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A PEDRA DE INGÁ-PB


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May be an image of outdoors and monument

Localizada no Brasil, é uma maravilha arqueológica mundial. Tem mais de 6 mil anos e centenas de símbolos estranhos.
Cientistas de todo o mundo tentaram decifrá-la sem sucesso, a única coisa que se conhece é que possui caracteres egípcios, fenícios, sumérios também semelhantes ao rongorongo da Ilha de Páscoa e principalmente símbolos da linguagem nostrática, o mais antigo e raro da humanidade.
Na pedra aparece a constelação de Órion, a via láctea, mensagens de um desastre mundial que virá no futuro, métodos para abrir portas mentais e viajar para mundos dimensionais, fórmulas matemáticas, equações e muitas outras coisas impactantes.
Quem deixou escrito há 6 mil anos tal conhecimento nesta pedra? Como é possível que eles soubessem tudo isso no passado?
A Pedra de Ingá é um monumento arqueológico, identificado como “itacoatiara”, constituído por um terreno rochoso que possui inscrições rupestres entalhadas na rocha, localizado no município brasileiro de Ingá no estado da Paraíba.
O termo “itacoatiara” vem da língua tupi: itá (“pedra”) e kûatiara (“riscada” ou “pintada”). De acordo com a tradição, quando os indígenas potiguaras, que habitavam a região, foram indagados pelos colonizadores europeus sobre o que significavam os sinais inscritos na rocha, usaram esse termo para se referir aos mesmos.
A formação rochosa em gnaisse cobre uma área de cerca de 250 m². No seu conjunto principal, um paredão vertical de 50 metros de comprimento por 3 metros de altura, e nas áreas adjacentes, há inúmeras inscrições cujos significados ainda são desconhecidos. Neste conjunto estão entalhadas figuras diversas, que sugerem a representação de animais, frutas, humanos e constelações como a de Órion.
O sítio arqueológico fica a 109 km de João Pessoa e a 38 km de Campina Grande. O acesso ao local se dá pela BR 230, onde há uma entrada para a PB 90, na qual após percorrer 4,5 km chega-se ao núcleo urbano de Ingá. Atravessando a avenida principal da cidade, percorrem-se mais 5 km por estrada asfaltada até se chegar ao Sítio Arqueológico da Pedra do Ingá. No local há um prédio de apoio aos visitantes e as instalações de um museu de História Natural, com vários fósseis e utensílios líticos encontrados na região onde hoje fica a cidade.
O sítio arqueológico está numa área, outrora privada, que foi doada ao Governo Federal e posteriormente tombada como Monumento Nacional pelo extinto Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual IPHAN), a 30 de novembro de 1944.”

Crédito: Pri Betelgeuse See less

A Chave Mágica do Triskellion Celta


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Esta é a grandeza particular do Triskelion. A conexão com o centro espiritual do coração é rompida, e a alma cai em trevas e em fraqueza virtual, não havendo, em tal condição, a manifestação de uma CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL REAL que proceda do SER INTERNO nestes três veículos psíquicos.

O Triskelion celta é uma chave antiga, muito antiga, procedente do antigo conhecimento ariano-venusiano das origens obscuras da Europa…
e vem daí também a famosa SUÁSTICA, mas com um sentido completamente diferente.

Enquanto a Suástica (quatro braços em rotação) é uma espécie de cruz dinâmica mais aplicada aos aspectos da matéria e da forma (os quatro elementos, a noção de movimento, ciclos de tempo e transformações), o Triskelion, com três braços (ou três pernas, vindo desse termo seu nome GREGO), tem uma sintonia exclusivamente PSÍQUICA, com pouca ressonância no mundo da forma, e nesse aspecto, a Suástica e o Triskelion se complementam, 3 e 4, mundo psíquico e mundo físico.

O Triskelion diz mais respeito à fusão do psiquismo interno em suas três correntes conhecidas, correntes psico-nervosas, a saber:

1. A corrente mental/cerebral (superior)
2. A corrente emocional (mediana)
3. A corrente vital/instintiva (inferior)

A corrente mental brota no cérebro, especificamente, na região da testa (entrecenho), irrigando todo o cérebro, e se opõe à corrente vital/instintiva, cuja raiz está no osso coccígeo e se relaciona ao famoso chakra da base.

Na região mediana se situa o centro emocional, no umbigo, o plexo solar das emoções.Artigos relacionados

No ser humano comum, estas três correntes, além de impregnadas de energias densas e negativas procedentes do EGO, não fluem, em tal situação, dentro de um quadro de harmonia e equilíbrio que lhes permita fluir em sintonia. E então, acontece que o CENTRO DO SER, que não está em nenhum daqueles três pólos mencionados, mas está no CORAÇÃO, fica desconectado com esses três veículos de manifestação da alma no mundo externo, e o resultado fatal dessa situação é um estado permanente de inconsciência e impotência.

Para que estas três correntes de energia voltem a se conectar com o Centro Real do Ser, o Coração, precisam ser trabalhadas e purificadas INDIVIDUALMENTE, e quando então começarem a verter puras e niveladas, por si mesmas formarão o padrão do TRISKELION, e por si mesmas estabelecerão a reconexão com o coração, COMO QUE POR EFEITO DE MAGIA, MAGIA DO SER!

E o Segredo do TRISKELION se manifestará!

Daí eu diga que se trata de uma antiga chave mágica dos povos arianos, e das origens do mundo indo-europeu.

As pessoas infelizmente não são equilibradas, o que concorre para dizer que não tem a conexão real de consciência e poder com o coração.

Ora se inclinam para o tipo racional-intelectual em excesso, ora tombam para o sentimentalismo, ora caem na vida instintiva do comer em excesso, da atividade sexual sem freios e sem pureza, etc.
Assim, exagerando num dos três pólos determinados da ação, cairão em débito nos outros pólos, criando assim buracos de energia e enormes defasagens de psiquismo interno, o que rompe imediatamente com a conexão ao centro cardíaco.

Muitos confundem o centro do coração com o pólo das emoções, e isso está errado. O centro emocional é no umbigo, na região do plexo nervoso chamado plexo solar, e nada tem a ver com o centro do coração, que é a origem do psiquismo que se reparte em três.

Porque o psiquismo é, ao mesmo tempo, mental, é emocional e é instintivo-sensorial, e por isso o Triskelion tem essa imagem e conceito de TRÊS EM UM.

Naquele estado descrito, o equilíbrio se perde, as três correntes caem impuras e com notas de defasagem, ora mostrando excesso, ora carência.

A conexão com o centro espiritual do coração é rompida, e a alma cai em trevas e em fraqueza virtual, não havendo, em tal condição, a manifestação de uma CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL REAL que proceda do SER INTERNO nestes três veículos psíquicos.

O que vai acontecer é que nos tornaremos meras criaturas construídas pelas impressões externas dos cinco sentidos, somando impressões intelectuais, emocionais e físicas das experiências vividas do lado de fora da vida, e projetaremos essas impressões, julgando que sejam amostras de consciência real do Ser Interior divino, e que jamais poderiam ser a partir do quadro patológico de doença de alma que trazemos, conforme o que foi descrito.

Teremos a tendência de ser ou intelectuais/racionais, ou emocionais/sentimentais, ou instintivos, de acordo com as preferências, inclinações astrológicas, enfim, de acordo com as coordenadas do mundo externo que assim nos construiu e nos moveu segundo nossas tendências internas.

Mas é preciso saber que ainda falta muito para desenvolvermos a nota real de consciência espiritual, ensinada pela chave mágica celta, altamente divina. Seremos e manifestaremos uma soma de memórias, lembranças, gostos, preferências e tendências em nossos veículos psíquicos que não vem do centro real, mas da construção das impressões do mundo exterior, pessoas, contatos, memórias, etc, e elas se apresentarão em nosso juízo como sendo consciência real, mesmo estando longe, muito longe de sê-la.

Sem essa ciência, não há como trabalhar consciência, digo e falo da consciência real, a voz interior.

A chave mágica do Triskelion ensina que teremos consciência real da fonte do ser no coração somente quando começarmos a limpar as emanações mentais, emocionais e instintivas, e depois ir calibrando-as entre si, procurando viver a esfera mental, emocional e física em doses certas, moderadas e que se equilibrem naturalmente.

É como a árvore com sua raiz, tronco e copa de flores e frutos bem estabelecida e firme sobre o chão da existência.

Uma vez limpas e calibradas entre si, passam a fluir naturalmente em harmonia, como o reencontro das três irmãs, filhas de Vênus, a Harmonia, ou então as três faces da Deusa, a racional (Anciã), a emocional (mãe) e a instintiva (a jovem).

Essas três corrente se farão UMA POR SI MESMAS, e nesse estado de UM, é que haverá a reconexão com o coração, e todo o poder-luz do coração volta ao fornecimento da mente, das emoções e do corpo, e nesse estado, estes três centros de energia experimentarão a Iluminação e o Poder real do Espírito nesta vida!

Todos os caminhos e experiências que realizamos do lado de fora do Ser e do seu mundo interior só terão valor se nos ensinar a buscarmos a fonte da consciência do lado de dentro.

O Universo exterior é um enorme espelho que procura todo o tempo nos fazer procurar as estradas do universo interior, onde descansa a nossa realidade individual. Antes dessa descoberta, seremos estrangeiros de nosso próprio país interior, o que é uma condição lamentável.

Esta é a grandeza particular do Triskelion.

Representa a Trindade espiritual em muitos outros aspectos, todos eles concorrendo para sua origem e unidade central.

Pode inclusive representar os três tons do Acorde criador e as três letras do mantra sagrado AUM (OM) ou do Nome de Deus IAO conforme os antigos sábios da Grécia, Egito e Israel.

Uma definição final seria a partir do próprio Nome e significado de TRISKELION: TRÊS PERNAS!

O “animal” de três pernas, de acordo com o enigma proposto pela Esfinge a Édipo, é o ancião que se apóia na bengala, e mais, é o INICIADO com seu cajado ou bastão iniciático de poder, que se distingue assim dos homens comuns, com suas duas pernas limitadoras.

Essa é a magia dos símbolos: uma quantidade enorme de conhecimentos concentrados num único grupo de traços e formas!
Não é a toa que os deuses da atualidade preferiram nos enviar o NOVO EVANGELHO DOS TEMPOS em linguagem de símbolos:

OS CROPS CIRCLES!

A FUSÃO PSÍQUICA

Práticas procuram pela FUSÃO PSÍQUICA, que acontece durante uma interiorização profunda que nos leva a Meditação, quando, num estado superior de ALMA, conseguimos nos tornar unidade psíquica, ou seja, corpo, mente e emoções fusionados num único impulso de energia anímica, o qual então pode se reconectar ao coração, o centro do Ser.

Enquanto sejamos três ou dois internamente, estaremos divididos.
Temos que ser UM, ser corpo, emoção e mente numa única ENTIDADE DE ALMA, aí sim acontecerá a magia conforme o Triskelion.

Porque a reconexão com o coração será estabelecida, e a consciência efetuará seguramente todos os saltos necessários a expansão do DESPERTAR! Só conquistando essa Unidade da Trilogia psíquica interior conseguiremos estabelecer a conexão com o coração e mergulhar no SER em intensidade e pureza absolutas.

Isso equivale aos estados budistas de contemplação interior, os quais nutrem a alma com iluminação legítima.

JP em 04.06.2019

Uma nova teoria sobre o tempo indica que o presente e o futuro existem simultaneamente


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Por Pensar Contemporâneo – 

Caixa, é uma teoria do universo que descreve o “agora” como um lugar arbitrário no tempo e afirma que o passado, o futuro e o presente existem todos simultaneamente.

O Dr. Bradford Skow, professor de filosofia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, sugere que se “olhávamos para o universo” como se estivéssemos olhando para uma folha de papel, veríamos o tempo em todas as direções, exatamente da mesma maneira que vemos o espaço em algum momento.

Então, o que isso realmente significa? Bem, isso sugere que o tempo como o conhecemos está incorreto, em outras palavras, não é linear como sempre pensamos. De fato, tudo ao nosso redor está sempre presente.

Dr. Skow não é o primeiro cientista a questionar a maneira como todos percebemos o tempo.

Em 1915, Einstein introduziu uma teoria do espaço e tempo unificados. Em sua teoria geral da relatividade, ele propõe que o espaço-tempo toma forma de maneira múltipla ou contínua. E que, se visualizado, você verá os dois como um espaço vetorial quadridimensional. E esse vetor é conhecido como “teoria dos blocos”.

“A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.”
O autor argumenta que ele “não gostaria de acreditar nisso, a menos que eu visse bons argumentos a favor”.

“Eu estava interessado em ver que tipo de visão do universo você teria se levasse essas metáforas sobre a passagem do tempo muito, muito a sério”, diz Skow.

Dr. Skow dá mais detalhes:

“A teoria do universo de blocos diz que você se espalhou no tempo, algo como a maneira como se espalha no espaço. Não estamos localizados de uma só vez. “

O Dr. Skow concorda que, enquanto as coisas mudam e vemos o tempo como se estivesse passando, estamos em ‘condições dispersas’ e que diferentes partes do tempo podem estar espalhadas pelo universo infinito.

Viagem no tempo

Depois de tentar entender essa teoria, você começará a perceber que ela também pode mudar a maneira como pensamos na viagem no tempo.

Se essa teoria for real, não podemos simplesmente viajar no tempo e alterá-lo. Se tudo estiver acontecendo simultaneamente – seu passado, presente, futuro disposto no espaço -, seria impossível criar “paradoxos do avô”.

Em vez disso, você apenas viajará no tempo e experimentará como é e como sempre seria.

A Dra. Kristie Miller, diretora conjunta do Center for Time da Universidade de Sydney, explicou a teoria em um artigo publicado pela ABC Science. Miller descreveu como todos os momentos que existem são relativos entre si em três dimensões espaciais e em uma única dimensão temporal.

A teoria do universo de blocos também é conhecida em alguns círculos científicos como Eternalismo, em que o passado, o presente e o futuro coexistem ‘agora’. Isso se opõe ao presentismo, que afirma que o passado não existe mais e está desaparecendo constantemente graças a essa noção traquina de tempo ‘presente’.

Fonte: SciencePhiles

Merkabah o que é? O veículo interdimensional (Mer-Ka-Vah significa carruagem em hebraico)


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Luiza Fletcher 

A Merkabah é o veículo de luz do ser humano, capaz de transportar o espírito (em estágios mais avançados até o corpo físico) para outras dimensões.

Através de estudos dos ensinamentos sagrados de Lemuria, Atlantida e antigo Egito, unificando com conhecimentos e estudos sobre física quântica e geometria sagrada foi possível a descoberta de um poderoso conjunto de técnicas que possibilitam alcançar a ativação completa do corpo e veículo de luz. Juntamente com a abertura do chacra cardíaco e alcance da vibração de amor incondicional, somos capazes de fazer uma limpeza dos canais energéticos e sutis de nossos corpos, ampliando e elevando nossa consciência.

Toro

Através da geometria sagrada, trazemos à consciência a existência de vários campos magnéticos que circundam nossos corpos (um deles é o campo formado pela estrela tetraédrica – ver figura abaixo), e através da meditação da Merkaba, conseguimos acessar estes campos, acionando nosso veículo de luz e projetando nosso ser para outras dimensões.

A conscientização e ativação do veículo Merkaba de luz pode trazer vários benefícios ao ser humano:
Acelera consideravelmente o processo de ascenção
Possibilita uma ampliação da auto consciência, assim como da consciência das relações com outros seres, planeta e universo, num geral
Ativação dos canais energéticos dos corpos físico e sutis
Harmonia e integração completa do ser
Acelera e aumenta os insights – auto consciência
Melhora o desempenho do corpo físico
Ativa áreas do cérebro, aumentando o potencial

Aumenta o potencial energético geral
Aumento de habilidades como telepatia, clarividência, bilocação, multilocação, etc…
Possibilita o alcance da imortalidade física

A Merkaba é um campo de luz que gira em sentidos contrários e que afeta espírito e corpo simultaneamente. É um veículo que pode levar espírito e corpo (ou a interpretação da realidade de uma pessoa) de um mundo ou dimensão para uma outra. Na verdade, a Merkaba é muito mais do que isso, porque ela pode criar uma realidade tanto quanto se mover entre realidades. Para nossos propósitos, entretanto, nos concentraremos principalmente no seu aspecto como um veículo interdimensional (Mer-Ka-Vah significa carruagem em hebraico) que nos ajudará a voltar ao nosso estado mais elevado de consciência original.

Merkabah é uma energia que, segundo nosso entendimento, não tem dono e não pode ser qualificada. Podemos tentar qualificá-la, assim como alguns o fizeram com a Geometria Sagrada, mas só podemos fazê-lo em relação a generalidades, uma vez que se trata de energia e de substância etérica do Deus Criador. Seu propósito aparente é observar as criações divinas e avaliar para o Criador se aquela consciência específica atingiu o nível prescrito, em quantidade e espécie, que lhe permita ascender a um nível mais elevado de consciência ou dimensão.

O que é a Merkabah, em sua consistência?

Significativamente ela é constituída pelas inteligências combinadas dos 24 Anciãos, aos quais podemos nos referir como os “Deuses das Mudanças”, assim como nove dos Deuses das Mudanças fazem parte do Conselho Crístico. Esses 24 Anciãos não devem ser confundidos com os 24 Anciãos que estão à Mão Direita do Criador e que, por direito, são deuses criadores e podem comandar (assim como o faz o Único Criador) legiões de universos, mas que preferem servir altruisticamente às necessidades do existente Mega-Criador.

A Merkabah é destinada a avaliar as formas distintas de consciência e inteligência e, periodicamente, facilitar sua integração ao nível imediatamente superior de consciência, quando for apropriado e aceitável. Este é um processo contínuo em todos os universos, permitindo ao Criador resgatar o que foi criado e que possa ter-se perdido temporariamente.

A Merkabah, conforme declarado em vários livros recentemente publicados, pode ser comparada à utilização da Geometria Sagrada, e apesar de seus resultados serem aparentemente exatos e compensadores, envolve um procedimento e uma disciplina muito complicados para as pessoas comuns; portanto, seu objetivo e eficácia podem ser limitados. Presumindo-se que assim seja, o seguinte texto servirá para simplificar o assunto.
Como declarado anteriormente, Merkabah é uma energia sagrada, formada e controlada por uma inteligência superior para identificar em qualquer dimensão aqueles elementos de consciência que já estão prontos para a ascensão.

Acredita-se que este processo de ascensão é baseado numa razão de proporção que provavelmente atinge os 33,33%, ou um terço da população atual da Terra. Pesquisas sobre referências a este fenômeno, registradas pelos antigos em seus escritos e memórias, parecem confirmar este percentual e também indicar que, a menos que um terço de qualquer população planetária tenha atingido o prescrito estado de consciência, assim tornando-se qualificada para ascensão, a Merkabah não será ativada.

A Merkabah é constituída de através de energias exclusivas e pré-determinadas que se movimentam em rotações opostas ou contrárias, isto é, por uma energia no vórtex, girando no sentido horário, e outra no sentido anti-horário, que formam um portal para a dimensão seguinte, através do qual as consciências qualificadas podem elevar-se.

Uma explanação mais simplificada é a seguinte: para que possamos nos qualificar, cada um de nós precisa transformar o corpo material (físico) num corpo de luz, que então nos fornecerá automaticamente a chave para a passagem através da Merkabah para o Cinturão de Fótons (a Consciência Crística).

O que é COVID-19? “Estamos diante da possibilidade real de uma sexta extinção em massa” afirma o cientista David Attenborough


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O célebre cientista e divulgador naturalista britânico David Attenborough alertou que a humanidade enfrentará uma sexta extinção em massa neste século, se não abordar a mudança climática e a superexploração dos recursos do planeta.

Por Revista Prosa Verso e Arte – 

David Attenborough – foto BBC

A reportagem é publicada por Infobae, 13-9-2020. A tradução é do Cepat.

Em seu novo livro, “A Life on Our Planet” (Uma vida em nosso planeta), Attenborough prevê um futuro de inundações, secas e um oceano se tornando ácido, caso a Terra não seja salva a tempo.

“O mundo natural desaparece. A evidência está em todas as partes. Aconteceu durante a minha vida. Vi com meus próprios olhos. Se não agirmos agora, irá nos levar à destruição. A catástrofe será incomensuravelmente mais destrutiva que Chernobyl”, escreve Attenborough, de 94 anos.

O divulgador, famoso pelos exitosos documentários que celebraram a incrível diversidade da vida na Terra, prevê uma série de possíveis cenários aterradores que a próxima geração poderá enfrentar.

“Estamos diante da possibilidade real de uma sexta extinção em massa, causada por ações humanas”, escreve. “Dentro da vida útil de alguém nascido hoje, prevê-se que a nossa espécie provocará nada menos que o colapso do mundo vivente, precisamente no que se baseia a nossa civilização”.

O problema, afirma, não é apenas a crise climática. “As pessoas, com razão, falam muito sobre a mudança climática. Mas agora está claro que o aquecimento global provocado pelo homem é apenas uma das várias crises em jogo. Uma equipe de estimados cientistas, dirigida por Johan Rockstrom e Will Steffen, identificou nove limites críticos integrados ao meio ambiente da Terra: mudança climática, uso de fertilizantes, conversão de terras, perda de biodiversidade, poluição do ar, esgotamento da camada de ozônio, acidificação dos oceanos, poluição química e extrações de água doce”.

O primeiro problema poderia ser deflagrado em toda a sua gravidade na década que começa em 2030, quando, após anos de desmatamento e queimada ilegal na bacia do Amazonas, a maior mata tropical do mundo poderia ser reduzida em 75%.

“A redução das chuvas provocaria escassez de água nas cidades e secas nas terras agrícolas geradas pelo desmatamento. A produção de alimentos se veria radicalmente afetada”, escreve Attenborough. “A perda de biodiversidade seria catastrófica”.

“As espécies que podem nos fornecer medicamentos, novos alimentos e aplicações industriais poderão desaparecer”, acrescenta.

Além disso, com o aquecimento global aumentando a temperatura da Terra, os degelos no Ártico começarão antes e as geadas chegarão mais tarde.

Isto significa que o urso polar, que depende do gelo marinho do norte para caçar focas, começará a se extinguir.

Attenborough escreveu: “Na medida em que se amplia o período sem gelo, os cientistas detectarão uma tendência preocupante. As fêmeas grávidas, privadas de seus recursos, darão à luz filhotes menores”.

“É muito possível que em um ano, o verão seja um pouquinho mais longo e os filhotes que nasçam naquele ano sejam tão pequenos que não possam sobreviver a seu primeiro inverno polar. Toda essa população de ursos polares se extinguiria.

Com a mudança climática continuando na década de 2050, todo o oceano se tornaria totalmente ácido como resultado de que “o dióxido de carbono formará ácido carbônico para desencadear um declínio calamitoso”.

A metade da década de 2050 seria o final para a pesca comercial e a piscicultura que restam em todo o mundo.

A produção mundial de alimentos chegará a um ponto de crise, após séculos de agricultura intensiva lançando muito fertilizante no solo, deixando-o exausto e sem vida.

falta de alimentos também se agravará com o surgimento de outra pandemia.

“Apenas estamos começando a compreender que existe uma associação entre o surgimento do vírus e o desaparecimento do planeta”, afirma o cientista.

“Quanto mais continuarmos fraturando a natureza com o desmatamento, a expansão das terras de cultivo e as atividades de comércio ilegal de vida terrestre, mais provável é que surja outra pandemia.”

Finalmente, para 2100, o mundo selvagem terá “desaparecido quase por completo”. Nesse momento, então, “96% da massa de todos os mamíferos da Terra será formada por nossos corpos e os dos animais que criamos para comer. Invadimos a Terra. Mas para o próximo século, é possível que a tenhamos tornado inabitável.” 

“O século XXII pode começar com uma crise humanitária mundial, o maior evento de migração humana forçada da história”, escreve Attenborough. “As cidades costeiras de todo o mundo enfrentariam um aumento previsto do nível do mar de 3 pés, durante o século XXI, causado pelo derretimento lento das camadas de gelo, junto com uma expansão progressiva do oceano, na medida em que se aquece. O nível do mar poderia estar alto o suficiente, em 2100, para destruir portos e inundar o interior”.

A isto, soma-se outro problema. “Se todos os eventos ocorressem como descrito, nosso planeta ficaria 4 graus mais quente em 2100. Mais de um quarto da população humana viveria em lugares com uma temperatura média de mais de 29 graus, um nível diário de calor que, na atualidade, só se constata no Saara”.

A sexta extinção em massa da Terra se tornaria imparável”, segundo o cientista. “Dentro da vida útil de alguém nascido hoje, prevê-se que a nossa espécie provocará nada menos que o colapso do mundo vivente, precisamente no que se baseia a nossa civilização”.

No entanto, Attenborough afirma que as soluções estão “a nosso alcance” e há uma série de “passos que podemos tomar e objetivos que devemos conquistar para evitar a catástrofe que se aproxima”.

Entre os remédios, o divulgador britânico cita uma maior sustentabilidade, energia limpa, a reconstrução dos oceanos, ocupar menos espaço e desacelerar o crescimento da população.

Fonte: IHU Unisinos

A hipótese do Tecnofeudalismo


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Cédric Duran, economista francês que cunhou o termo, explica-o: domínio das mega-plataformas criou dependência e controle muito mais graves que os da era industrial. Em breve, pode não haver vida econômica fora do território dos gigantes OUTRAS MÍDIAS TECNOLOGIA EM DISPUTA

por IHU

Todos as esperavam e previam como um Messias restaurador e, ao final, surgiu um monstro. Na realidade, vivemos em um feudalismo próprio aos tempos modernos, muito distante da liberdade e a equidade prometidas pelas novas tecnologias. Sob o manto de uma retórica de progresso e inovação, esconde-se o mais puro e antigo açoite da dominação. As novas tecnologias são completamente o contrário do que prometem.

Essa é a tese de um brilhante ensaio publicado pelo pesquisador Cédric Durand: “Tecnofeudalismo: crítica da economia digital” (Technoféodalisme: Critique de l’économie numérique). Durand demonstra como, ao contrário do que circula nos meios de comunicação, com as novas tecnologias, em vez de se civilizar, o capitalismo se renovou regredindo. Instalou-se no medieval com as ferramentas da modernidade. Não deu e nem nos fez dar um salto para o futuro, mas retrocedeu e, com isso, ressuscitou as formas mais cruéis da dominação e a submissão.

O mito do Vale do Silício se derrete diante de nós: acumulação escandalosa de lucros, tecnoditadores, desigualdades sociais incabíveis, desemprego crônico, milhões de pobres adicionais e um punhado de tecno-oligarcas que acumulam fortunas jamais vistas. A tão badalada “nova economia” deu lugar a uma economia da dominação e desigualdade.

A tese do livro de Cédric Durand é uma viagem na contramão, uma desconstrução dos mitos tecnológicos: a digitalização do mundo não conduziu ao progresso humano, mas a uma gigantesca regressão em todos os âmbitos: restauração dos monopólios, dependência, manipulação política, privilégios e uma tarefa de predação global são a identidade verdadeira da nova economia.

Economista, professor na Sorbonne, Durand é um especialista da organização da econômica mundial e da dinâmica do capitalismo: empresas multinacionais, deslocalizações, globalização, cadeias mundiais de produção. Com este ensaio, sua análise irrompe no terreno de um mito tecnológico que nos consome e adestra todos os dias. Conforme demonstra nesta entrevista realizada em Paris, resta ao mito da nova economia poucas asas para continuar voando. Sua verdadeira face está aqui.

A entrevista é de Eduardo Febbro, publicada por Página/12, 24-01-2020. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Submersa em mitos, manipulações, egoísmos e sonhos de progresso humano, quais são as verdadeiras molas da economia digital?

Possui várias dimensões. Primeiro houve o que se chamou de “a nova economia digital”, cuja ideia geral consistia em que seriam aplicadas novas regras ao funcionamento da economia, graças ao estímulo das tecnologias da informação e comunicação. A partir de 1990, esta ideia acompanhou a renovação do neoliberalismo: inovação, empreendimento e proteção da propriedade intelectual foram as ideias portadoras. Dizia-se que graças às tecnologias da informação e da comunicação, como em toda a esfera digital, haveria muitos custos que seriam anulados e disto surgiria uma nova era de prosperidade. Ocorreu completamente o contrário.

Na realidade, foi um conto que congelou a prosperidade coletiva.

Reconheço, é claro, que com o surgimento dos suportes digitais houve algo novo, mas, sobretudo, o que tento demonstrar é que, ao contrário do que se anunciou, não vimos um horizonte radiante do capitalismo, mas muito pelo contrário, uma degradação do capitalismo. A economia política digital consiste em admitir, ao mesmo tempo, o salto tecnológico e as mudanças institucionais que o acompanharam, que se resume principalmente em um: o endurecimento do neoliberalismo. O resultado de tudo isto é que não assistimos a uma nova prosperidade do capitalismo candente, mas, muito pelo contrário, a um capitalismo em processo de regressão.

Outra das perversões escondidas nessa nova economia é o aumento das injustiças nas relações sociais e, por conseguinte, uma mudança de perspectiva nessas relações. Você definiu as duas tendências como a instauração de um “tecnofeudalismo”, de uma economia digital feudal.

Sim, efetivamente. Em meu livro, demonstro que está em jogo dentro da economia digital uma reconfiguração das relações sociais. Esta reconfiguração se manifesta por meio do ressurgimento da figura da dependência, que era uma figura central no mundo feudal. A ideia da dependência remete ao princípio de que existe uma forma de adesão dos seres humanos a um recurso.

No seio do mercado, havia uma monopolização, por parte do capitalismo, dos meios de produção, mas estes meios eram plurais. Os trabalhadores precisavam encontrar emprego e, de certo modo, podiam escolher o posto de trabalho. Existia uma forma de circulação que dava lugar à concorrência. Nesta economia digital, neste tecnofeudalismo, os indivíduos e também as empresas aderem às plataformas digitais que centralizam uma série de elementos que lhes são indispensáveis para existir economicamente na sociedade contemporânea. Trata-se do Big Data, das bases de dados, dos algoritmos que permitem os processos.

Aqui, estamos diante de um processo que se autorreforça: quanto mais participamos na vida dessas plataformas, quanto mais serviços indispensáveis oferecem, mais se acentua a dependência. Esta situação é muito importante porque mata a ideia de competição. Esta dominação prende os indivíduos a este transplante digital. Tal tipo de relação de dependência tem uma consequência: a estratégia das plataformas que controlam esses territórios digitais é uma estratégia de desenvolvimento econômico por meio da predação, por meio da conquista.

Trata-se de conquistar mais dados e espaços digitais. E adquirir mais e mais espaços digitais significa ter acesso a novas fontes de dados. Entramos, aqui, em uma espécie de competição onde, ao contrário de antes, não se busca produzir com maior eficácia, mas conquistar mais espaços. Este tipo de conquista é semelhante ao feudalismo, ou seja, a competição entre Senhores, que não se manifestava na melhoria das condições, mas na luta pela conquista. Os dois elementos, ou seja, a dependência e a conquista de territórios, nos aproximam da lógica do feudalismo.

É uma lógica reatualizada por meio de suportes ultramodernos: algoritmos e predação feudal.

Efetivamente. O ponto decisivo da economia digital está em que evolui em ritmo lento. Ao contrário da lógica produtiva própria ao capitalismo, em que os capitalistas eram obrigados a investir para enfrentar a concorrência, aqui, na economia digital, paradoxalmente, ao se apoiar na lógica da predação, realiza-se uma espécie de inovação muito orientada para a conquista de dados e não para a produção efetiva.

A estagnação que caracteriza o capitalismo contemporâneo, ou seja, desemprego endêmico, retrocesso do crescimento, salários ruins, em suma, todas estas falhas econômicas estão associadas a um comportamento dentro do qual a predação se sobrepõe à produção.

Você zomba dessa ideia promovida nos meios de comunicação de que a economia digital é a expressão mais acabada de uma economia civilizada. Muito pelo contrário, é um retrocesso brutal.

Assistimos a uma regressão, a um retrocesso socioeconômico. Em vez de passar a uma forma mais civilizada, mais elaborada, mais apropriada à felicidade humana, os suportes digitais nos levam a um retorno a formas arcaicas, que acreditávamos terem sido superadas na modernidade.

Em sua obra, você aponta a substituição que ocorreu para que este arcaísmo domine tudo. Esta economia digital substituiu o consenso de Washington pelo que você chama de consenso do Vale do Silício. No entanto, essa substituição não mudou nada, pois funciona de acordo com as mesmas exigências: reformas, precarização do trabalho, o mercado, a financeirização da economia. Assim como antes!

O consenso do Vale do Silício acrescenta ao consenso de Washington uma camada adicional. A grande racionalidade do consenso de Washington consistiu em dizer que a planificação não funcionava mais porque a União Soviética fracassou. Por conseguinte, é necessário liberar os mercados. O consenso do Vale do Silício começa a ser elaborado nos anos 1990 e se cristaliza nos anos 2000, quando o neoliberalismo estava em dificuldade. A década dos anos 1990 foi uma década de crise financeira. Foi dito, então, que afirmar que o mercado funcionava espontaneamente não era suficiente.

A camada acrescentada pelo consenso do Vale do Silício consiste em anunciar que é preciso estimular os inovadores, que é necessário apoiar os empreendedores. E para isto é preciso deixar que os mercados funcionem com maior liberdade e, ao mesmo tempo, proteger os interesses dos inovadores e dos criadores de empresas. Imediatamente, foram adotadas medidas muito duras para proteger os lucros do capital, sempre com essa lógica: proteger e estimular para favorecer a inovação.

Tudo isto foi plasmado com um caldo de ideias oriundas dos anos 1970 e, depois, misturas com muito oportunismo para desembocar no que você define como um mundo do qual não podemos escapar.

Houve, para começar, uma reapropriação da ideologia californiana, uma ideologia em prol da técnica e do individual. Essa ideologia da Califórnia facilitou a retórica que depois respaldará os delineamentos do consenso do Vale do Silício. E no que concerne a este mundo que nos encerra, bom, é o mundo onde impera o Big Data, que acaba nos conhecendo melhor do que nós mesmos. A lógica da vigilância transcendendo aos indivíduos e nela há como um caminho sem saída.

Não podemos escapar desse mundo porque, individualmente, somos mais frágeis que os algoritmos. Somos dominados e guiados por eles. Não há uma solução individual para a proteção dos indivíduos diante dos suportes digitais. Ao contrário, é preciso refletir sobre o modo como, coletivamente, podemos nos emancipar deles preservando espaços da existência que não estejam totalmente dominados por este sistema. É uma discussão política e não tecnológica.

Tudo é exatamente o contrário neste universo digital. O moderno se veste de feudal. Até a aparente horizontalidade se torna um abismo vertical onde reina a desigualdade e a injustiça social e a tão promovida iniciativa pessoal de torna um monopólio espantoso.

O que observamos é que estamos em um momento de remonopolização. Enfim, o suporte digital deveria reduzir os custos e, por conseguinte, facilitar a competição, mas ocorreu o contrário. Viu-se um movimento de monopolização muito poderoso. As plataformas controlam tudo e quando algo está fora de seu controle compram as empresas que competem com elas. Monopolizam tudo. Este fenômeno de concentração faz com que as estruturas econômicas se endureçam, sejam mais rígidas em vez de arejá-las, conforme era a promessa inicial.

Isto acarreta consequências muito importantes no campo das desigualdades econômicas. As grandes cidadelas digitais são capazes de concentrar volumes de lucros consideráveis. Esses lucros são redistribuídos primeiro entre os acionistas e, depois, para um grupo de empregados. O que vemos nesta economia digital modelada pelo neoliberalismo é um aumento das desigualdades. Longe de ser um mundo de oportunidades é um mundo onde, finalmente, as polarizações se acentuaram.

O roubo de dados, a espionagem e o posterior processamento pelos algoritmos já é algo mais do que comprovado. Você acrescenta uma ideia a esta espoliação planetária: ao extrair nossos dados, estão capturando a nossa potência social.

A tendência é pensar que as empresas pegam nossos dados pessoais, individualmente. No entanto, nossos dados pessoais, como tais, isolados, não possuem valor e utilidade. Ao contrário, esses dados são úteis e se tornam uma força quando comparados aos dados de outros. Nessa comparação, nesse cruzamento de dados, aparecem traços que fazem de nós seres humanos em sociedade. Como indivíduos, somos governados por regras semelhantes.

Por fim, o que o Big Data faz é revelar essa potência social. Essa potência é inacessível individualmente para nós, mas se torna visível quando é possível observar e comparar o conjunto dos comportamentos dos indivíduos. O Big Data revela outras coisas que vão além dos que cada um de nós é capaz de ver, e que nos é restituída sob a forma de perfis por meio dos quais os comportamentos são modificados.

Assim, o Google ou a Netflix podem nos guiar segundo as nossas tendências. Mas, ao fazer isso, o que estão fazendo é reenviar algo que aprenderam do conjunto da comunidade. Precisamente, essa capacidade para remeter, reenviar para nós as informações da comunidade dos indivíduos é a que está na base do princípio de dependência que evoquei há pouco.

Estamos no coração do que você conceituou como “a renda do intangível”.

A renda do intangível significa que se somos capazes de controlar esses elementos, também podemos obter lucros econômicos, independentemente do esforço produtivo que se tenha realizado. É a própria definição da renda, ou seja, obter lucros sem esforços produtivos. Os intangíveis são os ativos como as bases de dados, as marcas, os métodos de organização, ou seja, tudo o que se pode repetir ao infinito sem custos. O tangível, por exemplo, são as ferramentas, as máquinas, etc. As produções de hoje são uma mistura de tangível e intangível.

No entanto, se separamos os proprietários do tangível dos proprietários do intangível, vemos, em seguida, que quanto mais aumenta a produção, mais os lucros do intangível está desconectado do tangível. Os proprietários do intangível fazem um esforço inicial, mas, depois, seus lucros aumentam de forma independente e sem esforço adicional. Ao contrário, os proprietários do tangível precisam continuar fazendo esforços. Na economia digital, a acumulação dos lucros favorece os intangíveis.

Contudo, ainda persistem extensos campos do tangível, por isso estamos, como você descreve, em uma viagem para um feudalismo dos tempos modernos.

Pouco a pouco, caminhamos cada vez mais para esse feudalismo. Não é ainda uma forma completa, ainda há setores e espaços sociais que escapam dessa lógica, mas a lógica do tecnofeudalismo possui uma ascensão contínua sobre nossas vidas. Curiosamente, o que tento dizer, e isto é paradoxal, é que há uma espécie de vitória paradoxal de Marx. O marxismo apostou em que o desenvolvimento das forças produtivas, o processo de modernização, conduziria a uma socialização muito importante. Sempre nos apoiaríamos uns nos outros. E com a história digital ocorre algo assim. Os espaços digitais nos conectam uns aos outros e nos tornam dependentes dos outros a um grau jamais alcançado.

A densidade dos laços dos indivíduos com a comunidade é muito forte. Mas isto não se dá da forma otimista como Marx e o marxismo pensaram. Impôs-se a figura do esmagamento. Finalmente, há um número de indivíduos muito limitado capaz de conduzir e controlar esse processo de socialização para manter sua posição dominante. A figura do esmagamento e da centralização por meio dos espaços digitais nos conduz ao lado oposto de qualquer perspectiva de emancipação. Há algo muito ameaçador em tudo isto. Não se deve subestimá-lo. É uma batalha que se inicia. Cabe às forças emancipadoras imaginar formas de socialização diferentes.

Mas como chegar a isso, se também estamos no paradoxo da obediência?

O que não fecha é a ideia de que existe uma solução individual frente a este movimento. Contudo, as pessoas não são inocentes. Há uma preocupação que se torna cada vez mais visível. O desafio consiste em encontrar soluções que passem pela intervenção política que submetam o funcionamento dessas plataformas à lógica dos serviços públicos. É preciso caminhar para isso. As plataformas desempenham, hoje, um papel político enorme. Não obstante, ainda persiste um princípio de autonomia política.

Estamos próximos de compreender como funciona a consciência humana?


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  • David Robson – BBC Future
Ilustração de pessoas com flores
Legenda da foto,O funcionamento da consciência humana é um dos maiores mistérios da neurociência

Uma lagosta pode sentir dor da mesma forma que você ou eu?

Sabemos que elas têm os mesmos sensores – chamados nociceptores – que nos fazem nos contorcer ou chorar quando nos ferimos. E elas certamente parecem estar em agonia quando um cozinheiro as coloca em água fervente.

Mas elas estão realmente “conscientes” desta sensação? Ou essa resposta é apenas um reflexo?

Quando você ou eu realizamos uma ação, nossas mentes passam por uma experiência consciente complexa. Não podemos apenas presumir que isso também seja verdade para outros animais – especialmente aqueles com cérebros tão diferentes dos nossos.

É perfeitamente possível – alguns cientistas dizem ser provável – que uma criatura como uma lagosta não tenha qualquer tipo de experiência interna, em comparação com o rico mundo de nossa mente.

Rede 6G mudará o mercado com velocidades acima de 1 Tbps

Imagem de: Rede 6G mudará o mercado com velocidades acima de 1 Tbps

Adriano Camacho

Na última segunda-feira (18), um relatório publicado pela empresa chinesa de análises Counterpoint Researchafirmou novidades promissoras para a vindoura rede de transmissão 6G. De acordo com o documento, as taxas de transmissão atingirão velocidades acima de 1 Tbps, ou 1000 Gbps, superando com grande vantagem o atual recorde do 5G, capaz de alcançar em seu máximo “apenas” 10 Gbps. Inovadora, a tecnologia tem lançamento esperado para o final da década e deve inovar o mercado.

Nesse contexto, o relatório detalha algumas das possíveis aplicações para a nova modalidade de transmissão que podem influenciar diretamente a economia, tais como: latência de microssegundos, que permitirá o controle em tempo real de maquinários e robôs; transmissões de mídias em resoluções de até 16K, ou 15360 × 8640 pixels e transporte sem fio de imagens e vídeos holográficos (conhecido como holoportation), entre outros.

Contudo, a Counterpoint Researchtambém prevê alguns desafios na implementação do sistema, principalmente se tratando da tecnologia necessária nos equipamentos de transmissão da rede 6G. A novidade exigirá dispositivos com melhor eficiência energética, canais Line of Sight (LoS), IA adequada para otimizar as transmissões e metamateriais para a construção das antenas capazes de trabalhar no espectro planejado da rede, entre 300 GHz e 3 THz (TeraHertz).

Possíveis aplicações da rede 6G, segundo o relatório. (Fonte: Counterpoint Research / Reprodução)Possíveis aplicações da rede 6G, segundo o relatório. (Fonte: Counterpoint Research / Reprodução)Fonte:  Counterpoint Research 

Apesar do planejamento da Cúpula do 6G estimar que a tecnologia deve chegar apenas em 2030, considerando que o 5G está apenas caminhando seus primeiros passos, grandes empresas do mercado internacional já trabalham para adiantar seu lançamento — entre elas está a Samsung, que promete sua implementação até 2028. Similarmente, a China também está trabalhando na tecnologia e já lançou seu satélite da rede 6G para acelerar a corrida.

Nós somos o Conselho Arcturiano.


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Saudações. Temos o prazer de nos conectar com você e com todos vocês.

Temos o maior respeito pela humanidade porque o caminho que vocês escolheram está repleto de mais desafios do que qualquer um de nós consideraria enfrentar aqui nos reinos superiores.

Nós os vemos como pioneiros que estavam dispostos a explorar as profundezas das trevas e as profundezas do desespero, e tudo com o propósito de ter novas experiências que levariam a uma maior expansão da Fonte.

Agora, enquanto dizemos isso, queremos lembrá-los de que vocês são a Fonte.

A Fonte não é um Ser que existe fora de vocês; A Fonte está dentro de vocês, assim como todo o resto.

O que sabemos que é muito difícil para todos é a aceitação da verdade de que mesmo uma pessoa ou uma crença que vocês desprezam existe dentro de vocês, e não está separada de vocês.

O que isso significa, é que a humanidade precisa de humildade para chegar ao próximo passo na evolução de sua consciência.

Vocês não podem simplesmente ficar bem acima de tudo sobre um arco-íris e ficar olhando para todos os outros.

Não caiam na armadilha de pensar que vocês têm tudo planejado, que estão fazendo tudo corretamente, nem que têm todas as crenças e informações corretas.

Isso seria entediante, atrapalharia seu crescimento e seria um tipo de experiência de morte que realmente não existe.

Vocês nunca param de crescer. Vocês nunca param de se expandir e nunca param de se tornar mais quem vocês realmente são.

Para fazer todas essas coisas, precisavam que existisse o fim do espectro que estava mais longe da Fonte, mais longe da luz e do amor que é a verdadeira natureza de vocês.

O que é mais semelhante à Fonte do que ser capaz de amar a escuridão e aqueles que operam na escuridão?

Se vocês realmente entendem o que é a mudança na consciência, então sabem que não se trata apenas de um flash solar ou de três dias de escuridão.

Se vocês realmente sabem do que se trata a mudança, então sabem que o evento real é vocês se tornarem mais como a Fonte de Energia, e isso significa reconhecer que está tudo dentro de vocês, mesmo aqueles que vocês desejam condenar, até mesmo as crenças que vocês não conseguem entender como alguém poderia até mesmo entreter.

Mais uma vez, vocês têm o nosso respeito e admiração, porque ao descrevermos o que está sendo solicitado que façam, percebemos o quão enorme é a montanha para escalar, especialmente quando um desses seres que representa a verdadeira escuridão fez algo contra vocês, ou contra alguém que amam.

Vocês dirão que não é justo e que não deveria ser, mas faz parte da jornada individual e da jornada de todos os outros vivenciar algumas coisas realmente horríveis ao longo de suas vidas aí no planeta Terra.

Agora, a maioria de vocês teve experiências verdadeiramente terríveis em vidas passadas e, nesta vida, vocês devem se limpar desses traumas.

Essa também não é uma tarefa invejável para se inscrever, e mais uma vez, é difícil para nós sequer imaginar fazer essa escolha.

Mas vocês fizeram, e nós sabemos que vocês fizeram porque vocês estão aí. E se vocês estão aí, também terão o maior passeio possível.

Vocês estão no pêndulo quando ele se move para a luz, levando vocês e o resto da humanidade com ele, para onde todos vocês pertencem.

Vocês estão se tornando os seus Eus Superiores, e estão se tornando da quinta dimensão, e sabiam exatamente o que estavam fazendo quando escolheram essa jornada.

Somos o Conselho Arcturiano e gostamos de nos conectar com você e com todos vocês.

Canal: Daniel Scranton

Você aguenta ser feliz?


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Nizan Guanaes

Ser feliz é quase uma dieta, uma alimentação balanceada da alma

Eu fiz uma cirurgia bariátrica há muitos anos, de maneira estabanada, para me livrar dos meus antigos 150 quilos. Meu pai morreu do coração aos 45 anos, e eu não podia continuar com aquele peso. O médico diz que você vai poder comer de tudo. O problema é que você passa a beber de tudo também.

Eu quase virei alcoólatra. Como, aliás, acontece com muitas pessoas que fazem bariátrica sem se prepararem antes e sem supervisão depois. E foi para cuidar dos meus excessos _de cigarros, bebidas, cafés, refrigerantes e remédios para dormir_ que eu, graças a Deus, conheci o médico psiquiatra Arthur Guerra. Ele transformou a minha vida não me entupindo de mais remédios, mas tirando esses remédios e me entupindo de esportes.

Guerra me botou para fazer triatlos e maratonas e me fez descobrir um mundo que acorda às 5 da manhã e dorme exausto e feliz às 10 da noite.

Mas, de tudo que Arthur Guerra me ensinou, nada é mais brilhante do que a pergunta dele que eu coloquei em cima da minha mesa de trabalho e que tento responder todos os dias: “Nizan, você aguenta ser feliz?” Esta, querido leitor e querida leitora, é a pergunta que dou de presente de ano novo depois de um ano de tantas tristezas, mas também superações. Você aguenta ser feliz?

A pessoa luta para alcançar determinados objetivos na vida e, se e quando consegue atingi-los, quer mais e mais. A gente sonha com uma meta e, quando chega lá, começa a sofrer atrás de outra mais distante. Pedimos aos céus o que não temos, ao invés de agradecermos o que já temos. E, quando atingimos o que tanto queríamos, aí queremos neuroticamente um novo objetivo. Ou seja, estamos sempre deixando para ser feliz na próxima conquista. Isso pode ser (e é) motivador, mas muitas vezes é enlouquecedor também.

Então meu ponto aqui é que a felicidade, como tanta coisa nessa vida, é uma questão de disciplina.

O Dalai Lama diz que a felicidade é genética ou treinada. E de fato tem gente que é feliz por natureza. Para nós, a grande maioria, ela é uma conquista. É como se fosse uma outra carreira, interna: administrador de si mesmo.

E essa pessoa insaciável retratada nesta coluna está, em maior ou menor grau, dentro de todos nós. Os felizes não a escutam muito. Os infelizes são dominados por ela.

Esse comportamento nos leva a fazer duas coisas que são absolutamente inúteis: tentar corrigir erros de coisas que ficaram no passado e postergar a felicidade para conquistas que enxergamos no futuro. Como passar 2021 tentando corrigir os fracassos de 2020 ou adiando a felicidade para 2022.

Por isso, a pergunta é necessária. Será que você aguenta ser feliz? Até porque as melhores coisas da vida não têm preço: amor, família, amigos, fé, respiração.

Ser feliz é quase uma dieta, uma alimentação balanceada da alma. Que mistura bens materiais e, principalmente, imateriais.

Esta é uma reflexão para você pessoa física que pode ajudar muito a pessoa jurídica. Poe isso Harvard tem tratado tanto da administração da pessoa ao tratar da administração da empresa.

O que desejo a você leitor é o que eu me desejo em 2021 e será o meu desafio diário: que você lute para ser as coisas que queira ser, mas não despreze o que é conquistado, o que já é. E que viva 2021, e não 2020 ou 2022.

Até porque o ano que começa será, tem que ser, um ano de cura, de vacina, de virada e de vida. 2020 foi um ano de grande tristeza. De muitas perdas. De muitas e duras lições. Ficamos desesperados e muito tristes, e essa tristeza era inevitável. Mas a vida precisa da felicidade, e a felicidade precisa da vida.

Feliz ano novo!

* Artigo originalmente publicado na Folha de S. Paulo

Publicado por

Nizan Guanaes Criador da N ideias, consultoria das principais marcas do Brasil, investidor e Embaixador Global da UNESCOPublicado • 2 d

Como as raízes do Cerrado levam água a torneiras de todas as regiões do Brasil


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O rio São Francisco está secando, haverá cada vez menos água em Brasília e a cidade de São Paulo terá de aprender a conviver com racionamentos.

João Fellet – @joaofelletDa BBC Brasil em Brasília

Chapada dos Veadeiros
Image captionPlantas do cerrado atuam como uma imensa esponja, recarregando aquíferos que abastecem rios e reservatórios

O alerta é do arqueólogo e antropólogo baiano Altair Sales Barbosa, que há quase 50 anos estuda o papel do Cerrado na regulação de grandes rios da América do Sul.

Ele diz à BBC Brasil que a rápida destruição do bioma está golpeando um dos pilares do sistema: a gigantesca rede de raízes que atua como uma esponja, ajudando a recarregar os aquíferos que levam água a torneiras de todas as regiões do Brasil.

Formado em antropologia pela Universidade Católica do Chile, doutor em arqueologia pré-histórica pelo Museu de História Natural de Washington e professor aposentado da PUC-Goiás, Barbosa conta que a água que alimenta o São Francisco e as represas de São Paulo e Brasília vem de três grandes depósitos subterrâneos no Cerrado: os aquíferos Guarani, Urucuia e Bambuí.

Os aquíferos são reabastecidos pela chuva, mas dependem da vegetação para que a água chegue lá embaixo.

Barbosa afirma que muitas plantas do Cerrado têm só um terço de sua estrutura acima da superfície e, para sobreviver num ambiente com solo oligotrófico (pobre em nutrientes), desenvolveram raízes profundas e bastante ramificadas.

“Se você arrancar uma dessas plantas, vai contar milhares ou até milhões de raízes, e quando cortar uma raiz e levá-la ao microscópio, verá inúmeras outras minirraízes que se entrelaçam com as de outras plantas, formando uma espécie de esponja.

Esse complexo sistema radicular retém água e alimenta as plantas na estação seca. Graças a ele, as árvores do Cerrado não perdem as folhas mesmo nem mesmo no auge da estiagem – diferentemente do que ocorre entre as espécies do Semiárido, por exemplo.

Barbosa conta que, quando há excesso de água, as raízes agem como esponjas encharcadas, vertendo o líquido não absorvido para lençóis freáticos no fundo. Dos lençóis freáticos a água passa para os aquíferos.

O professor diz que essa dinâmica começou a ser afetada radicalmente nos anos 1970, com a expansão da pecuária e de grandes plantações de grãos e algodão pelo Cerrado.

A nova vegetação tem raízes curtas e não consegue transportar a água para o fundo.

Pior: entre a colheita e o replantio, as terras ficam nuas, fazendo com que a água da chuva evapore antes de penetrar o solo. Em alguns pontos do Cerrado, como no entorno de Brasília, o uso de água subterrânea para a irrigação prejudica ainda mais a recarga dos aquíferos.

Em fevereiro, Brasília começou a racionar água pela primeira vez na história – e meses antes do início da temporada seca.

Migração de nascentes

Conforme os aquíferos deixaram de ser plenamente recarregados, Barbosa diz que se acelerou na região um fenômeno conhecido como migração de nascentes.

Para explicar o processo, ele recorre à imagem de uma caixa d’água com vários furos. Quando diminui o nível da caixa d’água, o líquido deixa de jorrar dos furos superiores.

Com os aquíferos ocorre o mesmo: se o nível de água cai, nascentes em áreas mais elevadas secam.

Reserva Extrativista de Recanto das Araras de Terra Ronca
Image captionspecialista afirma que, quando há excesso de água, as raízes agem como esponjas encharcadas

Ele diz ter presenciado o fenômeno num dos principais afluentes do São Francisco, o rio Grande, cuja nascente teria migrado quase 100 quilômetros a jusante desde 1970.

O mesmo se deu, segundo Barbosa, nos chapadões no oeste da Bahia e de Minas Gerais: com a retirada da cobertura vegetal, vários rios que vertiam água para o São Francisco e o Tocantins sumiram.

O professor diz que a perda de afluentes reduziu o fluxo dos rios e baixou o nível de reservatórios que abastecem cidades do Nordeste, Centro-Oeste e Norte.

Em 2017, segundo a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), o número de municípios brasileiros em situação de emergência causada por longa estiagem chegou a 872, a maioria no Nordeste.

Já em São Paulo as chuvas de verão aumentaram os níveis das represas e afastaram no curto prazo o risco de racionamento. Mas Barbosa afirma que a maioria dos rios que cruza o Estado é alimentada pelo aquífero Guarani, cujo nível também vem baixando.

O aquífero abastece toda a Bacia do Paraná, que se estende do Mato Grosso ao Rio Grande do Sul, englobando ainda partes da Argentina, Paraguai e Uruguai.

Fotografia do passado

Bastaria então replantar o Cerrado para garantir a recarga dos aquíferos?

A solução não é tão simples, diz o professor. Ele conta que o Cerrado é o mais antigo dos biomas atuais do planeta, tendo se originado há pelo menos 40 milhões de anos.

Segundo ele, olhar para o Cerrado é como olhar para uma fotografia do passado.

Parque das Emas
Image captionSecretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil aponta que 872 cidades ficaram em situação de emergência por causa da estiagem em 2017

“O Cerrado já atingiu seu clímax evolutivo e precisa, para o seu desenvolvimento, de uma série de fatores que já não existem mais.”

Ele exemplifica: há plantas do Cerrado que só são polinizadas por um ou outro tipo de abelhas ou vespas nativas, várias das quais foram extintas pelo uso de agrotóxicos nas lavouras. Essas plantas poderão sobreviver, mas não serão mais capazes de se reproduzir.

O Cerrado também é uma espécie de museu porque muitas de suas plantas levam séculos para se desenvolver e desempenhar plenamente suas funções ecológicas. É o caso dos buritis, uma das árvores mais famosas do bioma, que costuma brotar em brejos e cursos d’água.

Barbosa costuma dizer que, quando Cabral chegou ao Brasil, os buritis que vemos hoje estavam nascendo.

Mesmo plantas de pequeno porte costumam crescer bem lentamente. O capim barba-de-bode, por exemplo, leva mais de mil anos para atingir sua maturidade. Barbosa diz ter medido as idades das espécies com processos de datação em laboratório.

Parceria com animais

Sabe-se hoje da existência de cerca de 13 mil tipos de plantas no Cerrado, número que o torna um dos biomas mais ricos do mundo. Dessas espécies, segundo o professor, não mais que 200 podem ser produzidas em viveiros.

Ele conta que a ciência ainda não consegue reproduzir em laboratório as complexas interações entre os elementos do bioma, moldadas desde a era Cenozoica.

Barbosa diz, por exemplo, que muitas plantas do Cerrado têm sementes que são ativadas apenas em situações bem específicas. Algumas delas só têm a dormência quebrada quando engolidas por certos mamíferos e expostas a substâncias presentes em seus intestinos.

Há ainda sementes que precisam do fogo para germinar. Contrariando o senso comum, Barbosa diz que incêndios naturais são essenciais para a sobrevivência do Cerrado e podem ocorrer de duas formas.

Chapada dos Veadeiros
Image captionO Cerrado tem hoje cerca de 13 mil tipos de plantas, número que o torna um dos biomas mais ricos do mundo

Uma delas se dá quando blocos de quartzo hialino, um tipo de cristal, agem como lentes que concentram a luz do sol, superaquecendo a vegetação.

A outra ocorre pela interação entre algumas plantas e animais do Cerrado, entre os quais a raposa, o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o cachorro-do-mato-vinagre.

Segundo Barbosa, esses mamíferos carregam no pelo uma carga eletromagnética que, em contato com gramíneas secas, provoca faíscas.

O professor diz que o fogo é necessário não só para ativar sementes, mas para permitir que gramíneas secas, que não têm qualquer função ecológica, sejam substituídas por plantas novas.

“Se a gramínea seca fica ali, não tem como rebrotar, então é preciso dessa lambida de fogo natural pra limpar aquele tufo.”

Os incêndios também são importantes, segundo ele, para que o solo do Cerrado continue pobre – afinal, foi nesse solo que o bioma se desenvolveu.

“O fogo é paradigma para quem pensa na preservação. Se você pensa como agrônomo, o fogo é nocivo, porque acentua o oligotrofismo do solo.”

Estancar os danos

Quando deixa de haver incêndios naturais, os animais e insetos nativos desaparecem e as plantas do Cerrado são derrubadas, é quase impossível reverter o estrago, diz Barbosa.

Mesmo assim, ele defende preservar toda a vegetação remanescente para estancar os danos.

Barbosa diz torcer para que, um dia, a ciência encontre formas de recuperar o bioma.

Cachoeira Véu da Noiva, na Chapada dos Guimarães
Image captionEspecialista diz que incêndios naturais são essenciais para a sobrevivência do Cerrado

“Claro que você não vai reocupar toda a área que está produzindo [alimentos], mas você pode pelo menos tentar amenizar a situação nas áreas de recarga de aquíferos.”

Sua preocupação maior é com a fronteira agrícola conhecida como Matopiba, que engloba os últimos trechos de Cerrado no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos anos, a região tem experimentado uma forte expansão na produção de grãos e fibras.

“Se esse projeto continuar avançando, será o fim: aí podemos desacreditar qualquer possibilidade, porque não teremos nem matriz para experiências em laboratório.”

Nesse cenário, diz Barbosa, os aquíferos do Cerrado rapidamente se esgotarão.

“Os rios vão desaparecer e, consequentemente, vai desaparecer toda a atividade humana da região, a começar das atividades agropastoris.”

“Teremos uma convulsão social”, ele prevê.