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Trocaram as moscas, mas a M… continua piorando, agora “saindo” mais à “direita”


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#DivulgaçãoCientífica

Ministro do STF atende a pedido do senador e reforça decisão de Dias Toffoli de suspender investigações que usam dados de órgãos de controle sem autorização judicial. Defesa argumentou que determinação não foi cumprida.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão dos processos envolvendo a quebra do sigilo do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no caso do seu ex-assessor Fabrício Queiroz, atendendo a um pedido do advogado do político, Frederick Wassef. A retomada das investigações ficou, por isso, condicionada a uma decisão do plenário do Supremo, que deve discutir o tema em 21 de novembro de 2019. Gilmar ressaltou ainda que sua decisão não “traduz qualquer antecipação do entendimento” dele “quanto ao mérito da tese de repercussão geral, a ser apreciada no julgamento” pelo plenário do Supremo, marcado para novembro.

Gilmar Mendes suspende ações contra Flávio Bolsonaro no caso Queiroz

Fonte:  https://www.dw.com/pt-br/gilmar-suspende-ações-contra-flávio-bolsonaro-no-caso-queiroz/a-50653725

Flávio Bolsonaro é alvo de investigação sobre um suposto esquema de “rachadinha” quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro

Wassef encaminhou no início de setembro uma reclamação ao STF, argumentando que as investigações envolvendo seu cliente continuavam, apesar de uma decisão do presidente do tribunal, Dias Toffoli, de que fossem suspensos todos os processos judiciais em que dados foram compartilhados por órgãos de controle sem autorização da Justiça.

O defensor de Flávio alega que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou em 27 de agosto a inclusão de dois habeas corpus do senador em sua pauta de julgamentos, o que desrespeitaria a determinação em caráter liminar de Toffoli.

O inquérito diz respeito a um suposto esquema de “rachadinha” (quando um servidor repassa parte ou total do seu salário ao político que o contratou) no gabinete de Flávio, na época em que ele exercia mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Trocaram as “MOSCAS” mas a M… continua a mesma, só que agora é produzida mais à “DIREITA” …

Em julho, Toffoli atendeu a um pedido do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro e determinou a suspensão de todos os processos e investigações em que tenha havido compartilhamento sem autorização judicial prévia de dados sigilosos de órgãos de inteligência, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Banco Central e Receita Federal.

A retomada das investigações ficou, por isso, condicionada a uma decisão do plenário do Supremo, que deve discutir o tema em 21 de novembro.

Em sua decisão, assinada em 27 de setembro e divulgada nesta segunda-feira (30/09), Gilmar destacou um e-mail enviado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em 14 de dezembro de 2018 pedindo informações ao Coaf (rebatizado posteriormente como Unidade de Inteligência Financeira, UIF), sem autorização judicial prévia.

O ministro do STF também pediu ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) a investigação de possíveis irregularidades no compartilhamento de dados entre o Coaf e o Ministério Público do Rio.

Gilmar ressaltou ainda que sua decisão não “traduz qualquer antecipação do entendimento” dele “quanto ao mérito da tese de repercussão geral, a ser apreciada no julgamento” pelo plenário do Supremo, marcado para novembro.

MD/ots


Enquanto isso, no mundo dos cidadãos “comuns” (mas honestos e trabalhadores que sustentam toda a bandalheira) o STF recebeu “Parabéns pela demora em julgar”, dizem advogadas a Rosa Weber após morte de cliente que aguardava decisão do STF há ONZE ANOS.

Fonte:  https://gauchazh.clicrbs.com.br/

Defensoras enviaram carta a ministra do Supremo, Rosa Weber, para criticar impasse que se arrasta há 11 anos sem nenhuma decisão pela “alta corte” de … Justiça

Em uma manifestação enviada à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF)Rosa Weber, duas advogadas de Pelotas, no sul do Estado do RScriticaram a demora no julgamento de um caso envolvendo um homem de 80 anos. Segundo a carta enviada à Corte, o homem aguardava há 11 anos uma decisão do Supremo e morreu no mês passado sem ver o seu pleito atendido. O comunicado das defensoras ironiza:

“Parabéns, ministra, pela demora”.

Assinado pelas advogadas Lílian Velleda Soares e Maria Emília Valli, o comunicado conta a história de Celmar Lopes, servidor aposentado da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) que, juntamente com outros ex-servidores públicos, pleitearam o reajuste de 28,86% em suas aposentadorias.

Em 2001, o processo foi alvo de embargos de declaração e, em maio de 2008, o INSS ingressou no STF com um recurso extraordinário, com o objetivo de suspender o pagamento das prestações. O pagamento da parcela ficou congelado até que o STF decida pela manutenção da sentença inicial.

Em entrevista ao programa Estúdio Gaúcha, da Rádio Gaúcha, a advogada Lilian Soares afirmou que a defesa chegou a entrar em contato com o gabinete institucional do STF solicitando agilidade na decisão e explicando as condições que Celmar passava, sem sucesso. O aposentado morreu no dia 16 de setembro.

— Chegamos a colocar o Seu Celmar na linha por telefone com membros do gabinete do STF, mas mesmo assim não tivemos nenhum retorno — contou a advogada.

Em um trecho do comunicado, as advogadas citam a morte do idoso e ironizam a licitação publicada em abril deste ano para a compra de lagostas e vinhos para os ministros do STF degustarem em suas refeições:

“Informamos também que as cerimônias fúnebres do cidadão brasileiro foram singelas, sem as lagostas e os vinhos finos que os nossos impostos suportam.”

Segundo a advogada, a crítica não teve a intenção de ferir pessoalmente a ministra Rosa Weber, mas sim expor a situação da instituição STF. Sobre o uso da ironia, ela diz que são figuras de linguagem utilizadas no Direito para contextualizar as situações.

GaúchaZH entrou em contato com o gabinete da ministra Rosa Weber, mas não obteve retorno até as 10h.(ela deveria estar ocupada saboreando os acepipes…)

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A ira e a urna


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Senador Cristovam Buarque (PPS-DF)

≫ Cristovam Buarque, senador pelo PPS-DF e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB).

Tudo indica que caminhamos para uma eleição em que os eleitores farão suas escolhas movidos pela raiva dos políticos atuais e não pela esperança em novos políticos. Lamentavelmente, a ira é uma má conselheira e o resultado poderá ser trágico, porque, em poucos meses ou semanas, o presidente eleito pela fúria será vítima de nova indignação Nossa maior revolta atualmente decorre da corrupção e dos privilégios que a política brasileira adota desde os tempos do Império e que têm crescido nos últimos tempos. A chamada Constituição Cidadã tem sido, na verdade, uma fonte permanente de regalias e de direitos especiais.

A raiva voltará ampliada se o próximo presidente não eliminar todos os privilégios, iniciando pelos seus e daqueles ao seu redor, também no Judiciário, no Legislativo, assim como as muitas benesses financiadas com recursos públicos que o setor privado recebe. O novo governo deverá adotar a transparência em suas decisões como forma de impedir a corrupção. Ao mesmo tempo em que selecionar colaboradores com experiência comprovada e conduta ética, também deverá, desde o início, mostrar absoluta intransigência com comportamentos inadequados no uso do dinheiro público, ou práticas preconceituosas.

Ao lado de uma postura firme, que demonstra uma ruptura com o passado, o novo governo, eleito pela ira, deverá cuidar para cumprir tudo que propuser durante a campanha. A população não aceitará novo estelionato eleitoral. Em 2013, contrariado com as promessas e com as irresponsabilidades populistas, visando votos no ano seguinte, o povo foi às ruas, sobretudo pela fraude do governo empossado em 2015.

Os discursos dos pré-candidatos em 2018 demonstram que não aprenderam. É possível imaginar o que acontecerá quando os eleitos com discurso contrário à atual proposta de reforma da Previdência incluírem outra ainda mais dura. Ou quando preferirem enganar o povo aumentando o deficit e, em consequência, provocando a alta dos juros e a volta da recessão com inflação. A ira dos eleitores não quer ouvir a verdade na eleição, mas não perdoará quando tomar conhecimento da mentira usada para enganá-los.

Ao lado da corrupção e do estelionato, a violência urbana é uma das maiores causadoras da revolta que motivará os eleitores em 2018. Muitos vão acreditar nos candidatos que se disserem contra políticos e bandidos, mesmo que tenham todas as más qualidades de muitos desses e nenhuma das boas qualidades que alguns têm. Quando o povo perceber que a proposta contra a violência não dará os resultados esperados, a inviabilidade das promessas de soluções imediatas resultará num coquetel incendiário formado por frustração e ira, que levará não apenas a impeachments, mas à desagregação da democracia e instabilidade monetária.

O povo percebeu com os últimos governos que algumas políticas sociais podem beneficiar alguns grupos e pessoas, mas não transformam o país. Mesmo assim, o eleitor irado cairá nas promessas demagógicas imediatistas. Acreditará que é possível resolver o problema do desemprego mesmo sem responsabilidade fiscal, que uma economia ineficiente pode servir ao povo pela vontade de governos populistas, que na democracia o governo tem poder absoluto. Quando perceber que isso não acontece, o novo governo será rechaçado proporcionalmente ao número de votos que os irados frustrados lhes deram.

A solução para esse risco é termos candidatos responsáveis e comprometidos com a verdade, que digam ao povo que os próximos anos exigirão sacrifícios em nome do país. Que não há futuro para ninguém se o Brasil for mal e que para ele ir bem será preciso trabalho, compreensão e sacrifício de todos, desde que se iniciando pelos de cima, a começar pelos próprios políticos. Com leis, decretos, ações explicitadas na campanha, o candidato do programa sério, responsável e patriótico pode perder a eleição, mas se ganhar plebiscitariamente, o novo presidente terá força para executar o programa referendado pelo povo.

Pena que as pesquisas eleitorais mostrem que os candidatos não estão pensando nem mesmo para os dias depois do 1º de janeiro de 2019. Parece que o futuro só vai até 30 de outubro de 2018. Parecem divididos entre os que querem usar a ira sem medo da frustração, os que não se sentem culpados da ira e pensam que o povo esqueceu suas irresponsabilidades, e aqueles que nem percebem a raiva, esquecendo que a ira, além de fazer votar errado, também acende fogo.

Artigo publicado pelo Jornal Correio Braziliense – 05/12/2017

Ilustração: Gomez

Circo Brasil: Partidos se unem contra afastamento de Aécio


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A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e obrigar seu recolhimento noturno, sob acusação de que teria atuado para obstruir a operação Lava Jato, abriu uma nova frente de batalha entre Judiciário e Legislativo. O Senado ameaça derrubar a decisão – o presidente da Casa, Eunício Oliveira, deixou essa análise para a próxima terça-feira.

Partidos políticos se unem contra afastamento de Aécio: por que reação foi oposta no caso de Cunha?

O afastamento do tucano gerou uma ampla aliança contra a decisão da corte que uniu, inclusive, os históricos adversários PT e PSDB. Para alguns, se trata de um movimento de autoproteção da classe política. Já os parlamentares desses partidos dizem que agem para proteger a Constituição de um suposto abuso do STF, já que não há previsão legal na Carta Magna para afastar parlamentar de mandato.

Em nota, a defesa de Aécio diz que a decisão do Supremo, “além de ser manifestamente contrária à Constituição Federal, desconsidera o contexto absolutamente obscuro e ilegal no qual as delações envolvendo os executivos da J&F (controladora da JBS) se deram”.

“Não há como reputar que os fatos estão provados quando sequer há denúncia recebida contra o senador Aécio que, até agora, não teve o direito e a oportunidade de se defender e de demonstrar que os recursos recebidos (de Joesley Batista) eram um empréstimo pessoal, sem envolver dinheiro público ou qualquer contrapartida, como restará provado”, diz ainda o comunicado.

A decisão do Supremo não é inédita. Em maio de 2016, o plenário afastou, por unanimidade, o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do seu mandato, sob a acusação de estar utilizando suas prerrogativas parlamentares para atrapalhar a Lava Jato e o andamento de um processo pedindo sua cassação no Conselho de Ética da Câmara. Na ocasião, a reação política foi majoritariamente a favor do STF.

Em carta conjunta, PSDB, DEM, PPS e PSB disseram que a decisão era “coerente com a ordem jurídica” e sinalizava que o país “caminha para o reencontro com princípios e valores como a transparência, a Justiça e o combate à impunidade”. Já deputados do PT apresentaram, ao lado de PSOL, Rede, PC do B, PDT e PPS, um ofício ao então presidente da corte, Ricardo Lewandowski, defendendo o afastamento de Cunha, dias antes da decisão dos ministros.

O que explica a diferença de tratamento e a aparente incoerência dos partidos? Para analistas ouvidos pela BBC Brasil, mudanças no cenário político e alguns detalhes jurídicos que diferenciam os dois casos podem explicar a virada de comportamento.

O INSTINTO DE ‘AUTOPROTEÇÃO’

Para a cientista política Lara Mesquita, pesquisadora da FGV, os últimos desdobramentos da Java Jato, com aumento do questionamentos sobre a operação, principalmente no caso da delação da JBS, tornou o ambiente hoje mais favorável para que a classe política aja solidariamente, se autoprotegendo. Ela ressalta que há muitos parlamentares sendo investigados, que temem ser o “próximo” na mira do Supremo.

Além disso, ela considera que Cunha estava mais fragilizado que Aécio, mesmo havendo graves acusações contra o tucano, gravado em uma conversa com o dono da JBS, Joesley Batista, pedindo R$ 2 milhões ao executivo e também descrevendo sua atuação para tentar frear a Lava Jato com novas leis no Congresso e intervenções na Polícia Federal.“Politicamente, o Cunha já tinha cumprido seu papel (de abrir    o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff), e ele estava muito desgastado. Tanto que ele não foi só afastado pelo Supremo, como depois foi cassado (pela Câmara).”

Sessão de cassação do mandato de Eduardo Cunha, em 2016

Sessão de cassação do mandato de Eduardo Cunha, em 2016: para analista, deputado já havia cumprido papel esperado dele ao abrir processo de impeachment contra Dilma | Foto: Ag. Brasil

Já o “destino” de Aécio, nota Mesquita, “tem andado de mãos dadas” com o do presidente Michel Temer, o que abre espaço para negociações políticas de apoio mútuo. Eles foram alvos simultaneamente da delação da JBS em maio e, agora, novamente estão juntos no olho do furacão- o tucano enfrentando novo afastamento e o peemedebista, uma segunda denúncia na Câmara, dessa vez por obstrução de Justiça e formação de quadrilha.

A BBC Brasil tentou insistentemente falar com o deputado Carlos Sampaio (SP), vice-presidente Jurídico do PSDB, para entender a diferença de tratamento no afastamento de Cunha e Aécio, mas não conseguiu contato com ele.

Os líderes do partido na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), e no senado, Paulo Bauer (SC) disseram que os casos eram “diferentes”, pois haveria mais provas contra Cunha, que naquela ocasião já era réu, enquanto Aécio foi apenas denunciado.

Questionados pela reportagem, não souberam explicar por que isso faria diferença na legitimidade do afastamento pelo STF. Tripoli disse que o caso do Aécio deveria ser tratado com o PSDB do Senado, enquanto Bauer disse que, por não ser deputado, não conhecia bem a situação de Cunha.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por sua vez, disse hoje nos EUA que o Supremo é o guardião da Constituição e tem a palavra final no país. “Ele decide e é isso”, afirmou.

Já o deputado Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da OAB do Rio de Janeiro, reconheceu que a Câmara errou ao não ter se oposto à decisão do STF de afastar Cunha do seu mandato. Segundo ele, apenas o afastamento da Presidência da Câmara seria correto.

“O que acaba acontecendo é o medo da chamada opinião pública. É difícil defender alguém como Eduardo Cunha. A política está criminalizada, desacreditada, então decisões arbitrárias acabam aparecendo com a melhor aparência para a população”, criticou.

Eduardo Cunha, quando renunciou à presidência da Câmara, em 2016

O que acaba acontecendo é o medo da chamada opinião pública. É difícil defender alguém como Eduardo Cunha, diz deputado Wadih Damous (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O petista nega que seu partido esteja atacando o afastamento de Aécio agora num movimento de “autodefesa” da classe política. Segundo ele, a Constituição estabelece que apenas o Senado pode cassar Aécio.

“Estou ouvindo muito militante do PT dizendo isso: porque a arbitrariedade está sendo usada contra a gente, tem que usar contra os outros também. É um princípio de isonomia enviesado. Está se criando um precedente no Brasil do Poder Judiciário estar cassando mandato”, acrescentou.

Nesta quinta, o PT entrou com representação contra o tucano no Conselho de Ética da Casa. Uma primeira denúncia, movida pela Rede em maio logo após a divulgação da delação da JBS, foi arquivada “por falta de provas”, sem nem mesmo ter gerado abertura de um processo de cassação.

Decisões excepcionais

Juristas consultados pela BBC Brasil afirmaram que, de fato, não há previsão na Constituição para que o Supremo afaste parlamentar de mandato. Eles divergiram sobre se, ainda sim, haver brecha para que a Corte tome essa decisão em situações extremas. Mas concordaram que, se isso ocorrer, o Senado tem autoridade para derrubar o afastamento.

Para Estefânia Barboza, professora de Direito Constitucional da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o Supremo extrapolou suas prerrogativas tanto no caso de Cunha como no de Aécio. Na sua avaliação, decisões “excepcionais” geram “tensão e imprevisibilidade”.

Ela ressalta que a Constituição só permite prisão de parlamentar nas situações de flagrante ou crime inafiançável. Para críticos da decisão do Supremo, a determinação de recolhimento noturno, uma restrição a liberdade de ir e vir do senador, foi uma forma da corte driblar as restrições à prisão.

Supremo Tribunal Federal

Decisão do STF de afastar Aécio Neves abriu nova frente de batalha entre Judiciário e Legislativo | Foto: Ag Brasil

“As imunidades (parlamentares previstas na Constituição, que restringem a possibilidade de prisão) foram pensadas num momento de transição da ditadura para democracia. Era uma questão de proteção maior aos parlamentares para que não fossem perseguidos politicamente. Então, são os limites da separação dos Poderes”, nota Barboza.

“Nesse tiroteio entre Legislativo e Judiciário, no meio da Lava Jato, me parece que o Supremo tem horas que se perde um pouco nos seus limites. Então é o jogo democrático o Senado reagir”, acrescentou. O STF está dividido sobre a questão. Enquanto os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux defenderam que o recolhimento não é prisão e por isso cabe ao Senado apenas cumprir a decisão da Corte, Marco Aurélio e Gilmar Mendes entenderam que a decisão pode sim ser derrubada pelos pares de Aécio.

Professor de direito constitucional na FGV (Fundação Getúlio Vargas) em São Paulo, Roberto Dias considera o argumento dos dois últimos mais consistente. Na sua opinião, “quem pode o mais, pode o menos”, ou seja, se o Senado pode reverter uma prisão decretada pelo STF, também pode derrubar decisão de afastamento e recolhimento.

Ele usa o mesmo argumento para sustentar, porém, que o Supremo pode, em situações excepcionais, afastar o parlamentar, mesmo sem a previsão expressa da Constituição:“Se pode prender, pode afastar, mas aí, como eu disse, caberá ao Senado avaliar se mantém ou não a decisão”.

Para Dias, o caso de Cunha seria diferente do de Aécio e pode ser considerado excepcional, pois o deputado era acusado de usar seu mandato para impedir que a própria Câmara analisasse sua cassação – o processo contra Cunha no Conselho de Ética durou meses, já que sucessivas manobras políticas faziam o caso retroagir.

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) argumenta que Aécio também atuou para impedir sua cassação no Senado, já que lá a denúncia do seu partido foi arquivada sem nem mesmo ser aberto um processo. Por isso, defende a decisão do STF. “Será que é possível alguém imaginar que um senador, respondendo as acusações que responde, vai estar no Senado e não procurará mobilizar apoios para tentar se proteger, impedir que o processo contra si avance? Isso não faz sentido”, afirmou.

“Os casos que nós estamos tratando são casos muito graves e muito claros da participação em ações criminosas e do poder manejado por esses parlamentares para tentar garantir a impunidade. Portanto, acho que é pedir demais que o Supremo assista a tudo isso inerte.”


“Conhece-te a ti mesmo e conheceras todo o universo e os deuses, porque se o que tu procuras não encontrares primeiro dentro de ti mesmo, tu não encontrarás em lugar nenhum”.  –  Frase escrita no pórtico do Templo do Oráculo de Delphos, na antiga Grécia.

“De tanto ver triunfar nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”  –  Ruy Barbosa

 

Liquidação Brasil: (des)governo quer vender Casa da Moeda e reserva de minérios


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(des)governo quer vender Casa da Moeda e reserva de minérios

O (des)governo federal anunciou nesta quarta-feira (23/08) a inclusão de 57 projetos na lista de concessões e privatizações do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Além da já esperada Eletrobras, a medida envolve aeroportos, portos, rodovias e empresas estatais, incluindo a Casa da Moeda. Em decreto, Temer extingue a chamada Reserva Nacional de Cobre e Associados, localizada entre o Amapá e o Pará. Após mais de 30 anos fechada à mineração, área rica em ouro poderá ser explorada por mineradoras. a região tem alto potencial para exploração de ouro, mas também de tântalo, minério de ferroníquelmanganês, além de outros minerais nobres.

O (des)Governo anuncia privatizações e inclui Casa da Moeda. Lista adiciona 57 projetos ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Além do órgão que confecciona dinheiro e passaportes, medida envolve Eletrobras e aeroporto de Congonhas. Previsão é arrecadar R$ 44 bilhões.

(EK/abr/ots) – Fonte: http://p.dw.com/p/2ij4K  e http://p.dw.com/p/2iirO

O anúncio, mais uma rodada de concessões do PPI, foi realizado por ministros do governo após reunião com o presidente Michel Temer nesta quarta-feira. O objetivo, segundo eles, é melhorar o caixa da União e estimular a economia. Com a medida, o governo informou que espera arrecadar, a partir deste ano, cerca de 44 bilhões de reais ao longo dos anos de vigência dos contratos.

Presidente Temer

A Casa da Moeda, com sede no Rio de Janeiro, deve ser vendida até o fim do ano que vem. Ainda não foi definida, no entanto, a forma como será desestatizado o órgão, responsável por confeccionar as notas de real e passaportes do Brasil. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, pode ser que seja vendida somente 51% e a União permaneça no negócio.

Sobre a Eletrobras, o governo declarou que concederá apenas uma parte. “Haverá emissão de papéis da empresa sem subscrição da União, que será diluída e perderá o controle acionário”, explicou.

A proposta de privatização da companhia, que atua na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, havia sido antecipada na segunda-feira. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a redução da participação da União no capital da Eletrobras dará mais competitividade e agilidade à empresa.

O governo também confirmou a privatização da Lotex, braço da Caixa Econômica Federal para loterias instantâneas. A estimativa é obter 2 bilhões de reais com a venda, segundo um novo modelo de negócio anunciado. A previsão anterior era de 1 bilhão de reais.

Entre outras estatais incluídas na lista estão a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), a Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Casemg) e CeasaMinas.

Aeroportos e mais

Além das empresas, o pacote engloba ainda 14 aeroportos, 11 lotes de linhas de transmissão, 15 terminais portuários e trechos de duas rodovias. Os aeroportos a serem licitados foram divididos em quatro blocos. Um deles inclui Congonhas, em São Paulo – ele é o mais lucrativo da Infraero e o segundo maior do país, com movimento de 21 milhões de passageiros por ano. O valor estimado de venda é de 4 bilhões de reais somente em outorgas.

Aeroporto de Congonhas

Um segundo bloco abrange aeroportos do Nordeste(Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Recife). Outro é formado por terminais localizados no estado do Mato Grosso (Cuiabá, Sinop, Alta Floresta, Barra do Garça e Rondonópolis). Um quarto bloco engloba os aeroportos de Vitória e de Macaé.

Ainda no setor aeroportuário, o governo anunciou a venda da participação acionária da Infraero nos aeroportos de Guarulhos, Confins, Brasília e Galeão, que foram leiloados durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Os lotes de linhas de transmissão, que serão licitados em dezembro, estão distribuídos em dez estados: Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Tocantins. Já os terminais portuários são em Belém, Vila do Conde, Paranaguá e Vitória.

Em relação a rodovias, o governo anunciou que pretende leiloar um trecho da BR-364, entre Rondônia e Mato Grosso, e relicitar o trecho da BR-153 entre Goiás e Tocantins. A previsão é realizar a venda dos dois trechos no último trimestre de 2018.

primeiro pacote de concessões e privatizações do PPI foi apresentado por Temer em setembro do ano passado, incluindo 25 projetos de infraestrutura, como aeroportos. Em março passado, o governo federal anunciou o leilão ou renovação da concessão de mais 55 projetos, entre rodovias, ferrovias, portos e linhas de transmissão de energia.

O (des)Governo federal libera reserva na Amazônia para exploração. Em decreto, Temer extingue a chamada Reserva Nacional de Cobre e Associados, localizada entre o Amapá e o Pará. Após mais de 30 anos fechada à mineração, área rica em ouro poderá ser explorada por mineradoras.

O governo federal publicou nesta quarta-feira (23/08) um decreto que extingue a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), na Amazônia. Após mais de 30 anos fechada à atividade de mineração, a área poderá voltar a ser explorada pela iniciativa privada.

A reserva, criada em 1984, ainda durante a ditadura militar, possui cerca de 47 mil quilômetros quadrados e está localizada na divisa entre o sul e sudoeste do Amapá com o noroeste do Pará. Apesar de trazer cobre no nome, a região tem alto potencial para exploração de ouro, mas também de tântalo, minério de ferro, níquel, manganês, além de outros minerais nobres.

A dimensão dos depósitos não foi informada, mas o governo avalia que a área pode atrair empresas mineradoras de todo o mundo. O próximo passo, após a extinção, é dar início aos leilões dos territórios para companhias interessadas em explorar a região. Ainda não há datas para isso.

A extinção da Renca vem sendo debatida desde o início do ano e faz parte do novo pacote de medidas do governo federal para ampliar o setor minerador do país. A proposta foi feita pelo Ministério de Minas e Energia e aguardava apenas assinatura do presidente Michel Temer.

A abertura da reserva preocupa ambientalistas, uma vez que a área engloba florestas protegidas e terras indígenas. Em relatório divulgado no fim de julho, a ONG WWF Brasil alertava que a Renca contém territórios de nove áreas protegidas. Por esse motivo, estudos visando a exploração mineral estavam bloqueados em 69% de toda a área da reserva, acrescentou a organização.

O decreto assinado por Temer destaca que a medida levará em conta as normas de preservação ambiental, apesar de não ter detalhado como será a entrada de mineradores na região. “A extinção não afasta a aplicação de legislação específica sobre proteção da vegetação nativa, unidades de conservação da natureza, terras indígenas e áreas em faixa de fronteira”, afirma o texto publicado no Diário Oficial da União.

A Renca foi criada por meio de um decreto assinado pelo então presidente João Figueiredo, impedindo a exploração mineral na região. Inicialmente, o plano militar era explorar grandes jazidas de cobre na área por meio de uma estatal, mas o objetivo nunca saiu do papel. (EK/efe/ots)


“Conhece-te a ti mesmo e conheceras todo o universo e os deuses, porque se o que tu procuras não encontrares primeiro dentro de ti mesmo, tu não encontrarás em lugar nenhum”.  –  Frase escrita no pórtico do Templo do Oráculo de Delphos, na antiga Grécia.

“De tanto ver triunfar nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”  –  Ruy Barbosa

Seis segredos que “a elite global” não quer que você saiba


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 A Elite Global

Mesmo a pessoa mais idiota (um néscio de carteirinha) sabe que o mundo é controlado por certos indivíduos. Alguns dizem que são as famílias mais ricas do planeta, que são as organizações secretas com os seus membros sendo colocados como mão direita de um presidente de países importantes, alguns dizem mesmo que existam aliens disfarçados entre nós. A verdade é que, não importa quem, cerca de 99% da população é controlada pelo restante 1% e há coisas que os 1% ficariam feliz se os 99% nunca conseguissem fazer…

O QUE a Elite Global não quer que nós saibamos, seis assuntos importantes ?

Conspiração, Dejan Davchevski – Fonte: http://humansarefree.com/

… Mas, seja como for, a Lei de Murphy ainda está de pé, mesmo para aqueles indivíduos que orientam a roda e como a lei diz “Qualquer coisa que pode dar errado, vai dar errado.” Pessoas ainda com um pouco de consciência e humanidade em seus corações vazaram algumas informações, pessoas que vêem as coisas como elas realmente são revelaram as conspirações, e alguns com um pouco de lógica e racionalização em suas mentes descobriram a verdade escondida dos 99%.

Alguns dizem que são as famílias mais ricas do planeta, que são as organizações secretas com os seus membros sendo colocados como auxiliares diretos dos presidentes de países importantes, alguns dizem que existem até mesmo aliens disfarçados entre nós.

Aqui estão alguns dos maiores segredos que “ELES” a ELITE MUNDIAL não querem que você saiba:

6. Eles controlam o ambiente da Terra:

Você provavelmente já ouviu falar sobre o High Frequency Programa de Pesquisa de Aurora Ativa (HAARP). É um projeto financiado pela Marinha e a Força Aérea dos EUA e sua cobertura é uma tecnologia que pode permitir que os militares dos EUA possam se comunicar com a sua frota de submarinos distribuída pelo planeta através de distâncias muito longas. Como isso funciona? É a tecnologia do HAARP chamado “Instrumento de Pesquisa Ionospherica”, que é uma instalação de antenas que transmite freqüência de rádio de alta potência diretamente em uma determinada área limitada da ionosfera. Sobre o HAARP, mais informações nos links a seguir:

Este instrumento manipula a Ionosfera, o lugar em nossa atmosfera terrestre onde existem elétrons livres, e tem um potencial de criar ondas de rádio que irá manipular o campo eletromagnético da Terra. Quem obtiver o controle sobre o campo magnético da Terra controlará toda a Terra. Ainda mais assustador é o fato de que o projeto HAARP tem um potencial de controlar as emoções através da emissão de freqüências de ondas magnéticas e manipular a mente humana. Quem sabe, talvez eles já sejam responsáveis pelas nossas mudanças de humor repentinas. O Projeto HAARP teria sido fechado em maio de 2013, mas será que foi?

Instalações do HAARP em Gakona, no isolado, gelado e distante Alasca.

5.Água da torneira com FLÚOR nos deixa mais fracos e impede a abertura da glândula PINEAL:

Não existe absolutamente nenhuma necessidade de se adicionar flúor na água da torneira distribuída em todas as grandes cidades, não faz nenhum bem para nossa saúde, mas para os que querem controlar o mundo e garantir que ninguém se eleve acima deles, o flúor na água distribuída nas torneiras é um elemento essencial. Por quê? Deixe-me explicar um pouco. A fluoretação foi recomendada por Edward Bernays, sobrinho de Sigmund Freud. A manipulação da mente esta escrito sobre suas testas.

O flúor é uma substância química que tem um efeito sobre a glândula pineal do cérebro, que alguns a chamam de “o Terceiro Olho”, a origem da visão espiritual, o sexto chakra, o Ajna”. Esta glândula é responsável pela maioria das nossas emoções, assim como o nosso nível de serotonina e melatonina. Os danos causados pelo flúor nesta glândula promove a apatia, a depressão e baixa vibração. Isso resulta em falta de motivação, falta de saúde e leva ao tédio e apatia estupidificante.

Para sobreviver no mundo controlado e competitivo de hoje temos que ganhar dinheiro para comprar as coisas necessárias à nossa sobrevivência, como alimentos, água, abrigo, medicamentos, prestação da casa, do carro, cartão de crédito, etc. Em vez de seguir o nosso sonho e escapar do sistema, estamos deprimidos e desmotivados, o que nos obriga a trabalhar para alguém apenas para que possamos sobreviver. Estas duas forças, o instinto de sobrevivência e a apatia generalizada, nos limitam a seguir o sistema e nunca subir acima dele.

Estamos sempre com medo sobre a manutenção da nossa sobrevivência física, mas desmotivados para descobrir e fazer o nosso próprio caminho espiritual que leve à evolução de nossa alma, de modo que deixamos que o sistema e aqueles que os controla arrastem a nossa bunda chorosa para uma situação de (zumbi) segurança. A “segurança deles” que nos MATA. Assim como ovelhas em um rebanho indo calma e estupidamente para o matadouro.

4.Chemtrails

Quando você olha para o céu e enxerga um rastro contrail feito por um avião você pode estar errado, pois na verdade o rastro de fumaça pode ser um chemtrail. Não se preocupe, não é nada, é apenas alguns caras pulverizando a alta atmosfera com alumínio, arsênico, bário, boro, e sim flúor também. Por quê? Porque você pede demais. Agora não fale nada e continue fazendo o que “eles” lhe dizem que é para ser feito, e sem perguntas. Saiba mais em:

CHEMTRAIL: pulverizando a alta atmosfera com alumínio, arsênico, bário, boro, e sim flúor também, assim como agentes biológicos estariam sendo dispersadas no ar.

O flúor também já está sendo adicionado a quase todos os produtos de alimentos feitos com água. O flúor também está em inseticidas e outros produtos venenosos, creme dental, enxaguador bucal, e muitos medicamentos psicotrópicos, e se nós formos bonzinhos e apáticos, poderemos até mesmo ter casas feitas de flúor, yay!

3. OGM está prejudicando toda a humanidade 

Os Organismos Geneticamente Modificados ou OGM são plantas ou animais criados através das técnicas de engenharia genética da biotecnologia. Esta tecnologia experimental funde o DNA de espécies diferentes, criando combinações instáveis de planta, animal, genes bacterianos e virais que não podem ocorrer na natureza ou em cruzamentos tradicionais.Em outras palavras, os criadores de organismos OGM estão tomando os dados de Deus em suas próprias mãos. É o maior desequilibrio que a mãe natureza já viu.

O Universo tem uma regra divina para a criação e é assim que tudo acontece, deve sempre se manter o equilíbrio, toda ação tem sua própria reação oposta. Vivemos em desequilíbrio com a natureza, mas como sabemos o Universo sempre irá procurar e encontrar o equilíbrio, por isso que a nossa atual ação irá resultar em um GRANDE conflito entre nós e a natureza (n.t. E pense em quem vai perder esta batalha). Saiba mais em

Mesmo o ser humano mais idiota, um néscio puro, sabe que viemos da Natureza e o conflito será entre nós mesmos, resultando em que nós nos tornaremos em algo que não é natural ou enfrentaremos a nossa extinção como espécie, porque vamos ter que enfrentar o resultado de nossas ações, nós não podemos ir contra as leis da criação, com tal força e não esperar que o equilíbrio retorne pela própria natureza.

2. A Geometria Sagrada é a linguagem da Beleza e do Universo:

O que é a beleza? As modelos Angels da Victoria Secrets, eu sei, mas o que é a definição de beleza? A combinação de elementos como forma, cor, tamanho, ordem e simetria que agrada o sentido da visão. Mas, nós sabemos que a música tem muita beleza, os odores perfumados também, então se você me perguntar, eu diria que a beleza é uma harmonia entre os elementos e as suas forças.

Metatron e seu CUBO, o mundo tridimensional feito com base na Geometria sagrada.

geometria sagrada é encontrada na natureza, em toda parte, onde os elementos atendem e obedecem a proporção áurea (1,618033989 …) e ela existe por todo o Universo, mesmo entre a gravidade dos planetas, das estrelas, galáxias, na natureza, no design de flores, no projeto do corpo humano e suas proporções, árvores, em flocos de neve, nas formas dos animais, nas proporções da terra, nos círculos em plantações (Crop Circles), também existe em muitos objetos sintéticos ou  famosos como as obras de arte famosas de Leonardo da Vinci (Mona Lisa), na Quinta Sinfonia de Beethoven, na arquitetura grega e romana, nas pirâmides espalhadas pelo planeta … Saiba mais em:

Quase tudo o que encontramos como harmonioso, bonito, verdadeiro e natural, é construído com esse fator da constante áurea de Fibonacci (1,618033989…) a origem da beleza e harmonia que não podemos explicar está na constante áurea brilhando através do universo. Porque é que este fato é mantido em segredo e não é ensinado? Bem, é como um show de mágica. Encontramos magia em coisas com a constante áurea, mas não sabemos por que ou como.  O mago (tanto da magia branca assim como da negra) sabe o truque e, a fim de manipular o público mais ninguém pode saber como ele é feito.

A Flor da Vida e seus dezenove círculos entrelaçados.

1. A música atual o transforma em alguém mais competitivo:

Você sabia que em 1955 a Organização Internacional de Normatização (International Standardization Organization) fez da frequência de 440 Hertz (Hz) um padrão de afinação geral para campo musical? Antes ele era de 432 Hz. Como você deve saber os sons têm o maior impacto sobre o nosso pensamento. A faixa de frequência de 432 Hz faz com que o som da música fosse mais harmonioso, calmo promovendo a felicidade, bem estar e compreensão profunda.

A nova frequência adotada de 440 Hz é mais enérgica, mais rápida, é quase como uma corrida. É mais competitiva e com foco em detalhes, sobre a compreensão das coisas que podemos ver. Então, por que alguém e, sobretudo, como, se decidiu que a faixa de frequência de 440 Hz mais frenética é melhor do que a frequência de 432 Hz? Porque a música nos toca, onde nada mais pode fazer isso, onde está a Essência do nosso Ser emocional, e se voce controlar as emoções e pensamentos através da música promovida na frequência de 440 Hz, o seu trabalho de controlar o mundo esta 99% feito.

O Vishuddha Chakra, o quinto Chakra, localizado na garganta, o Lótus com 17 pétalas, o da fala, da expressão da vontade e do poder criador através do SOM, expressão do Verbo divino criativo na espécie humana.

“Eles” não querem que as pessoas se entendam e se conectem com a sua (nossa) verdadeira natureza e o nosso Eu Superior. Eles querem que a gente tenha pressa, acreditemos apenas no que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos, bebemos e comemos e sejamos competitivos com os outros pelas coisas e pelos prazeres materiais. Desta forma, os demais 99% da população vão viver na realidade (armadilha de consciência) que os 1% criaram para eles. Saiba mais em:

O ser humano, o Homem/mulher é uma obra perfeita em todos os seus atributos.

Este artigo é todo ele sobre isso, o propósito dos 1% que estão no controle para moldar a “realidade e as necessidades” dos 99% através de vários tipos de coisas. “Eles” têm feito isso, a bastante tempo, e “ELES” são muito bons em manter o controle sobre todos e tudo. É hora de despertamos, antes que seja tarde demais

Por Dejan Davchevski, HumansAreFree.com | Image: unomoralez ; Dejan Davchevski é um Gerente de Marketing Internacional, embora sua paixão seja compartilhar de um modo de vida que ele chama de “o código da vida.” Ele descobriu “o Código” enquanto ele estava em um período negro de sua vida e que o ajudou a se recuperar. Você pode entrar em contato Dejan em sua página doFacebook ou website .

{n.t. – Excerto do post The Watcher, os Anjos Caídos:

Usaremos metais suaves, aceleradores de idade e sedativos nos alimentos e água(FLÚOR), também no ar (CHEMTRAILS). Eles estarão cobertos de venenos em todo lugar que residirem por sua vez. Os metais suaves irão causar-lhes a perda de suas mentes. Iremos prometer encontrar a cura em nossas muitas frentes de pesquisa, no entanto nós iremos alimentá-los com mais venenos.

Os venenos serão absorvidos pela sua pele, boca e respiração, eles vão destruir as suas mentes e sistemas reprodutivos. De tudo isso, seus filhos nascerão mortos, ou defeituosos e nós iremos esconder esta informação. Os venenos estarão escondidos em tudo que os rodeiam, no que eles bebem, comem, respiram e que os desgastam.

Temos que ser espertos na disseminação dos venenos, pois eles veem longe. Nós vamos ensinar-lhes que os venenos são bons, com imagens divertidas e tons musicais na propaganda. Aqueles que assistem até vão nos ajudar. Nós iremos recorrer a eles para empurrar os nossos venenos. Eles irão ver os nossos produtos sendo usados em filmes (n.T. e em tempos mais modernos através da televisão) e irão crescer acostumados com eles e nunca saberão os seus verdadeiros efeitos. Fim de citação}.

‘Isso é bobagem’, diz ex-ministro de Jango sobre acusações de ‘golpismo’ contra Lava Jato


Ingrid FagundezDa BBC Brasil em São Paulo
BBC BrasilImage copyrightIngrid Fagundez
Ex-ministro vê falta de lideranças no país
Na reta final de seu governo, quando agitações políticas formavam terreno próspero para o golpe militar, o então presidente João Goulart chamou seu ex-ministro do Trabalho Almino Affonso para uma conversa.
Segundo Almino, Jango se disse num impasse. Era preciso fazer as reformas propostas, porque os apoiadores cobravam, mas elas nunca passariam. A situação econômica piorava e o governo não tinha apoio no Congresso – a oposição batia cada vez mais forte.
Dali a poucos meses, o então deputado foi um dos responsáveis por alertar o presidente sobre os generais que saíam de Minas Gerais. Jango foi derrubado e teve início a ditadura militar no Brasil.
Hoje com 86 anos, o advogado amazonense familiarizado com as ameaças à democracia se diz angustiado com o momento político do país. Apesar de considerar “uma bobagem” a hipótese de que um golpe contra o governo esteja se desenrolando hoje, ele diz temer pelo futuro das instituições.
“Alguns entreveriam algo contra o que está (no poder), contra o Lula, o meu medo é muito mais amplo”, afirma.
“Temo que, com a crise política e econômica e a falta de lideranças que assumam como deveriam o desafio, o país mergulhe num impasse institucional.”
Para Almino, que conviveu com figuras como Tancredo Neves e foi conselheiro de Lula, não há líderes políticos. Nem nos Estados (“não encontro um”), nem no Congresso, nem no governo (“Dilma é incapaz”). Até a figura de Lula, que diz admirar, tem sua grandeza “diluída” frente às acusações de corrupção.
O ex-deputado fala de um vazio no poder. Mesmo favorável ao impeachment, “instituição prevista na Constituição”, se preocupa com a sucessão de Dilma e diz que era mais fácil diagnosticar os problemas às vésperas da ditadura militar.
“O que me angustia é que você está em um país sem horizonte.”
Leia abaixo trechos da entrevista.
Image copyrightUltima Hora
Image captionPara Affonso, isolamento é característica comum entre Dilma e Jango
BBC Brasil – Há um discurso recorrente, sobretudo entre apoiadores de Lula, que com as últimas etapas da Lava Jato está em curso um golpe na democracia. Você concorda?
Almino Affonso – Isso é bobagem. A explicação que o Moro deu (sobre a condução coercitiva de Lula) me parece de uma validez total. Ele precisava ter o depoimento. Cabe a ele analisar se as hipóteses têm fundamento ou não. Não vejo nisso (um golpe).
Para considerar um golpe eu seria obrigado a admitir que não há causas para esse quadro que está havendo. Se levanta a proposição do impeachment e não faltam temas que o justifiquem. O resto é a decisão dentro das instituições, no Senado.
(O impeachment) se formaliza por figuras que respeito muito, mas cadê a base política delas? O (Hélio) Bicudo não tem peso político. O PSDB assumiu a proposição? Não. Ficou lá rolando na mão do Cunha. Como se dá o golpe dessa forma? Tem que ter meio, começo, fim.
BBC Brasil – Você é a favor do impeachment?
Almino Affonso – Em princípio, sou favorável. É difícil a pergunta. Tenho a impressão que o problema maior do impeachment é quem fica em seguida. Mas, se disser que sou contra, parece que concordo com isto (o governo). E o impeachment é um instituição prevista na Constituição, não significa nenhuma ruptura da ordem democrática.
BBC Brasil – A crise política ameaça o sistema democrático de alguma forma?
Almino Affonso – O que me angustia é que você está em um país sem horizonte. Suponha que venha a vencer o impeachment, assumiria o PDMB. Neste quadro dramático que estamos vivendo, imaginar o PDMB governando… não consigo ver.
O PSDB hoje é uma fratura de ponta a ponta. As grandes figuras não se falam. Você tem Aécio e Serra, adversários fidagais. O presidente Fernando Henrique, que é a liderança nacional, não gosta de intervir. Como PSDB fará no poder?
BBC Brasil – Há uma ausência de líderes políticos?
Almino Affonso – É visível. Faça um exercício comigo. Precisamos lançar um candidato a presidente da República, que assuma esse país que está precisando de uma figura que respeite, em que se acredite. Corra os nomes dos governadores, me arranje um para ser nosso candidato. Não encontro! Quando volto ao passado, podia haver a divergência que houvesse, não faltavam quadros.
BBC Brasil – Quais são os riscos?
Almino Affonso – Não se sabe para onde vai. Havia um cidadão na velha Grécia, chamado Aristóteles, que dizia “não há lugar vazio, o vazio é ocupado”. Sou rigorosamente contrário a qualquer movimento golpista, parta de onde partir. Peço a Deus que não ocorra, mas temo… porque estamos entrando num período que me angustia.
BBC Brasil – Mas você vê um movimento golpista?
Almino Affonso – Não vejo, temo. É a frase do Aristóteles. Está se dando um vazio. A presidente não é presidente, a Câmara não é Câmara. Quase todos os Estados estão em pré-falência…
BBC Brasil – Você refutou a possibilidade de um golpe em curso hoje.
Almino Affonso: Alguns entreveriam algo contra o que está (no poder), contra o Lula, o meu medo é muito mais amplo. Meu medo é pelas instituições… excetuando o setor jurídico, que é uma coisa excepcional a meu modo de ver, o que há em torno do Moro.
É uma coisa nova nesse país. O Supremo tem tido uma posição democrática excepcional.
BBC Brasil – Fora as jurídicas, você teme pelas outras instituições?
Almino Affonso – Sim. Mas de onde vem, como vem, não sei.
Image copyright.
Image caption’Espero do fundo da alma que não se repita o que eu vi em 1964′
BBC Brasil – Era mais fácil em 1964 diagnosticar os problemas do que é hoje?
Almino Affonso – A partir de um certo instante, diria que sim. Pela sucessão de fatos que foram nos cercando.
Por exemplo, um dos problemas de caráter social que ganhou presença no debate político foi a reforma agrária. Para haver, era necessário ter uma reforma da Constituição.
Apresentamos no governo uma emenda para que a forma de indenizar as pessoas que tivessem terras desapropriadas fosse um título da dívida pública. Foi derrotada com o apoio das principais lideranças do país.
Os que eram favoráveis à reforma agrária passam a dizer “na lei ou na marra”. Ou seja, cria um clima de antagonismo em que o racional cede lugar ao “eu quero”. Está começando a acontecer isso entre nós. A divergência não tem muita delicadeza. Eu vi tudo isso lá trás.
Temo que, com a crise política e econômica e a falta de lideranças, o país mergulhe num impasse institucional. Espero do fundo da alma que não se repita o que eu vi em 1964.
BBC Brasil – Nossa democracia ainda é muito frágil?
Almino Affonso – Muito. Não dá para você conceber um regime democrático sem partidos políticos. A forma de você articular as opiniões do povo é pelos partidos. E através disso a sociedade vai escolhendo seus representantes.
A articulação partidária é vital para o regime democrático. Isso supõe democracia interna no partido, militância, supõe que você possa opinar e ser ouvido. Os partidos não se reúnem. Se eu quiser um partido para discutir as minhas inquietações, não tenho onde ir. Internamente não está havendo democracia.
BBC Brasil – Você vê viabilidade no impeachment de Dilma?
Almino Affonso – Acho que agora cresceu. A história do Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado, vem com acusações gravíssimas. “Ah, ele não merece confiança, isso é falso.” Mas como merecia confiança durante anos, na liderança do governo no Senado? Se ele não está (falando a verdade) que esmaguem as declarações.
E outro, que me parece mais grave como possibilidade, é o TSE, pela visão de que a eleição da Dilma e do Michel é anulável. Gilmar Mendes deu declarações dizendo que é viável que o TSE casse a chapa. Ele será presidente do TSE, pode influir na decisão.
BBC Brasil – Assim como Jango, diz-se que Dilma está isolada. Você vê relação entre eles?
Almino Affonso – Sem dúvida Jango estava isolado. Na hora que ocorre o fato decisivo do golpe, ele não tem um exército com ele. Me recuso a fazer comparações imediatas, porque são dinâmicas diferentes, com algumas coisas semelhantes.
Em primeiro lugar, acho que Dilma está isolada. Está isolada, ela que me perdoe, porque é incapaz. Ela não é uma chefe de Estado. Tenho admiração pela história dela, lutando contra a ditadura, presa, torturada, é uma pessoa que lutou mais do que eu, que estava no exílio. Mas vejo nela uma tal falta de comando que é impressionante.
BBC Brasil – Como fica a figura do Lula nesse cenário conturbado?
Almino Affonso – Lula fica na história do país como uma figura de uma grandeza maior do que muitos possam pensar. A sua ascensão, vindo do sertão do Nordeste, na mais absoluta pobreza, e ter feito a carreira política que fez… É tão excepcional na história da democracia brasileira.
Pode-se discutir que a técnica não foi adequada, mas ninguém pode negar que houve uma ascensão social. Tudo isso é mérito. Mas o que hoje pesa nele ou no governo do PT a respeito da corrupção desfaz enormemente a grandeza do Lula. Do fundo d’alma, torceria para que ele pudesse demonstrar por A mais B o quanto são falsas as acusações contra ele.
Mas ele não vai de forma frontal contra as acusações que lhe fazem. Tem um discurso emocional, em causa própria, mas não dá resposta ao país. Portanto, aquela grandeza da qual comecei falando está sendo diluída.

A crise forjada da Previdência


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Em tese de doutorado, pesquisadora denuncia a farsa da crise da Previdência Social no Brasil forjada pelo governo com apoio da imprensa

ENTREVISTA – DENISE GENTIL

 

Com argumentos insofismáveis, Denise Gentil destroça os mitos oficiais que encobrem a realidade da Previdência Social no Brasil. Em primeiro lugar, uma gigantesca farsa contábil transforma em déficit o superávit do sistema previdenciário, que atingiu a cifra de R$ 1,2 bilhões em 2006, segundo a economista.

O superávit da Seguridade Social – que abrange a Saúde, a Assistência Social e a Previdência – foi significativamente maior: R$ 72,2 bilhões. No entanto, boa parte desse excedente vem sendo desviada para cobrir outras despesas, especialmente de ordem financeira – condena a professora e pesquisadora do Instituto de Economia da UFRJ, pelo qual concluiu sua tese de doutorado “A falsa crise da Seguridade Social no Brasil: uma análise financeira do período 1990 – 2005” (leia a tese na íntegra).

Nesta entrevista ao Jornal da UFRJ, ela ainda explica por que considera insuficiente o novo cálculo para o sistema proposto pelo governo e mostra que, subjacente ao debate sobre a Previdência, se desenrola um combate entre concepções distintas de desenvolvimento econômico-social.

Jornal da UFRJ: A idéia de crise do sistema previdenciário faz parte do pensamento econômico hegemônico desde as últimas décadas do século passado. Como essa concepção se difundiu e quais as suas origens?

Denise Gentil: A idéia de falência dos sistemas previdenciários públicos e os ataques às instituições do welfare state (Estado de Bem- Estar Social) tornaram-se dominantes em meados dos anos 1970 e foram reforçadas com a crise econômica dos anos 1980. O pensamento liberal-conservador ganhou terreno no meio político e no meio acadêmico. A questão central para as sociedades ocidentais deixou de ser o desenvolvimento econômico e a distribuição da renda, proporcionados pela intervenção do Estado, para se converter no combate à inflação e na defesa da ampla soberania dos mercados e dos interesses individuais sobre os interesses coletivos. Um sistema de seguridade social que fosse universal, solidário e baseado em princípios redistributivistas conflitava com essa nova visão de mundo. O principal argumento para modificar a arquitetura dos sistemas estatais de proteção social, construídos num período de crescimento do pós-guerra, foi o dos custos crescentes dos sistemas previdenciários, os quais decorreriam, principalmente, de uma dramática trajetória demográfica de envelhecimento da população. A partir de então, um problema que é puramente de origem sócio-econômica foi reduzido a um mero problema demográfico, diante do qual não há solução possível a não ser o corte de direitos, redução do valor dos benefícios e elevação de impostos. Essas idéias foram amplamente difundidas para a periferia do capitalismo e reformas privatizantes foram implantadas em vários países da América Latina.

Jornal da UFRJ: No Brasil, a concepção de crise financeira da Previdência vem sendo propagada insistentemente há mais de 15 anos. Os dados que você levantou em suas pesquisas contradizem as estatísticas do governo. Primeiramente, explique o artifício contábil que distorce os cálculos oficiais.

Denise Gentil: Tenho defendido a idéia de que o cálculo do déficit previdenciário não está correto, porque não se baseia nos preceitos da Constituição Federal de 1988, que estabelece o arcabouço jurídico do sistema de Seguridade Social. O cálculo do resultado previdenciário leva em consideração apenas a receita de contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que incide sobre a folha de pagamento, diminuindo dessa receita o valor dos benefícios pagos aos trabalhadores. O resultado dá em déficit. Essa, no entanto, é uma equação simplificadora da questão. Há outras fontes de receita da Previdência que não são computadas nesse cálculo, como a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e a receita de concursos de prognósticos. Isso está expressamente garantido no artigo 195 da Constituição e acintosamente não é levado em consideração.

Jornal da UFRJ: A que números você chegou em sua pesquisa?

Denise Gentil: Fiz um levantamento da situação financeira do período 1990-2006. De acordo com o fluxo de caixa do INSS, há superávit operacional ao longo de vários anos. Em 2006, para citar o ano mais recente, esse superávit foi de R$ 1,2 bilhões.

O superávit da Seguridade Social, que abrange o conjunto da Saúde, da Assistência Social e da Previdência, é muito maior. Em 2006, o excedente de recursos do orçamento da Seguridade alcançou a cifra de R$ 72,2 bilhões.

Uma parte desses recursos, cerca de R$ 38 bilhões, foi desvinculada da Seguridade para além do limite de 20% permitido pela DRU (Desvinculação das Receitas da União).

Há um grande excedente de recursos no orçamento da Seguridade Social que é desviado para outros gastos. Esse tema é polêmico e tem sido muito debatido ultimamente. Há uma vertente, a mais veiculada na mídia, de interpretação desses dados que ignora a existência de um orçamento da Seguridade Social e trata o orçamento público como uma equação que envolve apenas receita, despesa e superávit primário. Não haveria, assim, a menor diferença se os recursos do superávit vêm do orçamento da Seguridade Social ou de outra fonte qualquer do orçamento.

Interessa apenas o resultado fiscal, isto é, o quanto foi economizado para pagar despesas financeiras com juros e amortização da dívida pública.

Por isso o debate torna-se acirrado. De um lado, estão os que advogam a redução dos gastos financeiros, via redução mais acelerada da taxa de juros, para liberar recursos para a realização do investimento público necessário ao crescimento. Do outro, estão os defensores do corte lento e milimétrico da taxa de juros e de reformas para reduzir gastos com benefícios previdenciários e assistenciais. Na verdade, o que está em debate são as diferentes visões de sociedade, de desenvolvimento econômico e de valores sociais.

LEIA TAMBÉM: Desafio de 2016: Preservar as conquistas previdenciárias

Jornal da UFRJ: Há uma confusão entre as noções de Previdência e de Seguridade Social que dificulta a compreensão dessa questão. Isso é proposital?

Denise Gentil: Há uma grande dose de desconhecimento no debate, mas há também os que propositadamente buscam a interpretação mais conveniente. A Previdência é parte integrante do sistema mais amplo de Seguridade Social.

É parte fundamental do sistema de proteção social erguido pela Constituição de 1988, um dos maiores avanços na conquista da cidadania, ao dar à população acesso a serviços públicos essenciais. Esse conjunto de políticas sociais se transformou no mais importante esforço de construção de uma sociedade menos desigual, associado à política de elevação do salário mínimo. A visão dominante do debate dos dias de hoje, entretanto, freqüentemente isola a Previdência do conjunto das políticas sociais, reduzindo-a a um problema fiscal localizado cujo suposto déficit desestabiliza o orçamento geral. Conforme argumentei antes, esse déficit não existe, contabilmente é uma farsa ou, no mínimo, um erro de interpretação dos dispositivos constitucionais.

Entretanto, ainda que tal déficit existisse, a sociedade, através do Estado, decidiu amparar as pessoas na velhice, no desemprego, na doença, na invalidez por acidente de trabalho, na maternidade, enfim, cabe ao Estado proteger aqueles que estão inviabilizados, definitiva ou temporariamente, para o trabalho e que perdem a possibilidade de obter renda. São direitos conferidos aos cidadãos de uma sociedade mais evoluída, que entendeu que o mercado excluirá a todos nessas circunstâncias.

Jornal da UFRJ: E são recursos que retornampara a economia?

Denise Gentil: É da mais alta relevância entender que a Previdência é muito mais que uma transferência de renda a necessitados. Ela é um gasto autônomo, quer dizer, é uma transferência que se converte integralmente em consumo de alimentos, de serviços, de produtos essenciais e que, portanto, retorna das mãos dos beneficiários para o mercado, dinamizando a produção, estimulando o emprego e multiplicando a renda. Os benefícios previdenciários têm um papel importantíssimo para alavancar a economia. O baixo crescimento econômico de menos de 3% do PIB (Produto Interno Bruto), do ano de 2006, seria ainda menor se não fossem as exportações e os gastos do governo, principalmente com Previdência, que isoladamente representa quase 8% do PIB.

Jornal da UFRJ: De acordo com a Constituição, quais são exatamente as fontes que devem financiar a Seguridade Social?

Denise Gentil: A seguridade é financiada por contribuições ao INSS de trabalhadores empregados, autônomos e dos empregadores; pela Cofins, que incide sobre o faturamento das empresas; pela CSLL, pela CPMF (que ficouconhecida como o imposto sobre o cheque) e pela receita de loterias. O sistema de seguridade possui uma diversificada fonte de financiamento. É exatamente por isso que se tornou um sistema financeiramente sustentável, inclusive nos momentos de baixo crescimento, porque além da massa salarial, o lucro e o faturamento são também fontes de arrecadação de receitas. Com isso, o sistema se tornou menos vulnerável ao ciclo econômico. Por outro lado, a diversificação de receitas, com a inclusão da taxação do lucro e do faturamento, permitiu maior progressividade na tributação, transferindo renda de pessoas com mais alto poder aquisitivo para as de menor.

Jornal da UFRJ: Além dessas contribuições, o governo pode lançar mão do orçamento da União para cobrir necessidades da Seguridade Social?

Denise Gentil: É exatamente isso que diz a Constituição. As contribuições sociais não são a única fonte de custeio da Seguridade. Se for necessário, os recursos também virão de dotações orçamentárias da União. Ironicamente tem ocorrido o inverso. O orçamento da Seguridade é que tem custeado o orçamento fiscal.

Jornal da UFRJ: O governo não executa o orçamento à parte para a Seguridade Social, como prevê a Constituição, incorporando-a ao orçamento geral da União. Essa é uma forma de desviar recursos da área social para pagar outras despesas?

Denise Gentil: A Constituição determina que sejam elaborados três orçamentos: o orçamento fiscal, o orçamento da Seguridade Social e o orçamento de investimentos das estatais. O que ocorre é que, na prática da execução orçamentária, o governo apresenta não três, mas um único orçamento chamandoo de “Orçamento Fiscal e da Seguridade Social”, no qual consolida todas as receitas e despesas, unificando o resultado. Com isso, fica difícil perceber a transferência de receitas do orçamento da Seguridade Social para financiar gastos do orçamento fiscal. Esse é o mecanismo de geração de superávit primário no orçamento geral da União. E, por fim, para tornar o quadro ainda mais confuso, isola-se o resultado previdenciário do resto do orçamento geral para, com esse artifício contábil, mostrar que é necessário transferir cada vez mais recursos para cobrir o “rombo” da Previdência. Como a sociedade pode entender o que realmente se passa?

Jornal da UFRJ: Agora, o governo pretende mudar a metodologia imprópria de cálculo que vinha usando. Essa mudança atenderá completamente ao que prevê a Constituição, incluindo um orçamento à parte para a Seguridade Social?

Denise Gentil: Não atenderá o que diz a Constituição, porque continuará a haver um isolamento da Previdência do resto da Seguridade Social. O governo não pretende fazer um orçamento da Seguridade. Está propondo um novo cálculo para o resultado fiscal da Previdência. Mas, aceitar que é preciso mudar o cálculo da Previdência já é um grande avanço. Incluir a CPMF entre as receitas da seguridade é um reconhecimento importante, embora muito modesto. Retirar o efeito dos incentivos fiscais sobre as receitas também ajuda a deixar mais transparente o que se faz com a política previdenciária. O que me parece inadequado, entretanto, é retirar a aposentadoria rural da despesa com previdência porque pode, futuramente, resultar em perdas para o trabalhador do campo, se passar a ser tratada como assistência social, talvez como uma espécie de bolsa. Esse é um campo onde os benefícios têm menor valor e os direitos sociais ainda não estão suficientemente consolidados.

Jornal da UFRJ: Como você analisa essa mudança de postura do Governo Federal em relação ao cálculo do déficit? Por que isso aconteceu?

Denise Gentil: Acho que ainda não há uma posição consolidada do governo sobre esse assunto. Há interpretações diferentes sobre o tema do déficit da Previdência e da necessidade de reformas. Em alguns segmentos do governo fala-se apenas em choque de gestão, mas em outras áreas, a reforma da previdência é tratada como inevitável. Depois que o Fórum da Previdência for instalado, vão começar os debates, as disputas, a atuação dos lobbies e é impossível prever qual o grau de controle que o governo vai conseguir sobre seus rumos. Se os movimentos sociais não estiverem bem organizados para pressionarem na defesa de seus interesses pode haver mais perdas de proteção social, como ocorreu em reformas anteriores.

Jornal da UFRJ: A previdência pública no Brasil, com seu grau de cobertura e garantia de renda mínima para a população, tem papel importante como instrumento de redução dos desequilíbrios sociais?

Denise Gentil: Prefiro não superestimar os efeitos da Previdência sobre os desequilíbrios sociais. De certa forma, tem-se que admitir que vários estudos mostram o papel dos gastos previdenciários e assistenciais como mecanismos de redução da miséria e de atenuação das desigualdades sociais nos últimos quatro anos. Os avanços em termos de grau de cobertura e de garantia de renda mínimapara a população são significativos. Pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), cerca de 36,4 milhões de pessoas ou 43% da população ocupada são contribuintes do sistema previdenciário. Esse contingente cresceu de forma considerável nos últimos anos, embora muito ainda necessita ser feito para ampliar a cobertura e evita que, no futuro, a pobreza na velhice se torne um problema dos mais graves. O fato, porém, de a população ter assegurado o piso básico de um salário mínimo para os benefícios previdenciários é de fundamental importância porque, muito embora o valor do salário mínimo esteja ainda distante de proporcionar condições dignas de sobrevivência, a política social de correção do salário mínimo acima da inflação tem permitido redução da pobreza e atenuado a desigualdade da renda.

Cerca de dois milhões de idosos e deficientes físicos recebem benefícios assistenciais e 524 mil são beneficiários do programa de renda mensal vitalícia. Essas pessoas têm direito a receber um salário mínimo por mês de forma permanente.

Evidentemente que tudo isso ainda é muito pouco para superar nossa incapacidade histórica de combater as desigualdades sociais. Políticas muito mais profundas e abrangentes teriam que ser colocadas em prática, já que a pobreza deriva de uma estrutura produtiva heterogênea e socialmente fragmentada que precisa ser transformada para que a distância entre ricos e pobres efetivamente diminua. Além disso, o crescimento econômico é condição fundamental para a redução da pobreza e, nesse quesito, temos andado muito mal. Mas a realidade é que a redução das desigualdades sociais recebeu um pouco mais de prioridade nos últimos anos do que em governos anteriores e alguma evolução pode ser captada através de certos indicadores.

Jornal da UFRJ: Apesar do superávit que o governo esconde, o sistema previdenciário vem perdendo capacidade de arrecadação. Isso se deve a fatores demográficos, como dizem alguns, ou tem relação mais direta com a política econômica dos últimos anos?

Denise Gentil: A questão fundamental para dar sustentabilidade para um sistema previdenciário é o crescimento econômico, porque as variáveis mais importantes de sua equação financeira são emprego formal e salários. Para que não haja risco do sistema previdenciário ter um colapso de financiamento é preciso que o país cresça, aumente o nível de ocupação formal e eleve a renda média no mercado de trabalho para que haja mobilidade social. Portanto, a política econômica é o principal elemento que tem que entrar no debate sobre “crise” da Previdência. Não temos um problema demográfico a enfrentar, mas de política econômica inadequada para promover o crescimento ou a aceleração do crescimento.

Fonte: Jornal da UFRJ 

E mataram um menino kaigang


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E mataram um menino kaigang

Por Elaine Tavares.

O primeiro originário dessas terras a perceber que os homens brancos e barbudos que chegavam pelo mar, naquele distante 1492, não eram “flor que se cheirasse” foi  Hatuey, um jovem cacique da etnia Taíno, que vivia onde hoje está a República Dominicana, lugar onde desembarcou o grupo de Cristóvão Colombo. Bastaram alguns encontros para que ele percebesse que a cobiça e a violência eram tudo o que eles traziam. Foi então que decidiu dar combate aos espanhóis, mesmo em desvantagem no quesito armas. Percebeu aí que sozinho não poderia vencer e decidiu ir remando até a ilha próxima, onde hoje fica Cuba, para avisar aos demais povos da região sobre as atrocidades  que o grupo estava cometendo e preparar a resistência. Junto a um baú com ouro e joias, ele falou aos parentes:

“Este é o Deus que os espanhóis adoram. Por isso eles lutam e matam, por isso eles nos perseguem e por isso é que temos de atirá-los ao mar. Nos dizem, esses tiranos, que adoram um deus de paz e igualdade, mas usurpam nossas terras e nos fazem de escravos. Eles falam de uma alma imortal e de recompensas e castigos eternos, mas roubam nossos pertences, seduzem nossas mulheres, violam nossas filhas. Incapazes de nos igualar em valor, esses covardes se cobrem com ferro que nossas armas não podem romper”.

Hatuey liderou muitas batalhas, mas acabou sendo capturado. Sofreu horríveis torturas foi condenado a morrer na fogueira. Contam que um padre, de nome Olmedo, ainda tentou convertê-lo na hora final. E Hatuey encontrou forças para perguntar:

– Os espanhóis também vão para o céu dos cristãos?

– Sim, claro – disse Olmedo.

– Então eu não quero o céu. Quero o inferno. Porque lá não estarão e lá não verei tão cruel gente.

Nesse final do ano de 2015, um pequeno garoto da etnia Kaigang encontrou com Hatuey em alguma terra sem males, bem longe da presença de gente tão cruel. O menino indígena, de nome Vitor Pinto, e com apenas dois anos de idade, foi degolado no colo da mãe, enquanto mamava. Um homem acercou-se, fez um carinho no rosto de Vitor e quando ele ergue os olhinhos para ver quem lhe afagava, recebeu o golpe fatal. Um faca, ou um estilete, ainda não se sabe, lhe rasgou a garganta. A mãe, em choque, correu em busca de ajuda enquanto o homem saiu tranquilo para longe dali.

Na temporada de férias, é bastante comum que famílias indígenas se movam até o litoral para melhor vender seus artesanatos. E foi o que fez a família de Vítor, saindo de Chapecó, no oeste de Santa Catarina, indo para Imbituba, no litoral. Lá, obviamente sem condições de pagar uma hospedagem, eles tiveram de improvisar e encontrar algum lugar razoavelmente seguro para dormir. O melhor espaço foi o da rodoviária, onde havia movimento e, por isso mesmo, segurança. Jamais poderiam supor que alguém, de maneira tão deliberada, pudesse fazer o que foi feito.

Três dias depois do assassinato foram divulgadas as imagens capturadas por algum dessas câmeras de rua e nelas se vê o rapaz se aproximando, normal, como se fosse conversar. Foi tudo muito rápido. A mulher estava sentada no chão, com o filho no colo. Ele chegou, abaixou-se, moveu a mão, primeiro no carinho, depois no golpe, e saiu. Tudo depois é perplexidade e dor.

Um garotinho indígena degolado enquanto se alimentava. Uma cena de arrepiar. A mesma velha cena de mais de 500 anos, repetida e repetida, à exaustão. Desde a chegada dos espanhóis e portugueses às terras de Abya Yala, mais de 40 milhões de indígenas foram exterminados. Chamados primeiro de não humanos, depois de seres de segunda classe, infiéis, inúteis. Não é, portanto, sem razão, que alguém se ache no direito de fazer o que fez esse rapaz em Imbituba. Ato parecido foi feito em Brasília contra Galdino Pataxó, quando alguns rapazes ricos o queimaram enquanto dormia num banco em um abrigo de ônibus.

É que ao longo de todos esses séculos foi sendo construída uma imagem negativa do indígena, justamente para que pudesse ser justificada a invasão e o roubo de suas terras e riquezas. Os índios são vistos como um atrapalho, uma lembrança desconfortável do massacre. Por isso que o melhor acaba sendo confiná-los em alguma “reserva” longe dos olhos das gentes. Mas, se eles decidem sair e dividir a vida no mundo branco, aí a coisa fica feia.

Assim que cada pessoa que siga disseminando essa ideia inventada de que índio é preguiçoso, é feio, é sujo, é ruim, é também cúmplice do assassinato de Vitor. Cada criatura que repete esses absurdos pelas redes sociais, nos encontros de família, na escola, nos bares e nas igrejas, armou a mão que degolou Vítor. E é responsável pela morte não só desse garotinho, mas de centenas de outros indígenas que tombam pelas mãos assassinas do latifúndio, da jagunçagem, do ódio. Esse mesmo ódio que escorre pela redes sociais contra o índio, o negro, as mulheres, os gays.

No mundo capitalista, no qual tudo vira mercadoria, não há espaço para o indígena. E não é só porque ele é uma presença incômoda, lembrança indelével do primeiro crime – a invasão. Mas porque ele é também a recusa histórica desse sistema. Ele não faz da terra uma mercadoria, ele não explora os parentes em fábricas de coisas, nem inventa produtos inúteis para vender aos incautos.  O indígena pensa o território como espaço de vida e de espiritualidade. Reproduz suas cerâmicas, seus cestos, colares e bichinhos como resistência cultural e como única possibilidade de sobreviver no mundo que lhe foi imposto. E, se ocupa as ruas, as marquises e as rodoviárias é porque não têm outra escolha.

Então é assim, em Santa Catarina, nesse dia 30 de dezembro, um jovem se deu ao direito de degolar um menino Kaigang. Desde há anos a brava cacica dos Guarani do Morros dos Cavalos vem recebendo ameaças de morte por defender sua terra e sua gente, bem como os povos Xokleng e Kaigang vivem sendo escorraçados de outras praças e outras rodoviárias por autoridades competentes. Isso é coisa diária, sistemática, como também é sistemático o ataque dos meios de comunicação contra os povos originários. Essa máquina  ideológica do ódio e da opressão.

Agora, à família do menino Vítor resta a luta pela justiça. Um suspeito já foi preso e fala-se em “distúrbios psicológicos”. Não se tem ainda a informação segura de quem é o assassino e o que o motivou. Mas, ainda que seja alguém “perturbado”, isso não tira a responsabilidade daqueles que diuturnamente destilam ódio e preconceito contra os povos originários.

O “mundo maravilhoso” da mercadoria insiste que não há lugar para o indígena no seu espaço. Mas, o que se vê é o movimento indígena brasileiro e latino-americano crescer a avançar na luta pelos seus direitos e pelos seu território. Isso não vai parar. Caem hoje os mártires, como naquele longínquo 1492 caiu Hatuey. Mas os que ficam não desistem, como não desistiram os Taínos, os Arawakes e todos os que caminhavam com o valente cacique. O pequeno Vítor, que sequer teve tempo de perceber que estava perdendo a vida, lá, na terra dos espíritos, será embalado por outros colos: Guyunusa, Guaicaipuru, Mani, Sepé.  Por aqui, vamos garantir a justiça. A grande marcha continua.

Vitor Kaigang, presente!

Ahora, y siempre!

Imagem: Pintura em tela de Lina Miotta no Acervo Brasil

A Bancada Evangélica…


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Olho do Brasil_n

É uma tragédia. Extremamente conservadora, aliada orgânica da bancada da bala e da bancada do boi, atacando sistematicamente os direitos das minorias, defendendo o interesse das elites econômicas, subtraindo a Democracia e o Estado Laico. Estruturalmente corrompida, apresenta uma visão religiosa bélica, raivosa, preconceituosa e insensível diante dos dramas que afligem o povo. Uma bancada calada diante da pobreza, da miséria e da fome. Omissa e conivente com o modelo latifundiário que ataca indígenas, quilombolas e camponeses. Inerte diante da devastação predatória dos recursos naturais. Participante, cúmplice e reprodutora de esquemas políticos que privatizam a política e aprofundam a desigualdade. Protagonista no ataque aos direitos das minorias, como, por exemplo, a comunidade LGBTT. Apoiadora de um Estado punitivo, racista e que criminaliza pobreza e os movimentos contestatórios. 

Brasileiros_n

Defende um projeto de poder elitista, antidemocrático, não laico, com forte veia totalitária e que potencializa sentimentos de ódio, raiva e uniformização comportamental. Este setor é, sem dúvida e sem sensacionalismo, o ovo da serpente do fascismo. Com um discurso moralmente vazio, um amor que é capaz de matar, uma paz que faz o povo sangrar, uma visão de Deus como um general vingativo, controlador de instintos, cerceador de liberdades, amante da riqueza individual e que se preocupa mais com instituições do que com pessoas. 
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O modelo teológico e político no qual essa bancada opera forma pessoas para o ódio mortal em nome do amor e para uma suposta defesa de Deus. É preciso denunciar pedagogicamente esta bancada e apontar para caminhos de uma fé simples, singela, generosa e que escuta o grito de Deus na voz dos povos e dos pobres. Uma fé para a vida, para a liberdade e para o diálogo. Uma fé que sempre duvida do poder, mas tem certeza do amor. Uma fé mais frágil e por isso mais forte e que prepara pessoas para artesanalmente cultivar um mundo de justiça, liberdade e alegria. Vamos lançando sementes e que venham as pedras, pois não deixaremos de crer nem de cantar!

*Henrique Vieira escreve às quartas feiras para o Quebrando o Tabu. É pastor, formado em Teologia, História e Ciências Sociais. Além de ser professor, atualmente exerce mandato de vereador na cidade de Niterói.

Brasil: A polêmica ferrovia que a China quer construir através da América do Sul


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Uma ferrovia que começa no Rio de Janeiro banhada pelo Oceano Atlântico, atravessa a Mata Atlântica, o Cerrado no Centro Oeste, a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes e termina na costa peruana em pleno Oceano Pacífico: este é o ambicioso plano que a China quer consolidar no Brasil e na América do Sul.

O projeto ganhou novo impulso com a visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, à região, que começou na noite da última segunda-feira no Brasil e ainda inclui escalas na Colômbia, no Peru e no Chile.

A polêmica ferrovia que a China quer construir na América do Sul

http://www.bbc.co.uk

Nesta terça-feira, Li Keqiang se encontrou com a presidente Dilma Rousseff em Brasília. Na ocasião, foram assinados 35 acordos de cooperação entre os dois países, englobando áreas como planejamento estratégico, transportes, infraestrutura, energia e agricultura.

Durante o encontro, a presidente Dilma declarou que Brasil, China e Peru iniciaram os estudos de viabilidade da conexão ferroviária entre o Atlântico e o Pacífico. “Trata-se da ferrovia transcontinental que vai cruzar o nosso país no sentido leste oeste cortando o continente sul-americano”, disse a presidente que, logo depois, em conversa com repórteres, classificou a ferrovia como “estratégica para o Brasil”.

De Brasília, Li Keqiang segue para o Rio de Janeiro, onde deve participar da inauguração de uma exposição de marcas chinesas e de um passeio de barco pela baía de Guanabara. A agenda do premiê chinês no Brasil termina na próxima quinta-feira.

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Ferrovia liga litoral do Rio de Janeiro ao do Peru

Ferrovia

Com o projeto da ferrovia, Pequim pretende aumentar sua presença econômica no continente e facilitar o acesso a matérias-primas, o que também gera interesse do Brasil e do Peru.

Em declaração no início da tarde desta terça-feira durante o encontro com Li Keqiang, a presidente Dilma Rousseff afirmou que, com a ferrovia, “um novo caminho para a Ásia se abrirá para o Brasil, reduzindo distâncias e custos”.

Especialistas acreditam que a construção da estrada de ferro marcaria uma nova fase na relação da China com a região. No entanto, para que o projeto saia do papel, será necessário superar grandes desafios de engenharia, ambientais e políticos, dizem analistas ouvidos pela BBC.

“Seria uma grande conquista e uma peça-chave da relação da China com a América do Sul, se esse projeto realmente sair do papel”, diz Kevin Gallagher, professor da Universidade de Boston e autor de estudos sobre a relação China-América Latina. “Todo o projeto é uma grande promessa, mas deve ser bem feito ou pode se tornar um pesadelo”, ressalva.

Intercâmbio

Keqiang começa sua visita ao Brasil em meio a um momento de desaceleração da economia chinesa e das sul-americanas.

A região deve crescer menos de 1% neste ano, de acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), em parte por causa de uma atividade econômica mais fraca no Brasil. E a falta de infraestrutura continua a ser um dos principais problemas do país.

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A presidente Dilma declarou que Brasil, China e Peru iniciaram os estudos de viabilidade da conexão ferroviária entre o Atlântico e o Pacífico.

A China, por sua vez, necessita de recursos naturais para sustentar sua expansão econômica e tem interesse primordial na construção de projetos ferroviários em outras regiões do globo..

Neste contexto, a Ferrovia Transoceânica, cujo custo é estimado em até US$ 10 bilhões (atualmente cerca de R$ 30 bilhões), poderia cobrir as necessidades dos vários países envolvidos.

“Próximo passo”

Com a popularidade em baixa e abalada por escândalos de corrupção, Dilma prepara um programa de concessões de infraestrutura previsto para ser lançado em junho.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, trechos da ferrovia até a fronteira com o Peru estariam contemplados na segunda etapa das licitações.

Estudos técnicos já foram iniciados em solo brasileiro para ligar o porto de Açu, no Rio de Janeiro, a Porto Velho, na bacia amazônica.

A ligação da capital de Rondônia ao Pacífico daria a produtores brasileiros uma alternativa sobre o Atlântico e o Canal do Panamá para enviar matérias-primas para a China.

“Há uma lógica econômica por trás do projeto”, disse João Augusto Castro Neves, analista para América Latina da consultoria Eurasia Group.

Nos últimos anos, a relação entre a China e o Brasil é muito focada no aspecto comercial, com o aumento das exportações de produtos como soja e ferro para o gigante asiático.

Mas, segundo Castro Neves, obras como a da Ferrovia Transoceânica poderiam agregar valor a esse vínculo. “É o próximo passo no relacionamento”, diz ele à BBC.

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Ferrovia Transoceânica deve ganhar novo impulso com visita de premiê chinês, Li Keqiang, à América do Sul

Protestos

O projeto exacerbou as já tensas relações entre o Peru e a Bolívia, cujo presidente, Evo Morales, protestou ao saber que a estrada de ferro passaria por fora do território boliviano. “Não sei se o Peru está jogando sujo”, disse Morales em outubro. Segundo ele, a ferrovia seria “mais curta, mais barata” se passasse pela Bolívia.

No entanto, o presidente peruano Ollanta Humala descartou essa possibilidade em novembro, comentando sobre um acordo com a China para iniciar os estudos do projeto. O trem vai passar “pelo norte do Peru, por razões de interesse nacional”, disse Humala.

Juan Carlos Zevallos, economista que presidiu a agência reguladora de transportes peruana OSITRAN argumenta que a região apresenta “desenvolvimento consolidado” de infraestrutura para explorar a estrada de ferro, incluindo o porto de Paita, ponto de chegada da ferrovia.

Na opinião de Zevallos, o projeto facilitaria a entrada de produtos peruanos no Brasil, o maior mercado regional. “Esse é o interesse”, disse ele à BBC. Especialistas antecipam possíveis problemas com grupos indígenas e defensores do meio ambiente, dada a possibilidade de que o trem passe por áreas consideradas sensíveis.

“Uma estrada no meio da Amazônia para atender ao mercado chinês (…) seria uma ilusão acreditar que não vai haver impacto”, critica Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace.

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Construção de ferrovia pode gerar problemas com grupos indígenas, apontam especialistas

Adario observou, contudo, que “a ferrovia tem menor impacto do que a rodovia para o escoamento da produção” e defendeu que sejam feitos estudos para medir o impacto socioambiental da obra. Também há desafios de engenharia e custos para a construção de um trem que cruze a Cordilheira dos Andes e desemboque no Pacífico.

Castro Neves alertou que, se não houver planejamento adequado, o projeto pode terminar paralisado, como outras grandes promessas de investimentos na infraestrutura da região. “A questão não é apenas injetar dinheiro”, diz ele. Gallagher disse que o projeto vai representar “um verdadeiro teste para a relação” entre Pequim e da região.

“Se conseguir construir um trem de alta velocidade que funcione e facilite o comércio com a América Latina, de modo inclusivo e sem prejudicar o meio ambiente, a China tem tudo para se tornar a nova ‘queridinha’ da América Latina”, conclui.