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Brasil: Pedra do Inga, evidencias ufológicas na nossa pré-história


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REGISTROS REMOTOS

Esta exposição sobre as evidências ufológicas no Brasil remoto surgiu de inúmeras observações feitas durante minhas viagens e meus estudos acerca das pinturas e registros rupestres, profusamente encontrados no interior de nosso país, dentre os quais, pretendo reunir sinais de um silabário primitivo.

Não é incomum encontrar certas representações muito complexas, que não deixam de sugerir que podem se tratar de algo mais do que meros rabiscos ou supostas “letras” gravados em paredões pétreos …E

Brasil: Pedra do Inga, evidencias ufologicas na nossa pre-história

Fonte: Via Fanzine – www.viafanzine.jor.br

Por J.A. Fonseca, Barra do Garças, Mato Grosso.

… Além disto, sua complexidade e variedade de manifestação parecem não ser casuais, permitindo que o pesquisador possa levantar impressões menos conservadoras em torno de seu conteúdo, ou até mesmo apoiadas em teorias que não sejam tão convencionais.

Acima a milenar Pedra do Ingá, na Paraíba, reúne um complexo conjunto de símbolos estampados em rocha por uma tecnologia completamente desconhecida para as nossas ciências atuais.

Neste propósito, não poderia deixar de citar o insigne pesquisador mineiro Antonio Lopo Montalvão, fundador da misteriosa cidade de Montalvânia, tendo ali desenvolvido um memorável trabalho de pesquisa nas diversas grutas que podem ser encontradas na região, com seus impressionantes registros rupestres. Escreveu Montalvão num de seus livros: “A saúde não contagia e, igualmente, não contagia a virtude, a verdade; são condições independentes, auto-suficientes, que vivem em si e de si.

”Diante disto, gostaria de chamar a atenção para o estado sempre recluso de certos centros acadêmicos de pesquisa arqueológica, que não se sentem encorajados para ousar e ampliar conclusões diante de seus achados, vendo ali, algo mais do que simplesmente rabiscos sem importância, feitos por homens ociosos e indolentes, medrosos e sem critério. Em face de certas descobertas não se pode ignorar que em nosso passado algo de muito importante pode ter ocorrido entre os homens, incluindo nesta avaliação, as milenares terras brasileiras.

500 milhões a.C.: Antigüidade das pegadas calçadas (de botas!) fossilizadas que esmagaram um trilobite (uma espécie de inseto pré-histórico que viveu somente durante a era Paleozóica e extinto a 240 milhões de anos) na região de Antelope Springs, a 43 milhas da cidade de Delta, no Estado de Utah, nos Estados Unidos. As pegadas, medindo 32,5 x 11,24 cm, foram descobertas pelos Srs. William Meister e Francis Shape, no dia 03 de junho de 1968.

MARCAS DE HUMANIDADE

Desde que foi encontrado no estado de Utah, nos EUA, pelo pesquisador William Meister, as duas pegadas de pés calçados fossilizados, numa camada de terra de 500 milhões de anos, oriundos da Era Paleozóica, que a idéia de que “homens civilizados” já estavam presentes na Terra desde os seus primórdios, passaram a não ser mais colocados em dúvida pelos Ufólogos e demais pesquisadores.

O fato ocorreu em 1968 e esta certeza ficou evidenciada pela seguinte razão: sob o calcanhar do pé esquerdo encontrava-se esmagado um trilobite, que também ali se encontrava petrificado juntamente com a pegada, e na ponta do pé direito havia outro trilobite fossilizado na sola do calçado. Este tipo de antropóide teria vivido na Era Paleozóica, ou seja, há cerca de 500 milhões de anos.

A partir de então, muitos autores ousaram romper com a camisa de força que os acadêmicos da história da humanidade vinham impondo a todos. E mesmo antes desta descoberta, os autores Louis Palwels e Jacques Bergier já haviam exposto em sua magnífica obra O Despertar dos Mágicos, questões novas na discussão da vida do homem na Terra que, na época, foram intituladas de realismo fantástico. Depois disto vieram Peter Kolosimo, Chacques Charroux, Erick von Daniken, Quixe Cardinale, W. Raymond Drake, Andrew Tomas e muitos, muitos outros.

A Pedra do Ingá, foi esculpida em um único bloco de pedra de 23 metros de comprimento e 4 metros de altura, em Ingá, na Paraíba

De fato, em nosso passado desconhecido algo de espetacular parece ter acontecido em nosso planeta, algo que se perdeu quase que definitivamente sob o pó das gerações e dos grandes cataclismos que já reviraram estas terras por inúmeras vezes. Entretanto, muitas evidências ficaram registradas perenemente em pedra bruta, como a que acabamos de mencionar acima, além de outros registros imprecisos ou, em alguns casos, na forma de curiosas demonstrações que suscitam dúvidas, como se alguma coisa estranha tivesse acontecido diante dos olhos atônitos de nossos antepassados.

É sobre estas “evidências”, difíceis de explicar, que este artigo pretende fazer sua abordagem, voltando seus olhos para o que existe no Brasil, registrado sob as mais variadas formas, em diversas localidades de sua vasta extensão territorial.

Existem alguns lugares que se tornaram bem marcantes pela complexidade de seus registros, demonstrando uma gama maior de signos e representações inusitadas, ou porque não dizer, extravagantes e inexplicáveis. Dentre estes, podemos citar: o monólito do Ingá, situado próximo a Campina Grande e outras localidades da Paraíba, as grutas de Montalvânia, além de outros rincões arqueológicos de Minas Gerais. Inclui-se a região da Serra do Roncador e o interior do Mato Grosso, a misteriosa Sete Cidades e outras localidades no Piauí, além de inúmeras regiões dos Estados do Pará e Amazonas.

Acima: A PEDRA DO INGÁ, no Brasil e suas misteriosas inscrições. A Pedra de Ingá, ou Itacoatiara, é formada por blocos de gnaisse divididos em três paineis, tendo o bloco principal dimensão de 24 metros de comprimento por 4 m de altura. Há muitos sulcos e pontos capsulares seqüenciados, ordenados, que lembram constelações, embarcações, serpentes, fetos e variados animais e simbologia ainda desconhecida em seu significado, todas parecendo o modo que os indígenas ou os visitantes de outras latitudes (ou de outros planetas) tinham para anunciar idéias ou registrar fatos e lendas, que apresenta um grande potencial turístico e cultural, entretanto explorado de maneira extremamente irregular.

É bom mencionar que, em praticamente todos os estados brasileiros, podem ser encontrados certos registros de caráter desconhecido, que levantam suspeitas de que alguma coisa não muito comum teria acontecido por estas paragens. As “evidências” encontram-se caracterizadas através dos desenhos gravados nas paredes milenares de muitas destas localidades.

PARAÍBA – O estado da Paraíba é riquíssimo em registros rupestres que apresentam figuras estranhas e “objetos” que se assemelham a máquinas em vôo. Estas manifestações podem ser encontradas em várias localidades deste estado, assim como em todo o nordeste brasileiro. A mais importante e enigmática destas inscrições é a Pedra do Ingá [veja imagem no topo desta página], que se constitui de um dos maiores mistérios da arqueologia.

Reprodução da Parte central do painel da Pedra do Ingá, (reprodução de J.A Fonseca)

Quando visitei este monólito, percebi que se trata de algo por demais estranho, que ali se posiciona desafiadoramente, como se fosse um testemunho vivo de um passado misterioso e de difícil explicação. Talvez, até fosse mais conveniente para os pesquisadores ortodoxos que ela nem existisse, pois assim, não teriam de se preocupar em tentar explicá-la sob o rótulo das convenções oficiais.

Atribuir ao homem primitivo sua autoria, considerando-se suas inúmeras limitações e seu estado excessivamente abrutalhado, não poderia ser o que chamaríamos de uma contribuição ao conhecimento humano ou uma atitude fundamentada em métodos convincentes e razoáveis. Qualquer pessoa que se aproxima desta pedra enigmática e vê sua vasta simbologia incrustada em seu dorso, não pode, em sã consciência, admitir que seus autores se tratassem de homens rudes e incultos.

Não quero com isto “forçar a situação” para uma direção específica, mas quando se detém sobre aqueles registros com cuidado, percebe-se que quase gritam para mostrar que expressam uma idéia, algo de caráter avançado e inteligente, como um código, que pudesse perdurar através dos tempos e preservar um conhecimento pretérito. Para efeito desta avaliação, anexamos a este trabalho algumas ilustrações, destacando certas figuras pouco comuns ali representadas, apesar de entendermos que seja o contexto geral do monólito do Ingá que tem muito a revelar.

Alguns de seus caracteres apresentam figuras estranhas, que mais poderiam ser comparadas a equipamentos de vôo ou uma espécie de instrumento desconhecido, ou ainda, uma forma de linguagem sintetizada de um grande conhecimento que teria se perdido no decorrer das eras. Reunimos abaixo algumas ilustrações desta colossal Pedra do Ingá, que podem fazer-nos lembrar de algum tipo de objeto não identificado, já avistado e catalogado pelos pesquisadores contemporâneos. Vejamos:

Nesse endereço do Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=VspqtnAafm0  voce poderá ver um vídeo de 1:18 minutos de formato quase idêntico ao da última figura da direita, nos céus de uma cidade da Rússia!!! 

Suspeitamos que o conteúdo desta pedra está muito além de nossas possibilidades atuais de compreensão e cremos que ela contém uma espécie de informação de grande importância para a humanidade. O problema é que sua chave parece ter-se perdido juntamente com as grandes transformações que ocorreram no passado da Terra, mantendo seu enigma indecifrável até que tenhamos desvelado certos significados relacionados a símbolos específicos de caráter universal.

Também próximo à Pedra do Ingá, num local denominado de Saltos do Riacho Fundo existem diversos ideogramas que foram identificados pelo pesquisador Gilvan de Brito e que muito se assemelham aos acima referidos. Seus caracteres estão menos agrupados, mas também se acham insculpidos na pedra de forma semelhante às insculturas do monólito do Ingá, revelando estranhas figuras. Exemplos:

Outras regiões da Paraíba guardam também grande incidência de estranhas inscrições rupestres, que deixam indicações de que podem estar relacionadas a um tipo de civilização mais avançada que poderia ter vivido na Terra, ou a um grande acontecimento que teria causado profundas impressões nos seus assustados espectadores.

A pedra de Picuí, por exemplo, é uma demonstração de registro insólito no sertão brasileiro, com uma simbologia complexa e representações de objetos estranhos. Hoje ela se encontra submersa, após a construção de uma barragem na região, mas graças ao empenho do engenheiro Francisco Retumba, que a copiou, podemos saber de seu conteúdo. Vejamos alguns exemplos:

Também próximo a Picuí podem ser encontradas figuras estranhas esculpidas em pedra, numa região chamada de Cachoeira do Pedro, segundo as pesquisas feitas por Gilvan de Brito. Seu conteúdo [abaixo] é muito semelhante ao da Pedra do Ingá.

No município de Souza, foi encontrado um painel contendo figuras muito estranhas que lembram um esquema técnico, onde pode-se ver antenas, setas indicativas de movimento, objetos em vôo e outros, que se parecem com instrumentos de controle. Observando este painel pode-se perceber que ele não se parece com nenhum dos conjuntos de petrogravuras encontrados regularmente.

Tem-se a impressão de que seus autores pretenderam demonstrar algum tipo de atividade não muito comum, até mesmo relacionada a experimentos científicos num passado distante. Veja-se o painel completo e atente-se para o conjunto das figuras que ali se acham representadas:

Seguindo este raciocínio, poderíamos abrir uma série de registros curiosos somente no estado da Paraíba, que escolhemos para iniciar nossas demonstrações de que algo de estranho teria acontecido, nestas terras, em tempos bem remotos.

A seguir, apresentaremos alguns outros exemplos, chamando a atenção para a semelhança de alguns destes em relação aos desenhos encontrados nas plantações da Inglaterra (Crop Circles) e de outros países, os quais, permanecem ainda inexplicáveis.

Inscrições colhidas respectivamente em Boa Vista, Município de Lagoa Seca, Município de Brejo do Cruz e Município de Cubati. 

O autor cita em seu livro uma série de sítios arqueológicos somente no estado da Paraíba, que apresentam figuras estilizadas, símbolos abstratos e representações incompreensíveis, de um tempo não conhecido da história do Brasil. Sobre as inscrições no município de Souza, ele escreveu: “Aqueles que estiverem pretendendo dar asas à imaginação poderão ver nos litoglifos figuras parecidas com um OVNI, tendo ao lado o que se assemelha a duas pessoas. Acima, o mesmo objeto não identificado, de antena recolhida, no ar, antes de penetrar numa formação de nuvens. No alto, formações que lembram duas constelações”.

Detalhe de Sete Cidades, no Piaui

PIAUI – No estado do Piauí podemos encontrar muitas inscrições rupestres que lembram estranhos objetos em vôo, representados em meio a um diversificado acervo arqueológico.

Poderíamos dizer que em todos os estados brasileiros podem ser encontradas representações rupestres que levantam suspeitas de que alguma coisa grandiosa foi avistada pelos antigos habitantes do Brasil.

Neste trabalho estamos destacando apenas algumas figuras que mais levantam tais suspeitas, por se encontrarem presentes junto aos demais registros, em grande profusão. Como dissemos, o Piauí é riquíssimo em registros que permitem inflamar nossa imaginação e fazê-la especular sobre o que levou o homem primitivo a reproduzir, com tanta ênfase, certos símbolos circulares e estranhas figuras na rocha viva.(Foto a seguir)

No complexo de Sete Cidades pode-se encontrar uma grande quantidade deles, como mãos carimbadas, figuras zoomorfas, figuras humanóides, caracteres semelhantes a letras de antigos alfabetos, além de outras representações de objetos desconhecidos.

Em sua maioria foram gravados pelo processo de impressão em pigmentos avermelhados [veja fotografia ao lado] e em alguns dos sítios podem ser encontrados signos inscritos de forma confusa, parecendo tratar-se de um cenário notadamente caótico.

Entretanto, alguns registros se destacam dos demais pela sua complexidade, como se se tratasse de algo especial na vida daqueles homens ou tivesse despertado especial interesse, medo ou sentimento de adoração, induzindo-os a tentar representá-los. Neste grande sítio arqueológico de Sete Cidades, como em muitos outros espalhados pelo interior do estado, podemos destacar algumas figuras interessantes:

Próximo a Sete Cidades existem algumas regiões que foram pesquisadas por Reinaldo Coutinho e que também deixam ver algumas representações, no mínimo, curiosas, que podem ser analisadas sob o mesmo enfoque que vem sendo abordado neste artigo.

É provável que alguns arqueólogos pensem que voamos alto demais em nossas especulações, mas estamos convictos de que, apesar de não termos formação arqueológica acadêmica para analisá-los, estes registros representaram algo de muito importante na vida daqueles homens, resultado, talvez, de acontecimentos que impressionaram com grande força suas mentes perturbadas pela incompreensão.

A insistência com que certos registros circulares são representados em diversas partes do globo terrestre, com suas figuras estranhamente vestidas, não podem ser tratados, simplesmente, como criação das mentes limitadas do homem primitivo, voltadas, quase que exclusivamente, para a auto-subsistência. O que os teria levado a reproduzir signos como os que foram encontrados numa região chamada de Buriti dos Cavalos [abaixo], no interior do Piauí?

E na região denominada Jardim, próximo de Buriti dos Cavalos,  também podemos encontrar estas estranhas figuras gravadas na rocha:

A figura descomunal ao lado e à direita encontra-se gravada em pedra na Toca do Morcego, em São Raimundo Nonato, no sul do Piauí. O que pretendiam seus autores representar?

É preciso considerar que em muitas localidades espalhadas por toda a extensão do nordeste brasileiro existem grandes concentrações de registros pré-históricos, nos quais estamos procurando encontrar outras evidências.

Certamente, estarão eles a indicar, como os que aqui foram apresentados, que algo de grande relevância poderia ter acontecido também naquela região, levando seus observadores a gravar suas impressões em pedra bruta.

”Na Serra do Ererê (Pará) vamos encontrar desenhos curiosos que despertam a imaginação, pois que mostram figuras estilizadas a lembrar algo parecido com o que hoje é pesquisado como UFO ou OVNI, além de mostrar ainda, estranhas figuras humanóides”

REGIÃO NORTE – A região Norte do Brasil sempre foi riquíssima em avistamentos de objetos estranhos no céu, chegando ao ponto de obrigar o exército brasileiro a constituir uma comissão especial para estudar o fenômeno, denominada Operação Prato. É provável que tais acontecimentos não sejam recentes, pois a quantidade de registros encontrados no Pará, Amazonas e outros Estados desta região amazônica é de surpreender a qualquer pesquisador.

Mesmo que este não creia na hipótese da procedência extraterrestre destes registros, não poderá explicar certas figuras humanóides gravadas em pedra e tampouco estranhas representações circulares e de estranhos objetos que muito se assemelham aos tais UFOs, que têm sido amplamente avistados nos dias de hoje e noticiados em toda a parte.

Cidade: Ingá
Estado: Paraíba
Distância da capital: 105 km
População: 18.180 (2010)
PIB per capita: R$ 3.976,52 (2009)
Área (em km²): 287,990
Número de eleitores: 13.592 (2012)
Data de fundação: 19 de novembro de 1904

No estado do Pará, por exemplo, vamos encontrar muita coisa estranha registrada em pedra bruta e nossa busca tem como suporte o livro editado pela pesquisadora Edithe Pereira que apresenta, de forma criteriosa, as inúmeras representações líticas desta região pouco conhecida do Brasil.

Neste caso queremos destacar certas figuras que nos levam a suspeitar que possam tratar-se de objetos não identificados que teriam sido avistados por seus autores num tempo remoto do Brasil.

Neste sentido, queremos destacar a região onde se localiza Monte Alegre, que possui uma grande quantidade de sítios arqueológicos com estranhas representações como, por exemplo: o da Serra da Lua, da Serra do Sol, Pedra do Mirante, Gruta Itatupaoca, Gruta do Pilão, Painel do Pilão, Abrigo da Coruja, Abrigo do Irapuá, etc., todos localizados na Serra do Ererê e na Serra de Paituna.

Na Serra do Ererê vamos encontrar desenhos curiosos que despertam a imaginação, pois que mostram figuras estilizadas a lembrar algo parecido com o que hoje é pesquisado como UFO ou OVNI, além de mostrar ainda, estranhas figuras humanóides. Vamos apresentar no presente trabalho apenas algumas destas inscrições, pois elas existem em grande quantidade e podem ser encontradas em toda a extensão da Serra.

Também na Bacia dos rios Araguaia e Tocantins, principalmente numa região denominada Martírios do Araguaia, pode-se encontrar diversos desenhos em baixo relevo que mostram uma grande variedade de objetos curiosos e figuras zoomorfas. Dentre estes, podemos destacar:

Na Bacia do rio Trombetas, próximo aos rios Erepecuru, Murapi, Paru de Oeste e Igarapé Campo Grande, existem também outras inscrições de caráter excepcionalmente curioso. Algumas destas, reproduzimos a seguir por se tratarem de figuras muito expressivas que permitem serem analisadas sob uma ótica não necessariamente acadêmica, pelo seu alto grau de estranheza. Vejamos:

A bacia do rio Xingu é também riquíssima em inscrições rupestres. Num local denominado Cachoeira de Itamaracá existe um desenho, cujas características não podem ser, em absoluto, atribuídas a povos primitivos, face à sua complexidade. Em 1.885, Domingos Soares Ferreira Penna, visitou aquela região e reproduziu a enigmática figura, que apresentamos a seguir, copiada fielmente da original.

A sua apresentação neste trabalho tem como propósito mostrar que ela mais se parece com um esquema técnico, apesar de alguns pesquisadores quererem atribuir-lhe explicações comuns, como se fosse apenas uma representação de aldeias fortificadas. Esta reprodução fiel foi feita por este autor, para que cada um possa fazer suas próprias avaliações:

Também em outras localidades da Bacia do Rio Xingu, vamos encontrar baixos relevos que lembram máquinas em vôo. No Paredão Valha-me Deus encontramos as seguintes figuras:

Num local chamado de Ilha de Pedra (dentre outros objetos estranhos insculpidos) e na “Pedra Gravada”, no município de Anapu,  pode ser encontradas, respectivamente, as seguintes figuras:

Objetos surpreendentes e figuras desconcertantes foram encontrados pelo pesquisador e escritor Marcel Homet, no Estado de Roraima, próximo a Serra de Parimã, na divisa do Brasil com a Venezuela. Ao visitarmos o local, constatamos que, seguramente, tratam-se de inscrições muito antigas e de origem desconhecida, não podendo ser, simplesmente, atribuídas a índios da região ou a homens primitivos, pela profusão de símbolos tradicionais, já conhecidos do Velho Mundo.

Tais inscrições encontram-se gravadas, segundo o autor que as copiou, numa grande rocha, denominada Pedra Pintada, podendo-se destacar certos conjuntos de caracteres que lembram letras e símbolos religiosos e esotéricos, além de figuras complexas que fazem lembrar máquinas voadoras. O que esta vasta simbologia estaria fazendo em plena selva amazônica? Quem as teria produzido? Com que finalidade?

J.A.Fonseca é economista, aposentado, escritor, conferencista, estudioso de filosofia esotérica e pesquisador arqueológico, já tendo visitado diversas regiões do Brasil. É presidente da associação Fraternidade Teúrgica do Sol em Barra do Garças–MT, articulista do jornal eletrônico Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portalUFOVIA. Postado em Abril 2013.

– Fotos & reproduções: J. A. Fonseca. – Produção: Pepe Chaves. © Copyright 2004-2007, Pepe Arte Viva Ltda.

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Balzac e os rolezinhos


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Balzac e os rolezinhos

 

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Lucien de Rubempré, personagem pequeno-burguês de Balzac: um mano do século XIX?

Quando jovens da periferia são impedidos de entrar num shopping, desenrolam-se os capítulos contemporâneos da “Comédia Humana”

Por Fábio Salem Daie

Há cerca de duzentos anos, mais precisamente entre 1842 e 1848, Honoré de Balzac reunia o conjunto de sua obra para a publicação do ciclo romanesco que ficou conhecido como La Comédie Humaine (A Comédia Humana). Resultado de vinte anos de labuta literária, o empreendimento colossal (com mais de oitenta narrativas, muitas interligadas) registrava um dos grandes traços sociais de seu tempo: o esforço da classe burguesa ascendente em firmar-se como classe dominante, não apenas economicamente, senão culturalmente. Isto porque, se a revolução de 1789 havia soado a badalada final à imemorial supremacia política da aristocracia francesa, o período napoleônico e a Restauração mostrariam que havia ainda “feijão a comer” até a substituição de hábitos e valores há muito consagrados.

É nesse contexto que se move Lucien Chardon de Rubempré, famosa personagem deIlusões Perdidas. Fruto da união entre um farmacêutico e a filha de uma família nobre decaída, o pobre e provinciano Lucien planeja vencer na vida por meio de seus talentos literários. Sua beleza, juventude e brilho conquistam o coração da Sra. de Bargeton, rica nobre da cidade de Angoulême, responsável por sua ruidosa acolhida no salão da aristocracia provinciana e que carregará consigo o poeta à capital parisiense.

O rolezinho de Lucien Chardon na Ópera

Censura

Uma das passagens mais importantes do romance tem lugar durante a apresentação de Les Danaïdes, ópera de Antonio Salieri (sim, aquele “arquirrival” de Mozart, emAmadeus). É por meio da Sra. de Bargeton que Lucien tem acesso ao camarote da Sra. D’Espard, prima daquela e marquesa influente da alta sociedade de Paris. É ali também, no entanto, em meio aos grandes brasões da França, que o herói vê tolhidos, pela primeira vez, todos os seus esforços para subir na vida. Jogado entre aqueles de uma classe superior à sua, Lucien fornecerá, sem perceber, as pistas de sua origem humilde e de seu nome vulgar (Chardon).

– Eis o senhor du Châtelet – disse nesse momento Lucien, levantando o dedo para mostrar o camarote da senhora de Sérizy (…). A esse sinal, a senhora de Bargeton mordeu os lábios em sinal de desprezo, pois a marquesa não pôde deixar de escapar um olhar e um sorriso de surpresa, que dizia tão desdenhosamente: ‘De onde saiu esse jovem?’ (…).

– Como fazem o senhor e a senhora de Rastignac, que todos sabem não dispor de mil escudos de renda, para manter seu filho em Paris? – disse Lucien à senhora de Bargeton (…).

– É evidente que o senhor veio de Angoulême – respondeu a marquesa bastante ironicamente, sem deixar o seu lornhão.

Após a ópera, questionada pela prima marquesa se tivera a ousadia de levar o filho de um boticário ao seu camarote, a Sra. de Bargeton se vê obrigada a expiar seus erros, desculpar-se pelo atrevimento e negar três ou dez vezes aquele Cristo vaidoso e belo. Abandonado à própria sorte, Lucien Chardon parte então para o verdadeiro conhecimento de Paris, suas ruas escuras, pensões sujas, figuras miseráveis; bem como seus salões, teatros e galerias vedados à gentalha: tais espaços, somente os burgueses muito ricos ou os artistas muito célebres possuíam a vênia (às vezes não dada) para adentrar.

O desprezo que a nobreza européia dispensava ao burguês era, também, o desprezo por aquele que desconhecia a etiqueta e as boas maneiras da alta sociedade. A detalhes tão eloqüentes (a ponto de denunciarem Lucien) unia-se um universo que poderia girar entre Vivaldi, Bach e Beethoven; Dante, Racine e Milton; os pensadores políticos ingleses, Hobbes, Locke, Bacon; os filósofos da tradição clássica (Platão e Aristóteles) e os filósofos cristãos (Santo Agostinho, Thomás Aquino); francês e latim; noções de arte, história e geo-política; a destreza no manejo de armas; o sentido de dever com o rei e com os servos da terra.

Sangue Bom, Vai no Rolezinho do Bem

Pese a opressão do período feudal e, posteriormente, das monarquias absolutistas europeias, o burguês era encarado como filisteu e ordinário não somente porque escancarava o privilégio como advindo da exploração das camadas mais baixas (fossem camponeses ou operários). Importava o fato de que não dominava o código: a tradição cultural erguida, sepultada e mil vezes refeita através dos séculos, ao longo da ascensão e queda dos impérios. Isto era, em sentido forte, distintivo.

Zoar, dar uns beijos, rolar umas paqueras”

Quando jovens da periferia são impedidos de entrar num shopping center de São Paulo, desenrolam-se aí os capítulos contemporâneos da Comédia Humanabalzaquiana. Os Luciens Chardon de nosso tempo são meninos e meninas que almejam igualmente melhorar de vida, buscando para isso os símbolos de status e os objetos de desejo pelos quais se sentem menos excluídos de um universo (mesquinho) de valores. Se esses objetos são valor em si, também são os espaços de socialização em que o indivíduo se afirma como integrado.

Todos aqueles elegantes fidalgos usavam luvas magníficas, e ele tinha luvas de policial! Aquele brincava com uma bengala deliciosamente cravejada. Aquele outro usava uma camisa com punhos presos por delicados botões de ouro. Falando a uma senhora, outro torcia uma charmosa gravata (…). Um quarto retirava do bolso de seu colete um relógio liso como uma peça de cem sous (…). Observando essas pequenas bagatelas de que nem suspeitava, o mundo das superficialidades apareceu a Lucien e ele estremeceu pensando que era necessário um enorme capital para chegar ao estado de belo rapaz!

Última atualização da segregação econômica (e racial) que vigora em São Paulo, a repressão ao rolezinho vem escancarar que, em passeata ou arrastão, pesa mais a condição da pobreza do que a de manifestante ou fora-da-lei. Qualquer reunião é suspeita. Ao morro só se concede descer em grupos no carnaval. Fora de época, o morro não desce: ou corre ou marcha. Por essas a elite, quando decide desembolsar cem reais “apenas para entrar” numa casa noturna, sabe, no fundo, que não se trata “apenas” disto. Trata-se, de fato, de comprar a exclusividade do espaço junto àqueles que partilham do mesmo berço (por menos ornado de outras qualidades que não o puro e bom dinheiro). Em São Paulo e no Rio, pagar para entrar é, também, medida social.

Lucien via-se separado deste mundo por um abismo, perguntava-se por que meios poderia transpô-lo, pois desejava se assemelhar àquela esbelta e delicada juventude parisiense. Todos esses rapazes saudavam mulheres divinamente vestidas e belas, mulheres pelas quais Lucien se deixaria cortar em pedaços em troca de um único beijo (…).

La Comédie Humaine completa o ciclo com requintes de histeria. A elite e a classe média escarceam acusações que vão da “falta de modos” a tumulto e vandalismo. Na realidade, a quebra do decoro dos atuais Luciens difere daquela do jovem Chardon. Lucien, à ópera, deixava revelar à aristocracia seu aspecto de impostor, que em vão deseja parecer fidalgo. Lucien adivinhou que tinha ares de quem se vestira pela primeira vez na vida. Os Luciens contemporâneos não pagam esse tributo. Não só derrubam a exclusividade de consumo e de espaços de socialização, mas o fazem sem pedir, criando eles mesmos sua forma de socialização: o (inédito) rolezinho. A classe considerada subalterna inventa para si modalidades de inserção, com capacidade de aglomeração que a classe média apenas conhece em dias de festa.

Gravrara

Quem tem motor faz amor / Quem não tem passa mal (MC Daleste)

Em algum lugar, Jorge Luis Borges explica que a poesia gauchesca – que tanto cantou os feitos do homem do campo na Argentina – é, e só poderia ser, criação de literatos da classe média de Buenos Aires. Isto porque aquilo que os gaúchos reais de fato cantavam ao pé do fogo não era o pampa, o cavalo, o laço: coisas pertencentes ao cotidiano. O gaúchos falavam de coisas a que aspiravam e suas letras, explica Borges, traziam elementos incríveis (causos, personagens…) e algo de tendência reflexiva: um pouco à moda dos repentes e da literatura de cordel nordestinos.

O funk ostentação canta os desejos do jovem da periferia, e que só à primeira vista se resumem à necessidade de consumo. Embora relacionado sem dúvida ao progressivo acesso ao mercado consumidor, facultado pelo aumento da renda e do crédito nos últimos anos, caberia perguntar: assim como as reflexões gauchescas não aspiravam a ser verdadeira filosofia, seria o consumo do funk ostentação tão pretensiosamente sério?

Carros de luxo, helicópteros, aviões e até submarinos surgem nas letras, numa sucessão delirante de marcas e objetos caros, cobertos de ouro. Não algum ouro: mas quilos de ouro. Este toque de (talvez não seja equivocado dizer) “exagero” parece indicar algo óbvio, mas pouco notado nas canções: ostentar e possuir são coisas diferentes.

Se na matriz norte-americana as excentricidades de consumo estão, de fato, à mão derappers milionários, no Brasil tudo parece tomar novas dimensões, próprias à realidade local. Basta ver que boa parte das letras gringas que falam sobre dinheiro vem acompanhada de, por assim dizer, questões práticas: fundos de investimento, transações vantajosas, negócios imobiliários, especulações arriscadas etc. O motivo é simples: os cantores de rap e hip-hop mais bem sucedidos nos Estados Unidos são também empresários, a ponto de, em 2013, a revista Forbes ter organizado as dez melhores dicas de finanças retiradas das letras de hip-hop1. Assim, a posse efetiva de carros luxuosos e iates se expressa, nas letras, pelos problemas que naturalmente assediam este mundo; diríamos, os ossos do ofício.

Esta constatação, comparativamente, deixa ver o peso que a palavra “ostentação” carrega no contexto brasileiro. O “exagero” presente nas letras aponta, sem querer, para o que há de limite na própria ascensão econômica. Pese o dinheiro conquistado por alguns funkeiros da ostentação, é como se dissesse: “vamos passear de helicóptero, porque trabalhar é de ônibus, mesmo”. Não há contradição. A parte do helicóptero é o sonho, o que resiste de lúdico num contexto em que, se há uísque, faltam ainda educação, saúde e moradia de qualidade.

Rebeldes

Talvez isto seja a conexão mais profunda entre os rolezinhos e o funk ostentação. Paquera-se não só pessoas, mas as coisas, sem que isso implique tê-las. É passear antes de possuir, ainda que a posse se mantenha no horizonte. Estar próximo ao universo desejado, dentro dele (nos shoppings), entre um cabedal de objetos que vale mais pelo que tem de possibilidades do que de custo-benefício ou prazo de garantia. Daí a sucessão sem fim de marcas e formas, que atravessam umas as outras, sem fixar-se.

Contudo, o funk ostentação e os rolezinhos também podem ser, ironicamente, o primeiro tempo da questão social no Brasil em 2014, recuperando, quem sabe, ecos de junho do ano passado. Ainda há o que ver nesse rolê.

 

Um abraço

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A ciência da boa lábia


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A ciência da boa lábia

Estudos mostram que brechas na maneira como pensamos podem ser usadas para convencer. Saiba quais são as estratégias mais certeiras para persuadir e aprenda a se defender de discursos manipuladores

por Diogo Sponciato | ilustrações: Tiago Lacerda
 
NINGÉM ME COMPREEDE

Persuasão é coisa de político, marqueteiro e vendedor, gente com uma habilidade natural para seduzir, certo? Errado. Novos estudos revelam que a habilidade de convencer está impregnada em cada ser humano e teria, inclusive, contribuído para a evolução do nosso raciocínio. Mesmo que existam pessoas com o dom da lábia, técnicas de influência amparadas na ciência podem ser aprendidas por qualquer um. É o que afirma o Ph.D. em psicologia social Robert Cialdini, um dos maiores especialistas na área. Conheça a seguir essas táticas e entenda como e por que funcionam.

Nossa mente evoluiu para argumentar e persuadir os outros, sustentam artigos recém-publicados pelos renomados cientistas cognitivos Hugo Mercier e Dan Sperber, do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França. Eles analisaram diversos estudos que mostram como o pensamento coletivo resolve melhor que o individual uma ampla gama de questões. Na medida em que nossos antepassados desenvolviam a linguagem, dizem os estudiosos, eles tiveram de tornar essa capacidade de raciocinar em grupo mais eficiente para chegar a consensos.

Basta uma rápida reflexão para perceber o quanto essa necessidade de persuadir está presente em nosso dia a dia.

Ela dá as caras ao pedir passagem no trânsito, pleitear aumento ao chefe ou quando queremos demover a namorada de assistir àquela comédia romântica no cinema (ou o namorado de ver um filme de ação). Ser bem-sucedido ou não nessas tarefas, mostram experimentos de psicologia social, não depende apenas de bons argumentos. Requer saber usar os chamados atalhos mentais, atitudes que, mesmo sem ter uma relação com a ideia que você tenta passar, fazem ela ser aceita com mais facilidade.
A investigação desses atalhos começa com os estudos do psicólogo e Prêmio Nobel Daniel Kahneman, que descreveu o mecanismo rápido de tomada de decisões do cérebro. Kahneman demonstrou que nosso pensamento segue padrões baseados na experiência. Quando percebemos, por exemplo, que produtos caros normalmente têm qualidade superior, fazemos uma associação automática na nossa mente. Depois disso, todas as vezes que olharmos para um produto caro, a tendência será pensar que ele é melhor, mesmo que nada mais indique isso. Esse tipo de pré-conceito mental entra em cena várias vezes durante uma argumentação. Se dissermos que a ideia que estamos passando é amparada por um Prêmio Nobel (como acabamos de fazer), aumentam as chances de você se mostrar mais receptivo a ela, mesmo que seja um absurdo — o que, vamos deixar claro, não é o caso aqui.
Esses pensamentos intuitivos foram batizados de Sistema 1 (ou associativo) e, embora não pareçam, são benéficos. Eles economizam energia e tempo cerebral. Imagine o caos se a gente fosse parar para pensar com calma a cada pequena decisão. O contraponto é o Sistema 2 (ou analítico), usado quando precisamos meditar por um tempo antes de agir. As estratégias de persuasão operam principalmente em cima do Sistema 1, tentando capturar o interlocutor sem que ele reflita demais sobre o assunto, e se valem do fato de que uma parte da nossa maneira de pensar não se guia apenas pela racionalidade.
Um dos indícios disso é que a probabilidade de absorver ou não as mensagens de um interlocutor depende bastante de elementos que nada têm a ver com o que a pessoa diz. O psicólogo Albert Mehrabian, professor da Universidade da Califórnia, estabeleceu, depois de anos de pesquisas, uma regra clássica para mensurar como as mensagens são retidas. Segundo ele, 7% da chance de ter o discurso registrado se deve às palavras escolhidas, 38% às variações na entonação da voz e no ritmo da fala e 55% ao aspecto visual — gestos e expressões do rosto. “O que toca o outro é o comportamento não-verbal. Ele é útil para criar um canal de empatia, sem o qual fica muito difícil convencer alguém”, diz a fonoaudióloga Cida Coelho, doutora em psicologia social e professora do Centro Universitário Monte Serrat, em Santos.

A fórmula da persuasão

Entender esses elementos não-racionais que nos ajudam a convencer é o que faz possível aprender a ser mais persuasivo. “Décadas de estudos revelam que persuasão não é uma arte inata. Há hoje um corpo de evidências mostrando que existem maneiras eficazes de tornar nossa postura convincente”, diz Cialdini, que é professor da Universidade Estadual do Arizona e lançou recentemente no Brasil o livro As Armas da Persuasão. A obra reúne parte das investigações de quase 40 anos do pesquisador sobre os fatores que aumentam a predisposição de alguém a aceitar uma mensagem ou proposta. Cialdini agrupa os resultados de mais 300 pesquisas na área em seis categorias: reciprocidade, compromisso, aprovação social, afeição, autoridade e escassez (veja um resumo delas ao longo da matéria).
Um dos princípios mais impactantes para convencer o outro é se mostrar simpático ou oferecer algo a ele. Se um motorista quer entrar na frente do seu carro e acena gentilmente, você vai negar passagem? Difícil, não? Um estudo clássico do psicólogo Dennis Regan, da Universidade Cornell, nos EUA, esmiuçou esse comportamento na década de 1970. No experimento, duplas foram convocadas a avaliar pinturas, só que um dos participantes era ator. Este pedia um favor ao outro voluntário: se ele podia ajudá-lo comprando umas rifas. No primeiro grupo de participantes, depois de um intervalo, o ator trazia ao companheiro um refrigerante; no segundo, não lhe dava nada. Regan percebeu que os indivíduos contemplados com a bebida compraram o dobro de bilhetes, a despeito de gostar ou não do ator. “Eles sentiram uma obrigação de retribuir”, diz Cialdini.

O preceito do “é dando que se recebe” abrange desde a sutileza de sorrir antes de solicitar algo até dar presentes.

Uma pesquisa da Universidade de Toronto, no Canadá, revelou que todos os médicos que publicaram resultados positivos sobre um remédio para o coração haviam recebido viagens ou trabalhos do laboratório antes, enquanto só 37% dos cientistas que questionaram a droga haviam sido patrocinados de alguma forma.
O mero contato com as farmacêuticas, e sua rotina de almoços e brindes, já seria capaz, segundo levantamentos nos EUA, de influenciar o que o doutor receita. E é por isso que se combate hoje a chamada “prescrição não-racional”.

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Maria vai com as outras

Saber que a maioria das pessoas apoia uma ideia também nos faz mais propensos a aceitá-la, mesmo não havendo motivo racional para isso. É muito mais fácil ser convencido a incluir seu nome num abaixo-assinado se já há outros na lista. Esse é o efeito da conformidade, e ele parece mexer até mesmo com nossas percepções sensoriais, como aponta uma experiência do neuroeconomista Gregory Berns, da Universidade Emory, nos EUA. Ele pediu que um voluntário, sozinho em uma sala, comparasse formas geométricas na tela do computador e dissesse se eram iguais ou não. Mais tarde, a cobaia fazia o mesmo, mas acompanhada de outros quatro participantes, todos atores que davam respostas erradas de propósito. Na primeira parte do estudo, o voluntário acertava 90% das questões. Na segunda, o índice de acertos caía para 50%, mostrando o quanto a influência alheia repercutia na decisão. Ocorre que o voluntário tinha um scanner conectado à cabeça. “Pelas imagens notamos alterações em áreas do cérebro associadas à percepção visual quando ele estava na companhia dos atores”, conta Berns.

A opinião dos outros parece moldar nossa crença a ponto de distorcer o que enxergamos de fato.

A influência externa em nossas opiniões é ainda maior quando existe algum tipo de relação afetiva com quem se tenta convencer. É por isso que diversas empresas (no ramo dos cosméticos, por exemplo) se apoiam num time de vendedoras-amigas: elas levam novidades à casa das colegas imbuídas de um poder de convencimento muito mais emocional. Afeição também pode ser construída e não é à toa que lojas enviam cartões de Natal e vendedores buscam elementos em comum para conquistar o cliente — nacionalidade, time, religião. A aparência ou o modo como as pessoas nos veem também conta: pesquisas sugerem que tendemos a concordar mais com indivíduos que nos pareçam simpáticos, honestos e inteligentes.

O jeito de falar é outro fator determinante para construir a empatia e convencer.

Segundo Cida Coelho, quatro atitudes estabelecem esse canal: o olhar — o olho no olho sugere confiança —, a altura da voz — tons mais graves passam credibilidade e os mais agudos, despreparo —, o ritmo da fala — rapidez dá sensação de ansiedade, enquanto a lentidão indica falta de conhecimento — e a articulação ou dicção, que é a clareza e a fluidez ao transmitir a mensagem. Seguir esses preceitos não significa virar um robô com a voz empostada. “Hoje se valoriza mais a naturalidade, até porque as pessoas costumam desacreditar em quem não parece natural”, diz Cida.

Até mesmo tocar alguém ajuda a convencer.

Um estudo da Universidade do Sul da Bretanha, na França, usou uma atriz abordando pessoas num ponto de ônibus vazio. Ela pedia informações e depois simulava um tropeção, derrubando seus pertences. O teste foi feito de duas formas: com e sem um toque sutil no braço do desconhecido. Resultado: 63% dos indivíduos que não foram tocados ajudaram a atriz a pegar suas coisas, enquanto 90% dos agraciados com um toque fizeram esse favor à moça. O mesmo acontece na paquera ao encostar no braço ou joelho da parceira (só não vale grudar!)

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Ilustrações: Tiago Lacerda

Foi ele quem disse

Se você quer vencer um debate de ideias custoso, a saída é pedir ajuda aos universitários, ou melhor, filósofos, cientistas, literatos… Citar nomes e frases de gente famosa funciona porque os atalhos mentais nos levam a aceitar mais rapidamente a opinião de autoridades. “Nossa tendência é respeitar e até se encantar diante de alguém reconhecido por seus feitos”, diz Martha Hübner, professora do Instituto de Psicologia da USP. Repare como isso é usado nos anúncios publicitários: dentistas viraram garotos-propaganda de cremes dentais. O poder de influência da imprensa também não só é calcado na figura da autoridade, como a reforça. Dados colhidos nos EUA entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990 apontam que quando a posição de um expert sai no jornal The New York Times, ela provoca um deslocamento de 2% na opinião pública sobre o assunto; se a posição é defendida na TV, o impacto sobe para 4%.
Aliás, já que falávamos em marketing, outro princípio persuasivo que recorre aos atalhos mentais é o da escassez: se você disser que a promoção acaba no próximo final de semana ou que são as últimas peças à venda, tenha certeza de que mais clientes baterão à sua porta. Num experimento com estudantes da Universidade do Estado da Flórida, nos EUA, a avaliação da comida da cantina do campus, normalmente ruim, melhorou quando eles foram informados de que o estabelecimento teria de fechar por duas semanas em razão de um incêndio. Os especialistas afirmam que associamos automaticamente a característica de ser raro ou escasso a um valor maior.

Outra linha de pesquisa sobre as técnicas persuasivas se debruça sobre nossa noção de compromisso.

Se dissermos que faremos alguma coisa, sobretudo por escrito, nos sentimos na obrigação de cumprir a promessa. Em outro estudo clássico, este da Universidade de Indiana, americanos que responderam numa entrevista que concordariam em doar dinheiro para pacientes com câncer acabaram doando para valer quando, uma semana depois, funcionários de uma associação de combate à doença passaram por suas residências — o auxílio à campanha aumentou em 700% quando comparado à coleta sem as entrevistas anteriores. Quando o compromisso é de certo modo público (os voluntários expressaram que fariam uma doação), nos obrigamos ainda mais a ser coerentes.

Vai cair na rede?

As estratégias de convencimento já começam a ser atualizadas na era da internet. Um exemplo é a relativização dos argumentos de autoridade. “No mundo virtual se prioriza a opinião dos semelhantes”, nota Cialdini. Levantamento recente do instituto Deloitte confirma isso: 62% dos consumidores online nos EUA leem os comentários dos outros antes de comprar e 98% acreditam nessas opiniões.
Pesquisas preliminares também mostram que o poder de convencimento tende a se manter igual na internet, mas só no caso dos homens. Num experimento de bate-papo online versus convencimento pessoal, a psicóloga Rosanna Guadagno, diretora do Programa de Psicologia Social da Fundação Nacional de Ciência dos EUA, observou uma diferença considerável entre as mulheres. “O contato cara a cara teve um impacto maior entre elas, porque possuem uma maior necessidade de estabelecer conexões, algo comprometido pelo distanciamento imposto pelo computador”, explica. Rosanna avalia agora de que forma os contatos no Facebook repercutem nas influências da vida real. É provável que, antes de pedir um favor pessoalmente, valha a pena curtir um post do camarada.

Coisa do diabo?

Nos últimos anos, marqueteiros e grandes corporações têm usado e abusado desses atalhos mentais para aumentar as vendas e motivar funcionários a fazer o que os chefes desejam. Talvez por isso não seja raro pessoas persuasivas serem vistas como manipuladoras e arrivistas. Chega a ser irônico, já que a retórica, disciplina que visa à construção de um discurso eficaz e influente, nasceu com propósitos mais nobres na Grécia antiga. “A ideia era usar a força da palavra para convencer e expulsar os invasores da ilha da Sicília, oferecendo uma alternativa à guerra”, conta Lineide do Lago Mosca, professora de Letras Clássicas e Vernáculas da USP. Aliás, técnicas persuasivas continuam sendo empregadas com propósitos éticos. É o caso de profissionais da saúde. “Interessa-nos usar estratégias que maximizem as chances de convencer o paciente a sair da cama, se livrar do medo de uma cirurgia ou aderir a um tratamento”, exemplifica Martha.

“A persuasão é uma ferramenta que pode ser usada com boas ou más intenções.

E é importante conhecer suas táticas inclusive para se defender de pessoas que as utilizam de maneira antiética”, diz o Ph.D. em comunicação John Seiter, da Universidade do Estado de Utah, nos EUA. Embora compreender seus mecanismos e treiná-los possa nos deixar mais convincentes e atentos a tentativas de manipulação, essas estratégias, sozinhas, não fazem mágica. Sem referências, ideias e bons argumentos, não há técnica que resista. “Habilidades como erudição e negociação são relevantes, mas o discurso precisa ter sustância, sob pena de ser encarado como picaretagem”, diz a psicóloga Ana Cristina Limongi-França, da Faculdade de Economia e Administração da USP. É aquela velha história dos políticos de frases vazias.

E eles, você há de concordar, já não convencem mais ninguém, não é mesmo?

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Ilustrações: Tiago Lacerda

15 truques para convencer melhor

(ou 15 alertas para não cair na lábia dos outros) 1. Antes de pedir um favor ou iniciar uma conversa penosa, sorria e faça elogios ao interlocutor. Só não exagere na dose para não soar artificial.
2. Imite gestos e expressões faciais e verbais do seu colega. Pesquisas demonstram que copiar o parceiro de conversa, sem bancar o mímico, claro, aumenta a chance de persuadi-lo.
3. Traga lembrancinhas das férias, curta um status no Facebook, ofereça uma carona…         Presentes e favores criam para o beneficiado uma necessidade de retribuir a gentileza.
4. Numa discussão com um chefe ou interlocutor difícil de lidar, introduza suas objeções fingindo aceitar as proposições dele. Exemplo: “Eu concordo com isso, mas também temos que considerar…”.
5. Busque elementos em comum, como time de futebol, preferência musical, nome e origem, para estabelecer uma maior intimidade. A afinidade garante mais sucesso nos pedidos e debates.
6. Se você quer convencer alguém de que X supera Y, aponte as qualidades de X, mas ressalte sobretudo os defeitos de Y. Há indícios de que nosso cérebro guarda melhor aspectos negativos de uma pessoa ou produto.
7. Ao defender uma tese, não perca tempo elencando mil argumentos. Tenha foco e dê subsídios para os principais. Isso evita a impressão de que você tem conhecimento superficial do assunto.
8. Nada de recorrer demais a “hmm…”, “deixe-me ver…” e expressões que denotam hesitação e incerteza. A fluidez do discurso é importante para que ele cole.
9. Sempre dê motivos. Um estudo mostrou que a chance de você conseguir furar a fila apresentando uma razão (“Posso passar na frente porque estou com pressa e minha mulher está no carro?”) é maior do que se simplesmente você pedir (“Posso passar na frente? Tenho pressa!”).
10. Numa discussão, coloque-se sempre como superior ou use informações de foro privilegiado. Exemplos: “Sei disso porque morei em Londres…” ou “Então, uma prima que morou em Londres disse…”.
11. Jamais entre numa discussão cansado. O cérebro demanda muita energia. Ao ficar extenuado, multiplica o risco de se embolar e ceder.
12. Se você quer de fato convencer alguém a fazer algo, certifique-se de selar o compromisso por escrito. Há evidências de que o comprometimento por meio de um e-mail ou bilhete tem maior chance de ser cumprido.
13. Se quer que lhe façam um favor e suspeita que vão recusar, comece pedindo algo mais difícil. Exemplo: você precisa de R$ 10, mas pede primeiro R$ 30. Caso o interlocutor negue, você questiona se não teria pelo menos uns R$ 10. É alta a chance de a rejeição virar um “sim”.
14. Aparência faz diferença. Pesquisas indicam que o jeito de vestir e a adequação ao contexto elevam a confiança em quem profere o discurso.
15. Nas discussões mais complexas, aprenda com o filósofo alemão Arthur Schopenhauer: procure expandir ou generalizar as ideias do interlocutor para encontrar brechas nelas ou invalidá-las. E faça com que ele concorde com cada um dos seus argumentos antes de arrematar. Essa tática o força a aceitar sua conclusão.

O Maranhão o fica no Brasil ???!!!


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O Maranhão o fica no Brasil ???!!!

Por favor, após leitura, envie para parentes e amigos para que façam o mesmo, para que muitos saibam.

– Para nascer, Maternidade Marly Sarney;

– Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola  Sarney ou, Roseana Sarney;

– Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto ,  Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney;

– Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá  até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade  particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um  tal de José Sarney;

– Para inteirar-se das notícias, leia o jornal O Estado do Maranhão, ou ligue a TV na TV Mirante, ou, se preferir ouvir rádio, sintonize  as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no  interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13  repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário, do tal José Sarney;

– Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, coisa proibida pela Constituição, lei que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor);

– Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue  a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se  quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas ‘maravilhosas’ rodovias maranhenses e aporte no município José   Sarney.

Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum  José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e  dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney…

Seria cômico se não fosse tão triste….    Infelizmente, o texto é verdadeiro…