akhenaton que significava “vaso de Aton.”(como Jesus foi o “VASO” do Cristo) Portanto, a palavra egípcia Barca e a hebraica Arca eram ambas recipientes que guardavam seus respectivos deuses ou algo que canalizava o poder das divindades.

Sabemos que a antiga religião dos hebreus teria sido influenciada pelas
práticas religiosas no Egito, porque foi ali que os israelitas viveram por cerca de quatrocentos anos antes do Êxodo. Embora nenhuma de minhas investigações de fato prove que a Arca da Aliança existiu, elas, sem dúvida, colocam a relíquia bíblica dentro de um contexto histórico realista. Como um povo forçado a levar uma existência nômade no Deserto de Sinai por muitos anos após sua fuga do Egito, é perfeitamente compreensível que os israelitas tenham criado a sua própria versão de uma barca egípcia. Isso fazia com que pudessem transportar suas posses mais sagradas, em particular o enigmático item por meio do qual dizem que Deus se manifestava — ou seja, o misterioso propiciatório, ou trono de Deus.

Assim como a estátua egípcia do principal deus Amun, o propiciatório de
alguma forma revelava as instruções de Deus. O termo propiciatório é uma tradução do inglês da palavra mercy seat que tem origem hebraica nas palavras kiseh chesed, sendo que a palavra que significa mercy, chesed, também quer dizer sabedoria, e a palavra que significa seat, kiseh, também quer dizer um lugar de julgamento, como o “assento” de poder de um rei. Em 1 Crônicas 28:11, a sala do trono do Rei Salomão também é mencionada pelo termo propiciatório. Parece, portanto, que não se tratava necessariamente de uma cadeira, mas um lugar de onde a sabedoria era distribuída, julgamentos feitos e o poder exercido. A palavra equivalente do inglês mais próxima é na verdade oracle (oráculo). Como a tradição dos hebreus proibia a criação de imagens de Deus, este oráculo provavelmente não era uma estátua ou uma estatueta. O livro do Êxodo nos dá a única descrição do propiciatório: “Fez também o propiciatório de ouro puro; o seu comprimento era de dois covados e meio, e a sua largura de um covado e meio” (Ex 37:6)

Essas informações não são suficientes, mas ao julgarmos pelo fato de
que as dimensões dadas são as mesmas da Arca, parece que essa era a sua
tampa. Seja o que for, o propiciatório era o oráculo de Deus, assim como a estátua de Amun era o oráculo da principal divindade egípcia. Uma barca dourada portátil que transportava um oráculo do deus egípcio, e uma arca dourada portátil que carregava um oráculo do Deus dos hebreus — certamente uma deve ter inspirado a outra. Portanto, havia evidências históricas de uma personalidade correspondente, ao perfil de Moisés, havia provas arqueológicas da existência da religião dos hebreus e a Arca se encaixava em um contexto histórico. Eu estava agora em posição de iniciar uma investigação teórica a respeito de uma realidade histórica da relíquia perdida.

Fim do capítulo.

Mudanças climáticas: ameaça silenciosa aos polinizadores


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Ecólogo e diretor do Laboratório de Biogeografia da Conservação e professor da Universidade Federal de Goiás.

 

polinizadores-rafael1Foto: Vana

Polinizadores como abelhas, borboletas, mariposas, besouros, aves e morcegos garantem a produção de um terço dos cultivos mundiais e a reprodução de plantas em ecossistemas inteiros, como as florestas tropicais. Sem polinizadores, a maioria das plantas nativas e das cultivadas que consumimos não sobreviveria. Entretanto, o número de polinizadores está declinando em todo o mundo e seu declínio implica em uma ameaça à manutenção da biodiversidade e à saúde e alimentação humana.

As principais causas desse declínio são o uso indiscriminado de pesticidas e herbicidas, a existência de espécies invasoras, a perda e fragmentação de ambientes naturais e a degradação ambiental (quando habitats perdem sua qualidade). Esses fatores reduzem tanto o número de espécies de plantas com flor, que são fontes de alimento para os polinizadores, quanto o número de locais disponíveis para reprodução, abrigo e migração dos polinizadores. Mas, há pouco, uma ameaça silenciosa começou a ser observada: as mudanças climáticas.

Em um estudo recente publicado na revista científica PLoS ONE mostramos que as mudanças climáticas deverão diminuir em muito os locais adequados para a sobrevivência de mariposas, um dos grupos de polinizadores mais diverso e importante para a manutenção dos ecossistemas naturais. Pior ainda, nem as Unidades de Conservaçãoserão capazes de conter essa redução. Locais que satisfaziam as necessidades dos polinizadores começam a se tornar inabitáveis à medida que a temperatura aumenta ou varia muito, as chuvas tornam-se imprevisíveis e a vegetação muda.

Mude ou… extinga-se

“A adaptação é um processo complexo que envolve desde a variabilidade genética encontrada na espécie até a mudança de seus padrões comportamentais.”

Na tentativa de acompanhar essas mudanças, as espécies podem fazer uma dessas três coisas: em primeiro lugar, elas podem migrar para outro local que tenha as condições adequadas para sua sobrevivência. Mas isso só é possível caso esse local exista e esteja dentro do alcance dos indivíduos. Porém, hoje, com o ambiente alterado, essa tarefa pode ser bem complicada. Imagine-se uma pequena borboleta, tendo que cruzar um “mar” de 10 km de plantação de soja ou cana-de-açúcar até encontrar abrigo em uma matinha ou floresta. Cansou? Pois é, eu também.

Além disso, elas podem se adaptar localmente. Isso é bem mais fácil de dizer do que fazer. A adaptação é um processo complexo que envolve desde a variabilidade genética encontrada na espécie até a mudança de seus padrões comportamentais. Há pesquisas sobre adaptação de espécies às mudanças climáticas, mas elas ainda são feitas para poucos organismos e os cientistas não conseguem extrapolar seus resultados para todas as espécies;

Finalmente, elas podem se extinguir. Ok, isso não é bem uma opção. Nenhuma espécie opta por desaparecer.

Tudo isso acontece com os polinizadores. O que a maioria das pessoas não entende é que a perda de polinizadores implica em uma perda econômica na agricultura, silvicultura e em um desequilíbrio na natureza.

Diversos estudos já mostraram a importância de se manter porções de habitat nativo dentro de propriedades particulares para garantir e inclusive aumentar a produção agrícola. Antes de tudo, o cumprimento da legislação ambiental sobre a proteção da vegetação nativa é uma questão de segurança alimentar (e hídrica), já que a maioria dos polinizadores, que garante e aumenta nossa produção de alimentos, vive em ambientes remanescentes como as reservas legais, áreas de proteção permanente e Unidades de Conservação.

Mas pelo menos dentro das Unidades de Conservação os polinizadores estão protegidos, certo? Errado.

Perigo maior na Mata Atlântica

“[Na Mata Atlântica] a perda de polinizadores é particularmente crítica, uma vez que ele possui 8.000 espécies de plantas que só ocorrem ali e que 95% da produção de sementes por plantas depende dos polinizadores.”

Nossos estudos na Mata Atlântica mostram que em 2080, a maioria das Unidades de Conservação da Mata Atlântica não terá um clima adequado para mariposas, por exemplo. Cerca de 4% desses polinizadores (20 das 507 espécies estudadas) deverão ser extintos na Mata Atlântica e muitos deles só ocorrem nesse bioma. De fato, apenas algumas poucas UCs ao sul da Mata Atlântica, em locais altos e mais frios, serão capazes de manter condições ótimas para esses animais. Neste bioma a perda de polinizadores é particularmente crítica, uma vez que ele possui 8.000 espécies de plantas que só ocorrem ali e que 95% da produção de sementes por plantas depende dos polinizadores. Isso sem mencionar que o que resta da Mata Atlântica (só resta cerca de 11% deste bioma) provê água às cidades ao longo do litoral brasileiro e sustenta inúmeras comunidades rurais cuja subsistência depende da conservação dos recursos da floresta.

Mas nem tudo está perdido. Ecólogos e cientistas da conservação têm concentrado esforços para entender melhor como espécies respondem às mudanças climáticas. Esse entendimento pode guiar e antecipar a tomada de decisão para conservação de polinizadores. Melhor ainda, ele permite que mais informação biológica seja incluída em estudos que estimam perdas econômicas advindas da extinção de polinizadores, tanto em áreas cultivadas como em ambientes protegidos, como nos Parques Nacionais.

Em outro estudo recente, a ser publicado na revista Oikos, pesquisadores norte-americanos investigaram como borboletas escolhiam onde colocar seus ovos nas plantas em função da temperatura do ambiente. Por meio de observações feitas em campo, eles chegaram à conclusão de que as borboletas colocam seus ovos próximos ao chão quando estão em locais mais quentes, e na parte mais alta das plantas quando estão em locais mais frios, como no alto de montanhas. Ovos colocados a menos de 50 cm do chão são, em média, 3o C mais frios que aqueles colocados à 1metro do chão. Assim, as borboletas estudadas minimizam os efeitos do aquecimento local e interferem no local onde os ovos serão depositados por meio de uma alteração em seu comportamento. Isso nos dá pistas de que há espécies que poderão ser capazes de minimizar os efeitos de um aquecimento generalizado, pelo menos nos locais onde vivem.

Com tudo isso, espera-se que cientistas, ONGs, governo e atores locais reúnam-se e definam políticas públicas que visem à conservação de polinizadores dentro e fora de Unidades de Conservação. Isso já acontece no Brasil dentro da Iniciativa Brasileira de Polinizadores, uma ação que integra um projeto sobre conservação e uso sustentável de polinizadores liderado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Ajude também

“Para o cidadão, essas iniciativas vão desde o cultivo de jardins nas cidades, com plantas nativas que atraem diferentes polinizadores (…), até a construção de pequenos hotéis para insetos”

Para quem quer se envolver com a questão, há inúmeras iniciativas para prevenir a extinção de polinizadores. Para o cidadão, essas iniciativas vão desde o cultivo de jardins nas cidades, com plantas nativas que atraem diferentes polinizadores como abelhas nativas, mariposas, borboletas e aves, até a construção de pequenos hotéis para insetos, passando pela participação em eventos sobre polinização. Você pode se inscrever do XI Curso Internacional de Polinização, que acontece de 8 a 20 de dezembro de 2014. Há também um livro publicado no ano passado com o qual você pode aprender mais sobre a importância da polinização e dos polinizadores para a nossa saúde e a dos ecossistemas.

Se você é um pesquisador ou estudante da área, pode contribuir bastante divulgando resultados de suas pesquisas para o público geral por meio das redes sociais, blogs e da imprensa. Se é um gestor de Unidade de Conservação pode identificar se polinizadores na área sob sua supervisão será impactada por mudanças climáticas e estimular ações de restauração da vegetação nativa, além de fomentar programas de educação ambiental voltados para comunidades locais e visitantes.

Se é um agente do governo, pode levantar a questão em fóruns apropriados e impulsionar a discussão e implementação de estratégias de ação nas instâncias competentes por meio de oficinas, reuniões e comissões.

Como você vê, há várias oportunidades de se envolver com o assunto e ajudar no problema. Vamos agir agora para que os polinizadores fiquem a salvo antes que seja tarde demais para eles e para nós mesmos.

 

 

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O dia em que a internet sumirá


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A rede de computadores não deixará de existir.

Mas, quando tudo e todos estiverem conectados, deixaremos de pensar nela – e a vida será bem diferente

BRUNO FERRARI, DE SHENZHEN E XANGAI, E MARCOS CORONATO
 
O dia em que a internet sumirá (Foto: Rafe Swan/Corbis)
(Foto: Rafe Swan/Corbis)

A energia elétrica demorou décadas para se tornar popular. Em 1879, Thomas Edison inventou a lâmpada incandescente, e ela começou a ser usada na iluminação pública. Nos anos seguintes, Edison também eletrocutou gatos, cães, vacas e até um elefante, para mostrar ao público o perigo do fornecimento de energia em corrente alternada (que usamos hoje). Os cidadãos temiam a instalação da fiação nas ruas. Em 1910, menos de um décimo das casas americanas tinha acesso à eletricidade, cara e instável. Só nos anos 1950 acionar um interruptor se transformou em ato trivial. Epopeia similar envolveu a difusão dos automóveis a gasolina. Os primeiros fabricados em série começaram a circular na Alemanha em 1888. Doze anos depois, aconteceu o primeiro atropelamento fatal, em Londres. O pedestre foi incapaz de evitar o carro. Ele se deslocava na mesma velocidade que uma pessoa caminhando rapidamente, 6,5 quilômetros por hora. Diz a lenda que o médico-legista manifestou a esperança que nunca mais houvesse um acidente do tipo. Viajar de carro exigia planejamento, dada a raridade dos postos de combustível. Hoje, nas maiores cidades, o cidadão dispõe de eletricidade, carro, táxis e ônibus à vontade, nem precisa pensar sobre como usá-los. Antes de se integrar ao cotidiano, essas tecnologias precisaram evoluir. A internet também evolui – e se aproxima o dia em que deixaremos de pensar nela. Isso mudará a forma como nos relacionamos, trabalhamos e planejamos o dia.

O salto de qualidade e abrangência da internet, tão jovem, impressiona. Lançada comercialmente no início dos anos 1990, a rede já tem quase 3 bilhões de usuários e conecta 6 bilhões de objetos mundo afora. O acesso é feito por computadores, smartphones,
tablets, relógios e outros eletrodomésticos. Cargas, veículos e satélites também estão na rede. Mas ainda faltam qualidade e confiabilidade. Mesmo em países ricos, conectar-se exige saltar obstáculos. O usuário precisa pensar se há internet sem fio à disposição, no tamanho dos arquivos que deseja enviar ou receber, na velocidade da conexão, nos preços dos pacotes, na qualidade do acesso. Em São Paulo, Xangai ou Berlim, o Wi-Fi dos hotéis é precário. Publicar uma foto numa rede social durante um show de música é um lance de sorte. Agora, há uma previsão para que os obstáculos sumam. Se estiver certa, em 2025 a internet desaparecerá de nossas preocupações.

A próxima geração de redes de telefonia móvel, a quinta, chamada de 5G, promete transformar a experiência do acesso. É a evolução das redes em implementação no Brasil hoje, de quarta geração, ou 4G. Uma rede 5G será mais veloz e estável. Um cético, com razão, poderá se lembrar de promessas anteriores, frustradas. Desta vez, há duas grandes transformações a considerar.

A primeira é que a velocidade de transmissão deixará de fazer diferença. Nos saltos tecnológicos anteriores, entre a primeira e a quarta gerações de telefonia móvel, do 1G ao 4G, a velocidade se multiplicou por 100 mil (da faixa de 1 Kbps para 100 mil Kbps, ou 100 Mbps, a promessa das redes de 4G atuais). As conexões 4G de hoje raramente cumprem o prometido. Costumam oferecer só um quinto da velocidade potencial. O que importa é que o aumento da velocidade, desde os anos 1980, e as oscilações que ela sofre nas redes atuais ainda estão dentro do alcance da percepção comum. Cada nova geração tecnológica significou mais facilidade, bem perceptível, para baixar uma foto ou assistir a um vídeo. Mas cada oscilação na velocidade também significa, ainda hoje, incômodos segundos a mais para baixar a foto ou assistir ao vídeo. O 5G levará a velocidade a outra escala, acima das necessidades que temos hoje. Oscilações na transmissão farão diferença de frações de segundo, abaixo da percepção humana.

Dispor de uma velocidade de transmissão real de 10 Gbps, 500 vezes a atualmente oferecida pelo 4G, significaria parar de pensar se sua conexão é rápida ou lenta. Nessa velocidade, ela apenas “é”, como a eletricidade – está ligada ou desligada. O avanço, a partir daí, será imperceptível. Para o tipo de conteúdo mais pesado que transmitimos atualmente, como  filmes, velocidades de 10 ou 15 Gbps dão na mesma.
 

NO 5G, não existirá mais conexão rápida ou lenta. Ela estará apenas ligada ou desligada, como a eletricidade

Ainda há a segunda característica que diferencia o salto para 5G das mudanças anteriores. Ele será usado para funções além de fazer chamadas de voz e conectar-se à internet com boa qualidade, em smartphones ou tablets. É a tecnologia que integrará roupas, óculos, joias, casas, objetos de decoração, automóveis, estradas, máquinas industriais e uma infinidade de objetos, 24 horas por dia, na “internet das coisas”. Estima-se que, em 2025, o mundo terá mais de 100 bilhões de objetos conectados. Pelo modelo atualmente em desenvolvimento, isso exigirá a instalação de um novo tipo de antena. Além das atuais, grandes, que oferecem conexão num raio de quilômetros, haverá antenas pequenas, a cada 100 ou 200 metros, dentro e fora das casas e edifícios. Cada uma garantirá transmissão e recepção de dados dos aparelhos conectados nas proximidades – o computador na mesa, o carro que passa em alta velocidade, o relógio no pulso do ciclista, o painel na vitrine da loja, o espelho do banheiro que informa a previsão do tempo e a geladeira que recomenda compras.

Toda essa expectativa ainda se baseia em ideias e experiências em laboratórios. Tentar antever o futuro é uma atividade arriscada. Não sabemos quanta informação transmitirá um carro autônomo, conectado a uma estrada inteligente. Ou qual será o tamanho de um arquivo de realidade virtual. O usuário tem vasta capacidade de se acostumar rapidamente ao que há de bom numa novidade e começa a perceber somente seus defeitos. O usuário de 2025 encontrará motivos novos para reclamar de sua conexão com a internet. Mas vale a pena prestar atenção ao avanço do 5G. 

A definição do padrão está prevista para ocorrer em 2018. “O 3G levou nove anos para ser adotado. O 4G, cinco. É provável que o 5G leve menos que isso. As janelas de inovação estão mais estreitas”, diz Weng Tong, pesquisador do Centro de Pesquisa do Canadá e cientista do laboratório de tecnologias sem fio da empresa de telecomunicações Huawei, em Xangai, na China. Um estudo da Huawei tenta dar uma ideia de como será o mundo em 2025 (leia os dados no quadro abaixo). Serão gerados, anualmente, 177 zettabytes de dados – 46 vezes o que se produz hoje. A tecnologia sem fio 5G, sozinha, não atenderá às necessidades desse mundo futuro hiperconectado. Deverá ocorrer a difusão da banda larga fixa, por meio  de fibra óptica.

Mais interessante é pensar nas mudanças no comportamento e nas oportunidades. Em 1983, o matemático, cientista e escritor de ficção científica americano Vernor Vinge inventou o termo “singularidade tecnológica”. Vinge referia-se a um evento capaz de provocar uma ruptura no tecido da história, como o advento da inteligência artificial superior à humana. Um dos avanços que poderiam contribuir para o aparecimento da singularidade, imaginou Vinge, seria uma rede de computadores se tornar consciente. Vinge chamou essa hipótese de “Cenário Internet”. Ela se tornou popular com o filme O exterminador do futuro, de 1984. Talvez singularidades não precisem ocorrer num momento breve e dramático. Também representaram singularidades, mais estendidas no tempo, a conquista dos mares pelos europeus ou o avanço dos relógios, que permitiu a medição precisa do tempo. A opinião é dos pesquisadores Christopher Magee, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, e Tessaleno Devezas, da Universidade de Beira Interior, em Portugal. Essas transformações mudaram o curso da história e o alcance da imaginação humana. Como a internet móvel de 2025 mudará nossa vida?

O conceito de cidade inteligente está ligado a uma conectividade estável e imperceptível. Ruas, semáforos, termômetros e vitrines conversarão com nossos computadores pessoais, em nossas roupas e acessórios. Poderemos tomar decisões melhores e deixar de perder tempo com aquelas que hoje nos consomem – trabalhar de casa, ir de carro, pegar metrô ou alugar uma bicicleta? “O indivíduo trocará informações o tempo todo com objetos espalhados pela cidade”, afirma Assaf Biderman, diretor do centro de cidades digitais do MIT. “Isso produzirá um retrato instantâneo do que acontece numa metrópole, em tempo real. É a chave para tornar a vida mais eficiente e prazerosa.”

Também será mais difícil desfrutar períodos de desconexão. Talvez surja a versão digital da agorafobia, o medo de multidões e espaços abertos. O que ocorrerá com a “geração selfie”, já criticada pela falta de compostura e noção de privacidade? David Baker, consultor e professor da The School of Life de Londres, é um defensor da vida menos conectada. “A velocidade e a força do mundo digital ameaçam causar danos a habilidades humanas importantes, como as artes, a empatia e a reflexão”, afirma. “Também (ameaçam) prejudicar direitos humanos, como privacidade, autonomia e calma.” A ponderação é relevante. A melhor forma de lidar com esses problemas é começarmos a nos preparar para quando a internet se tornar imperceptível e onipresente. Para quando estar conectado passar a ser natural como caminhar. Talvez seja a primeira vez que nós, humanos, podemos filosofar com antecedência sobre algo tão revolucionário. Ou talvez estejamos apenas deixando de perceber o que realmente nos surpreenderá em 2025. Singularidades têm uma característica comum: quem passou por elas nunca percebeu a real dimensão das transformações ao redor.
 

A internet onipresente (Foto: Época)

 

O jornalista Bruno Ferrari viajou a convite da Huawei

Brasil: Açai, produzindo e doando saúde


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O Surpreendente AÇAI aparece para aliviar a aterosclerose:

Mais uma das tantas dádivas da Mãe Natureza/Deus para os brasileiros. 

O suco de AÇAI pode proporcionar benefícios anti-inflamatórios que oferecem proteção contra o endurecimento das artérias (aterosclerose), de acordo com uma nova pesquisa nos EUA.

O Surpreendente AÇAI aparece para aliviar a aterosclerose e tem outros benefícios:

Fonte: http://www.swansonvitamins.com/

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O estudo, publicado na revista ’’Aterosclerose’’, apresenta evidências que sugerem que o efeito de proteção contra aterosclerose do suco de açaí é, em parte devido à degenerescência dos lipídios (peroxidação lipídica), que pode ser devido ao aumento dos níveis e atividade das enzimas antioxidantes.

A pesquisa também suporta a possibilidade que o suco de açaí pode exercer efeito protetor contra o desenvolvimento da aterosclerose, inibindo os compostos pró-inflamatórios chamadas citoquinas, através da regulação de mediadores inflamatórios.

“Nós fornecemos a evidência experimental direta de que uma dieta contendo um suco de açaí na dose de 5% (cinco por cento) desenvolveram MENOS lesões ateroscleróticas significativamente”, disseram os pesquisadores, liderados pelo Dr. Wu Xianli da Universidade de Arkansas para ciências médicas.

Os autores do estudo disseram que a pesquisa “fornece os primeiros indícios relatando que o suco de açaí protege contra a arteriosclerose“, acrescentando que “os resultados indicam claramente que o suco de açaí reduz a peroxidação lipídica significativamente.”

“Reduzir a peroxidação lipídica através do aumento das enzimas antioxidantes e inibindo produção de citocinas pró-inflamatórios são propostos como os principais mecanismos de proteção para os efeitos atero do suco de açaí testados nessas experimentação de modelos “in vivo”, explicam os cientistas.

O Dr. Wu e seus colegas explicaram que a doença cardiovascular é a principal causa de morte, não só nos Estados Unidos “, mas também na maioria dos países industrializados.” Eles acrescentaram, “tem sido reconhecido que uma dieta rica em frutas e vegetais pode ter efeitos benéficos em doenças cardiovasculares, em grande parte atribuída às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias”.

No entanto, os pesquisadores notaram que a evidência experimental ’’in vivo’’ para apoiar o consumo de frutas e produtos hortícolas específicos na redução do risco de doenças cardiovasculares com base em mecanismos plausíveis “continua a ser escasso.”

O novo estudo investigou os efeitos atero-protetor do suco de açaí em um tipo de roedor. Marcadores de estresse oxidativo foram encontrados para serem significativamente mais baixos no soro e no fígado de animais alimentados com suco de açaí.

Resultados da análise de 17 genes relacionados às enzimas de oxidação / antioxidante também mostraram que a expressão dos dois genes de enzimas antioxidantes, glutationa peroxidase (GPx) e glutationa redutase (GSR), consideradas como enzimas antioxidante importante no sistema vascular estavam significativamente mais regulamentadas na aorta de ratos alimentados com suco de açaí.

As atividades do GSR no soro e no fígado e GPX no soro também foram relatados para aumentar em ratos alimentados com suco de açaí,. “Portanto, estas duas enzimas antioxidantes podem agir sinergicamente para reduzir a peroxidação lipídica,” o Dr.Wu e seus colegas de trabalho sugeriram. Séricos da enzima antioxidante PON1 (com o HDL e envolvido na prevenção da peroxidação lipídica LDL) também foi encontrado para ser elevado em ratos alimentados com suco de açaí. Em outros experimentos, os ratos alimentados com suco de açaí por cinco semanas foram relatados para terem níveis significativamente menores de citocinas pró-inflamatórias IL-6 e TNF-a.

“Não só o suco de açaí reduziu os níveis basais dessas duas citocinas pró-inflamatórias, como também aumentou a resistência de secreção destas duas citocinas por macrófagos em resposta a estímulos inflamatórios como o LPS”, disseram os autores dessa pesquisa.

Os autores da pesquisa são Doutores de Nutrição do USDA Arkansas Children’s Center, do Departamento de Fisiologia e Biofísica, do Departamento de Imunologia na Universidade de Arkansas para Ciências Médicas e da Vida AIBMR Ciência, Inc.

-Aterosclerose; Publicado Online antes da impressão.

Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

‘O mundo olha o Brasil com preocupação’


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Entrevista. Jeffrey Sachs, economista, diretor do Instituto da Terra, na Universidade Columbia

Para economista,escândalos de corrupção levaram a uma perda de confiança e de fé nas instituições brasileiras

JAMIL CHADE

GENEBRA

 “O mundo olha hoje o Brasil com preocupação.” O alerta é do economista Jeffrey Sachs, considerado pela revista Time uma das cem pessoas mais influentes do mundo e diretor do Instituto da Terra, na Universidade Columbia.Em entrevista exclusiva ao Estado em Genebra, Sachs colocou três prioridades à pessoa que estiver na Presidência do Brasil nos próximos quatro anos: atacar a corrupção, investir em tecnologia e ter contas em dia. Mas deixou claro que, hoje, a comunidade internacional já não se entusiasma com o caminho traçado pelo País.“Há um enorme volume de problemas e escândalos de corrupção que levaram a uma perda de confiança e de fé nas instituições brasileiras por muita gente”, alertou.Sachs hoje se dedica a defender a economia sustentável. Segundo ele, qualquer presidente brasileiro terá de assumir esse princípio para ser ao mesmo tempo competitivo e coerente com as necessidades de preservação do País.O americano é o atual conselheiro especial da ONU para as Metas do Milênio e seus livros estão entre os principais best-sellers de economia dos últimos dez anos. Em 2005, publicou O Fim da Pobreza, seguido por Common Wealth (2008) e O Preço da Civilização, de 2011.A seguir, os principais trechos da entrevista:Os próximos meses serão fundamentais nas negociações para um acordo sobre o clima. Mas, ao mesmo tempo, estamos vendo que a economia mundial não consegue crescer. Como é que essa equação vai ser resolvida?O mundo hoje não é sustentável socialmente, economicamente ou ambientalmente, Não vamos conseguir reverter isso, a não ser que haja a promoção de uma mudança na direção do crescimento. Ao mesmo tempo que estamos vendo os meses de agosto e setembro mais quentes da história, também estamos vendo que as grandes economias do mundo sofreram um freio porque não existem investimentos. De um lado, temos políticos que querem projetos de curto prazo para poder ganhar eleições. Mas isso não será mais suficiente para reverter a tendência. De outro lado, os mercados e as bolsas estão focados no nanossegundo, quando na verdade precisavam pensar em termos de uma década. Isso é uma inversão do que precisamos. 2015 é o ano crítico para negociações ambientais e para o modelo de economia que vamos construir. Mas a realidade é que, se no ano que vem o processo fracassar, ninguém voltará para mais uma reunião em 2016. O que está em jogo é a estabilidade do mundo.Por muito tempo, os países emergentes, entre eles o Brasil, argumentavam que não era justo que países ricos tivessem tido a possibilidade de se desenvolver e se industrializar nos últimos 50 anos sem nenhum limite, enquanto agora essas condições ambientais são exigidas dos emergentes. Isso é ainda um argumento válido?Não é mais uma justificativa que possa ser aceita. Todos terão de fazer alguma coisa e de forma séria. Felizmente, o Brasil está bem situado para lidar com o que pode ser exigido no mundo. O País tem biocombustíveis, um amplo potencial de energia hidrelétrica e potencial para desenvolver tecnologia. Não será uma barreira ao Brasil. Mas, claro, o País tem dimensões continentais e a biodiversidade poderá sofrer bastante com as mudanças climáticas. Na verdade, a degradação é um assunto que acompanha o Brasil por séculos. A questão da sobrevivência da Amazônia, da Mata Atlântica, isso tudo significa que o Brasil terá de ser um líder global nesses assuntos ambientais.A desaceleração da economia brasileira é um obstáculo para modificar o padrão de crescimento e adotar regras exigindo maior sustentabilidade?Não é um obstáculo. A recessão é um aviso claro de que as coisas precisam mudar de direção para que haja crescimento. Precisamos de um crescimento conduzido por investimentos que sejam sustentáveis, e o que vemos agora é que investidores não sabem onde investir nem em quais setores devem investir. Há muita incerteza e uma falta de liderança que aponte até mesmo qual o combustível e qual o meio de transporte que devem ser a aposta. Isso é importante para justamente indicar ao investidor onde estará o mercado no futuro. É verdade que essa incerteza não existe apenas no Brasil.Mas qual a forma de garantir que esses investimentos ocorram?O único caminho é de apontar para uma maior clareza sobre como o mundo vai reformar o sistema de energia. Isso ajudaria muito a definir que tipo de investimentos devem ocorrer. Mas a realidade é que os investimentos hoje estão paralisados no Brasil, nos EUA e na Europa. Há dinheiro e há opções. Mas ninguém está liderando e indicando para onde ir.Quais devem ser prioridades ao Brasil para voltar a crescer?Acho que o País deve começar com a tecnologia e a futura capacidade de desenvolver novos produtos. Quando eu viajo em um avião da Embraer, sinto orgulho pelo Brasil. É esse tipo de investimento que o Brasil precisa para voltar a crescer no futuro. Portanto, excelência industrial e tecnológica são as áreas para o crescimento do Brasil no longo prazo. Isso pode ser no setor de transporte, mas também em energia, serviços de informática e no agronegócio.E da parte do governo, o que pode ser feito?Claramente o Brasil precisa ser mais bem administrado. Há um enorme volume de problemas e escândalos de corrupção que levaram a uma perda de confiança e de fé nas instituições brasileiras por muita gente. Preciso dizer que, nos EUA, há também muita corrupção. Portanto, não estou apontando o dedo apenas ao Brasil. Há muito dinheiro na política. Não é apenas um slogan, mas a realidade é que nossas sociedades não podem funcionar se não há uma legitimidade básica, honestidade e boa administração. Além disso, a situação financeira do Brasil precisa ser transparente, clara e sustentável. As dívidas públicas não podem continuar a ser tão elevadas. Se houver nuvens no cenário financeiro, isso também será uma enorme barreira.Que recomendações o sr. daria a quem ocupar a cadeira de presidente pelos próximos quatro anos no Brasil?Vejo o Brasil como um país que viveria os ideais do crescimento sustentável. É o lugar mais bonito do mundo e integrar o mundo natural e a economia seria uma agenda perfeita para o Brasil. Portanto, espero que um próximo governo use o desenvolvimento sustentável como um princípio organizacional para o País. Governar de forma honesta e promovendo tecnologia, que é onde a competitividade estará no futuro.Há alguns anos havia uma euforia no mundo sobre o Brasil. Como o País é visto hoje?O mundo olha hoje o Brasil com preocupação pelo caminho que tomou.

Criação do Parna Gandarela perdeu chance de ser modelo


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João Madeira*gandarela 1

Vista da Serra do Gandarela, MG.

Foto: Danilo Siqueira 

Se há algo que vem se tornando um consenso mundial em termos de gestão de áreas protegidas é a constatação de que não se faz uma boa gestão de costas para a sociedade, ditando regras não discutidas e tomando decisões sobre o que é público sem a participação do público. Uma das principais inovações trazidas ao Brasil pela promulgação do SNUC (julho de 2000) foi o estabelecimento da gestão participativa como um princípio. Desde a criação de unidades de conservação até a sua plena implementação, passando pela elaboração do plano de manejo, é necessário envolver a sociedade e, claro, buscar o seu apoio.

Sendo a participação um princípio, o SNUC estabelece que para a criação de uma Unidade de Conservação deve-se promover consultas públicas e que nelas a proposta de criação seja apresentada com clareza, em linguagem acessível a todos. A lei não entra em maiores detalhes sobre como fazer isto, razão pela qual muito se vem discutindo nos últimos anos dentro do ICMBio sobre como devem ser estas consultas. A principal conclusão saída destas discussões, de forma bem resumida, foi a de que a “consulta pública” exigida pelo SNUC não poderia se dar apenas em um ou alguns poucos eventos, em que se enchesse um salão de gente, se explicasse a proposta, se ouvisse as opiniões de quem quisesse falar… e pronto! Volta-se para Brasília, elabora-se uma minuta de decreto e encaminha-se para criação. Depois de algumas experiências em que ficou claro que isso não era suficiente para se propiciar a participação da sociedade, a conclusão era a de que a consulta pública teria de ser “um processo”, composto de inúmeras reuniões de discussão e esclarecimento, com todos os públicos interessados que se viesse a identificar ou que se apresentassem, para que se pudesse construir uma proposta a ser levada à “consulta pública oficial”, esta sim composta de um ou alguns eventos e após os quais ainda poderiam caber outras etapas do processo, decorrentes de eventuais demandas apresentadas pela sociedade.

Faço essa introdução para explicar o que se procurou fazer na condução do processo de criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela, enquanto ele tramitou no ICMBio. Isso não foi feito “para cumprir tabela”, mas por convicção de que esta seria a maneira adequada de se criar uma Unidade de Conservação. O que levaria a que ela começasse de forma diferente de tantas outras, nas quais a falta desta participação acabou por levar a anos, às vezes décadas de conflitos, de ódio à UC e a seus gestores, de incêndios e outras formas de sabotagem. Sem falar na falta de identificação entre as comunidades locais e muitas de nossas UCs. Quando o ICMBiorecebeu, diretamente da sociedade civil da região, a demanda pela criação de uma UC (ou um mosaico de UCs) na Serra do Gandarela, identificou-se uma oportunidade de construção participativa de uma proposta que pudesse ter o apoio da sociedade. À medida que o processo avançou, percebemos que estávamos vivendo uma experiência-piloto de um processo de consulta pública, que poderia se tornar exemplar, onde por meio do diálogo se poderia chegar à elaboração de uma proposta bem aceita, a partir de uma demanda que, de início, foi julgada por muitos como um delírio, já que contrariava interesses da mineração.

O processo de consulta pública

“Forças políticas se mobilizaram para evitar o parque, inclusive espalhando versões absurdas entre moradores de povoados da região: ‘se o parque fosse criado, leões e onças seriam soltos na região’.”

Foram dezenas de reuniões, com comunidades locais, com autoridades municipais e estaduais, com comunidades acadêmicas, de universidades a escolas de ensino fundamental. Sem falar nos grupos de trabalho oficiais, criados pelo governo do estado para buscar soluções de consenso, em negociações que envolveram também o setor de mineração e a sociedade que demandou a Unidade de Conservação. O apoio à proposta foi crescendo. Mas a oposição também esteve forte em alguns momentos e locais. Forças políticas se mobilizaram para evitar o parque, inclusive espalhando versões absurdas entre moradores de povoados da região: “se o parque fosse criado, leões e onças seriam soltos na região”. Foi um trabalho duro, executado por um grupo de servidores do ICMBio e por voluntários do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela (MPSG). Ao longo destas reuniões foi-se conseguindo esclarecer o que significava e o que não significava um parque nacional. Lideranças extremamente esclarecidas contribuíram para exigir do ICMBio explicações convincentes. Foi ficando claro, por exemplo, que de fato algumas coisas não seriam mais permitidas se o parque fosse criado. Que haveria uma série de ganhos na conservação da biodiversidade e sobretudo das águas. Mas que poderiam ocorrer perdas para alguns. Quem seriam estes? Quais seriam estas perdas? Não é fácil transmitir alguma credibilidade a moradores de pequenos povoados onde todos já viram muitas vezes pessoas de fora chegarem, falarem bonito, às vezes prometerem coisas boas… e nada daquilo acontecer. A confiança se conquista com muita dificuldade e se perde com muita facilidade.

A proposta inicial do Parque Nacional Serra do Gandarela ficou pronta e foi publicada em outubro de 2010. As consultas públicas oficiais ocorreram um ano e meio depois (maio de 2012). Foram 18 meses de esforços de negociação e de esclarecimento. Continuava sendo uma proposta encarada por muitos como inviável, por contrariar interesses poderosos. Cerca de um mês antes das consultas públicas chegou ao ICMBio uma nova demanda, fruto de uma das reuniões realizadas no povoado de André do Mato Dentro (Santa Bárbara): a associação de moradores e produtores rurais local solicitava que uma parte da área proposta para ser parque nacional se tornasse uma reserva de desenvolvimento sustentável (RDS), categoria que permitiria que estes produtores continuassem uma das principais atividades rurais da região, a apicultura. Permitiria a retomada de uma atividade que sabiam ter bom potencial na região, o manejo da candeia. E outras atividades tradicionais no local, que a criação do parque impediria. Não havia mais como esta demanda ser incorporada à proposta a ser apresentada nas consultas públicas oficiais, que já estavam marcadas e com a proposta divulgada na internet e outros meios de comunicação. Mas a existência desta demanda foi mencionada nas seis consultas públicas oficiais realizadas.

Negociações com a comunidade

“Foi durante as consultas públicas oficiais, em intervalos ou ao final do evento, que acabamos por ter as primeiras conversas produtivas com dois dos líderes daquelas comunidades.”

Um grupo de agricultores familiares compareceu a todas as seis consultas públicas oficiais para se manifestar contra o parque. Em todas elas algumas lideranças do grupo se manifestaram e se disseram assustados com a perspectiva da criação do parque. As reuniões anteriores realizadas nas comunidades onde aquelas pessoas moravam tinham sido tensas e improdutivas, pela decisão de alguns de sequer permitir a apresentação da proposta. Foi durante as consultas públicas oficiais, em intervalos ou ao final do evento, que acabamos por ter as primeiras conversas produtivas com dois dos líderes daquelas comunidades. Eles queriam saber melhor o que era “a tal da RDS”. Receberam as primeiras explicações e aceitaram combinar um encontro posterior para aprofundar o assunto e para também poderem nos explicar melhor a sua situação. Deste encontro resultou a marcação de um trabalho de campo conjunto entre nós, técnicos do ICMBio e estes dois moradores, diretores da associação local. Fomos a campo por alguns dias e deste trabalho resultou um desenho preliminar do que poderiam ser os limites de uma RDS que contemplasse as necessidades das comunidades de Conceição do Rio Acima, Galego, Jardim, Vigário da Vara e São Gonçalo do Rio Acima sem comprometer os objetivos do parque. Mais duas reuniões públicas aconteceram em Conceição do Rio Acima e o resultado foi que a maioria dos presentes aprovou a demanda pela RDS, junto à qual o temido parque passou a ser aceito por boa parte da comunidade. Juntamos esta proposta à demandada por André do Mato Dentro e acabamos fechando uma proposta final que continha um Parque Nacional e uma RDS, o primeiro com cerca de 26 mil hectares e a segunda com cerca de 9 mil hectares.

Todo este trabalho, que está resumido aqui, foi detalhadamente inserido no processo administrativo que documenta todos estes e outros passos. Ao longo de todo este tempo, o Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela cresceu, se formalizou, se fortaleceu. E percebeu a importância de incorporar a Reserva de Desenvolvimento Sustentável à sua bandeira pela criação do Parque. Pessoas as mais diversas foram se incorporando ao movimento, o que levou à enorme agregação de competências que permitiu a elaboração de documentos primorosos, que demonstram, inclusive com o aval de economistas, geólogos, turismólogos e profissionais os mais variados, a viabilidade econômica da criação deste mosaico de duas Unidades de Conservação.

Desfecho sem sentido

Estabeleceu-se uma importante parceria entre o ICMBio e a sociedade, fruto da convergência de propósitos. O processo administrativo, que por lei é público, esteve sempre franqueado a quem o quisesse consultar. Entretanto, por haver um acordo judicial obrigando o ICMBio a encaminhar a proposta do parque ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) até o final de 2012, os 14 volumes, com cerca de 200 páginas cada, foram encaminhados ao MMA sem que a proposta da RDS estivesse adequadamente instruída, detalhada e embasada de forma conclusiva.

Nos primeiros dias de 2013 o processo foi despachado para o MMA. A partir daí, a situação mudou. Os técnicos do ICMBio que conheciam detalhadamente o processo, entre os quais este que o descreve agora, foram deixando de ser chamados para participar dos momentos de decisões importantes. As negociações passaram a acontecer sem a participação de todos os interessados. O resultado se concretizou no dia 13 de outubro de 2014: decretou-se a criação de um Parque Nacional da Serra do Gandarela que não atende aos objetivos a ele atribuídos pela sociedade. A mineração está garantida. A água, as paisagens e a biodiversidade não. E a solicitação da RDS não foi respeitada. Desde o início sabíamos que a possibilidade de “conciliação” entre conservação e mineração era muito limitada no Quadrilátero Ferrífero (QF). Pela simples razão de que esta região já foi explorada praticamente “até o osso”. Conciliações entre coisas incompatíveis só podem se dar por uma divisão do espaço. Preserva-se uma parte do espaço sem mineração, já que a intervenção produzida por esta atividade é radical. Onde esta intervenção já foi praticamente generalizada, como no QF, deve-se simplesmente preservar o que sobrou. Pode-se permitir pequenos projetos de mineração, para que a atividade não desapareça abruptamente, mas que se faça uma transição para o momento inevitável do esgotamento do recurso. Este momento está muito próximo no Quadrilátero Ferrífero e querer prolongar essa atividade por mais 20 ou 30 anos à custa do comprometimento do Aquífero Cauê é uma total insensatez. Mais ainda quando passamos o ano a assistir o que acontece a uma metrópole que não trata com o devido cuidado os seus mananciais de água. Na Serra do Gandarela a conta é simples: ou se abre mão de ferro, ou se abre mão de água e paisagens. Será que São Paulo é Belo Horizonte amanhã?

*João Madeira é biólogo e doutor em Ecologia. Trabalha como analista ambiental do ICMBio. Neste artigo, não fala em nome do ICMBio.

Terremoto, UFOs e Crop Circles em Santa Catarina


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ufo-jaraguadosul-061014

TERREMOTO SEGUIDO POR AVISTAMENTO DE ENORME UFO NA REGIÃO DE JARAGUA DO SUL EM SANTA CATARINA:

Um enorme estrondo que fez a cidade inteira tremer aconteceu na madrugada do dia 06 de outubro em Jaraguá do Sul, por volta das 04:30 horas da madrugada, acordando vários moradores em toda a região.

Várias pessoas interagiram nos meios sociais indagando e procurando mais informações a respeito do fenômeno. No mesmo dia, coincidentemente foi registrada a passagem de um enorme objeto luminoso nos céus da região, testemunhado por várias pessoas.

“Ao entardecer, dizeis: haverá bom tempo porque o céu está rubro. E pela manhã: hoje haverá tempestade porque o céu esta vermelho-escuro. Hipócritas ! Sabeis, portanto discernir os aspectos do céu e não podeis reconhecer  “OS SINAIS DOS TEMPOS?”  Mateus 16: 2 e 3

TERREMOTO SEGUIDO POR AVISTAMENTO DE ENORME UFO LUMINOSO NA REGIÃO DE JARAGUÁ DO SUL EM SANTA CATARINA:

Fonteshttp://www.obsis.unb.br/http://

www.etseetc.com;http://poracaso.ocponline.com.br

Um terremoto de 3,5º graus de magnitude na escala Richter foi registrado na madrugada da segunda-feira, do dia 6 de outubro na região de Joinville, no estado de Santa Catarina, nas proximidades do limite com os municípios de Jaraguá do Sul, Schroeder e Guaramirim. O sismógrafo do Observatório da UNB confirmou que o terremoto aconteceu às 04:32:37 horas da madrugada e teve duração aproximada de três segundos.

terremoto-joinvile-061014

Data: 06 de Outubro de 2014 (279)

Hora de origem: 07:32:37 (UTC) (LocSat)

Hora (Local Joinville): 04:32:37

Epicentro: Próximo a Joinville (SC)

Localização epicentral: Lat.: 26,32º, Long.: -49,03º (Erro: ± 20 km)

Phases usadas: 10

Magnitude: 3,5º Graus MLv

Um enorme estrondo que fez a cidade inteira tremer aconteceu na madrugada do dia 06 de outubro em Jaraguá do Sul, por volta das 04:30 horas. Várias pessoas nos procuraram via WhatsApp para relatar o ocorrido: aparentemente, um barulho muito alto que lembrou remotamente o som de uma trovoada acontecendo continuadamente assustou e tirou muita gente da cama na madrugada.

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Nas fotografias ampliadas em que a imagem do objeto é bastante aproximada se percebe claramente inúmeras esferas luminosas acesas na borda do mesmo.

Tivemos relatos de leitores em Guaramirim e Schroeder que também ouviram o barulho e sentiram as janelas tremendo em suas casas. O barulho durou entre 10 e 15 segundos, de acordo com relatos e foi aumentando e abaixando gradativamente até “sumir”. O fato despertou a curiosidade de muita gente da região.

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Nesta aproximação se percebe nitidamente as esferas luminosas na borda do objeto.

Coincidentemente no mesmo dia 06, portanto no mesmo dia do tremor, várias pessoas avistaram um grande fenômeno luminoso nos céus da região de Jaraguá do Sul em Santa Catarina. Porém desta vez houve o registro da passagem do objeto com imagens do OVNI, que ficou nos céus da região (foi fotografado de vários pontos diferentes) durante vários minutos.

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O UFO luminoso foi filmado de vários pontos diferentes na região.

Quem fez as fotos, que não quis se identificar, nos enviou as fotografias do incrível objeto, do fenômeno que aconteceu nos céus da cidade catarinense. Nas fotografias em que a imagem do objeto é bastante aproximada se percebe claramente inúmeras esferas luminosas acesas na borda do objeto.

O estado de Santa Catarina, nos dois últimos anos vem sendo objeto de fenômenos envolvendo OVNIs (UFOs) e Crop Circles, conforme o que esta acontecendo naregião oeste do estado, especificamente no município de IPUAÇU, uma região com boa altitude e BEM LONGE DO LITORAL.

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Um dos agroglifos é uma espiral circular que se desenvolve no sentido horário a partir de seu centro, contendo 13 faixas (voltas), que se desenvolve no sentidoanti-horário, contendo uma formação circular menor no final que lembra umaampulheta em seu interior. O número 13 lembra a data do final do 13º Baktun do Calendário Maia que se encerrou em 21 de dezembro de 2012, marcando o FIM do atual ciclo e o começo de outro para a civilização atual. O segundo círculo menor, pode indicar uma espécie de portal para uma nova consciência após o término do ciclo de 13 baktuns (de 3.113 a.C até 21.12.2012, um período de tempo de 5.125 anos)

Regularmente, NESTA MESMA ÉPOCA DO ANO, tem aparecido imagens perfeitas na região de IPUAÇU no estilo dos famosos Crop Circles ingleses, com testemunhas alegando que na noite anterior ao surgimento do desenho nas plantações de cereais foram vistas luzes estranhas no mesmo local.

Edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com