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Arquivo mensal: julho 2014

PML: ISRAEL TEVE REAÇÃO “INSOLENTE” DO PONTO DE VISTA HISTÓRICO


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Stiglitz aposta no Banco dos BRICS


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Para Nobel de Economia, iniciativa aproveita brecha importante e desafia esforço dos EUA para manterem, mesmo em decadência, controle da ordem econômica global

Entrevista a Juan Gonzalez e Amy Goodman, no Democracy Now | Tradução: Inês Castilho | Imagem: Alex RossUncle Sam

Na última terça-feira (16/7), um grupo de cinco países lançou seu próprio banco de desenvolvimento para fazer frente ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional, dominados pelos Estados Unidos. Governantes dos países conhecidos por BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – divulgaram a criação do Novo Banco de Desenvolvimento em uma reunião de cúpula no Brasil. O banco terá sede em Xangai. Juntos, os BRICS têm 40% da população mundial e 25% do PIB global.

Em entrevista aos jornalistas Juan González e Amy Goodman, do Democracy Now, o economista ganhador do Prêmio Nobel Joseph Stiglitz, fala sobre o que significa esse fato. Stiglitz é professor da Universidade de Columbia e autor de diversos livros, sendo o mais recente Creating a Learning Society: A New Approach to Growth, Development, and Social Progress (Criando uma Sociedade do Conhecimento: uma Nova Abordagem ao Crescimento, Desenvolvimento e Progresso Social).

Stiglitz: FMI e Banco Mundial "não foram capazes de perceber que, no século 21, seus líderes deveriam ser escolhidos na base do mérito – não apenas por serem norte-americanos.

Stiglitz: FMI e Banco Mundial “não foram capazes de perceber que, no século 21, seus líderes deveriam ser escolhidos na base do mérito – não apenas por serem norte-americanos”.

Por gentileza, fale sobre o significado desse banco

Ele é muito importante, por várias razões. Primeiro, a necessidade de mais investimentos, globalmente – em especial nos países em desenvolvimento – é da ordem de grandeza de trilhões, algo como dois trilhões de dólares por ano. E as instituições existentes simplesmente não têm recursos suficientes. Eles têm o suficiente para 2% a 4% disso. De modo que a criação desse banco vem somar recursos ao fluxo monetário que irá para financiar infraestrutura, adaptação às mudanças climáticas e outras necessidades muito evidentes nos países mais pobres.

Segundo, ele reflete uma mudança fundamental no poder econômico e político global, e a ideia por trás disso é que os BRICS são hoje mais ricos que eram os países desenvolvidos quando o Banco Mundial e o FMI foram fundados. Vivemos em um mundo diferente, mas as velhas instituições não acompanharam as mudanças. O G-20 concordou com uma mudança na governança do FMI e do Banco Mundial, criados em 1944. Houve algumas revisões, mas o Congresso dos EUA recusa-se a implementar esse acordo. Estas instituições não foram capazes de acompanhar a noção básica de que, no século 21, seus líderes deveriam ser escolhidos na base do mérito – não apenas por serem norte-americanos. Na prática os EUA negaram o novo acordo. Por isso, essa nova instituição expressa a assimetria e o déficit democrático na governança global — e tenta repensá-la.

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Por fim, houve muitas mudanças na economia global. A nova instituição reflete o conjunto de mandatos, as novas preocupações, os novos instrumentos financeiros que podem ser empregados. Espero que, ao percebendo as deficiências do antigo sistema de governança, esta nova instituição estimule a reforma das instituições existentes. Não se trata apenas de competição. É uma tentativa real de obter mais recursos para os países em desenvolvimento, de maneira consistente com os seus interesses e necessidades.

Qual a importância de países como a China, que tem enormes reservas monetárias, e o Brasil, que criou seu próprio banco de desenvolvimento há um bom tempo, serem peças-chave na nova organização financeira?

É muito grande, e vale lembrar alguns pontos interessantes. A China tem reservas internacionais no valor de 3 trilhões de dólares. Para os chineses, uma das questões centrais é como usar estes fundos melhor do que apenas transformando-os em títulos do Tesouro norte-americano. Meus colegas na China dizem que isto é como colocar a carne na geladeira e desligar a eletricidade – porque o valor real do dinheiro convertido em títulos do Tesouro dos EUA está declinando. Eles dizem, “Precisamos fazer melhor uso desses recursos”, certamente melhor do que aplicá-los na construção de, digamos, casas de má qualidade em meio ao deserto de Nevada. Você sabe, há necessidades sociais reais, e aqueles fundos não têm sido usados com esses propósitos.

Ao mesmo tempo, o Brasil tem o BNDES – um enorme banco de desenvolvimento, maior que o Banco Mundial. As pessoas não se dão conta disso, mas o Brasil demonstrou na prática como um país pode, sozinho, criar um banco de desenvolvimento muito efetivo. Há um aprendizado sendo feito. E essa noção de como se cria um banco de desenvolvimento efetivo, que promova desenvolvimento real, sem todas as condicionalidades e armadilhas que permeiam as velhas instituições, será uma parte importante da contribuição do Brasil.

E qual a diferença no funcionamento do novo banco, com relação a outros bancos de desenvolvimento do Norte?

Ainda não sabemos, porque ele está apenas começando. O acordo vem sendo construído há algum tempo. As discussões começaram há cerca de três anos. Firmaram um compromisso e, desde então, vêm trabalhando nele com muita firmeza. Havia alguma preocupação de que pudesse haver conflitos de interesses entre os países. Todos queriam sediar o banco, queriam a presidência. Haveria coesão política, solidariedade suficiente para fazer um acordo? A resposta foi: sim, há. A mensagem que está sendo transmitida é que, a despeito de todas as diferenças, os países emergentes podem trabalhar juntos, de maneira até mais efetiva do que alguns países desenvolvidos conseguem.

Você é ex-economista chefe do Banco Mundial. Qual é a sua avaliação do Banco Mundial sob a presidência de Jim Yong Kim? Acabamos de completar o segundo aniversário de seu mandato.

Ainda é muito cedo para dizer. Demora um pouco para alguém tomar pé do Banco Mundial. É como um grande navio. Há um grande interesse em que ele traga uma força muito positiva para o banco – o foco na saúde e a preocupação com outras questões sociais. Mas, para ser bem sucedida nos temas relacionados a desenvolvimento, a instituição terá de continuar a se concentrar em alguns dos velhos temas.

E Kim tem uma experiência um pouco menor nos fundamentos do crescimento econômico. Penso que ele é provavelmente mais sensível a alguns dos problemas que foram o açoite das instituições financeiras internacionais no passado, como as condicionalidades exigidas para a concessão de empréstimos. Mas ele enfrenta um problema de governança. O presidente do Banco Mundial é escolhido pelos EUA, ainda que Washington não desempenhe mais o papel econômico e de liderança que desempenhou no passado. Todos acreditamos em democracia, e a democracia diz que a presidência não deveria ser confiada exclusivamente a um país.

Durante a crise do Leste da Ásia, no final dos anos 1990, um dos altos funcionários do Tesouro dos EUA disse, “Vocês estão reclamando por dizermos aos países o que devem fazer? Mas quem paga a banda, escolhe a música.” E agora, ouço os países em desenvolvimento – a China e os outros – dizendo: “Estamos pagando a banda. Somos os principais atores, agora. Temos os recursos, as reservas. E mesmo assim vocês não querem deixar que desempenhemos, no jogo, um papel que refleta o tamanho de nossa contribuição na economia.” Essa é uma queixa real, e é difícil para uma instituição ser tão eficaz como poderia, quando a governança está tão fora de sintonia com as realidades políticas e econômicas atuais.

Quero lhe fazer uma pergunta sobre imigração. Temos uma situação em que há um esforço para criar barreiras ao fluxo livre do trabalho. Qual o impacto que isso tem na economia mundial?

Há alguns aspectos a serem apreciados. Por um lado, é absolutamente verdadeiro que a livre mobilidade do trabalho teria um impacto maior, sobre as rendas globais, que a livre mobilidade do capital. A agenda que os EUA tem perseguido, a da livre mobilidade do capital, não tem sido impulsionada com base na eficiência econômica global. Trata-se, na verdade, de interesses especiais. São os bancos que querem isso.

Feliz Ano Novo, pelos Calendários Maia e do antigo Egito


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No dia 26 de julho de 2014 se inicia o novo ano do Calendário Maia de 13 Luas de 28 dias, o próximo ano novo Maia e Egípcio, o ano Lua SolarVermelhade 26/07/2014 a 24/07/2015.

Esse dia TAMBÉM corresponde com à ascenção, o REsurgimento da estrela SÍRIUS (origem de Sananda), a principal estrela da Constelação do Cão Maior (Canis Major), e a mais brilhante nos céus da terra, minutos antes do nascer do Sol no amanhecer do dia 26 de julho, fenômeno conhecido como o nascimento HELÍACO DE SÍRIUS o que ocorre anualmente EM TODAS AS MANHÃS DO DIA 26 de Julho e que era celebrado como o início de um novo ano no antigo EGITO.

 O óbvio é aquilo que nunca é visto até que alguém o manifeste com simplicidade. A verdade de outra pessoa não está no que ela te revela, mas naquilo que não pode revelar-te. Portanto, se quiseres compreendê-la, não escute o que ela diz, mas antes, o que ela não dizKahlil Gibran 

O Antigo EGITO e o Calendário MAIA 

No calendário Maia os dias 23 e 24 de julho, que antecedem o dia-fora-do-tempo, são propícios para meditação, transformação e renovação, sobre o que devemos jogar fora, ao nos desapegarmos do que não nos serve mais, abandonar o que é falso em nossa vidas, e ao mesmo tempo, buscar na essência de nosso ser real aquilo que vale a pena para consolidarmos a presença do espírito divino cada vez mais presente em nossas vidas durante o próximo ano!

O TZOLKIN DO CALENDÁRIO MAIA

 O dia 25 de julho, o dia-fora-do-tempo no calendário Maia, é um dia especial comemorado pela cultura galáctica do calendário Maia como “o dia do perdão universal”. É um dia para se experimentar a total liberação da prisão do tempo.

Deve ser comemorado em meditações, cerimônias e eventos espirituais, artísticos e culturais. No dia 26 de julho de 2014 se inicia o novo ano do Calendário Maia de 13 Luas de 28 dias, o próximo ano novo Maia/Egípcio, o ano Lua Solar Vermelha (26/07/2014 a 24/07/2015) e termina o ano Anel da Semente Galáctica Amarela.

Por que o início do Ano Novo do Calendário Maia é em 26 de Julho? 

O fato de essa data ser a do Ano Novo dos Maias tem base num fenômeno astronômico que se relaciona tanto com o Encantamento do Sonho como com uma profecia dos sacerdotes maias Chilam Balam.

A Cultura MAIA surgiu na América Central e sua origem é extraterrestre, das Plêiades.

Ela TAMBÉM corresponde à subida, o REsurgimento da estrela SÍRIUS, a principal estrela da Constelação do Cão Maior (Canis Major), e a mais brilhante nos céus da terra, minutos antes do nascer do Sol no amanhecer do dia 26 de julho, fenômeno conhecido como o nascimento HELÍACO DE SÍRIUS o que ocorre anualmente EM TODAS AS MANHÃS DO DIA 26 de Julho.

Este auspicioso alinhamento anual de SÍRIUS com o nosso Sol (Hélios) – que marca também o início do novo ano do calendário Maia de 13 luas – assegura a propagação de luz e da abundância sobre a Terra ”E TAMBÉM INICIA O ANO NOVO NA CULTURA DO Egito antigo”.

ÍSIS atrás do trono de Osíris, segurando o ANKH, o símbolo da vida.

No Egito antigo essa data (26 de julho) e evento astronômico marcava o inicio da celebração de um novo ano e o princípio das cheias do Rio Nilo, que trariam abundância pela fertilização de suas margens. Durante sete dias (uma semana), a divindade principal homenageada era ÍSIS, a principal deusa do panteão egípcio, a esposa e irmã do Faraó e o verdadeiro poder (o poder da deusa, feminino) por trás de seu trono e cuja representação nos céus é a própria estrela SÍRIUS (representada na nossa bandeira, simbolizando o Estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste, uma região que gera abundantes colheitas anualmente). 

O Faraó era representado nos céus pela constelação de ÓRION (Princípio Masculino). Sendo a estrela fixa mais brilhante do céu, SÍRIUS é, há muito tempo, vista como elo de ligação, o acesso a um estado de consciência mais elevado que auxiliaria na aceleração da evolução do nosso planeta e da humanidade cuja energia fundamentalestá associada ao Princípio Feminino do Divino, à energia da deusa: ÍSIS. 

ÍSIS, a verdadeira “BASE DO PODER” do Faraó e de seu reinado (a MÃE Cósmica da Luz e de todos os Sóis).

O que é o Dia Fora do Tempo no calendário Maia? 

O Dia Fora do Tempo, anualmente lembrado com festivais desde 1992 a nível global, cai sempre a 25 de Julho. No Calendário Maia de 13 Luas, este dia não é dia de mês nem dia de semana. Está entre o dia que fecha um ano (24 de Julho) e o dia que abre o ano seguinte (26 de Julho). Este dia é dedicado a festividades, à comunidade, à volta da união com o planeta (reconexão com GAIA, o princípio feminino planetário). Os pontos focais são: parar o trabalho de todos os dias e atestar a verdade que afirma que “O Tempo é Arte!”.

A celebração da Paz Planetária através da Cultura, do perdão, da reparação, o perdão de dívidas, da purificação, a Arte da Paz, da liberdade de se estar vivo. É uma oportunidade para se vivenciar a verdadeira atemporalidade e a amorosa bondade, a caridade, a solidariedade, a humildade e a gratidão.

Quer seja em reuniões públicas ou em círculos privados ou em introspectiva meditaçãoeste dia é um momento de catarse do ano que passou e de preparação para o ano que se inicia, uma forma perfeita para convidar as pessoas à harmonia do Calendário das 13 Luas no Ano da Lua Solar Vermelha (Julho 2014 a Julho de 2015).

A Estrela SÍRIUS 

SÍRIUS, é a estrela mais brilhante do céu noturno, cintila com uma cor branco-azulada e tem uma magnitude visual aparente de -1,46, aproximadamente duas vezes mais luminosa que Canopus, a 2ª estrela mais cintilante/brilhante do firmamento noturno. O nome “SÍRIUS” vem do grego antigo “Seirios” (ardente, abrasador). SÍRIUS pode ser observada a partir de quase todas as regiões habitadas da Terra, exceto daquelas acima de 73 graus de latitude ao norte.

Sua Ascensão Reta (AR) é 6h45m e Declinação (D) é de 16º 42’. Juntamente comProcyon (Cão Menor) e Betelgeuse (ÓRION), SÍRIUS (alfa do Cão Maior) forma os 3 vértices do Triângulo de Inverno (do Hemisfério Norte) ou de Verão (Hemisfério Sul). SÍRIUS eventualmente pode ser até vista a olho nu durante o dia (No começo ou no final do dia), sob determinadas condições favoráveis.

SÍRIUS na Constelação do Cão Maior, a mais brilhante estrela do céu terrestre.

SÍRIUS nos céus dos povos arcaicos 

SÍRIUS, pelo seu esplendor atraiu todos os olhares e monopolizou as atenções de povos arcaicos não apenas por ser a mais brilhante estrela do céu noturno na Terra como, porque isolada, não tinha ao seu lado estrelas notáveis segundo o astrônomo Rubens de Azevedo. Deificada, SÍRIUS foi astronomicamente a pedra basilar do panteão do Antigo Egito (3.200 a.C a 30 d.C) pois era a corporificação de ÍSIS, irmã e esposa de Osíris, ele personificado pela constelação que chamamos de Órion.

A Grande Pirâmide do Egito esta alinhada com a Estrela Alnitak, do Cinturão de ÓRION, SÍRIUS e outra Constelações.

No Egito antigo e dos faraós a coincidência entre o nascimento helíaco de SÍRIUS (em grego Sóthis), a cheia fertilizadora do Nilo e o solstício de verão fez com que a data fosse adotada como início de um novo ano – o ano Sótico. O termo “canícula”, alude à constelação de Cão Maior e sua estrela SÍRIUS (Canícula) e se refere à época do ano de dias com calor abrasador e sufocante, os “dies caniculares” dos antigos romanos (Império de Roma 753 a.C- 476 d.C).

SÍRIUS “desaparece” dos céus noturnos da Terra durante 35 dias antes e 35 dias após a conjunção com o Sol, então ofuscada pelo brilho deste (período de 20 de junho a  29 de Agosto). Há uma invisibilidade desta estrela durante 70 noites antes dela ressurgir, visualmente, no seu nascimento helíaco em 26 de julho.

Constelação de ÓRION, as três estrelas centrais são chamadas de Três Marias no Brasil edeterminam o alinhamento das Três Pirâmides na Planície de Gizé, no Egito.

Os sacerdotes egípcios demoravam igual número de dias a preparar um corpo para o embalsamamento. A linguagem do ciclo estelar correspondia à linguagem do rito funerário. Atualmente, no mês de julho, algumas comunidades esotéricas comemoram festivamente o nascimento helíaco de SÍRIUS com rituais, rufar de tambores, fogueiras e danças, mas quase que sem exceção, sem o devido conhecimento do que realmente estão celebrando.

Todas as nações indígenas da América do Norte, os índios peles vermelhas, assim como os antigos chineses, hindus, caldeus, babilônicos, sumerianos, assírios, hebreus, os Dogons da África, e demais povos da antiguidade, também veneravam e faziam celebrações a essas constelações e estrelas, como SÍRIUS, ÓRION e PLEIÂDES.

AS PLÊIADES. O nosso sistema solar orbita o Sol Central das Plêiades, Alcyone (estrela central maior e mais brilhante na foto) dando uma volta completa (um ANO SOLAR) a cada 25.920 anos, sendo que a data de 21 de dezembro de 2012, FINAL do Calendário MAIA marca o final do 13º BAKTUN, e de um desses anos solares. Em astronomia também é conhecida como o Aglomerado estelar aberto M-45, as Sete Irmãs, a Constelação das Plêiades, com os sóis/estrelas principais de Alcyone, MAIA, Electra, Taygeta, Atlas, Pleyone, Celaeno, Asterope e Merope.A principal estrela é Alcyone e a segunda em brilho é MAIA.

 Os grandes templos desses povos antigos eram construídos voltados para o leste (como o Templo de Salomão em Jerusalém), para que no dia 26 de julho de cada ano, no dia do nascimento helíaco de SÍRIUS um raio de luz dessa estrela penetrasse no âmago do templo, local conhecido como “Sanctun Santorum” (O Santo dos Santos), existente nas pirâmides e em vários outros templos egípcios, principalmente dedicados à ÍSIS. Para esses antigos povos e seus iniciados, esse era o momento mais sagrado de todos os dias do ano inteiro. 

Então, em 26 de JULHO de 2014, que todos nós tenhamos um FELIZ E PRÓSPERO ANO NOVO, MAIA OU EGÍPCIO, não importa, o importante é que se FAÇA A LUZ (FIAT LUX) dentro de nosso coração e mentes com as bençãos da Grande Deusa MÃE ÍSIS – SÍRIUS. 

Mais informações sobre o calendário Maia: http://www.pan-portugal.com

Por Thoth3126@gmail.com

Aula de (anti-) jornalismo: assim oNew York Times manipula


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Cena de "A fábrica de consensos", documentário inspirado em Noam Chomsky

Veja, passo a passo, como jornal engana seus leitores, para levá-los a acreditar numa mentira: a de que o mundo apoia a versão da Casa Branca sobre a derrubada do avião malaio

Por Antonio Martins 

New York Times é um jornal tão importante que até o linguista Noam Chomsky lamentou, num artigo escrito há alguns meses, seu declínio. Autor da expressão “consenso fabricado” (veja vídeo), crítico ácido do papel da imprensa neste processo, Chomsky ressalvava que, apesar disso, ela desempenhou, em décadas passadas, um papel importante, na narração dos fatos destacados de relevância mundial. ONYTimes, que tem dezenas de ótimos repórteres espalhados pelo planeta, era um dos símbolos desta capacidade de cobertura.

Mas a decadência a que se entrega pode ser enxergada facilmente hoje, em três curtos textos — que parecem imitar as piores práticas dos “jornalões” brasileiros. Todos estão relacionados ao fato mais importante da semana: a derrubada, ontem (17/7) de um avião malaio, com 298 passageiros, na Ucrânia. Esta manhã, o presidente dos EUA fez pronunciamento em que atribuiu a destruição da aeronave a rebeldes ucranianos; e acusou a Rússia de armá-los. Barack Obama não apresentou uma única evidência a respeito. Nisso, equipara-se a George W Bush, quando acusou o Iraque, em 2003, de possuir “armas de destruição em massa”, preparando sua invasão. Mas aqui entra a mídia, na “fabricação de consensos”.

 

http://youtu.be/5bisz1DBUfE

 

“A fábrica de consensos”, documentário inspiradoem Noam Chomsky

Leia, na capa do NYT, edição digital, de hoje uma chamada: Rússia isolada em meio a furor internacional / Líderes mundiais exigem investigação internacional”. Ou seja, Obama está “abafando”: o mundo (“em furor”…) compra sua ideia de que Moscou tem responsabilidade no atentando e quer esconder os fatos (por isso, a necessária “investigação internacional”).

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Experimente, agora, acessar a mesma matériaLogo no título, você terá uma primeira surpresa. A Rússia e Putin já não estão “isolados”. O sentimento dos “lideres mundiais” é uma combinação de “raiva” com “pedidos de investigação sobre a queda do avião na Ucrânia”. Substancial mudança, não?

Captura de tela de 2014-07-18 15:05:01

Mas o mais interessante vem no primeiro parágrafo. Ei-lo, em português: “LONDRES — Enraivecidos e consternados pela derrubada de um avião malaio sobre a Ucrânia, os líderes europeus especulam, nesta sexta, sobre alguma forma de resposta conjunta à tragédia; mas além de apelos por um inquérito internacional, eles mostraram poucos sinais de que estejam dispostos a seguir imediatamente os Estados Unidos, e impor sanções mais duras à Rússia”. Confira:

Captura de tela de 2014-07-18 15:20:45

Ou seja: a manchete de capa — aquela que a esmagadora maioria do público realmente lê – não é apenas imprecisa. Ela dia o oposto do texto que deveria resumir. Não é a Rússia quem está isolada: são os Estados Unidos. Nem os europeus, seus aliados mais próximos, estão dispostos a seguir Washington nas sanções contra Moscou.

Ao longo do texto, outras verdades aparecerão, aos poucos: a) em relação à Ucrânia, a chanceler alemã, Angela Merkel, diz de modo claro que prefere “uma solução política, ainda que difícil”, às sanções contra a Rússia. Ou seja, ela, assim como a Russia (e ao contrário dos Estados Unidos), defende levar o governo de Kiev e os separatistas de Donetsk à mesa de negociações; b) o presidente russo, Vladimir Putin, não está contra uma investigação internacional (como dá a entender a capa do NYT): ele “pediu, na sexta-feira um ‘inquérito duro e não-enviezado’ sobre o desastre”….

Ou seja: os três repórteres destacados para a cobertura do fato não mentiram. Mas 90% dos leitores receberam, do jornal em que acreditam, uma informação absolutamente falsa, e 100% fabricada para servir aos interesses da Casa Branca

Governo Dilma perde com saída de subchefe da Casa Civil


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Luiz Alberto

Luiz Alberto dos Santos

Governo Dilma perde com saída de subchefe da Casa Civil

“Era uma das poucas pessoas do governo que ousava discordar de propostas que reduzissem direitos dos trabalhadores do setor privado ou fragilizassem a máquina pública”

Antônio Augusto de Queiroz

Informado da saída de Luiz Alberto dos Santos do governo, gostaria de deixar o meu testemunho sobre a seriedade, a competência e o espírito público desse servidor exemplar, que conheço desde quando foi assessor da Liderança do PT na Câmara dos Deputados:

A Presidência da República, com a exoneração do subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil, Luiz Alberto dos Santos, perde um dos principais, senão o principal, quadro técnico das gestões do Partido dos Trabalhadores no governo federal, que, com muita dignidade, serviu ao País no Palácio do Planalto por quase doze anos.

A presença de Luiz Alberto no Governo, particularmente no estratégico cargo que ocupava, era a garantia de segurança jurídica e técnica e da adoção de princípios republicanos na tomada de decisão, dada sua intransigência com a quebra de quaisquer dos princípios que regem a Administração Pública, como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Conhecedor da Administração Pública, seus ritos, instituições, processos e normas, Luiz Alberto era uma das poucas pessoas do governo Dilma que ousava discordar de propostas que reduzissem direitos dos trabalhadores do setor privado, ou tendessem à fragilização da máquina pública, como a criação de organizações sociais e fundações de direito privado ou burlassem garantias dos servidores, como o direito à paridade entre ativos e aposentados.

Talvez por isso tenha tido, desde a saída de José Dirceu do governo, participação menor do que deveria no núcleo estratégico de decisões da Casa Civil e, em consequência, da Presidência da República, já que o cargo que ocupava tem como missão promover a análise das políticas públicas submetidas à decisão do Chefe do Poder Executivo, manifestando-se sobre o mérito, a oportunidade e a compatibilidade das propostas e projetos com as diretrizes governamentais.

Nesse período, coincidentemente, ganharam espaços importantes no Palácio do Planalto jovens sem vínculo nem experiência anterior na Administração Pública, porém ambiciosos e dispostos a ocupar espaços a qualquer custo, naturalmente de olho em oportunidades como a que teve, por mérito, o ex-subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil e ex-ministro da Advocacia-Geral da União, o atual ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antônio Dias Toffoli.

O ministro Aloizio Mercadante sabe que o titular do cargo de natureza especial de Subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais sempre será um auxiliar fundamental para a promoção da coordenação e interação das ações de governo, tendo como competências proceder a análise e estudos sobre projetos, propostas legislativas ou normativas e temas relativos à políticas públicas em todas as áreas do Governo, além de participar  do acompanhamento e da avaliação de planos e programas governamentais e preparar as Mensagens da Presidente da República encaminhadas anualmente ao Legislativo.

Luiz Alberto deixa o Executivo como resultado de um processo de desgaste que vinha se acumulando, na medida em que não recebia, desde há algum tempo, um tratamento a altura de suas qualidades pessoais e responsabilidades governamentais, como merecia, e que o papel da Casa Civil na apreciação do mérito e juridicidade das medidas se via reduzido. O governo, e isso não é culpa do ministro Mercadante, tem reduzido a sua capacidade de avaliar criticamente as proposições oriundas dos ministérios e coordenar a ação governamental. A sua saída, portanto, deixará uma lacuna no Governo Dilma quando mais precisa fortalecer a Casa Civil.

Quem conhece Luiz Alberto sabe de suas qualidades e habilidades profissionais. Seus conhecimentos e reputação ilibada o credencia a ocupar qualquer cargo nos três Poderes da República. Possui excelente formação – é especialista em regulação, políticas públicas e administração pública, advogado, professor,  bacharel em comunicação social e mestre e doutor – tem perfil e poderia exercer, entre outros, os cargos de presidente de Agência Reguladora ou de ministro da Controladoria-Geral da União ou de Advogado-Geral da União, no Poder Executivo; o de ministro do Tribunal de Contas da União, no órgão auxiliar do Poder Legislativo; e, no Poder Judiciário, reúne todas as condições para assumir uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.

Com a saída do Luiz Alberto dos Santos do Palácio do Planalto ganha o Senado, que poderá receber de volta o consultor legislativo concursado, grande conhecedor da Administração Pública, e perdem: o governo, porque deixará de contar com os serviços de um servidor público no sentido literal do termo, tanto do ponto de vista ético quanto profissional; a sociedade, que não contará mais no Palácio do Planalto com esse servidor exemplar, que sempre foi um defensor de políticas públicas universais, com foco nos menos favorecidos; e o próprio Poder Executivo, porque não disporá mais, na assessoria direta do braço operacional do governo, com esse profissional e formulador de políticas públicas que defende a reconstrução do Aparelho de Estado e, acima de tudo, pratica a meritocracia como condição para o adequado funcionamento da máquina pública. Sobre o substituto ou sucessor, cuja escolha o ministro Mercadante saberá fazer entre os melhores quadros da Administração Pública, opinarei tão logo seja nomeado.

Brasil: Reunião do BRICS em Fortaleza


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brics

Com a criação de um banco e de um fundo anticrise, os Brics querem alternativa ao FMI e Banco Mundial

Mesmo após a Copa, o Brasil continuará no foco da imprensa internacional, com o encontro de cúpula dos países membros do BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, reunidos em Fortaleza, estado do Ceará. Em debate estará a criação de mecanismos de apoio a países emergentes.

O Brasil poderá indicar o primeiro presidente do Conselho de Administração do novo banco. Já a Índia terá o direito de indicar o primeiro presidente e, a Rússia, o presidente do Conselho de Governadores. A China venceu a disputa para sediar a instituição, que ficará em Xangai. A África do Sul vai sediar o Centro Regional Africano do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD).

Autoria Astrid Prange, do Rio de Janeiro (fc), Edição Augusto Valente

http://dw.de/p/1CbOX e http://g1.globo.com

A criação de um banco de desenvolvimento e de um fundo de reserva alternativo – uma espécie de fundo anticrise – são os projetos mais importantes nos três dias do encontro dos líderes do grupo Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – que começou nesta segunda-feira (14/07) em Fortaleza e, depois, prossegue em Brasília.

“A criação dessas instituições financeiras mostra que os países do Brics querem ter mais influência, e de forma construtiva. Eles se espelham no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional (FMI)”, afirma o subsecretário de Política do Ministério das Relações Exteriores, embaixador José Alfredo Graça Lima.

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Governantes dos países no encontro de cúpula dos países membros do BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, reunidos em Fortaleza, estado do Ceará.

O novo banco de desenvolvimento, que terá à disposição um capital inicial de $ 50 bilhões de dólares e capital autorizado de até $ 100 bilhões de dólares, deverá financiar projetos de infraestrutura tanto nos cinco membros do Brics como em países em desenvolvimento.

O novo “fundo monetário” deverá ajudar Estados que têm problemas com a balança de pagamentos. Na mídia brasileira especula-se que a Argentina poderá ser a primeira a pedir um empréstimo de emergência à nova instituição. A presidente Cristina Kirchner já confirmou sua presença na reunião de 16 de julho, em Brasília.

China entra com maior parcela de recursos

De acordo com o Itamaraty, o fundo de socorro contará com $ 100 bilhões de dólares. A China entrará com a maior parte: $ 41 bilhões de dólares. Brasil, Rússia e Índia vão disponibilizar $ 18 bilhões de dólares cada; e a África do Sul, $ 5 bilhões de dólares.

Não apenas no Brasil a criação do fundo é vista como uma resposta ao impasse do Fundo Monetário Internacional (FMI). Na reunião de abril deste ano entre Banco Mundial e FMI, a reforma da estrutura de cotas do Fundo fracassou, devido ao veto do Congresso norte americano. A reforma incluía o aumento de 6% do peso dos votos do grupo de países-membros em desenvolvimento e emergentes.

Em busca de uma identidade comum

“Todos querem mais flexibilidade. O Brics mostra aos EUA que mudanças são possíveis”, afirma a economista Lia Valls Pereira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A criação de um fundo e de um banco de desenvolvimento pode contribuir para a formação de uma identidade comum no grupo.

José Alfredo Graça Lima, do Itamaraty, observa que a busca dessa identidade está ainda no começo. “É mais fácil dizer o que o Brics não é, do que dizer o que ele é. Ele não é nenhuma organização internacional, união aduaneira ou zona de livre-comércio. Ele é um mecanismo que tem se provado útil na cooperação recíproca.”

Até o momento, a cooperação dos países-membros se concentra no comércio com a China. A exportação brasileira destinada ao país asiático aumentou de cerca de 1 bilhão de dólares em 2000 para 46 bilhões de dólares em 2013. Já em 2012, a China ultrapassou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil, e continua avançando.

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Em contrapartida, são modestas as vendas brasileiras para os demais países do Brics – Rússia, África do Sul e Índia. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações do país para a Índia, em 2013, foram de aproximadamente 1,3 bilhão de dólares; para a Rússia, cerca de 3 bilhões de dólares; e para a África do Sul, 1,8 bilhão de dólares.

Um Encontro histórico no Brasil

Um dos objetivos dessa união política de países emergentes é mudar a ordem mundial atual, em que os EUA são tidos como força hegemônica. A criação de instituições financeiras que pretendem romper com o Sistema Bretton Woods – criado após a Segunda Guerra Mundial e, desde então, ordem monetária internacional – poderia tornar o encontro de Fortaleza um acontecimento histórico.

Após a realização da Copa do Mundo, é o segundo evento de peso internacional no prazo de poucos dias no Brasil, pois até agora, tudo indica que a cúpula deverá entrar para a história. A presença do presidente chinês Xi Jinping, do primeiro-ministro indiano Narendra Modi e do presidente russo Vladimir Putin transforma o Brasil, por quatro dias, em palco político mundial.

É questionável, porém, se em Fortaleza serão discutidos temas políticos mundiais. Não somente a Rússia e a China, mas também a Índia, África do Sul e Brasil seguem em suas políticas externas a máxima da não interferência. Neste sentido, a mensagem do chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo Machado, é curta e clara.

“Não vejo nenhuma relação entre a questão da Crimeia e a reunião do Brics”, afirmou numa coletiva de imprensa no final de abril deste ano. “São assuntos que não se comunicam entre si e, portanto, o tema não traz nenhuma incidência para a reunião.”

Após dois anos, Brics formaliza criação de banco para financiar obras. Acordo foi assinado durante reunião de cúpula em Fortaleza. O Brasil indicará o 1° presidente do Conselho de Administração do banco.

Os presidentes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que compõem o Brics, assinaram nesta terça-feira (15) um acordo que oficializa a criação do chamado Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), cujo objetivo será o financiamento de projetos de infraestrutura em países emergentes.

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O Brasil poderá indicar o primeiro presidente do Conselho de Administração do banco. Já a Índia terá o direito de indicar o primeiro presidente e, a Rússia, o presidente do Conselho de Governadores. A China venceu a disputa para sediar a instituição, que ficará em Xangai. A África do Sul vai sediar o Centro Regional Africano do banco.

O Conselho de Administração terá entre suas funções decidir sobre planos de investimento e de expansão. O Conselho de Governadores vai ser responsável por supervisionar o cumprimento de diretrizes. Haverá ainda uma diretoria que vai analisar os projetos apresentados e implementar os empréstimos.

Pelos termos do acordo, haverá rotatividade na presidência do banco. Depois da Índia, o Brasil terá direito a chefiar a instituição, seguido por Rússia, África do Sul e China. Os mandatos serão de 5 anos. A criação do banco precisa ser aprovada pelos Congressos dos países para sair do papel.

A formalização do NBD, após pelo menos dois anos de negociações, aconteceu durante a reunião de cúpula em Fortaleza. Essa é a primeira ação concreta do Brics e chega num momento em que o grupo perde prestígio junto aos investidores, devido à desaceleração do crescimento das economias – especialmente do Brasil.

Até agora, as reuniões de cúpula (esta é a sexta) tinham servido basicamente como palco para discursos. Os cinco países também demonstraram dificuldade para chegar a acordos – por exemplo, para apoiar um nome de consenso para disputar a presidência do Banco Mundial em 2012. A expectativa agora é de que a parceria avance com mais velocidade.

Capital inicial de US$ 50 bilhões

O NBD vai ter capital inicial de US$ 50 bilhões, divididos igualmente entre os membros fundadores. Entretanto, diz comunicado, há uma autorização para que esse valor chegue a US$ 100 bilhões. Os empréstimos também poderão ser concedidos a países emergentes fora do Brics.

De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os países terão prazo de 7 anos para disponibilizar o valor, em parcelas crescentes. No caso do Brasil, o aporte virá de recursos do Tesouro. O acordo também permite que novos países se associem ao banco. Entretanto, os cinco fundadores deverão manter um mínimo de 55% de participação conjunta.

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Mantega disse que ainda é “muito cedo” para falar dos juros sobre os empréstimos, mas apontou que serão “taxas razoáveis.” Ele afirmou ainda que “exigências normais” serão feitas aos países candidatos a financiamento, entre elas de contrapartidas ambientais e sociais.

Dinheiro em falta

A presidente Dilma Rousseff disse em seu discurso que a criação do banco é um passo importante para  o “aperfeiçoamento da arquitetura de financiamento global.” De acordo com ela, nações que hoje não encontram crédito em instituições tradicionais poderão recorrer a ele. “O banco representa uma alternativa para as necessidades de financiamento de infraestrutura dos países em desenvolvimento, compreendendo e compensando a insuficiência de crédito nas principais instituições financeiras internacionais”, disse Dilma.

O presidente da China, Xi Jinping, disse que o NBD vai ajudar no desenvolvimento dos países e contribuir para aumentar a influência dos membros do Brics. “Esse desejo político para o desenvolvimento comum ajudará a aumentar o nível da voz do Brics mas, mais importante, ajudará a trazer benefícios aos nossos e a outros países pela via do desenvolvimento”, disse. Xi disse ainda que a China, como sede do banco, vai manter a cooperação com os parceiros do grupo visando seu bom funcionamento.

Ele afirmou que espera que a instituição comece a funcionar o mais rápido possível. O primeiro ministro da Índia, Narendra Modi, que vai indicar o primeiro presidente do banco, disse que a instituição terá o poder de intensificar a ajuda financeira a países em “tempos econômicos instáveis.” De acordo com ele, a partir da criação do banco o Brics poderá ter mais ambição e se transformar em uma “plataforma de impacto global.”

Durante entrevista ao final da reunião em Fortaleza, a presidente Dilma negou que o Brasil tenha desistido da presidência do banco para viabilizar o acordo. “A Índia propôs a criação do banco, então achamos que seria justo que a primeira presidência ficasse com quem propôs”, afirmou a presidente.

Fundo anticrise

Durante o encontro também foi oficializada a criação de um fundo anticrise, anunciado em junho de 2012 e que era alvo de negociações entre os cinco países. A ideia é que esse seja um mecanismo de socorro aos países em caso de turbulências financeiras, parecido com o que faz o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele poderá ser acionado quando os governos estiverem com problemas temporários no balanço de pagamentos (total de recursos que entram e saem do país).

O país que pedir recursos receberá em dólares e, em contrapartida, fornecerá sua moeda aos países contribuintes, em montante e por período determinados. Isso aliviará os governos de ter de fazer esse tipo de transação apenas em dólares, poupando as reservas internacionais.

O fundo dos Brics terá US$ 100 bilhões. A China ficará responsável por US$ 41 bilhões deste total. Brasil, Índia e Rússia, por US$ 18 bilhões cada, e África do Sul, por US$ 5 bilhões.  Para começar a funcionar, o fundo dependerá de aprovação em cada país. No caso do Brasil, será necessária votação no Congresso Nacional.

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Cristina Kirchner

FMI e Banco Mundial

A presidente também afirmou que a criação do banco e do fundo anticrise é “uma resposta concreta” à demora na implementação de reformas na governança do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Essas reformas, que visam dar mais poder de voz aos países emergentes nesses órgãos, foram aprovadas em 2010 mas, apesar da pressão do Brics, ainda não saíram do papel.  “[A demora na implementação das reformas] faz com que façamos a nossa parte e não fiquemos só reivindicando”, disse Dilma. Segundo ela, porém, a decisão desta terça não afasta a possibilidade de os países continuarem a operar com esses órgãos.

Olhar generoso

A presidente disse ainda que não está definido como será a relação do banco dos Brics e do fundo anticrise com países de fora do grupo. Ela afirmou, porém, que eventuais pedidos de empréstimo serão analisados, inclusive da Argentina. “Vamos olhar com toda a generosidade para os países em desenvolvimento. Se a Argentina vai ser beneficiada, é algo que vai ser avaliado. Primeiro é preciso que a Argentina peça”, disse.

Brics
O acrônimo Brics foi criado no início da década passada por um economista do Goldman Sachs para designar os países emergentes que, nos anos seguintes, seriam foco de crescimento econômico no mundo e da atenção dos investidores. Na época, estavam incluídos Brasil, Rússia, Índia e China, que, alguns anos depois, aproveitariam a atenção despertada para dar início à aliança.

A primeira reunião formal de cúpula aconteceu apenas em 2009. A união de forças tinha como principal meta elevar o poder dos quatro países no G20 – o grupo que reúne as 20 maiores economias mundiais – para pressionar por uma reforma do sistema financeiro, abalado pela crise, e mudanças na governança de organismos como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, controlados por EUA e seus aliados.

Edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com

Epopeia de Gilgamesh e o Gênesis


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A Epopéia de Gilgamesh  e sua Influência na escrita do Livro bíblico do Gênesis.  

Em meados do século XIX, após a descoberta na antiga cidade de Nínive da biblioteca do imperador assírioAssurbanipal (668-627 a.C.), o mundo redescobriu as antigas grandes civilizações da Mesopotâmia em tábuas de argila contendo escritos em sinais mais tarde denominados cuneiformes. Civilizações estas de que até então, o pouco que se conhecia estava contido nos livros da Bíblia, em informações “escassas e pouco reveladoras, uma vez que estavam diretamente relacionadas com a história do povo hebreu”.(CORREA, 200-, p. 2). …

Eric Thomas Follmann – Núcleo de Estudos Históricos e Arqueológicos UNIANDRADE-Curitiba-PR Contato: ehfollmann@hotmail.com

“O passado das civilizações nada mais é que a história dos empréstimos que elas fizeram umas às outras ao longo dos séculos…”   –  FERNAND BRAUDEL

1. Da “corrida ao ouro bíblico” à nova historicidade das sagradas escrituras. 

… Tais descobertas deram início a uma espécie de “corrida ao ouro bíblico” que propunha evidenciar arqueologicamente as sagradas escrituras. Outras ruínas então, como as de Uruk, Ur (a cidade natal do patriarca bíblico Abraão) e Nipur, começaram ser escavadas e revelaram mais inscrições sobre o passado do Oriente Próximo.

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Os trabalhos de escavação em Nipur

O trabalho de decifração destas tábuas foi realizado por vários pesquisadores, mas coube ao arqueólogo britânico George Smith, a primeira tradução contendo um trecho da Epopéia de Gilgamesh: o relato do dilúvio. Em 1872, Smith anuncia sua descoberta1 em um encontro da Sociedade de Arqueologia Bíblica causando um “forte impacto na Europa (…) por apresentar um texto pagão aparentemente antecipando a Arca de Noé”.(CORREA, 200-, p. 2).

Estas descobertas abalaram toda a comunidade científica e religiosa do século XIX, laicizando muitos dos objetivos iniciais, modificando métodos dos pesquisadores, e abrindo precedentes para o questionamento da veracidade dos textos bíblicos. Nas últimas quatro décadas, diferentes estudos estão sendo realizados sobre os temas levantados no século XIX, tanto pela comunidade científica como em grande parte pela comunidade religiosa, fazendo com que sejam discutidos os elementos mitológicos presentes na confecção dos livros que compõe o Pentateuco2, que vão desde a formação do mundo à existência histórica dos seus patriarcas.

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A esquerda a Tábua IX que conta a Epopeia do Dilúvio bíblico

Há uma tentativa, nos dias atuais, por parte de arqueólogos e historiadores de remontar a bíblia separando o que é história do que são mitos e lendas. 

“Apesar das paixões suscitadas por este tema, nós acreditamos que uma reavaliação dos achados das escavações mais antigas e as contínuas descobertas feitas pelas novas escavações deixaram claro que os estudiosos devem agora abordar os problemas das origens bíblicas e da antiga sociedade israelita de uma nova perspectivacompletamente diferente da anterior. (…) A história do antigo Israel e o nascimento de suas escrituras sagradas a partir de uma nova perspectiva, uma perspectiva arqueológica.” (FINKELSTEIN; SILBERMAN, 2001, pp. V-VI, p. 1).

2. Da teogonia à teofania. 

Paralelamente às discussões bíblicas, as descobertas feitas pelas escavações remontam os três milênios que antecedem à Cristo, onde a região entre os rio Tigre e Eufrates viu a ascensão e queda de grandes civilizações como os sumérios, acádios, assírios e babilônicos.

Dos textos traduzidos, vários deles incompletos devido ao estado de conservação dos mesmos, pôde-se extrair muito da filosofia e da mitologia mesopotâmicas, onde podemos observar que “o Oriente antigo, antes da Bíblia, e mesmo abstraindo-se dela, não desconhecia a reflexão sobre o homem. (…) As questões fundamentais da existência, da felicidade e da infelicidade, da relação com as potências cósmicas e com o domínio misterioso dos deuses, do sentido da vida e das incertezas do destino, já tinham neles um lugar de grande importância”.(GRELOT, 1980, p. 13).

Neste universo de descobertas, os sumérios e os acadianos revelam-se fornecedores de costumes, rituais e modelos literários a todos os povos do Oriente Médio3. Suas lendas, se consideradas como o primeiro repositório das recordações históricas dos povos do oriente antigo, “se transformaram, se esquematizaram, se reagruparam, mudaram eventualmente de país, se ampliaram, às vezes, desmedidamente” (GRELOT, 1980, p. 13), onde cada cultura apropriou-se de um mito conforme a sua ótica4.

Não diferente desta regra, os israelitas inovaram ao excluir todo um panteão, centralizando sua fé num deusúnico, propondo uma desmitização do universo transformando as forças cósmicas ao que de fato são. A situação do homem diante de Deus modifica-se totalmente, “embora, na prática, a adaptação da mentalidade corrente dos israelitas a essa mudança radical se tenha processado lentamente e com dificuldade” (GRELOT, 1980, p. 15), mantendo grande parte do antigo modo de expressar religioso herdado dos sumérios e acádios.

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Direita: Representação do herói Gilgamesh

Desta forma, Israel começa a escrever sua própria história, ora compilando fatos de seu próprio povo em grandiosas lendas, ora adaptando mitos antigos à sua realidade e aos seus propósitos. As histórias contidas na parte hebraica da bíblia, embora difíceis de serem datadas pelos anacronismos que ali apresentam5, foram compiladas e ordenadas “principalmente, no tempo do rei Josias (640-609 a.C.), para oferecer uma legitimação ideológica para ambições políticas e reformas religiosas específicas”.(FINKELSTEIN; SILBERMAN, 2001, p. 14).

3. A Epopéia de Gilgamesh e sua influência sobre demais literaturas do mundo antigo.

Considerada a mais antiga obra literária da humanidade, a Epopéia de Gilgamesh na sua forma “tardia” (século VII a.C.) como é difundida no Ocidente (TIGAY6 citado por ZILBERMAN (1998, p. 58)), não foge à regra das obras de origens mesopotâmicas: um compilado de lendas e poemas, cuja origem e veracidade perdem-se na difusão oral, adaptação cultural e textos fragmentados.

As narrativas contidas na epopéia deviam ser muito populares em sua época, pois são encontradas em várias versões escritas por vários povos e línguas diferentes, sendo que as primeiras versões da mesma, datam do Período Babilônico Antigo (2000-1600 a.C.), podendo ter surgido muito antes7, pois o herói desta epopéia é o lendário rei sumério Gilgamesh, quinto rei da primeira dinastia pós-diluviana de Uruk, que teria vivido no período protodinástico II (2750-2600 a.C.)8.

Devido à sua antiguidade e originalidade, muito se especula sobre a influência desta sobre textos mais difundidos e conhecidos pela humanidade, como os poemas épicos gregos Ilíada e Odisséia de Homero, escritos entre VIII e VII a.C.. Mas a polêmica é maior quando se comparados às narrativas do Pentateuco, a parte mais antiga do Velho Testamento, datadas do Primeiro Milênio a.C.. No caso desta última, o que legitima-nos a observar as influências, além de semelhanças impressionantes, o próprio contexto histórico e geográfico. Contexto este em que a origem dos hebreus e das grandes civilizações semitas são mescladas com a própria história do povo sumério. Históricos períodos de cativeiro, onde a aculturação era, além de inevitável pelas circunstâncias de sobrevivência, uma forma de dominação ideológica:

“O povo dominado era absorvido pelos nativos ao serem levados, havia a destruição total da nacionalidade, do culto, das instituições, nada ficando que pudesse ser lembrado a fim de que jamais alguém se encorajasse a agir em favor de uma reconstrução. Todo o elemento que representasse qualquer valor moral ou intelectual era desterrado e em seu lugar era posto outro povo trazido de outras regiões.” (LOPES, 200-, p. 2).

4. A semelhança entre as narrações.            

As semelhanças narrativas encontradas entre Epopéia de Gilgamesh e o Livro do Gênesis iniciam-se logo nos primeiros versículos da bíblia, ou seja, na criação do homem. O povo de Uruk, descontente com a arrogância e luxúria do rei Gilgamesh, exige dos seus deuses a criação de um homem que fosse o reflexo do rei, e tão poderoso quanto ele para que pudesse enfrentá-lo e redimi-lo. O deus Anu, ouvindo o lamento da população, ordenou a Aruru, deusa da criação, que fizesse Enkidu:

“A deusa então concebeu em sua mente uma imagem cuja essência era a mesma de Anu, o deus do firmamento (rei de Nibiru). Ela mergulhou as mãos na água e tomou um pedaço de barro; ela o deixou cair na selva, e assim foi criado o nobre Enkidu”.(SANDARS, 1992, p. 94).

“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”.(GENESIS, cap. 1, ver. 26).

“Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”.(GENESIS, cap. 2, ver. 7).

Enkidu foi criado inocente, longe da malícia da civilização, vivendo entre as criaturas selvagens e compartilhando a natureza com elas:

“Ele era inocente a respeito do homem e nada conhecia do cultivo da terra. Enkidu comia grama nas colinas junto com as gazelas e rondava os poços de água com os animais da floresta; junto com os rebanhos de animais de caça, ele se alegrava com a água”.(SANDARS, 1992, p. 94).

Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a todos os animais da terra e a todas as aves dos céus e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento”. (GENESIS, cap. 1, ver. 29-30).

O rei Gilgamesh, sabendo da existência de Enkidu, incumbe uma missão a uma das prostitutas sagradas do templo da deusa Ishtar (deusa do amor e da fertilidade): seduzir Enkidu e trazê-lo para dentro das muralhas de Uruk. Enkidu deixou-se seduzir pela rameira e perdeu sua inocência, além de seu poder selvagem, tornando-se conhecedor da malícia do homem. Arrependido, lamenta-se, mas a rameira consola-o enfatizando as vantagens desta nova vida que está por vir:

“Enkidu perdera sua força pois agora tinha o conhecimento dentro de si, e os pensamentos do homem ocupavam seu coração”.(SANDARS, 1992, p. 96).

“Olho para ti e vejo que agora és como um deus. Por que anseias por voltar a correr pelos campos como as feras do mato?” (SANDARS, 1992, p. 99).

“Porque Deus sabe que no dia em que comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem  e do mal.” (GENESIS, cap. 2, ver. 5).

Nesta comparação com  a tentação no Éden, não identificamos diretamente os fatos, mas sim, as idéias. A prostituta sagrada, condenada também em outros livros da bíblia, pode ser compilada como o fruto proibido, a serpente e a própria Eva, com  o poder de seduzir o homem e tirar sua inocência com falsas promessas.

Enkidu, já na cidade de Uruk, enfrenta o rei Gilgamesh em combate. Vencendo-o, é reconhecido pelo rei como irmão, pois este jamais havia enfrentado alguém com tamanha força. Formando-se então uma grande amizade que protagoniza grandes aventuras e tragédias ao longo da epopéia. Gilgamesh e Enkidu partiram então para a floresta de cedros (provavelmente, o atual Líbano), onde enfrentaram o monstro Humbaba, a sentinela da floresta.

Este se irrita com Enkidu, por profanar a floresta sagrada dos cedros inferiorizando-o e humilhando-o com palavras semelhantes às palavras de Deus, ao condenar o homem por comer do fruto proibido. Novamente não vemos relação direta entre os fatos, mas uma linha comum de pensamento é verificada entre os textos onde, a profanação e a desobediência são punidas com a servidão:

“… tu, um mercenário, que depende do trabalho para obter teu pão!” (SANDARS, 1992, p. 119).

“… maldita é a terra por tua causa: em fadigas obterás dela o sustento durante os dias da tua vida”.(GENESIS, cap. 3, ver. 16).

“No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado”.(GENESIS, cap. 3, ver. 19).

Os heróis, com a ajuda de Shamash (deus sol, protetor de Gilgamesh), matam o monstro Humbaba cortando-lhe a cabeça. Fato que irritou o poderoso Enlil (deus da terra, do vento e do ar universal), que exigiu a vida de um dos heróis pelo insulto.

A deusa Ishtar, vendo a força e beleza do herói, apaixona-se por Gilgamesh que a despreza, provocando a cólera da deusa. Então, Ishtar enviou a terra, um monstro com  a missão de destruir o herói: o Touro Celeste. Mas a dupla de heróis novamente é vitoriosa. Então, Enkidu zomba da deusa derrotada atirando-lhe pedaços do touro mutilado. Enlil enfurecido com a atitude do mortal decide enfim qual dos dois heróis deverá morrer. Enkidu então adoece e, sucumbindo à doença, impulsiona o rei Gilgamesh a sua missão final: a busca da imortalidade.   

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Representação de Gilgamesh (esquerda) e Enkidu (direita) e o touro alado.

A primeira semelhança encontrada pelos tradutores das tábuas em escrita cuneiforme é a mais impressionante. Foi a mola propulsora de toda a discussão sobre a veracidade dos textos bíblicos, pois a descrição do dilúvio não só é a mais bem conservada tábua de toda a epopéia, mas a mais rica em detalhes e semelhanças com  a descrição no Gênesis. Além de que, outras narrativas do dilúvio foram encontradas em forma de poemas isolados e com outros personagens, como as tábuas de Atra-Hasis, a Epopéia de Erra, e os textos do rei Ziusudra9.

Na epopéia, Gilgamesh parte em busca da imortalidade, e para isso, precisa obter este segredo dos deuses com o imortal Utnapishtim (Noé do Gênesis). Para encontrar o imortal, Gilgamesh enfrentou uma longa jornada, cheia de perigos e provações. Ao encontrar Utnapishtim, ouve que este não poderá lhe tornar imortal, mas poderá revelar ao herói como se tornara um e conta do dia em que os deuses, desgostosos com a sua criação (a humanidade), resolveram eliminá-la da terra:

“Naqueles dias a terra fervilhava, os homens multiplicavam-se e o mundo bramia como um touro selvagem. Este tumulto despertou o grande deusEnlil ouviu o alvoroço e disse aos deuses reunidos em conselho: ‘O alvoroço dos humanos é intolerável, e o sono já não é mais possível por causa da balbúrdia.’ Os deuses então concordaram em exterminar a raça humana”.(SANDARS, 1992, p. 149).

“Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra, e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”.(GENESIS, cap. 6, ver. 5).

“A terra estava corrompida à vista de Deus, e cheia de violência”.(GENESIS, cap. 6, ver 11).

“Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis, e as aves do céu; porque me arrependo de havê-los feito”.(GENESIS, cap. 6, ver 7).

Ea/Enki (deus da água doce e da sabedoria, patrono das artes e protetor da humanidade), avisa Utnapishtim em um sonho das intenções de Enlil e orienta-o de como sobreviver à catástrofe que estaria por vir:

“… põe abaixo tua casa e constrói um barco. Abandona tuas posses e busca tua vida preservar; despreza os bens materiais e busca tua alma salvar. Põe abaixo tua casa, eu te digo, e constrói um barco. Eis as medidas da embarcação que deverás construir: que a boca extrema da nave tenha o mesmo tamanho que seu comprimento, que seu convés seja coberto, tal como a abóbada celeste cobre o abismo; leva então para o barco a semente de todas as criaturas vivas. (…) Eu carreguei o interior da nave com tudo o que eu tinha de ouro e de coisas vivas: minha família, meus parentes, os animais do campo – os domesticados e os selvagens – e todos os artesãos”.(SANDARS, 1992, p. 149-151).

“Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos, e a calafetarás com betume por dentro e por fora. Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento, de cinqüenta a largura, e a altura de trinta. Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de alto; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro”.(GENESIS, cap. 6, ver 14-16).

“… entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos. De tudo o que vive, de toda carne, dois de cada espécie, macho e fêmea, farás entrar na arca, para os conservares contigo”.(GENESIS, cap. 6, ver. 18).

Enlil então envia uma tempestade de grandiosas proporções, fazendo com que toda a terra desaparecesse sobre as águas:

“Caiu a noite e o cavaleiro da tempestade mandou a chuva.(…) Por seis dias e seis noites os ventos sopraram; enxurradas, inundações e torrentes assolaram o mundo; a tempestade e o dilúvio explodiam em fúria como dois exércitos em guerra.” (SANDARS, 1992, p. 151-153).

“… nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as portas do céu se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites”.(GENESIS, cap. 7, ver. 11-12).  E toda a humanidade foi exterminada:

“… agora eles (humanos) flutuam no oceano como ovas de peixe”. (SANDARS, 1992, p. 152).

“Assim foram exterminados todos os serem que havia sobre a face da terra …” (GENESIS, cap. 7, ver. 23).

Com o passar dos dias, a tempestade ameniza-se e o dilúvio começa a serenar:

“Na alvorada do sétimo dia o temporal vindo do sul amainou; os mares se acalmaram, o dilúvio serenou”.(SANDARS, 1992, p. 153).

“Deus fez soprar um vento sobre a terra e baixaram as águas. Fecharam-se as fontes do abismo e também as comportas dos céus, e a copiosa chuva do céu se deteve”. (GENESIS, cap. 8, ver. 1-2).

Após a calmaria do grande oceano que se formara, Utnapishtim solta uma pomba para ver se há terra firme para que então possa desembarcar:

“Na alvorada do sétimo dia eu soltei uma pomba e deixei que se fosse. Ela voou para longe; mas, não encontrando lugar para pousar, retornou. Então soltei uma andorinha, que voou para longe; mas, não encontrando lugar para pousar, retornou. Então soltei um corvo. A ave viu que as águas haviam abaixado; ela comeu, voou de uma lado para outro, grasnou e não mais voltou para o barco”.(SANDARS, 1992, p. 153).

“Ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela que fizera na arca, e soltou um corvo, o qual, tendo saído, ia e voltava, até que se secaram as águas sobre a terra. Depois soltou uma pomba para ver se as águas teriam já minguado da superfície da terra; mas a pomba, não achando onde pousar o pé, tornou a ele para a arca; porque as águas cobriam ainda a terra. Noé, estendendo a mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca. Esperou ainda outros sete dias, e de novo soltou a pomba for a da arca. A tarde ela voltou a ele; trazia no bico uma folha nova de oliveira; assim entendeu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra. Então esperou ainda mais sete dias, e soltou a pomba; ela, porém, já não tornou a ele”.(GENESIS, cap. 8, ver. 6-12).

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Após a bonança, já em terra firme e grato ao deus Ea por ter lhe salvo a vida, Utnapishtim prepara um sacrifício aos deuses:

“Eu então abri todas as portas e janelas, expondo a nave aos quatro ventos. Preparei um sacrifício e derramei vinho sobre o topo da montanha em oferenda aos deuses”.(SANDARS, 1992, p. 153).

“Então Noé removeu a cobertura da arca, e olhou, e eis que o solo estava enxuto”.(GENESIS, cap. 8, ver 13).

“Levantou Noé um altar ao Senhor, e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar”.(GENESIS, cap 9, ver 20).

Enlil, furioso com Ea/ENKI por ter permitido que um humano sobrevivesse e conhecendo o segredo dos deuses, viu-se sem alternativa que não a de transformar Utnapishtim em um imortal, para que sua maldição de que nenhum mortal sobrevivesse se completasse. Gilgamesh desapontado por não ter tido sucesso em busca da imortalidade, prepara seu retorno para Uruk, mas é abordado pela esposa de Utnapishtim que, compadecida com o fracasso do herói, revela-lhe o segredo da imortalidade em que, nas profundezas do mar, havia uma planta maravilhosa, e quem a comesse, seria eternamente jovem. O herói então mergulha no mar profundo, ferindo-se, mas obtendo a tão desejado segredo.

Tomado de rara compaixão, Gilgamesh decide não comer sozinho o maravilhoso fruto, mas sim dividi-lo com os anciãos da cidade de Uruk. No retorno para casa, Gilgamesh é surpreendido por uma serpente marinha que lhe rouba a flor, perdendo para sempre o segredo da imortalidade:

“Se conseguires pegá-la (a planta sagrada), terás então em teu poder aquilo que restaura ao homem sua juventude perdida. (…) Vem ver esta maravilhosa planta. Suas virtudes podem devolver ao homem toda a sua força perdida. (…) mas nas profundezas do poço havia uma serpente, e aserpente sentiu o doce cheiro que emanava da flor. Ela saiu da água e a arrebatou”.(SANDARS, 1992, p. 160).

Apesar dos fins da ação de comer o fruto sejam diferentes (a morte e a imortalidade), podemos fazer uma analogia da função da serpente em roubar a imortalidade do homem: sendo tirando-lhe a oportunidade da vida eterna pela sua obtenção, como na Epopéia de Gilgamesh; sendo condenando-lhe a morte pela cessão do fruto ao homem, como no livro do Gênesis. Gilgamesh então ficou desolado e abatido, pois além de fracassar em sua missão, perdera para sempre o irmão Enkidu, restando-lhe apenas, melancolicamente esperar o dia de sua morte chegar.

No livro do Gênesis, não encontramos somente semelhanças com a Epopéia de Gilgamesh, mas com outros textos antigos, como o sumeriano Mito de Dilmum onde o deus Enki, o senhor das águas profundas e do abismo que suporta a terra; e Nintu, a virgem pura, deusa que presidia aos partos; habitavam sozinhos num mundo cheio de delícias sem que nada existisse além do par divino, caracterizando uma descrição muito semelhante do que seria e onde seria o jardim Éden:

“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. (…) E saía um rio do Éden para regar o jardim, e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços. (…) O nome do terceiro rio é Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates”. (GENESIS, cap. 2, ver. 8-14).

5. Considerações finais.             

É impossível afirmar a influência direta da Epopéia de Gilgamesh sobre a escrita do livro do Gênesis, pois tanto um como o outro poderiam ter sido influenciados por histórias ainda mais antigas e difundidas no Oriente, ao mesmo tempo em que é inegável que o mundo situado entre o Mediterrâneo e os Montes Zargos, onde havia intensa circulação de mercadores de diferentes etnias e religiões variadas, era pequeno demais para descartar qualquer influência cultural entre eles.

Os hebreus, possivelmente muito antes de seus períodos de cativeiro na Babilônia e Assíria (esse cativeiro foi apenas “uma volta às origens do próprio povo hebreu” pois o primeiro patriarca hebraico, Abraão, era natural de UR, tendo recebido ordens de “deus” para se mudar para Canaã, a Terra Prometida nos primórdios da história hebraica, que se inicia em 3.760 AC!!), já tiveram contato com as lendas e mitos sumério-acadianos e que por várias razões, os utilizaram na formulação de suas próprias lendas, o que sugere que seu deus, JEOVÁ, toma por empréstimo características de deuses como Anu, Enlil e EA/ENKI, seja criando a terra e o homem, seja julgando-os por seus atos, seja compadecendo-se de seu povo e os protegendo.

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Acima: A Região da Mesopotâmia no destaque as cidades criadas pelos “deuses” de Nibiru, os Annunaki e Nephilins. O Jardim do Éden extraterrestre, entre os rios Tigre e Eufrates, onde hoje é o IRAQUE… o local da criação do homem por EA/EnKi e onde viveu GILGAMESH.

Acreditamos ser impossível obter conclusões definitivas sobre as influências de um texto sobre o outro, ou principalmente, da formação de um pensamento religioso sem a existência do pensamento antecessor, sem que se faça juízo de valores como é recomendado a um historiador, mas ao se estudar o contexto em que o Gênesis é idealizado e escrito, tomando aqui, palavras de Finkelstein e Silberman, observa-se que “a saga histórica contida na Bíblia (…) não foi uma revelação miraculosa, mas um brilhante produto da imaginação humana”.10

 

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Estudo mostra que o Aquífero Guarani está contaminado por agrotóxicos



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Estudo mostra que o Aquífero Guarani está contaminado por agrotóxicos

Aquífero Guarani

O Aquífero Guarani, manancial subterrâneo de onde sai 100% da água que abastece Ribeirão Preto, cidade do nordeste paulista localizada a 313 quilômetros da capital paulista, está ameaçado por herbicidas.

A conclusão vem de um estudo realizado a partir de um monitoramento do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) em parceria com um grupo de pesquisadores, que encontrou duas amostras de água de um poço artesiano na zona leste da cidade com traços de diurom e haxazinona, componentes de defensivo utilizado na cultura da cana-de-açúcar.

No período, foram investigados cem poços do Daerp com amostras colhidas a cada 15 dias. As concentrações do produto encontradas no local foram de 0,2 picograma por litro – ou um trilionésimo de grama. O índice fica muito abaixo do considerado perigoso para o consumo humano na Europa, que é de 0,5 miligrama (milésimo de grama) por litro, mas, ainda assim, preocupa os pesquisadores, que analisam como possível uma contaminação ainda maior.

No Brasil, não há níveis considerados inseguros para as substâncias. Ainda assim, a presença do herbicida na zona leste – onde o aquífero é menos profundo – acende a luz amarela para especialistas. Segundo Cristina Paschoalato, professora da Unaerp que coordenou a pesquisa, o resultado deve servir de alerta. “Não significa que a água está contaminada, mas é preciso evitar a aplicação de herbicidas e pesticidas em áreas de recarga do aquífero”, disse ela.

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O monitoramento também encontrou sinais dos mesmos produtos no Rio Pardo, considerado como alternativa para captação de água para a região no longo prazo. “Isso mostra que, se a situação não for resolvida e a prevenção feita de forma adequada, Ribeirão Preto pode sofrer perversamente, já que a opção de abastecimento também será inviável se houver a contaminação”.

Aquífero ameaçado

O Sistema Aquífero Guarani, que faz parte da Bacia Geológica Sedimentar do Paraná, cobre uma superfície de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sendo 839., 8 mil no Brasil, 225,5 mil quilômetros na Argentina, 71,7 mil no Paraguai e 58,5 mil no Uruguai. Com uma reserva de água estimada em 46 mil quilômetros quadrados, a população atual em sua área de ocorrência está em quase 30 milhões de habitantes, dos quais 600 mil em Ribeirão Preto.

La experiencia

A água do SAG é de excelente qualidade em diversos locais, principalmente nas áreas de afloramento e próximo a elas, onde é remota a possibilidade de enriquecimento da água em sais e em outros compostos químicos. É justamente o caso de Ribeirão, conhecida nacionalmente pela qualidade de sua água.

Para o engenheiro químico Paulo Finotti, presidente da Sociedade de Defesa Regional do Meio Ambiente (Soderma), Ribeirão corre o risco de inviabilizar o uso da água do aquífero in natura. “A zona leste registra plantações de cana em áreas coladas com lagos de água do aquífero. É um processo de muitos anos, mas esses defensivos fatalmente chegarão ao aquífero, o que poderá inviabilizar o consumo se nada for feito”, explica.

Já para Marcos Massoli, especialista que integrou o grupo local de estudos sobre o aquífero, a construção de casas e condomínios na cidade, liberada através de um projeto de lei do ex-vereador Silvio Martins (PMDB) em 2005, é extremamente prejudicial à saúde do aquífero. “Prejudica muito a impermeabilidade, o que atinge em cheio o Aquífero”, diz.

Captação

Outro problema que pode colocar em risco o abastecimento de água de Ribeirão no médio prazo é a extração exagerada de água do manancial subterrâneo. Se o mesmo ritmo de extração for mantido, o uso da água do Aquífero Guarani pode se tornar inviável nos próximos 50 anos em Ribeirão Preto.

A alternativa, além de reduzir a captação, pode ser investir em estruturas de captação das águas de córregos e rios que, além de não terem a mesma qualidade, precisam de investimentos significativamente maiores para serem tratadas e tornadas potáveis. A perspectiva já é considerada pelos estudiosos do chamado Projeto Guarani, que envolveu quatro países com território sobre o reservatório subterrâneo. O cálculo final foi entregue no fim do ano.

O mapeamento mostrou que a velocidade do fluxo de água absorvida pela reserva é mais lenta do que se supunha. Pelas contas dos especialistas, a cidade extrai 4% mais do que poderia do manancial. A média de consumo diário de água em Ribeirão é de 400 litros por habitante, bem acima dos 250 litros da média nacional. Por hora, a cidade tira do aquífero 16 mil litros de água. Vale lembrar que a maior parcela de água doce do mundo, algo em torno de 70%, está localizada, em forma de gelo, nas calotas polares e em regiões montanhosas.

Outros 29% estão em mananciais subterrâneos, enquanto rios e lagos não concentram sequer 1% do total. Entretanto, em se tratando da água potável, aproximadamente 98% se encontram no subsolo, sendo o Aquífero Guarani a maior delas. A alternativa para não desperdiçar esses recursos é investir em reflorestamento para garantir a recarga do aquífero, diz o secretário-geral do projeto, Luiz Amore.

Reportagem do DCI, socializada pelo MST.

EcoDebate, 19/05/2011

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Um novo e misterioso corpo celeste foi descoberto, há 30 anos !


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Um objeto possivelmente tão grande quanto Júpiter; um misterioso e novo corpo celeste foi descoberto !

Um corpo celeste enorme, possivelmente tão grande quanto o planeta gigante Júpiter e, provavelmente, tão perto da Terra  que seria parte deste sistema solar foi encontrado na direção da constelação de Órion por umtelescópio em órbita a bordo do satélite astronômico infravermelho dos EUA (IRAS-Infrared Astronomical Satellite). 

Fonte: Jornal The Washington Post, edição de 30 de dezembro de 1983 (a 30 anos), noticia publicada na página A-1 – Ver fac-símile mais abaixo.

Por Thomas O’Toole, Washington Post Staff 

Writer

sexta-feira 30 dezembro, 1983, Pagina A1:

Um corpo celeste possivelmente tão grande como o gigantesco planeta Júpiter e, possivelmente, tão perto da Terra que seria parte deste sistema solar foi encontrado na direção da Constelação de Órion por um telescópio em órbita a bordo do satélite astronômico infravermelho dos EUA (Infrared Astronomical Satellite-IRAS).

Tão misterioso é o objeto que os astrônomos não sabem se é um planeta, um cometa gigante, uma  ”proto-estrela” próxima que nunca ficou quente o suficiente para se tornar uma estrela, uma galáxia distante tão jovem que  ainda está em processo de formação de suas primeiras estrelas ou uma galáxia tão envolta em pó que nenhum luz é lançada por suas estrelas, pois nunca consegue passar.

Tudo o que posso dizer é que não sabemos o que é”, declarou o Dr. Gerry Neugebauer, cientista-chefe do satélite astronômico infravermelho dos EUA (IRAS-Infrared Astronomical Satellite) do JPL-Jet Propulsion Laboratory da Califórnia e diretor do Observatório Palomar  do Instituto de Tecnologia da Califórnia-Caltech, em uma entrevista.

A explicação mais fascinante deste corpo gigante e misterioso, que é tão frio que não lança luz e  nunca foi visto por telescópios ópticos na Terra ou no espaço, é que ele é um gigante gasoso, um  planeta tão grande como Júpiter e tão perto da Terra em cerca de 50 trilhões de milhas. Embora isso possa parecer uma  grande distância em termos terrestres, é um tiro de pedra em termos cosmológicos, tão perto, de fato,  que seria o corpo cósmico mais próximo para a Terra para além do mais externo planeta Plutão.

Se está realmente tão perto, seria uma parte de nosso sistema solar, disse o Dr. James Houck do  Cornell University’s Center For Radio Phisics and Space Research e membro da  equipe científica do IRAS. ”Se esta tão perto, eu não sei como os cientistas planetários do mundo sequer vão começar a classificá-lo“.

O corpo misterioso foi visto duas vezes pelo satélite infravermelho enquanto ele esquadrinhava o céu do norte do mês de Janeiro a Novembro, quando o satélite correu para fora do hélio superfrio que permitiu que seu  telescópio pudesse ver os corpos mais frios, nos céus. A segunda observação ocorreu seis meses depois da primeira e sugeriu que o corpo misterioso não se moveu de seu lugar no espaço  perto da borda ocidental da constelação de Orion, durante as duas datas de observação.

“Isto sugere que não é um cometa porque um cometa não seria tão grande como os que temos  observado e um cometa provavelmente se moveria, disse Houck. ”Um planeta poderia ter se movido se estivesse tão perto quanto 50 trilhões de milhas mas ainda poderia ser um planeta mais distante e não ter se movido em seis meses. “

Seja o que for, disse Houck, o corpo misterioso é tão frio que a temperatura não passa de 40  graus acima do “absoluto” zero, que é de -456 graus Fahrenheit (-273,15º Celsius) abaixo de zero. O telescópio  a bordo do IRAS é resfriado em tão baixa temperatura e é tão sensível que pode “ver” objetos nos céus, que são apenas 20 graus acima do zero absoluto (-253º C). Quando os cientistas do IRAS  primeiro viram o misterioso corpo celeste e calcularam que ele poderia estar tão perto quanto  50 trilhões de milhas, houve alguma especulação de que ele poderia estar se movendo em direção à Terra.

“(O objeto) Não é uma entrega do correio”, disse Neugebauer do Cal Tech. ”Eu quero apagar essa idéia com tanta  água fria que eu puder. “ Então, o que é esse objeto? E se é tão grande como Júpiter e tão perto do sol que seria parte do nosso sistema solar? É concebível, poderia ser o 10º planeta  que os astrônomos têm procurado em vão.  Ele também pode ser uma estrela semelhante a Júpiter que começou a tornar-se uma estrela há milhares de anos, mas nunca ficou quente  o suficiente como o sol para se tornar uma estrela.

Enquanto eles não podem contestar essa noção, Neugebauer e Houck estão tão atormentados por isso que  eles não querem aceitar. A “esperança” de  Neugebauer  e Houck é que o corpo misterioso seja uma distante  galáxia ou tão jovem que suas estrelas não começaram a brilhar ou então cercada por poeira que sua  luz das estrelas não pode penetrar na mortalha.

Eu acredito que é uma dessas, jovens galáxias escuras que nunca foram capazes de ser observadas  antes“, disse Neugebauer. “Se for, então é um grande passo adiante em nossa compreensão do tamanho do universo, como o  universo se formou e como ela continua a se formar com o passar do tempo. “

O próximo passo é a identificação do novo corpo misterioso, Neuegebauer declarou, é procurá-lo  com os maiores telescópios ópticos do mundo. Já o telescópio de 100 polegadas de diâmetro em Cerro  del Tololo, no Chile começou a sua busca e o telescópio no Monte Palomar, de 200 polegadas na Califórnia destinou várias noites no ano que vem (1984) para procurar pelo novo objeto.

Se o corpo celeste está perto o suficiente  e emitir até mesmo apenas um toque de luz, o telescópio Palomar deve encontrá-lo uma vez que o satélite de infravermelho-IRAS identificou a sua posição.

  • (ITEM 123) 31 de dezembro de 1983, sábado, Edição Final.

  • (ITEM 127) a distância da Terra de um objeto misterioso no espaço foi informado incorretamente  em algumas edições de ontem.

  • Distância, o número correto é 50.000.000.000 (bilhões) de milhas. O Artigo foi traduzido como eles foram originalmente impresso no The Washington Post e pode não incluir correções mais posteriores.

  • Tradução, edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com

Os seres humanos contra o meio ambiente.


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Os seres humanos contra o meio ambiente

NaturalNews :

Proteger o meio ambiente do planeta inteiro não é uma “idéia” liberal, tem que ser de todos, Liberal ou conservador, democrata ou republicano, (brasileiro ou americano).

O meio ambiente e a natureza é quem oferece suporte de vida para todos nós, e se não conseguirmos reconhecer esse fato, estaremos verdadeiramente condenados como uma civilização”.

Por Mike Adams, um pesquisador da  Saúde Natural – Editor de NaturalNews.com

Fonte: http://naturalnews.com/029056_environmental_protection_population_control.html

MIKE ADAMS: Para ajudar a explicar isso, eu coloquei um experimento simples em pensamento. Ela começa com três verdades incontestáveis sobre o homem e o meio ambiente planetário:

Verdade 1 – Os recursos da Terra são LIMITADOS.

Isto deveria ser auto-evidente, mas algumas (a imensa maioria) pessoas ainda não entendem dessa forma. Os recursos da Terra – o petróleo, florestas, água, energia, e assim por diante – são finitos. Eles não existem em quantidade infinita. Se eles assim fossem, seriam obviamente maiores do que a própria Terra (e que, de fato, preencheriam o universo). Mas eles não preenchem o universo. Eles estão contidos dentro dos limites do planeta Terra e, portanto, eles são limitados.

Naturalmente, muitos dos recursos da Terra podem ser regenerados ou reciclados, mas isso só acontece ao longo do tempo – geralmente um tempo muito longo. No caso do petróleo, que é de centenas de milhares, ou milhões  de anos. Para a água subterrânea doce e potável para consumo humano é a mesma coisa. A taxa na qual a civilização humana moderna está usando (e desperdiçando) esses recursos é de ordens de grandeza mais rápida do que a taxa na qual eles podem ser naturalmente regenerados e repostos. Isso vale para o petróleo, água, solo, florestas, os minerais e tudo o mais.

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Verdade 2 – Cada pessoa que vive na civilização moderna CONSOME uma certa quantidade de recursos limitados do planeta.

Isto também deveria ser auto-evidente: Pessoas consomem recursos. Quando você dirige seu carro, você está, obviamente, consumindo os recursos naturais limitados. Quando você comprar um carro, você está consumindo muitos outros recursos naturais (todos os elementos que entraram na produção de um carro são oriundos do planeta), também. Isso é verdade mesmo quando você comprar um painel solar.

Toda vez que você ligar um interruptor de luz ou abrir um pacote de comida, ou engolir um pedaço de comida, você está consumindo uma certa quantidade de recursos limitados do planeta.  A soma de seu consumo é chamado de “pegada ecológica”, e sua “pegada ecológica” é muito maior do que o espaço imediato que você poderia chamar de sua casa. As coisas que você consome em sua casa exigem os recursos de uma área muito maior agora fora de sua casa.

Uma criança que nasce nos Estados Unidos hoje, por exemplo, vai consumir 45.000 £ (20.412 quilos) de metal em sua vida (através dos produtos que compra). Ou seja, 20.412 quilos de metal que deve ser extraído, transformado, transportado e fabricado em produtos consumíveis, metal e mineração é um negócio muito sujo, pelo seu caminho de produção, mesmo que o metal vá ser usado em dispositivos deenergia limpa, como turbinas de vento (eólicas) {n.t. Esta quantidade de metal gasta por indivíduo multiplicada pela população total dos EUA, de 310 milhões de habitantes, significa que já foi gasto cerca de 6.327.720.000 de toneladas somente de minério em 20 anos).

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Verdade 3 – Humanos estão alterando o ambiente

Você não pode argumentar com isso (embora algumas pessoas ridiculamente tentem). A atividade humana está alterando o nosso ambiente de forma ampla, a partir do intenso desmatamento do planeta à liberação de gases para a atmosfera. Nós envenenamos os rios, destruímos os habitats naturais de várias espécies, poluição dos oceanos (Golfo do México, alguém ainda lembra?) E alteramos a composição química da atmosfera do planeta. Estas são inegáveis verdades científicas. Nenhuma pessoa em sã consciência é razoável argumentar que os seres humanos não alteraram radicalmente o ambiente do nosso planeta ao longo dos últimos 200 anos, com o início do processo de industrialização de nossa sociedade planetária.

Se você visitasse a América do Norte 200 anos atrás, por exemplo, você não teria sequer reconhecido ela como o mesmo continente dominado por seres humanos de hoje. A poucas centenas de anos atrás, a América do Norte era cheia de vida, comgrandes florestas do ciclo velho-crescimento, rios e planícies intactas e abundantes. Hoje estão relativamente mortos, tendo sido mais desenvolvidos e explorados, ao longo do tempo e com o excesso de população a um ponto tão extremo que os nossos antepassados, em grande medida o considerariam um ambiente “morto”.

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Verdade 4 – Os seres humanos realmente gostam de ter bebês

Esta questão é também auto-evidente: As pessoas gostam de procriar. Cada família, ao que parece, quer as crianças, e as crianças querem os seus próprios filhos, também, mais tarde. Em geral, os seres humanos querem procriar, 

sem

limitação. Isto, naturalmente, leva a uma explosão do crescimento populacional. Nós vimos essa explosão nos últimos duzentos anos, na Terra a população cresceu de menos de um bilhão de pessoas em 1800, para quase sete bilhões nos dias de hoje.

Os seres humanos não consideram seu impacto sobre a população mundial quando se reproduzem. A decisão de ter filhos é feita em privado, de modo egoísta, sem levar em conta o impacto sobre o planeta. Ter mais uma criança parece que não é grande coisa do ponto de vista de um casal que deseja para ter um filho ou filha, mas multiplicado por milhares, milhões, esta decisão de procriar em massa  leva a superpopulação, o que leva ao consumo excessivo de todos os recursos limitados do planeta, em um ciclo que se retroalimenta em proporções geométricas .

O efeito da ilha de Páscoa

Agora vamos trabalhar a nossa experiência de pensamento pequeno. Tendo em conta as quatro verdades simples acima descritas, é apenas uma questão de tempo antes que a geração contínua de seres humanos se choque com a realidade dos recursos naturais limitados, causando uma crise de insustentabilidade.

Em algum momento, em outras palavras, a expansão e crescimento contínuo do ser humano vai destruir tanto do ambiente natural (e usar tantos recursos naturais) que não haverá recursos suficientes para apoiar a continuação da população existente.

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Eu chamo isso de “efeito Ilha da Páscoa”, em referência à forma pela qual os nativos da Ilha de Páscoa cortaram todas as árvores para construir monumentos cada vez maiores para si, e ao fazê-lo destruíram todo o seu ecossistema que logo morreu, acabou. Toda a civilização humana esta agora forçando  para duplicar o “Efeito Ilha da Páscoa” em uma escala global.

Nossas duas opções

Dado que a expansão ilimitada da população humana deve necessariamente usar todos os recursos essenciais necessários para sustentar a vida humana, é lógico que existem apenas duas opções para saber como os seres humanos podem escolher para lidar com a situação:

Escolha nº 1 – Podemos reconhecer o impacto ecológico dos seres humanos em nosso planeta e fazer escolhas conscientes para viver dentro dos limites do equilíbrio sustentável com o nosso planeta (ou seja, mantendo o tamanho da nossa população relativamente estável, limitando o crescimento da população, reduzir a nossa pegada ecológica, respeitando o meio ambiente natural que sustenta a vida no nosso planeta, etc.)

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Escolha nº 2 – Não podemos continuar a nossa expansão populacional e exploração irracional de recursos, ignorando qualquer prazo, e as consequências por muito tempo. Esta é a definição de estupidez e, no entanto, é precisamente o caminho que a civilização humana moderna está escolhendo agora. Parece também ter escolhido o caminho do “anti-ambientalismo” – pessoas que resistem à idéia de que precisamos proteger o meio ambiente em tudo e por todos os meios.

Infelizmente, a civilização humana decidiu ir com a escolha nº 2. Acredito que o futuro da civilização moderna está agora definido. População em expansão e esgotamento de recursos, em breve colidem com as limitações de nosso planeta e provocará um colapso cataclísmico de nossa civilização. Nós, seres humanos estamos forçando para um cenário Ilha da Páscoa, mas com mais do que apenas árvores: Nós estamos fazendo-o com petróleo, água, recursos minerais extraídos do solo e o habitat. Estamos destruindo o único planeta que pode nos manter vivos, e agora parece que nada pode parar esta tendência auto-destrutiva da espécie humana.

Eu pessoalmente não tenho visto nenhuma evidência de que a espécie humana atual é capaz de buscar um equilíbrio de longo prazo, sustentável, com todo o ecossistema planetário. Falta-lhe a visão inteligente necessária para antecipar esses resultados e fazer ajustes bem antes de eles se tornarem realidade. Algumas pessoas entre nós mesmos argumentam contra a proteção do ambiente, não percebendo que eles estão, essencialmente, defendendo a sua própria auto-destruição.

Outros que são mais atentos  argumentam apenas contra o medo de um governo mundial e a aplicação de normas ambientais em detrimento da perda de liberdades individuais. Esta é uma preocupação legítima, e eu concordo com estas preocupações. ”Proteger o meio ambiente” pode facilmente tornar-se um mantra escorregadio para a dominação mundial sobre a liberdade individual. A melhor maneira de evitar a perda de liberdade, poupando o meio ambiente é através da educação do público, que incita e educa as pessoas a tomar as melhores decisões, sem transformá-los em criminosos se não tomar essas decisões.

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A humanidade pode salvar-se?

Salvar a civilização humana a partir de sua própria ignorância não é uma tarefa fácil. Exigirá inteligência, líderes empresariais e governantes com visão de futuro que vêem o cenário de longo prazo e que realmente se preocupam com o futuro. Mas, infelizmente, não existe tal coisa. Os líderes empresariais estão, por definição, com foco no próximo trimestre fiscal, com os resultados de suas empresas (O LUCRO) e não no próximo século. Eles sempre hipotecam o nosso futuro coletivo para aumentar seus lucros imediatos.

Não há quase nenhuma coisa como uma pessoa de negócios bem sucedida e que é, simultaneamente, um administrador eficiente dos recursos naturais do nosso planeta. O simples ato de gerar mais negócios – em qualquer negócio – sempre se traduz em mais consumo, porque todo o nosso sistema econômico é baseado no consumo. E o mesmo também é verdade sobre empresas de internet, pelo caminho. Todos os bits e bytes que você consome através da Internet tem um custo indireto ambiental devido ao consumo de eletricidade dos CPUs, entrega de conteúdo para que você, assim como, e mais importante, a enorme demanda de refrigeração em centros de dados que gastam fortunas apenas em sistemas de arrefecimento para todos os computadores existentes.

O fato de que a nossa atividade econômica é, fundamentalmente, com base no consumo em vez de conservação demonstra porque a humanidade está fadada a se destruir. Depois de ver o fracasso de tantas reuniões de cúpula ambiental, estou convencido disso. Eu não vejo nenhuma maneira possível que os seres humanos, de repente ganharem a inteligência e visão necessárias para viver em equilíbrio com o nosso mundo natural. Não sem uma crise para ensinar a todos algumas lições, de qualquer maneira. Mas até mesmo acho que os desastres como o do Golfo do México não está mudando fundamentalmente a maneira que os líderes empresariais tem sobre o consumo. Pensam que é só um problema do petróleo e “não” um problema global com os modelos de negócios que dirigem o nosso mundo em um ciclo auto-destrutivo do consumo irracional.

O que pode estar chegando nos próximos anos

Como a população continua a se expandir e a maior parte dos recursos do mundo é eliminada pelo consumo, a população humana irá mergulhar em uma época de grande escuridão. A perda de vidas será imensa – talvez tanto quanto uma futura redução de 90% da população planetária. Os ecossistemas irão falhar, vai falhar as culturas na produção de alimentos e a civilização em si mesma será posta de joelhos. Não vai demorar muito para travar e entrar em colapso o atual sistema global. Uma vez que o fornecimento de energia elétrica está reduzido (nos EUA) em tão pouco tempo como cinco dias, não há quase nenhum modo de trazer a civilização de volta – pelo menos não a civilização moderna como a conhecemos.

E uma vez que a população mundial for drasticamente reduzida, o ambiente natural do planeta terá uma chance de se recuperar (é terrível constatar que nosso comportamento atual é semelhante ao de um vírus mortal para o corpo de nossa mãe Terra, e se formos removidos, o planeta vai se recuperar rapidamente). Plantas e animais vão repovoar as áreas que uma vez foram perdidas para a alta densidade da população humana. E uma vez que o retorno da abundância aconteça, o homem terá novamente a capacidade necessária para se reiniciar em uma nova civilização também. Esperamos que as futuras gerações de seres humanos aprendam com nossos erros presentes e não prossigam no mesmo caminho que nós estamos trilhando- o caminho do consumo interminável de todos os recursos do planeta ao ponto de provocar a sua destruição.

Em uma escala de tempo, você verá provavelmente a população humana crescente, em seguida, se reduzindo drasticamente, para de novo voltar a ressurgir a partir das cinzas de uma civilização que entrou em colapso (esse padrão se repete, já houve eventos no planeta em nosso passado, de extinção em massa, como relatado no último dilúvio ( n.T. Evento do afundamento final do continente de Atlântida). Este é o fluxo e o refluxo do futuro da vida na Terra.

Você poderia até chamá-lo de um “ciclo” de expansão natural da população humana, em seguida, entrando em colapso, seguido de expansão e ainda mais uma vez em colapso. É muito semelhante à maneira de como um vírus invade o corpo humano e se multiplica até que mata o hospedeiro que uma vez lhe deu vida. Em termos de comportamento, olhando em um quadro maior, os seres humanos são muito parecidos com um vírus para o nosso planeta.

Este ciclo de destruição e renascimento poderia ser equilibrado, porém por uma espécie humana suficientemente inteligente, dotada de visão o bastante para ver o que está vindo e fazendo os ajustes iniciais para evitar o colapso da população planetária. Nossa espécie humana atual, infelizmente, não é suficientemente inteligente para fazer isso.

“E Ela(e) muda os tempos e as estações; Ela(e) remove os reis e estabelece os reis (os governantes); Ela(e) dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos“.  Daniel 2:21

Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

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