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A “Questão Militar” invertida? Solução à vista?


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#DivulgaçãoCientífica

(Texto inspirado em José Murilo de Carvalho)

Após quatro anos de turbulência nas relações entre poder civil e poder militar
e da ameaça real de um Golpe de Estado, o país debate hoje, de forma
civilizada e democrática, a antiga Questão Militar, nascida nas últimas décadas
do Império e até hoje resiliente. O tema de hoje é o mesmo do passado, mas o
propósito do debate é o inverso. No surgimento da Questão Militar, o Exército,
então composto por jovens oficiais de boa formação técnica e científica, se
sentia discriminada por um sistema imperial que privilegiava os bacharéis com
vínculos políticos e a oligarquia rural. Os jovens Tenentes, inspirados no
positivismo do mestre Benjamin Constant, pregavam a Ordem, assegurada
pelo Exército, e o Progresso, que seria o corolário da abolição e da República.
Assim, o núcleo da Questão Militar da década de 1870 era a aspiração dos
jovens oficiais por liberdade política para se manifestarem em defesa da
abolição, da República, da corporação. Em contraste, hoje o núcleo da
resiliente Questão Militar é o oposto – o desejo da sociedade de limitar o
poder político dos militares e ampliar sua profissionalização, e, assim,
preservar a democracia. Ou seja, o país vive hoje uma “Questão Militar”
invertida. Há solução à vista? Uma resposta exige revisitar aspectos das
principais intervenções militares- origem, motivação, resultado e
desdobramento.
O tratamento diferenciado dispensado a oficiais e a bacharéis não era um
problema trivial no final do Império. Refletia uma divergência mais ampla
entre o segmento jovem e reformista de uma instituição emergente – o
Exército – e um sistema monárquico com sinais de decadência, de resistência
a mudanças e defensor de privilégios. As pressões por mudanças eram intensas
: sociais e econômicas– abolição da escravidão; e políticas e institucionais –
República. A escravidão era uma vergonha histórica e sua defesa, por parte das
oligarquias rurais, perdia vigor com o aumento no número de escravos libertos
e de imigrantes europeus. Ao mesmo tempo, a República, refletida no
Manifesto de 1870, traduzia aspiração crescente das classes médias urbanas,
de intelectuais e da imprensa.

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O impasse se prolongava e a solução veio por meio do Golpe Militar qe
implantou a República. Curiosamente, seu protagonista – Marechal Deodoro –
era monarquista e amigo pessoal do Imperador. Na época, confessou ao Chefe
do Gabinete de Ministros, Ouro Preto, que o Exército decidiu proclamar a
República porque “ era mal tratado pelo governo”. Essa confidência é
importante, porque revela um comportamento recorrente do Exército ao
longo da história: atua tanto pela ética da convicção – a República, como pela
ética da responsabilidade corporativa – a defesa da instituição. Assim, o Golpe
da República foi a primeira manifestação clara do papel político do Exército e
da consciência de que a corporação deve ter papel de vanguarda na defesa
lato sensu do país e da governabilidade. Era o resgate republicano do Poder
Moderador do Império, assumido então, não mais pelo Imperador, mas pelas
Forças Armadas, sempre sob a égide do Exército.
O nascimento da “República da Espada” não podia deixar de ser conturbado.
Dois presidentes militares assumiram o poder, mas a morte de Deodoro e
Floriano, logo após seus mandatos, facilitou a transição do poder para os civis.
Apesar da ruptura da Monarquia para a República, o sistema político
permaneceu dominado pelas oligarquias rurais. E os militares se
transformaram nos garantes desse sistema excludente. “A ausência do povo,
eis o pecado original da República”. Isso não impediu períodos de
instabilidade, como o Estado de Sítio no governo Hermes da Fonseca, e
rebeliões militares, como o Movimento Tenentista de 1922 que, embora
derrotado, preservou influência política. Ou seja, os militares não estavam no
palco, mas inspiravam o enredo.
A Revolução de 30 foi o ponto de inflexão. “ Foi necessário aguardar a década
de 1930 para que a presença do povo se fizesse novamente sentir”. O Exército
foi decisivo na vitória, tendo à frente o Tenentismo, com o apoio das Polícias
Militares estaduais. A corporação contribuiu, assim, para o nascimento do
Brasil moderno, semi industrial e apoiado pelo operariado urbano. É verdade
que muitos Tenentes revolucionários de 1922 apoiaram Vargas na Revolução
de 30, mas foram sendo cooptados pelos conservadores, e endossaram a
ditadura do Estado Novo sete anos depois.
A vitória dos Aliados , com a participação da Força Expedicionária Brasileira
(FEB), criou o paradoxo entre uma política externa democrática e uma ditadura
doméstica. Uma vez mais, foi o Exército que deu ultimatum para Vargas
deixar o poder e anunciar eleições, vencidas pelo General Dutra, que foi

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Ministro da Guerra de Vargas. Vale aqui o paralelo entre Deodoro, um
monarquista que proclamou a República, e Dutra, um simpatizante do
nazismo, que assumiu a presidência do Brasil democrático em 1945. Essa
comparação revela um perfil recorrente no papel político do Exército – a
hegemonia da corporação tem mais relevância que a ideologia, no primeiro
caso, o republicanismo, no segundo, a democracia.
Vargas assumiu três perfis, na visão de seu biógrafo Lira Neto. O revolucionário
de 30, o ditador do Estado Novo de 37 e o democrata – reformista de 50. Com
esse último Vargas, “ veio a primeira experiência brasileira de conciliação da
liberdade e da igualdade.” Iniciou reformas que ameaçaram poderosas forças
econômicas nacionais e estrangeiras, aliadas com a liderança militar, o que
teve como desfecho trágico seu suicídio. A gigantesca manifestação popular
em solidariedade ao Pai dos Pobres frustrou a elite militar que preparava o
golpe. “ A multidão de um milhão de pessoas que acompanhou o corpo do
presidente suicida indicou de que lado estava o mundo da necessidade”.
Poucos anos depois, com a eleição de Juscelino, uma conspiração de oficiais
da Aeronáutica tentou impedir a posse do Presidente eleito Juscelino
Kubistchek, rapidamente superada pela mão legalista do General Lott .
O suicídio, reconhecidamente, adiou por dez anos o golpe militar, que ocorreu
em 1964. Pela primeira vez, a corporação militar, tendo o apoio do
empresariado, das classes médias e do governo norte-americano, assume o
poder e inauguraram o regime autoritário militar durante longos vinte e um
anos.
Mancharam o perfil de um Exército identificado com o reformismo medidas
corporificadas no AI 5 de 1968, que implicaram ruptura institucional, proibição
do jogo político democrático, suspensão das liberdades individuais, graves
violações de direitos humanos, mortes e execuções sumárias deixaram Com o
golpe, o desgaste da imagem pública das Forças Armadas foi inevitável. Com
a redemocratização e durante 33 anos, os militares respeitaram as instituições,
se afastaram do jogo político. Assim, recuperaram em grande medida a
imagem pública de honestidade, profissionalismo e espírito público. “ Em
1985, retomou-se o ensaio de 1945. Mas até hoje a recuperação da liberdade
não tem resultado em progresso significativo da igualdade. O Brasil continua
uma democracia liberal, com liberdade, mas sem igualdade”. A partir da
eleição de Bolsonaro, aquelas virtudes dos militares se transformaram em
vícios.

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Os amplos e profundos danos para a democracia durante o governo Bolsonaro
são de domínio público – defesa do regime militar e ícones da tortura, como o
Coronel Brilhante Ustra; ataque às instituições representativas, em particular o
Supremo Tribunal Federal (STF); tentativa de desacreditar o sistema eletrônico
de votação; emprego de mais de seis mil e cem militares em funções civis;
aparelhamento militar da Presidência da República e da Casa Civil, chefiada por
generais; forte aproximação com polícias militares estaduais; negacionismo de
vacinas na pandemia; desvio de presentes do Estado em benefício próprio; e
provas robustas de tentativa de golpe. Muitos desses crimes tiveram o
envolvimento de militares reformados e da ativa, muitos deles de alta patente,
inclusive membros do Alto Comando. O desfecho desse desvirtuamento do
papel das Forças Armadas atingiu seu clímax no vandalismo, por parte de
milhares de seguidores do Presidente, das sedes dos Três Poderes. Esse
episódio do 8 de janeiro era parte de um plano destinado a provocar caos
social generalizado, na expectativa de que a liderança das Forças Armadas se
sentissem pressionadas a dar um golpe.
A fracassada tentativa de ruptura institucional exigiu mudanças imediatas do
no Alto Comando das três forças e o julgamento dos participantes e dos
financiadores da tentativa de golpe. Nessas condições, o principal desafio do
atual governo consiste em limitar o papel político das Forças Armadas, sem, ao
mesmo tempo, agravar sua imagem pública, tão desvirtuada no último
governo.
Concretamente, os desafios atuais assumem diversos contornos. O principal
deles é a forma de limitar o papel político das Forças Armadas e, nesse
contexto, fixar o escopo das investigações envolvendo altas figuras militares,
inclusive o ex- Presidente. Também muito relevante será reformular o
arcabouço jurídico que inspira o chamado Poder Moderador das Forças
Armadas – o Artigo 142 da Constituição de 1988 –, por meio de Proposta de
Emenda Constitucional (PEC). Desafio adicional consiste em determinar o rigor
das punições para os responsáveis pela tentativa de golpe do 8 de janeiro.
A substância e o formato das respostas a esses três desafios deverão moldar o
destino do papel político das Forças Armadas. É a chance de começarmos a
equacionar, de forma construtiva, a resiliente Questão Militar e, nesse
sentido, superarmos nossa histórica República Tutelada.

Espaço


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Descoberta galáxia rara envolta por fita cósmica

Galáxia de anel polar

A NGC 4632 parece ser uma rara galáxia de anel polar.
[Imagem: J. English/T. Jarrett/WALLABY(ATNF/ASKAP:Suburu/Hyper Suprime Camera)]

Galáxia de anel polar

Uma equipe internacional de astrônomos, usando um radiotelescópio ainda em construção na Austrália, descobriu uma galáxia envolta em uma espécie de “fita” cósmica.

A galáxia, chamada NGC 4632, localizada a 56 milhões de anos-luz da Terra, tem uma larga faixa envolvente, provavelmente um anel de gás hidrogênio, que somente pode ser visto nos comprimentos de onda de rádio.

Quem conseguiu ver essa formação inusitada foi o radiotelescópio Askap, o precursor do gigantesco telescópio internacional SKA atualmente em construção na Austrália e na África do Sul, que funcionará como uma antena de dimensão planetária.

Esse envoltório coloca a NGC 4632 como uma provável galáxia de anéis polares, um dos tipos de galáxias mais espetaculares do Universo, mas também entre as mais misteriosas.

Uma galáxia de anel polar é um tipo de galáxia com um anel externo de gás – e algumas estrelas – girando sobre os pólos da galáxia.

A razão pela qual esses anéis polares se formam ainda é um enigma para os astrônomos. Uma possível explicação é que os anéis, que parecem misturados com nuvens de gás, sejam material fragmentado de uma galáxia que passou por ali, ou seja, esses anéis polares se formariam quando duas galáxias interagem gravitacionalmente uma com a outra.

Outra possibilidade é que o gás hidrogênio flua ao longo dos filamentos da teia cósmica e se agregue na forma de anel em torno da galáxia, possivelmente formando estrelas durante este processo, o que também pode explicar a presença das estrelas fora da parte principal da galáxia.

Galáxia de anel polar

O observatório ASKAP possui 36 antenas parabólicas, que funcionam juntas como um único radiotelescópio.
[Imagem: CSIRO/A. Cherney]

Galáxia rara

Depois de rastrear mais de 600 galáxias usando o novo radiotelescópio, a equipe conseguiu identificar apenas duas que podem se enquadrar nesta categoria.

Bibliografia:

Redação do Site Inovação Tecnológica

Artigo: WALLABY pilot survey: the potential polar ring galaxies NGC 4632 and NGC 6156
Autores: N. Deg, R. Palleske, K. Spekkens, J. Wang, T. Jarrett, J. English, X. Lin, J. Yeung, J. R. Mould, B. Catinella, H. Dénes, A. Elagali, B. -Q. For, P. Kamphuis, B. S. Koribalski, K. Lee-Waddell, C. Murugeshan, S. Oh, J. Rhee, P. Serra, T. Westmeier, O. I. Wong, K. Bekki, A. Bosma, C. Carignan, B. W. Holwerda, N. Yu
Revista: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
Vol.: 525, Issue 3, Pages 4663-4684
DOI: 10.1093/mnras/stad2312

A tireóide utiliza a energia vital processada pelo Vishuddha Chakra


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Esse vórtex de força está associado a comunicação. Essa glândula é uma ferramenta espiritual altamente bem projetada, ela tem conexão com o campo mórfico da Terra, assim, grande parte da história dos ancestrais é armazenada neste centro, principalmente ao que se refere ao plasma das palavras, que ficam gravadas no campo mórfico.
Veja, existem palavras utilizadas há mais de 5.000 anos no planeta, que elevam a nossa consciência, como os mantras hindus, essas palavras além de carregarem a frequência de alguma entidade capaz de nos elevar, carrega toda uma história de santos, sábios e gurus que buscaram verdadeiramente Deus, e que você pode se conectar com elas. Utilize!
Atente-se as suas palavras usadas no dia a dia!
Também a glândula tireóide, informa como que você “sai” para o mundo.
Quando o seu corpo astral e mental descolam do corpo físico através de uma projeção astral consciente, é através desse ponto que ocorre a saída. Esse ponto tem ligação direta com o Manipura Chakra, localizado alguns centímetros acima do umbigo, que é por onde o cordão prateado que liga o seu corpo astral ao fisico se estabelece e pode retornar, essa ligação entre esses chakras acontece também pois é através do seu poder pessoal e dos seus dons individuais (informações processadas pelo Manipura Chakra) que você consegue se expressar com a sua energia autêntica (Vishuddha Chakra).
Um colapso na glândula é simbolicamente o desejo de voltar ao útero, pois não quer se expressar afim da resolução do embate, preferindo eliminar a função tireoidiana, por receio de tomar uma atitude errada, assumindo um estado de hibernação que lhe afasta das situações adversas.
A tireóide está ligada às experiências com antepassados, principalmente com o pai ou a mãe, mas podendo ser ativada em qualquer relação com projeção parental inconsciente.”

Arcanjo Gabriel

é quem controla essas forças

A tireóide utiliza a energia vital processada pelo Vishuddha Chakra