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Por que os veículos de comunicação têm viés editorial de direita?


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Donos de empresas de comunicação figuram nas listas de famílias mais ricas do Brasil e representam interesses de anunciantes. Isso explica posições editoriais como as em defesa do PL 4330, que abre caminho para redução de direitos trabalhistas

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Róber Iturriet Avila*

Conforme explorado neste mesmo espaço, as posições políticas de direita e de esquerda expressam valores, diagnósticos e prescrições distintas para os problemas da sociedade. De maneira genérica, as perspectivas da direita econômica entendem que o mercado é eficiente na produção de bens e na distribuição da renda. Ao contrário da esquerda econômica, que prescreve tanto regulação na produção, quanto políticas distributivas.

Esse último aspecto se justifica, sobretudo, pela compreensão de que o mercado funcionando livremente tende a concentrar riqueza. De um lado porque o capital influencia a remuneração e a condição do trabalho, e de outro, pelas distintas grandezas dos capitais, uns com mais escala do que outros, desencadeando em poder de mercado de grupos empresariais e capacidades competitivas assimétricas.

Nesse sentido, muitas das políticas apregoadas pelas forças de esquerda objetivam melhorar a repartição da renda e da riqueza. Elevação dos níveis salariais, estabelecimento de um salário mínimo, políticas de crédito para microempresas e tributação progressiva são pautas comuns a esse campo do pensamento.

Especificamente no caso do Brasil, a política tributária é regressiva e penaliza mais os pobres. Já as fatias mais ricas da população brasileira pagam menos impostos do que seus congêneres na maioria dos países. Para além desse ponto, a Operação Zelotes da Polícia Federal e o caso SwissLeaks indicam alguns caminhos utilizados pelos estratos com elevada renda para pagarem menos impostos.

A participação do salário, do lucro e a estruturação dos tributos são focos de divergências importantes entre a direita e a esquerda. Geralmente, aqueles que são mais ricos são contra a esquerda porque não querem contribuir mais com o bem-estar coletivo, por entenderem que sua renda/riqueza é fruto de seu esforço.

Leia aqui todos os textos de Róber Iturriet Avila

Já a esquerda, genericamente, compreende que as condições de colocação no mercado são desiguais, sobretudo porque os pontos de partida e as possibilidades de ascensão não são equânimes. Além disso, o histórico familiar e as heranças recebidas são determinantes na colocação social dos indivíduos. Nessa medida, a renda individual é um resultado social, haja vista que sua distribuição reflete a assimetria de oportunidades e a influência que alguns estratos com poder político e econômico têm sobre as regras de distribuição e a tributação.

Sob esse pano de fundo, é possível levantar elementos que ajudam a compreender por que boa parte dos grupos jornalísticos brasileiros têm uma linha editorial de direita. A despeito de existir uma vasta pluralidade nas concepções teóricas de economia e de sociologia, os comentaristas, repórteres e analistas que expõem suas posições nos meios de imprensa de referência são, majoritariamente, de direita. Dessa maneira, a perspectiva que chega ao grande público pelos principais veículos transpassa a ideia de que existe apenas uma visão de mundo.

A “mídia” não conforma um grupo monolítico, há veículos de esquerda, sobretudo nos meios eletrônicos. Entretanto, as posições e as interpretações da realidade mais expostas nos principais canais de comunicação apontam que as soluções para os problemas sociais passam pela redução do Estado, pela redução de impostos, pela menor oneração tributária sobre as empresas, entre outros.

Adicionalmente, não é infundado aventar que há uma constante tentativa de denegrir políticas e governos de esquerda. Embora o público mais qualificado enxergue esse viés, todos os cidadãos deveriam estar a par de que os periodistas não são neutros. São de direita, por exemplo, Arnaldo Jabor, Bóris Casoy, Carlos Sardenberg, Demétrio Magnoli, Diogo Mainardi, Eliane Cantanhêde, Ferreira Gullar, Luiz Felipe Pondé, Merval Pereira, Miriam Leitão, Olavo de Carvalho, Rachel Sheherazade, Reinaldo Azevedo, Ricardo Amorim, Ricardo Noblat, Rodrigo Constantino, William Waack, entre outros tantos articulistas.

É preciso ter em mente que muitos donos das empresas de comunicação figuram entre as listas de famílias mais ricas do Brasil, encabeçada pela família Marinho. Isso ajuda a explicar as posições editoriais do Globo e da Folha de São Paulo a favor da PL 4330, abrindo caminho para a redução de direitos trabalhistas e dos salários. Em linha semelhante, o jornal O Estado de São Paulo se posiciona mais claramente como opositor aos governos de esquerda na América Latina.

A Editora Abril também reproduz a visão de mundo com base em interpretações de direita. O Instituto Millenium, que defende abertamente as posições de direita, tem entre seus patrocinadores grandes empresas de imprensa como Grupo RBS, Estadão e Abril.

A métrica das manchetes mostra de forma objetiva o viés existente. Para além do interesse desses grupos empresariais, é preciso observar que grande parte de seus anunciantes não deseja elevações salariais que comprometam seus lucros e tampouco avanços na justiça fiscal, pois eles seriam chamados a contribuir mais com o bem-estar coletivo. Além disso, no âmbito econômico, os entrevistados são representantes do meio empresarial, os quais, legitimamente, defendem seus interesses.

Pondera-se que o ethos jornalístico interfere na produção e no fluxo das informações. Normas profissionais também intermedeiam o processo de escolha das pautas. A toda sorte, as linhas editoriais estão mais translúcidas: há escassez de pluralidade na interpretação da sociedade exposta nos principais veículos do País.

O viés antiesquerdista atinge patamares elevados no momento atual. A constante perspectiva pessimista da realidade, o enfoque em problemas pontuais sem uma análise ampla das questões, a seletividade na ênfase de denúncias de corrupção, o diagnóstico de que o governo federal intervém demais e, no limite, a completa distorção dos dados estão explícitas.

É justificável a plena autonomia editorial dos meios impressos, já a radiodifusão é concessão pública e deveria ter um papel educativo e imparcial. Mesmo que se leve em conta que as suas crenças e seus os valores são do campo direitista, convém desnudar os interesses por trás dessa parcialidade. O que eles têm a ganhar com políticas econômicas e sociais de direita?

*Róber Iturriet Avila é doutor em economia, pesquisador da Fundação de Economia e Estatística e professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Por que a mídia não quer que mude nada


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Por Paulo Nogueira – de Londres

Como mostra a lista de bilionários da Forbes, as famílias lucram extraordinariamente com os privilégios que têm.

Como mostra a lista de bilionários da Forbes, as famílias lucram extraordinariamente com os privilégios que têm.

Como mostra a lista de bilionários da Forbes, as famílias lucram extraordinariamente com os privilégios que têm. Na rarefeita lista dos bilionários brasileiros montada pela revista Forbes estão quatro donos de empresas de mídia: os três irmãos Marinhos – Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto – e Giancarlo Civita, o Gianca, primogênito e um dos herdeiros de Roberto Civita.

Essa simples informação – a lista da Forbes não é científica, mas ao longo de décadas seus editores desenvolveram métodos sofisticados de apuração – explica por que a mídia brasileira luta tanto contra qualquer mudança que represente o fim de seus imensos privilégios e mamatas.

O número 1 é o investidor Jorge Paulo Lemann. Mas se você combinar as fortunas dos três herdeiros de Roberto Marinho, Lemann é ultrapassado com folga.

Um olhar de floresta sobre a listagem mostra que 124 pessoas concentram 12,3% do PIB brasileiro.

Eis um número que se pode classificar de miserável: é a representação da extrema iniquidade do país.

Vi a notícia no site da Exame, da Abril, e evidentemente fui lê-la. Um bom texto, exceto por uma omissão que mostra como é difícil a vida dos jornalistas profissionais no Brasil de hoje: entre os setores que abrigam os bilionários não estava citada a mídia. Presumo que o editor, ou o próprio redator, tenham tirado a menção por cuidado.

A voz rouca das ruas não tem ideia das facilidades que as grandes empresas de mídia têm recebido ao longo dos tempos do Estado. Ou, para sermos mais precisos, do contribuinte.

O papel usado, por exemplo, é isento de impostos. É o chamado “papel imune”, no jargão interno das empresas de jornalismo.

Tampouco elas pagam ISS sobre as vendas de publicidade.

O Estado oprime a I....

Ao longo da história, órgãos como o BNDES e o Banco do Brasil concederam empréstimos a juros maternos para a mídia, sempre com dinheiro público.

Nos anos 1980, o Jornal do Brasil pagava suas dívidas perante o Banco do Brasil com anúncios. Mesmo assim, quebraria por causa de uma gestão ruinosa.

É um clássico na mídia: a administração é lastimável. Isso se explica, em parte, pela absurdamente anacrônica reserva de mercado mantida para as grandes corporações jornalísticas.

A reserva – que a mídia combate em todos os setores exceto o dela mesma – impede a concorrência estrangeira. Mas o preço pela facilidade são gestões trôpegas, típicas de quem goza de reserva. Para as famílias acionistas é uma coisa boa, mas para a sociedade é péssimo.

Administrações atrapalhadas ajudam a entender por que, mesmo com tantas vantagens bancadas com dinheiro público, as empresas de mídia frequentemente estiveram à beira da quebra. Muitas foram além disso e se instalaram no cemitério.

SOCIEDADE INDEC

Veja a diferença.

No exterior, Rupert Murdoch, da News Corp, construiu um império global à base de risco.

Murdoch foi da Austrália para o Reino Unido, e de lá para os Estados Unidos, com base em apostas que poderiam levá-lo ao céu ou ao inferno.

No final da década de 1980, ele decidiu investir em tevê por satélite. Pegou dinheiro emprestado em bancos e montou a Sky. Mas as coisas não correram como o esperado, e ele esteve à beira de ir à bancarrota.

Foi obrigado pelos credores a se juntar em tevê por satélite com a rival da Sky, a BSB. Pouco tempo atrás, ele estava com o dinheiro pronto para comprar a parte da BSB por mais de 20 bilhões de reais. O negócio só não foi feito porque o escândalo de seu tabloide levou o governo britânico a proibir a aquisição.

Veja, em contraste, como a Globo construiu sua supergráfica que foi concebida, pausa para rir, para uma tiragem de mais de 1 milhão de exemplares do Globo.

A Globo foi buscar dinheiro no lugar de sempre, o BNDES. Ou seja, a viúva e os pensionistas foram convocados para ajudar a família Marinho.

A mídia tem tido no Brasil um “Estado-babá”. Isso é bom para seus acionistas, como se vê pela Forbes.

Para a sociedade, é uma tragédia.

Paulo Nogueira é jornalista, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Um abraço

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Sim. Existe ‘controle’ da mídia no Brasil


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Por Venício Lima – de Brasília

Corrupção: diálogos interdisciplinares”, promovido pelo tradicional Centro Acadêmico Afonso Pena (CAAP), da Faculdade de Direito da Universidade

Em debate sobre “A mídia e a corrupção”, realizado durante o seminário “Corrupção: diálogos interdisciplinares”, promovido pelo tradicional Centro Acadêmico Afonso Pena (CAAP), da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, na quarta-feira, respondi a uma pergunta de futura advogada preocupada em saber se as normas e princípios da Constituição de 1988 permitiam o “controle” sobre a mídia no Brasil.

Respondi de imediato: não; claro que não. As normas e princípios da Constituição de 1988 impedem claramente que haja “controle” do Estado sobre a mídia. Não há possibilidade de volta à censura estatal nem de qualquer ameaça do Estado à liberdade de expressão ou à liberdade da imprensa.

Embutido na pergunta, tudo indica, estava o conhecido mantra da grande mídia brasileira e de seus eloquentes porta-vozes que identificam qualquer manifestação sobre regulação, independentemente de sua origem, como tentativa autoritária de “controlar” a mídia por intermédio do Estado ou, em outras palavras, volta à censura estatal, atentado à liberdade de expressão e à liberdade da imprensa (tratadas, aliás, como se fossem a mesma coisa).

Resposta errada
O debate continuou, outras perguntas foram feitas e me dei conta de que havia cometido um erro grave. Minha resposta assumia como verdadeiro o falso pressuposto contido no mantra da grande mídia de que somente o Estado pode “controlar” a mídia.

Solicitei, então, ao mediador do debate que, por favor, me permitisse corrigir uma resposta incorreta.

Sim. Apesar das normas e princípios da Constituição de 1988 é possível que exista “controle” sobre a mídia. Na verdade, esse “controle” vem sendo exercido diariamente. Todavia, não pelo Estado, mas pelos oligopólios privados de mídia.

São esses oligopólios que – contrariando as normas e princípios da Constituição em vigor – “controlam” a mídia e ameaçam a liberdade de expressão e a liberdade da imprensa ao impedir o acesso das vozes da maioria da população brasileira ao espaço de debate público cuja mediação, apesar das TICs, monopolizam.

Constituição não regulamentada
Esse “controle” da mídia pelos oligopólios privados se sustenta de diferentes formas. Uma delas é o poderoso (e bem remunerado) lobby que nos últimos 25 anos tem pressionado continuamente deputados e senadores e impedido que normas e princípios da Constituição de 1988 relativas à comunicação social sejam regulamentados. Sem serem regulamentados, não são cumpridos.

É por isso que, apesar de a Constituição rezar que “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio” (parágrafo 5º do artigo 220), apenas uns poucos grupos privados controlam os meios de comunicação diretamente ou indiretamente através de “redes” de afiliadas cuja “formação” não obedece a qualquer regulação.

É por isso que, apesar de a Constituição rezar que “os Deputados e Senadores não poderão firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes” (alínea ‘a’ do inciso I do artigo 54), muitos deles mantêm vínculos com empresas privadas concessionárias do serviço público de radiodifusão, numa viciosa circularidade que inviabiliza a aprovação de projetos que regulem as normas e princípios constitucionais sobre a comunicação social no Congresso Nacional.

É por isso que, apesar de a Constituição rezar que a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão devem atender “aos princípios de preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família” (artigo 221), o que se escuta nas emissoras de rádio e se vê na televisão, salvo raras exceções, é exatamente o oposto.

É por isso que, apesar de a Constituição rezar que as outorgas e renovações de concessões, permissões e autorizações para o serviço público de radiodifusão sonora e de sons e imagens devem “observar o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal” (artigo 223), a imensa maioria das concessões, permissões e autorizações de radiodifusão no país continua a ser explorada por empresas privadas.

O paradoxo do Estado financiador do “controle” privado
No Brasil, os “critérios técnicos” adotados pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR) para distribuição dos recursos oficiais de publicidade se baseiam na diretriz “comercial” que considera “a audiência de cada veículo [como] o balizador de negociação e de distribuição de investimentos. A programação de recursos deve ser proporcional ao tamanho e ao perfil da audiência de cada veículo” (ver “Transparência e a desconcentração na publicidade do governo federal“).

Como já argumentei neste Observatório (ver “Publicidade oficial: Quais critérios adotar?“), o artigo 1º da Constituição de 1988 reza que um dos fundamentos da democracia brasileira é o pluralismo político (inciso V) e, logo em seguida, o artigo 5º garante que é livre a manifestação do pensamento (inciso IV). Essa garantia é confirmada no caput do artigo 220, que impede a existência de qualquer restrição à manifestação do pensamento, à expressão e à informação.

Por outro lado, o inciso I, do artigo 2º do Decreto nº 6.555/2008, que “dispõe sobre as ações de comunicação do Poder Executivo Federal”, determina que “no desenvolvimento e na execução das ações de comunicação (…), serão observadas as seguintes diretrizes, de acordo com as características de cada ação: afirmação dos valores e princípios da Constituição”.

Decorre, portanto, que a responsabilidade primeira da negociação e distribuição de qualquer investimento oficial – inclusive, por óbvio, aqueles de publicidade – deveria ser a proteção e garantia do pluralismo político e da liberdade de expressão.

Da mesma forma, considerando apenas que “a programação de recursos deve ser proporcional ao tamanho e ao perfil da audiência de cada veículo”, a Secom-PR descumpre também os princípios gerais da atividade econômica definidos no “Título VII – Da Ordem Econômica e Financeira” da Constituição.

Na verdade, contrariam-se os incisos IV (livre concorrência), VII (redução das desigualdades regionais e sociais) e IX (tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte) do artigo 170, e o parágrafo 4º (repressão ao abuso de poder econômico, com vistas à eliminação da concorrência e aumento arbitrário dos lucros) do artigo 173.

A Secom-PR – vale dizer, o Estado brasileiro –, paradoxalmente, tem sido um dos principais financiadores do “controle” que os oligopólios privados exercem sobre a mídia no Brasil.

O povo elege

Inversão da realidade
Ao difundir a noção de que o Estado brasileiro é o único agente capaz de exercer o “controle da mídia” e, ainda mais, ao empunhar como exclusivamente suas as bandeiras da liberdade de expressão e da liberdade da imprensa, os oligopólios privados de mídia constroem publicamente a imagem daqueles que pelejam para que mais vozes tenham acesso ao debate público como se fossem os inimigos da liberdade e pretendessem fazer exatamente o que, de fato, já é feito por eles, os oligopólios privados – isto é, o “controle” da mídia.

Com o desmesurado poder de que desfrutam, conseguem fazer prevalecer publicamente uma inversão do que de fato acontece (o processo de “inversão da realidade”, como se sabe, foi identificado, nomeado e explicado faz mais de 150 anos).

O debate na Faculdade de Direito da UFMG me ofereceu a oportunidade de argumentar, ainda uma vez mais, que, apesar das normas e princípios da Constituição de 1988, existe, sim, “controle” da mídia no Brasil. E ele tem sido exercido exatamente por aqueles que se apresentam como defensores exclusivos da liberdade de expressão e da liberdade: os oligopólios privados de mídia.
Venício A. de Lima é jornalista e sociólogo, professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado), pesquisador do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros (Cerbras) da UFMG e autor de Política de Comunicações: um Balanço dos Governos Lula (2003-2010), Editora Publisher Brasil, 2012, entre outros livros.

Um abraço

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Migrantes etíopes falam de tortura e estupro no Iêmen


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A map showing the Horn of Africa, Yemen and Saudi ArabiaA map showing the journey of Ethiopian migrants to Saudi Arabia.

Por Yalda H

Yalda Hakim in Yemen

BBC News, Yemen

Yalda Hakim visita um chamado “campo de tortura ‘
Efta é apenas 17, mas sofreu brutalidade chocante.

O adolescente etíope sobreviveu a uma viagem de barco traiçoeiro sendo contrabandeados

Hafton Ekar

 através do Mar Vermelho.

Mas ao chegar no Iémen, ela foi sequestrada e conduzido à mão armada a uma casa de tijolos de barro.

Ela disse: “Eles torturaram outras meninas na minha frente Eles nos bateram e violentaram-nos com uma arma Eu estava apavorada…”

Ela é uma das 80 mil imigrantes etíopes que empreendem esta jornada perigosa a cada ano.

Eles esperam que eles vão encontrar trabalho no rico Estado do Golfo da Arábia Saudita e ser capaz de enviar dinheiro para casa.

Continue lendo a história principal
A história de Hafton

Hafton Ekar
Hafton Ekar, 23, fez a viagem da Etiópia para o Iêmen com um grupo de amigos.

Seu objetivo era encontrar trabalho na Arábia Saudita, para sustentar suas famílias, mas eles foram seqüestrados logo após ser contrabandeados para o Iêmen.

O pai de Hafton foi dito que ele precisava pagar R $ 300 a libertar o seu filho, mas depois que o resgate foi pago, Hafton foi vendido para um “campo de tortura”.

A nova turma queriam mais US $ 250, mas não havia dinheiro sobrando. Hafton foi brutalmente torturado.

“Eles me machucar muito mal. Eu não posso usar o banheiro mais. Estou paralisado”, disse ele.

Seus amigos o levaram em suas costas quando eles escaparam. Hafton agora está em um colchão no centro de refugiados em Haradh.

Mas correm o risco de serem explorados por grupos criminosos e os militares iemenitas na 500 km (310 milhas) Yemen jornada através da fronteira com a Arábia Saudita.

‘Estuprada e queimada’
Efta foi realizada no que é conhecido como um “campo de tortura” durante três meses.

Ela estava muito envergonhada para pedir seus pais por dinheiro para libertá-la de modo que ela foi estuprada todos os dias.

Uma vez que ficou claro que nenhum resgate foi vai ser pago e depois Efta adoeceu, ela foi jogada na rua.

Ela agora está sendo cuidada em um centro de refugiados administrado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) na cidade fronteiriça iemenita de Haradh.

Ela permanece traumatizado por sua experiência.

“As mulheres são violadas e os homens são queimados. Eles quebram ossos. Eles levam os olhos das pessoas para fora”, disse ela.

“Tudo que você pode imaginar, eles fazem isso. Vi com meus próprios olhos.”

A maioria dos etíopes nos conhecemos veio da região de Tigray, no norte do país.

Eles atravessaram as montanhas em Djibouti e depois paga traficantes de pessoas para levá-los através do Mar Vermelho em seu ponto mais curto, Bab al-Mandab (ou o Portão da Dor).

Era um prenúncio das dificuldades e tribulações à frente deles onde milhares de pessoas são torturadas e sexualmente exploradas por traficantes de pessoas.

Um mapa mostrando o Corno de África, Iêmen e Arábia Saudita
Um mapa que mostra a viagem dos imigrantes etíopes para a Arábia Saudita.
E se eles fazem isso para Haradh, muitos morrem tentando atravessar a fronteira fortificada na Arábia Saudita.

Saleh Sabri é o agente funerário local. Ele perdeu a conta do número de migrantes que ele enterradas.

“Algumas pessoas são filmadas na fronteira. Alguns foram enforcados. Alguns são espancados até a morte”, disse ele.

“Eles morrem de causas não naturais.”

Inside ‘campo de tortura’
Durante séculos, Haradh prosperou no tráfico de armas e tráfico de droga. Agora, a commodity são as pessoas.

A Médicos Sem Fronteiras caridade diz que há cerca de 200 “campos de tortura” em paz nesta área.

Tornamo-nos os primeiros jornalistas a entrar um após temos a promessa de uma passagem segura por um juiz local.

Cinco imigrantes no que é conhecido como um “campo de tortura ‘
Cinco imigrantes sob guarda armada no que é conhecido como um “campo de tortura ‘em Haradh, Iêmen
Um dos soldados do juiz acompanha-nos para a nossa segurança.

Nós atravessar dunas para chegar a uma casa de tijolos de barro na periferia da cidade.

À medida que entramos, parece haver cinco migrantes sentados no chão, com dois homens armados que guardavam-los.

Pedimos-lhes que tenham sido abusadas.

“Nos últimos três dias, eles ameaçaram bater-nos se as nossas famílias não pagam”, disse um migrante.

Em seguida, identificar a entrada de uma pequena sala à beira do composto.

O soldado diz que este é o lugar onde as mulheres migrantes são tomadas.

Pedimos para ir para dentro, mas o soldado diz que o que está acontecendo atrás da porta poderia ser haram, ou seja, proibida.

Somos informados de que poderia haver um homem e uma mulher lá dentro.

Nós não somos autorizados a bater à porta fechada, mas há dois pares de sapatos do lado de fora.

Um homem, em seguida, aparece com uma pistola que diz que ele era o dono do acampamento. Nós perguntamos a ele se tortura existe nesta fazenda.

“Isso é proibido”, disse ele.

“Não há tortura aqui. Se estivéssemos capturá-los pela força, teríamos abundância de migrantes lá. Eles vêm aqui de bom grado.”

Também pergunte se há mulheres aqui.

“Não, não há nenhuma mulher nessa fazenda”, disse ele.

Depois que saímos, visitamos um oficial da polícia local sênior e lhe disse o que tinha visto.

Entendemos que no dia seguinte, todos os migrantes do campo foram liberados.

A Organização Internacional para as Migrações diz que está lidando com uma “crise humanitária internacional”.

Estado falido
Mas o Iêmen está mal equipada para resolver este problema quando ele está lutando duas revoltas que têm dezenas de milhares de pessoas deslocadas.

Continue lendo a história principal
Iêmen: A viagem mais perigosa do mundo

Yalda Hakim no Iêmen
Veja Yalda Hakim do nosso documentário Mundo nos seguintes horários:

BBC News Channel: sábado, 20 de julho às 02:30, 05:30, 14:30, 21:30 e domingo 21 de julho às 03:30, 05:30, 10:30, 14:30, 21:30 h. Todas as vezes BST.

BBC World News: Sexta-feira 19 de julho às 23:30, sábado 20 de abril, às 11:30, 16:30, domingo, 21 de julho às 17:30, às 22:30 h. Todos os horários GMT.

Nosso Mundo
A ajuda internacional é essencialmente direccionado para eles e os 200 mil refugiados somalis no sul.

No vácuo, as quadrilhas de seqüestradores e torturadores parecem operar à vontade.

Mas muitos imigrantes etíopes dizem que o exército iemenita é cúmplice.

Efta disse que os homens que sequestraram estavam vestidos com roupas militares.

“Eles estavam vestindo uniformes do exército”, disse ela.

“Então é por isso que fizemos o que eles disseram. Nós não pensamos que eles fariam tudo isso para nós.”

Ela também disse que os mesmos homens – soldados iemenitas – a estuprou no ‘campo de tortura’.

E 16-year-old Asma disse o mesmo. Ela quase conseguiu passar os guardas iemenitas na fronteira da Arábia Saudita.

“Então, o exército iemenita veio”, disse ela.

“Eles nos pegaram. Eles nos vendido para o campo de tortura.”

Asma foi estuprada por até três homens, todos os dias, durante dois meses. Ela saiu porque um de seus captores, disse ela, sentia pena dela.

Ela também está vivendo no centro de refugiados em Haradh.

Nós solicitamos uma entrevista com o governo iemenita sobre o tratamento de migrantes, mas nosso pedido foi recusado.

O empresário de Hardah Saleh Sabri
O empresário de Haradh enterrar outro migrante. Saleh Sabri diz que perdeu a conta do número.
O empresário de Haradh é usado para operar sem o apoio do governo.

“Eu tenho 40 corpos no necrotério e eu só tenho seis empates para armazená-los”, disse Saleh Sabri.

Ele ainda lava e prepara os corpos na forma tradicional.

“Eu sou um homem simples com um trabalho simples”, disse ele.

“Eu cuido do necrotério então eu devo cuidar desses pobres pessoas desconhecidas. Faço-o por Deus.”

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Caminhos para o jornalismo investigativo


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mente-humana

Caminhos para o jornalismo investigativo

Por Lilia Diniz

O jornalismo investigativo, a espinha dorsal da profissão, requer um alto investimento. Profissionais capacitados, tempo disponível para aprofundar apurações mais demoradas e despesas com viagens são alguns dos requisitos para uma reportagem investigativa de fôlego. Mesmo para os jornais de circulação nacional, o custo pode inviabilizar a realização do trabalho. Diante desse cenário, um grupo de jornalistas decidiu aproveitar a experiência de outros países para montar a Pública, uma agência independente que produz material investigativo de interesse público.

A agência foi fundada em março de 2011e abre espaço para temas pouco explorados pela imprensa brasileira. A agenda de pautas é diversificada. Temas como a militarização da administração municipal em São Paulo, as desumanas condições das empregadas domésticas no Pará e a venda de armas para os movimentos da Primavera Árabe dividem o espaço no site da agência. E todo o conteúdo produzido é de livre reprodução. O Observatório da Imprensa exibido na terça-feira (23/10) pela TV Brasil entrevistou Natalia Viana, uma das criadoras da Pública.

Desde 2002, quando começou a trabalhar na revista Caros Amigos, Natalia se dedica a reportagens baseadas em longas pesquisas, como o movimento cocaleiro na Bolívia, corrupção internacional e assassinatos de lideranças sociais no Brasil. Desenvolveu projetos para as TVs públicas PBS, dos Estados Unidos e BBC, do Reino Unido, e colaborou com os jornais The GuardianThe Independent e Sunday Times, entre outros. É coautora dos livros Movimento, uma Reportagem e Habeas Corpus – Apresente-se o Corpo. Natalia Viana cursou mestrado em Londres e é parceira do WikiLeaks no Brasil.

WikiLeaks wlogo

Mais plataformas, menos conteúdo?

No editorial exibido antes da entrevista, Alberto Dines sublinhou a importância do jornalismo como poder e contrapoder, agente de inovações e fiscal: “O mundo jornalístico está há uma década envolvido em uma discussão sobre o futuro da sua plataforma mais conhecida: o papel impresso. Quanto mais encolhe o negócio de jornais e revistas, menos se fala nas deficiências do seu conteúdo.Quanto mais se louvam as novas tecnologias, os avanços espetaculares das redes sociais, menos se fala na necessidade de devolver ao jornalismo a sua função elementar como serviço público”.

Na abertura do programa, Dines perguntou se um projeto de jornalismo investigativo independente calcado na iniciativa privada ou subsidiado por governos seria viável. Na avaliação de Natalia Viana, esta experiência já ocorreu com sucesso em outros países, mas, no Brasil e na América Latina, as empresas acabam perdendo a independência. “A gente adotou esse modelo, que é um modelo sem fins lucrativos, porque já existe em outros países e está crescendo”, disse.

A jornalista explicou que a agência é uma resposta à crise das publicações impressas, nas quais o jornalismo investigativo tradicionalmente encontra mais espaço. Além de buscar uma nova dinâmica de trabalho, a ideia do grupo que fundou a Pública é inovar também no sistema de financiamento. Desde o início do projeto, discutiu-se como manter uma empresa jornalística sem se tornar dependente dos anunciantes.

O terceiro setor como alavanca

Hoje, duas instituições que têm entre seus preceitos a defesa da democracia – a Ford Foundation e a Open Society Foundations – sustentam a agência Pública. Dines comentou que, nos Estados Unidos, a pequena imprensa está encontrando ainda mais dificuldades do que a mídia tradicional para se manter durante a crise financeira. E, para não fechar as portas, os jornais estão propondo tornarem-se instituições sem fins lucrativos. O Congresso norte-americano já examina um projeto para converter jornais regionais em instituições do terceiro setor.

“Além de produzir jornalismo investigativo, a gente tenta fazer o que não é feito pela imprensa tradicional. É muito simples explicar o que a gente faz: nós não fazemos notícia, não fazemos jornalismo de entretenimento, de celebridades. Não fazemos nada disso. Temos um foco muito grande em direitos humanos e questões sociais, que são coisas que não são cobertas mesmo pela imprensa tradicional”, explicou a Natalia. Um dos compromissos firmados pela agência é o de sempre inovar na forma de produzir e de apresentar o conteúdo. Natalia Viana comentou que a equipe não está concentrada em descobrir qual é o público da agência para não acabar se sentindo na obrigação de agradar a este determinado segmento.

A jornalista contou que, para estar sempre inovando, o site lançou um projeto de microbolsas de financiamento para profissionais independentes no valor de R$ 4 mil, cifra bem acima do normalmente pago pelo mercado. Além de enviar a pauta, o interessado deveria detalhar o modo como a reportagem seria produzida. Em tom de brincadeira, Dines apelidou a iniciativa de “BNDES de fomento ao jornalismo investigativo”. A agência recebeu mais de 70 projetos de profissionais de todo o Brasil.

Conteúdo pulverizado

Diversos veículos de comunicação já republicaram conteúdo produzido pela agência. O Estado de S.Paulo,Carta Capital, Terra e Yahoo são exemplos de empresas de comunicação que se interessaram pelo material produzido pela Pública. “Eles precisam de notícia. Eles precisam de jornalismo. E não têm capacidade de fazer mesmo. O editor de um desses sites grandes falou para mim: ‘Eu acho muito legal o que vocês fazem porque eu não posso deixar um repórter meu por dois dias em uma pauta’. Caiu o meu queixo porque se me derem dois dias para fazer uma pauta eu me mato”, disse a jornalista. No Pública, os repórteres costumam dedicar-se a uma pauta, no mínimo, por uma semana.

Além da imprensa tradicional, pessoas comuns também reproduzem o conteúdo da agência, definida por Natalia Viana como uma “estante de reportagens”: “A gente está com uma série de entrevistas com o Julian Assange, que é o fundador do Wikileaks. Ele fez entrevistas com lideranças do mundo inteiro, inclusive o Rafael Correa, que acabou dando asilo para ele. E a gente abriu e anunciou no nosso site que quem quisesse ser republicador poderia, e demos um prazo para as pessoas se inscreverem. Inscreveram-se tanto a EBC quanto o Estadão. E se inscreveram algumas pessoas que disseram: ‘eu quero passar no meu Facebook’. E nós aceitamos, porque as pessoas também são emissoras hoje em dia”, disse Natalia Viana.

Dines comentou que as grandes reportagens investigativas foram a base do jornalismo desde o século 19 até o início do 21. Para Dines, hoje, atualmente, se gasta “pouca sola de sapato” na apuração das notícias. E o contexto das informações é negligenciado. Natalia Viana comentou que uma das diretoras do site costuma dizer que na internet só há notícias velhas, por isso a agência prioriza a publicação de conteúdo que nenhum outro veículo publicou até então. “Eu mesma, quando era correspondente, às vezes trazia uma notícia nova e o editor dizia ‘ninguém está dando [a informação], será que a gente deve dar?’”, lembrou a jornalista.

Um passo adiante

Dines perguntou a Natalia Viana se a agência, no futuro, teria fôlego para se tornar um veículo formador de opinião. A jornalista contou que a equipe trabalha nesse sentido e que o exemplo norte americano é bem sucedido. Um dos centros de jornalismo investigativo que serviu de modelo para a agência, o ProPublica, tem um orçamento de 10 milhões de dólares por ano e hoje é uma importante força política. Grandes jornais, como o Washington Post e o New York Times, são parceiros da agência norte-americana.

“O caminho para a Pública chegar a isso é fazendo reportagens e jornalismo de qualidade. A única arma que nós temos é o jornalismo. Não temos mais nada. Não temos uma estrutura grande, não temos um nome reconhecido, não temos grandes marcas nos financiando. A única coisa que pode mostrar a que viemos é o nosso jornalismo”, afirmou Natalia. A redação a agência conta com profissionais formados com base em um jornalismo mais tradicional e também repórteres jovens, habituados a trabalhar com as tecnologias digitais. “É a moçada que já pensa em termos de Facebook, então é muito interessante, é uma mistura”, contou a fundadora da Pública.

Na avaliação de Natalia Viana, nos últimos três anos houve um interesse maior da grande imprensa em investir na apuração das pautas. Novas iniciativas, como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), surgiram para dar mais respaldo ao setor. “Quem faz jornalismo investigativo é um tipo de gente, um tipo de jornalista. As pessoas acham que fazer jornalismo investigativo é incrível, é aquela pessoa aventureira, que vai cobrir guerra. Não! Na maioria das vezes você vai ficar sentada na frente de pilhas e pilhas de documentos durante dias. E, muitas vezes, é muito chato. Para mim, não é. Eu adoro, mas é um tipo específico de jornalismo.”.

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