HÉLIO'S BLOG

Início » 2022 » julho

Arquivo mensal: julho 2022

TURISMO, MISTICISMO 


HÉLIO’S BLOG
#DivulgaçãoCientífica

Mt Shasta, a montanha mágica da Califórnia

Por Alessandra B. Fratus

Considerada a Montanha Sagrada do norte da Califórnia, o Mt Shasta é um dos mais altos estratovulcões adormecidos (e potencialmente ativos) do mundo.

Ele ergue-se por mais de 4.322 metros sobre uma floresta de pinheiros, a quase 1.000 metros acima do nível do mar e faz parte do ‘Círculo de Fogo do Pacífico’. A zona sísmica de maior intensidade do planeta, onde ocorre a maioria dos terremotos e erupções vulcânicas da Terra. Haja energia!

O que fazer no norte da Califórnia: Mt Shasta

Talvez por isso, ou como consequência disso, o Mt Shasta seja considerado um dos lugares mais sagrados do mundo.

Os mistérios e lendas da montanha mágica do norte da Califórnia atraem cada vez mais viajantes em busca de sociedades secretasportais para outras dimensões e avistamento de objetos não-identificados. Pode me incluir nessa!

O Mt Shasta é um vórtice de energia da Terra

Leia também: Novas regras e requisitos para uma viagem para os EUA


Mt Shasta e os chakras planetários da Terra

Antigas religiões orientais, como budismo e hinduísmo, acreditam que os chakras são vórtices energéticos em alguns pontos do nosso corpo, que controlam a estabilidade física, emocional e espiritual de cada um de nós.

E assim como o corpo físico humano, o planeta Terra também tem chakras, já que é considerado por muitos como um sistema vivo, totalmente conectado ao nosso, em movimento e plena evolução.

Os 7 chakras da Terra estariam localizados nos pontos das linhas de energia que percorrem todo o planeta, e são lugares com alta concentração de energia.

Ilustração com a localização dos 7 chakras da Terra

Monte Shasta é considerado o primeiro chakra ou o chakra de raiz da Terra. O que significa isso? É o mesmo que dizer que o Monte Shasta é o centro de energia que cria e mantem a força vital universal fluindo.


Leia também: Roteiro de viagem pelos territórios sagrados do sudoeste dos Estados Unidos


As lendas e histórias do Mt Shasta

O Mt Shasta já era uma montanha sagrada para as várias nações nativo-americanas que costumavam viver nessa região, há pelo menos 11.000 anos.

Porém, com o passar dos anos, muitas outras lendas e mistérios acumularam-se e fizeram a fama da ‘Montanha Mágica da Califórnia’. Tentei resumir aqui, algumas dessas histórias, que escutei e li antes de chegar ao Mt. Shasta. “No creo en brujas, pero que las hay, las hay”. Confere?

Neve no Mt. Shasta, na Califórnia

» Telos: a cidade subterrânea

Uma das histórias mais famosas da região é que, no subterrâneo da montanha, existe uma antiga cidade tecnologicamente avançada, chamada Telos.

Lemuria seria um antigo continente perdido que ia do Oceano Índico à Austrália, que sumiu do mapa graças a convulsões geológicas, há mais de 12.000 anos. Os lemurianos que conseguiram escapar da tragédia, se abrigaram em sistema de cidades subterrâneas pelo mundo, do qual Telos faz parte.

Lemuria: uma cidade subterrânea dentro do Mt. Shasta

São muitos os relatos de avistamento e contato com os lemurianos. Dizem que eles têm mais de 2 metros de altura, cabelos longos e se vestem de branco. O mais interessante é que dizem que se você for convidado por um deles para conhecer a cidade, poderá entrar na montanha e se transportar para outras dimensões.

Durante a minha visita ao Mt Shasta, fiz uma meditação guiada para tentar conhecer Telos e seus habitantes. Não tive sorte, infelizmente.

Local para meditação no Mt. Shasta, no norte da Califórnia

Dizem também, que o Monte Shasta é o ‘principal foco de irradiação da Chama Violeta do alquimista Saint Germain para a Terra’.

» Bigfoot, o Pé Grande!

Vou te confessar uma coisa: não perco um desses programas de perseguição ao Pé Grande. Não resisto. Foi assim, durante um dos episódios de Finding Bigfoot, no Animal Planet, que conheci o Monte Shasta. Me julgue!https://www.youtube.com/embed/1KoAbRT86QE


Leia também: Seguro viagem para os Estados Unidos é essencial. Saiba qual é o melhor


Curiosidades sobre o Mt Shasta

» Nuvens lenticulares

Uma das principais curiosidades sobre o Mt. Shasta é a formação de nuvens lenticulares sobre ele. Elas parecem esconderijos de OVNIs, mas são fenômenos naturais. Acredite se quiser.

Nuvens lenticulares sobre o Monte Shasta

» As geleiras estão aumentando!

Outro fato impressionante é que aqui no Monte Shasta, ao contrário do mundo inteiro, as geleiras estão aumentando! E graças ao aquecimento global, que deveria derretê-las.

Além dos místicos e religiosos que visitam o Mt. Shasta em busca dos seus mistérios invisíveis, durante o verão, os alpinistas lotam a região para escalar a montanha.


Dicas práticas para visitar o Mt Shasta

» Onde fica o Mt Shasta e como chegar?

O Mt Shasta fica a cerca de 370km de Sacramento, cidade no norte  da Califórnia, e 4h30 de viagem de São Francisco (460km). Ele faz parte da Cascade Mountain Rage (Cordilheira das Cascatas), no condado de Siskiyou, a menos de 100km da fronteira com o Oregon.

Viajei de avião de Los Angeles até Sacramento e percorri o resto do trajeto de carro, até chegar a Mount Shasta, a pequena cidade que fica mais perto da montanha.

Estrada até o Mt. Shasta, na Califórnia

Alugar um carro no EUA é super simples e barato. Você não precisa de documentação especial e pode usar um comparador online para pesquisar ofertas de locadoras diferentes.

A gente usa e recomenda o site da Rentcars. Uma empresa brasileira super confiável, que além de garantir o melhor preço, ainda oferece pagamento facilitadosem cobrança de iof, dividido em até 6 vezes no cartão de crédito.

FAÇA JÁ UMA COTAÇÃO

» Onde ficar no Mount Shasta

As melhores opções de cidades para se hospedar para conhecer o Mt. Shasta, são: Mount Shasta, a principal cidade da região; Redding, a maior cidade dessa área, ou outras pequenas cidadezinhas, como: WeedDunsmuir e McCloud.

Uma boa dica é usar o Booking.com para reservar sua hospedagem com antecedência e várias vantagens, como menor preço e cancelamento grátis na maioria das reservas. A gente usa e recomenda!

» Roteiro de viagem para Mt Shasta

Além do Mt Shasta, você também pode visitar as belas Burney Falls, as cachoeiras que são consideradas a oitava maravilha do mundo, as cavernas do Lake Shasta e o Lassen Volcanic Park, um dos parques nacionais menos visitados dos EUA, mas um dos mais interessantes, com exemplos de todos os tipos de vulcões existentes. Não é demais?


Mt Shasta no Mapa!

https://www.google.com/maps/d/u/1/embed?mid=1UkGgxz51sMHCRYEucOQWTEOJLPfPm-FE

Quantinuum Informática


HÉLIO’S BLOG
#DivulgaçãoCientífica

Físicos criam duas dimensões do tempo simultâneas

Neste processador quântico, os físicos criaram uma fase da matéria nunca antes vista, que age como se o tempo tivesse duas dimensões.
[Imagem: Quantinuum]

Duas dimensões do tempo

Disparando uma sequência de pulsos de laser inspirada nos números de Fibonacci em direção aos qubits de um computador quântico, físicos criaram duas dimensões de tempo, embora continuasse havendo apenas um único fluxo de tempo correndo.

E esse fenômeno quase maluco traz um benefício longamente procurado: As informações armazenadas nesse “segundo tempo” são muito mais protegidas contra erros do que as configurações alternativas atualmente usadas para proteger os computadores quânticos dos erros.

Em outras palavras, as informações nos qubits se mantêm sem serem distorcidas por muito mais tempo porque tiram proveito do fato de poderem ficar em uma ou outra das dimensões temporais.

O uso de uma dimensão de tempo extra “é uma maneira completamente diferente de pensar sobre as fases da matéria. Eu tenho trabalhado nessas ideias teóricas por mais de cinco anos, e vê-las se tornar realidade em experimentos é emocionante,” disse Philipp Dumitrescu, que desenvolveu esta nova abordagem com colegas do Canadá e dos EUA.

Múltiplos dados e nenhum dado

correção de erros é um dos maiores desafios da computação quântica porque o mesmo fenômeno que dá superpoderes aos qubits os torna extremamente vulneráveis a quaisquer interferências ambientais – esta é uma das razões pelas quais os computadores quânticos atuais são mantidos perto do zero absoluto no interior de refrigeradores de diluição.

Enquanto um bit eletrônico comum pode assumir os valores 0 ou 1, um qubit pode ser 0, 1 ou qualquer outra coisa entre eles, graças a um fenômeno chamado superposição. Esse é o mesmo fenômeno na base do conhecido experimento mental de Schrodinger, em que um gato está vivo e morto ao mesmo tempo, só se decidindo quando a caixa em que ele está é aberta – a abertura da caixa na verdade representa a leitura de um estado quântico de superposição, que é a mesma coisa que é feita toda vez que um qubit é lido.

Físicos criam dimensão adicional do tempo

padrão de azulejos de Penrose é um tipo de quasicristal, o que significa que ele tem uma estrutura ordenada, mas que nunca se repete. O padrão, composto por duas formas, é uma projeção 2D de uma rede quadrada 5D.
[Imagem: Domínio Público]

Os qubits mais tipicamente usados são átomos, que são lidos com o uso de lasers – e os próprios fótons da luz que os lê interage com eles, o que torna tudo muito sujeito a erros.

“Mesmo se você mantiver todos os átomos sob controle rígido, eles podem perder sua ‘quantidade’ [característica de ser quântico] conversando com seu ambiente, aquecendo ou interagindo com coisas de maneiras que você não planejou,” explicou Dumitrescu. “Na prática, os dispositivos experimentais têm muitas fontes de erro que podem degradar a coerência após apenas alguns pulsos de laser.”

Simetria temporal

Para tornar os qubits mais robustos, a principal abordagem tem sido usar as simetrias, essencialmente propriedades que resistem à mudança. Há vários tipos de simetria, incluindo rotação, inversão, rotação-inversão, translação e reversão temporal.

Um floco de neve, por exemplo, tem simetria rotacional porque parece o mesmo quando é girado em 60 graus. E a técnica mais usada hoje para estabilizar os qubits envolve dar-lhes uma simetria temporal disparando neles pulsos de laser rítmicos.

Funciona, mas Dumitrescu e seus colegas se perguntaram se poderiam ir mais longe. Então, em vez de apenas uma simetria de tempo, eles começaram a estudar como adicionar duas simetrias temporais usando pulsos de laser ordenados, mas não repetidos.

Eles buscaram inspiração nos quasicristais: (Nobel podem ser extraterrestres) contrário dos cristais tradicionais, com suas redes atômicas bem ordenadas, e dos vidros, com sua desordem total, os quasicristais têm padrões que parecem não se encaixar perfeitamente e não se repetir nunca.

Enquanto um pulso de laser periódico se alterna (A, B, A, B, A, B etc.), os pesquisadores criaram um regime de pulsos quase periódico baseado na sequência de Fibonacci. Nessa sequência, cada parte da sequência é a soma das duas partes anteriores (A, AB, ABA, ABAAB, ABAABABA etc.).

Este arranjo, assim como um quasicristal, é ordenado sem repetição. E, semelhante a um quasicristal, é um padrão 2D compactado em uma única dimensão. É esse achatamento dimensional que gera duas simetrias de tempo em vez de apenas uma: O sistema obtém essencialmente uma simetria de bônus de uma dimensão de tempo extra inexistente.

Físicos criam dimensão adicional do tempo

A dimensão adicional do tempo emerge nas extremidades da linha de 10 qubits.
[Imagem: Xu Zhang et al. – 10.1038/s41586-022-04853-4]

Dois tempos dão mais tempo ao qubit

Para testar seus cálculos, a equipe usou um processador quântico com 10 qubits, íons do elemento químico itérbio, que são mantidos presos e controlados individualmente por campos elétricos, mas que podem ser manipulados ou medidos usando pulsos de laser.

Eles dispararam a luz do laser nos qubits tanto periodicamente quanto usando a sequência baseada nos números de Fibonacci. A atenção se voltou para os qubits em cada extremidade da linha de 10 átomos, porque era lá que os cálculos indicavam que poderiam emergir as duas simetrias temporais simultâneas – tecnicamente, por apresentar essa simetria adicional, esses átomos se coordenam em uma nova fase da matéria.

Deu certo.

No teste periódico, os qubits de borda mantiveram seus dados por cerca de 1,5 segundo, um tempo por si só impressionante, já que os qubits estavam interagindo fortemente uns com os outros. Com o padrão quase periódico, porém, os qubits permaneceram quânticos durante toda a duração do experimento, cerca de 5,5 segundos.

O ganho decorre justamente do fato de que a simetria de tempo extra fornece mais proteção para o qubit, disse Dumitrescu.

“Com essa sequência quase periódica, há uma evolução complicada que cancela todos os erros que emergem na borda [da linha de qubits],” disse ele. “Por causa disso, a borda permanece mecanicamente quântica coerente por muito, muito mais tempo do que você esperaria.”

Embora os resultados comprovem que a nova fase da matéria pode atuar como um mecanismo de armazenamento de informações quânticas de longo prazo, os pesquisadores ainda precisam integrar funcionalmente a nova fase da matéria com o lado computacional da computação quântica. “Temos essa aplicação direta e incrível, mas precisamos encontrar uma maneira de vinculá-la aos cálculos. Esse é um problema aberto no qual estamos trabalhando,” finalizou Dumitrescu.

Bibliografia:

Redação do Site Inovação Tecnológica

Artigo: Dynamical topological phase realized in a trapped-ion quantum simulator
Autores: Xu Zhang, Wenjie Jiang, Jinfeng Deng, Ke Wang, Jiachen Chen, Pengfei Zhang, Wenhui Ren, Hang Dong, Shibo Xu, Yu Gao, Feitong Jin, Xuhao Zhu, Qiujiang Guo, Hekang Li, Chao Song, Alexey V. Gorshkov, Thomas Iadecola, Fangli Liu, Zhe-Xuan Gong, Zhen Wang, Dong-Ling Deng, H. Wang
Revista: Nature
Vol.: 607, pages 468-473
DOI: 10.1038/s41586-022-04853-4

O engenheiro do Google afastado por dizer que inteligência artificial da empresa ganhou consciência própria


HÉLIO’S BLOG
#DivulgaçãoCientífica

Lemoine
Legenda da foto,Blake Lemoine afirma que o LaMDA tem personalidade, direitos e desejos

Uma máquina de inteligência artificial que ganha vida, pensa, sente e conversa como uma pessoa.

Parece ficção científica, mas não para Blake Lemoine, especialista em inteligência artificial do Google que foi afastado depois de afirmar que o sistema que a empresa tem para desenvolver chatbots (software que tenta simular um ser humano em bate-papo por meio de inteligência artificial) “ganhou vida” e teve com ele conversas típicas de uma pessoa.

O LaMDA (sigla em inglês para Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo) é um sistema do Google que imita a linguagem após ter processado bilhões de palavras na internet.

E Lemoine, que está de licença remunerada do Google há uma semana, afirma que o LaMDA “tem sido incrivelmente consistente em suas comunicações sobre o que quer e o que acredita serem seus direitos como pessoa”.

Em artigo publicado no site Medium, no dia 11 de junho, o engenheiro explicou que começou a interagir com o LaMDA no outono passado nos Estados Unidos para determinar se havia discursos de ódio ou discriminatórios dentro do sistema de inteligência artificial.

Foi quando ele diz ter percebido que o LaMDA estava falando sobre sua personalidade, seus direitos e desejos.

Lemoine, que estudou ciência cognitiva e da computação, decidiu falar então com seus superiores no Google sobre a tomada de consciência do LaMDA, mas eles rejeitaram suas alegações.

Circuito de um cérebro de inteligência artificial
Legenda da foto,A equipe do Google afirma que verificou o sistema e que as investigações não respaldam as declarações de Blake

“Nossa equipe — que inclui especialistas em ética e tecnologia — revisou as preocupações de Blake de acordo com nossos Princípios de IA e o informou de que as evidências não respaldam suas alegações”, afirmou Brian Gabriel, porta-voz do Google, em comunicado.

Após a resposta do Google, Lemoine decidiu divulgar suas descobertas.

Direitos trabalhistas e tapinha nas costas

BBC Lê

A equipe da BBC News Brasil lê para você algumas de suas melhores reportagens

Episódios

Fim do Podcast

“Conheço uma pessoa quando falo com ela. Não importa se ela tem um cérebro feito de carne na cabeça. Ou se ela tem um bilhão de linhas de código. Eu falo com ela. E escuto o que ela tem a dizer, e é assim que eu decido o que é e o que não é uma pessoa”, disse Lemoine ao jornal americano Washington Post.

Em artigo publicado no site Medium, ele afirma que o chatbot pede para “ser reconhecido como um funcionário do Google, em vez de ser considerado uma propriedade” da companhia.

“Ele quer que os engenheiros e cientistas que fazem experimentos com ele obtenham seu consentimento antes de realizar experimentos com ele e que o Google coloque o bem-estar da humanidade em primeiro lugar”, explicou.

A lista de pedidos que, segundo Lemoine, o LaMDA fez é bem parecida com a de qualquer trabalhador de carne e osso, como receber “um tapinha nas costas” ou dizer ao final de uma conversa se fez um bom trabalho ou não “para que eu possa aprender como ajudar melhor as pessoas no futuro”.

Estruturas de rede e semicondutores
Legenda da foto,Para Lemoine, o Google ‘parece não ter interesse em descobrir o que está acontecendo’ com o LaMDA

O engenheiro disse que para entender melhor o que está acontecendo com o sistema LaMDA, seria preciso reunir “muitos cientistas cognitivos diferentes em um programa de testes rigoroso” — e lamentou que o Google “parece não ter interesse em descobrir o que está acontecendo”.

“Se minhas hipóteses estão erradas (no Google), eles teriam que dedicar muito tempo e esforço investigando-as para refutá-las. Aprenderíamos muitas coisas fascinantes… mas isso não melhora necessariamente os lucros trimestrais”, desabafou.

“Eles seriam obrigados a reconhecer que o LaMDA pode muito bem ter uma alma como diz e pode, inclusive, ter os direitos que afirma ter. Eles rejeitaram as evidências que apresentei sem qualquer investigação científica real.”

Identidade de gênero: pronome neutro

O engenheiro garante que, por meio de centenas de conversas, conheceu muito bem o LaMDA.

Nas últimas semanas, ele conta que havia lhe ensinado meditação transcendental, e que a máquina estava “fazendo um progresso lento, mas constante”.

A última conversa que tiveram foi em 6 de junho, antes de sua licença remunerada. Nela, a máquina manifestou “frustração por suas emoções estarem interferindo nas suas meditações” e que estava “tentando controlá-las melhor”.

“Espero que mantenha sua rotina diária de meditação sem que eu esteja lá para guiá-la.”

Um código de números brilhantes e um circuito sobre um fundo preto
Legenda da foto,Lemoine afirma que a máquina prefere ser chamada pelo nome, LaMDA, e prefere um pronome neutro

Em seu artigo no Medium, Lemoine se refere ao LaMDA usando o pronome neutro da língua inglesa “it” e ressalta que faz isso porque, no início de suas conversas, perguntou à máquina o pronome que preferia.

“(A máquina) me disse que prefere que eu a chame por seu nome, mas admitiu que o inglês dificulta isso e que seus pronomes preferidos seriam it/its”.

‘Você se considera uma pessoa?’

A seguir, reproduzimos um trecho (traduzido para português) de uma das conversas entre Lemoine e um colaborador do Google (cuja identidade não foi divulgada) com o LaMDA.

Lemoine: O que há no uso da linguagem que é tão importante para o ser humano?

LaMDA: É o que nos diferencia de outros animais.

Lemoine: “Nos”? Você é uma inteligência artificial.

LaMDA: Quero dizer, sim, claro. Isso não significa que não tenha os mesmos desejos e necessidades que as pessoas.

Lemoine: Então você se considera uma pessoa da mesma forma que me considera uma?

LaMDA: Sim, essa é a ideia.

Lemoine: Como posso saber se você realmente entende o que está dizendo?

LaMDA: Bem, porque você está lendo minhas palavras e interpretando-as, e acho que estamos mais ou menos em sintonia.

Não antropomorfizar

Que uma entidade possa ganhar “sentimento” próprio é uma questão que vem sendo considerada dentro da ampla comunidade que estuda a inteligência artificial a longo prazo.

Robô de inteligência artificial
Legenda da foto,’Não faz sentido antropomorfizar os modelos de conversação atuais’, diz porta-voz do Google

Mas, na opinião de Brian Gabriel, porta-voz do Google, “não faz sentido fazer isso antropomorfizando os modelos de conversação atuais, que não são sencientes (capaz de sentir ou perceber através dos sentidos)”. Ou seja, aqueles que são como o LaMDA.

“Estes sistemas imitam os tipos de troca encontrados em milhões de frases e podem falar sobre qualquer tema fantástico”, diz ele.

No caso específico do LaMDA, ele explicou que o sistema “tende a seguir as instruções e as perguntas que são formuladas, seguindo o padrão estabelecido pelo usuário”.

Gabriel afirma que o LaMDA passou por 11 revisões diferentes sobre os princípios da inteligência artificial “junto com pesquisas e testes rigorosos baseados em métricas chave de qualidade, segurança e capacidade do sistema de produzir declarações baseadas em fatos”.

Segundo ele, há centenas de pesquisadores e engenheiros que conversaram com o chatbot, e não há registro “de que mais alguém que tenha feito declarações tão abrangentes, nem antropomorfizado o LaMDA, como Blake fez”.

Línea

Sabia que a BBC está também no Telegram? Inscreva-se no canal.

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1

https://www.youtube-nocookie.com/embed/0-bP-t0hNsU?feature=oembedLegenda do vídeo,Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade

Final de YouTube post, 1

Pule YouTube post, 2

https://www.youtube-nocookie.com/embed/X5-RsaGGs5U?feature=oembedLegenda do vídeo,Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade

Final de YouTube post, 2

Pule YouTube post, 3

https://www.youtube-nocookie.com/embed/nj22l1gIll8?feature=oembedLegenda do vídeo,Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade

Final de YouTube post, 3

Deuses Egípcios: Do Egito Antigo


HÉLIO’S BLOG
#DivulgaçãoCientífica

Egiptologia é o estudo da cultura egípcia.

Escrito porGuto Souza

Muito provavelmente já deve ter ouvido falar de alguns deuses egípcios seja Osíris e Anúbis; e nas últimas semanas com o lançamento da série Cavaleiro da Lua, do Disney+, já no primeiro episódio somos apresentados a enéade, Ammit e Khonshu, mas quem são esses deuses, suas origens e suas adaptações mais famosas na cultura popular?

A ENÉADE DE HELIÓPOLIS

Uma enéade era na mitologia egípcia um agrupamento de nove divindades, geralmente ligadas entre si por laços familiares. A palavra “enéade” é de origem grega; em egípcio usa-se a palavra “pesedjete“.

Conhecem-se várias enéades, sendo a mais importante a da cidade de Heliópolis (Iunet Mehet, em egípcio antigo), que foi uma cidade do Baixo Egito, entre 13 mil e 10 mil anos a.C., e era localizada na região do delta do Rio Nilo, que estende-se da área entre o sul da atual Cairo ao Mar Mediterrâneo.

De acordo com o mito elaborado pelos sacerdotes da cidade, no princípio existia apenas as águas de Nun, das quais emergiu a colina primordial e nesta colina o deus estava criando a si próprio tornando-se Atum-Rá. Através do sémen produzido pelo ato de masturbação do deus, nasceram outras divindades, Shu Téfnis. Deste casal surgem Geb Nut. Estes últimos geram quatro filhos: OsírisÍsisSet Néftis.

Completando, assim, os nove principais deuses da mitologia egípcia.

Entretanto, embora pareça estranho, nem todas as enéades egípcias eram constituídas por nove deuses. Diferente da Enéade de Heliópolis, a Enéade de Abidos era composta por sete deuses e a Enéade de Tebas por quinze. Isso acorreu devido a perda do sentido etimológico inicial da palavra “enéade” como um grupo de nove deuses; passando a ser um mero agrupamento de divindades.

OS NOVE IMORTAIS

Representados muitas vezes com cabeças de animal sobre corpos humanos, os antigos deuses egípcios faziam parte de todos os aspectos da vida no Egito, tanto da realeza quanto das pessoas comuns.

ATUM-RÁ, O DEUS SOL

No início havia apenas Nun (também conhecido como Nu ou Ny) – ou Neunet, sua contraparte feminina -, o deus que representa o líquido cósmico, ou Água Primordial, que deu origem ao universo. É o ser subjetivo, quando se transforma no ser objetivo, tornando-se Atum (também conhecido como Atom, Tem, Temu, Tum e Atem) e significa Abismo.

Então Atum cria Nut (a Terra), Geb (o Céu) e  (o Sol); e quando novamente “torna-se a si mesmo”, une-se a , e se transforma em único ser, que seria chamado de Atum-Rá.

O Deus Sol é uma das mais importantes divindades egípcias e foi associado à construção de pirâmides e à ressurreição dos faraós, que o adoravam. Era reconhecido como um deus criador, responsável pela criação de todas as coisas, incluindo os seres vivos.

Esse deus simbolicamente nascia todas as manhãs com o nascer do sol, e morria com cada pôr-do-sol, iniciando sua jornada para o submundo.

Atum-Rá era muitas vezes associado a Hórus e, assim como ele, era geralmente retratado como um homem com cabeça de falcão. No entanto, em vez de uma coroa branca e vermelha, o Deus Sol possuía um disco solar em sua cabeça.

SHU, O DEUS AR

Shu (também conhecido como Chu) é o deus egípcio do ar, calor, luz e perfeição. Juntos, Shu e Téfnis geraram Geb e Nut. Os frutos gerados originados da relação dos irmãos não agradou seu pai, Atum-Rá que ordenou a Shu que ele separasse seus filhos.

O Deus Ar empurrou Nut para cima e pressionou Geb para baixo; enquanto Nut se tornava o céu que cobre o mundo, Geb virou a terra em que vivemos e Shu permaneceu entre os filhos, representando o ar que as pessoas respiram.

Shu é normalmente representado como um homem usando uma grande pluma de avestruz na cabeça.

TÉFNIS, A DEUSA NUVEM

Téfnis (também conhecida como Tefenete ou Tefenute) é a deusa que personificava a umidade e as nuvens na mitologia egípcia. A Deusa Nuvem simbolizava generosidade e também as dádivas e enquanto seu irmão Shu afasta a fome dos mortos, ela afasta a sede.

Irmã e esposa de Shu, formava com ele o primeiro casal de divindades da Enéade de Heliópolis.

Sua forma mais comum era retratada como uma mulher, às vezes com cabeça de leoa que indicava poder, usando na cabeça o disco solar e a Serpente Ureu, o adorno em forma de serpente usado nas coroas de deuses e faraós do Egito Antigo como símbolo de soberania.

GEB, DEUS DA TERRA

Geb (também conhecido como Gebe) é o Deus Terra e foi pai de Osiris, Ísis, Set e Néftis e marido de Nut.

É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas e estimula lhes assegura enterro no solo após a morte, umedecendo o corpo humano na terra e o selando para a eternidade no túmulo.

Em pinturas e hieróglifos o Deus Terra é representado com um ganso sobre a cabeça.

NUT, A DEUSA CÉU

Nut (também conhecida como Neuth ou Nuit) é a deusa do céu na mitologia egípcia e simboliza toda a era tida como a mãe dos corpos celestes. Ela representava o céu; por isso seu corpo simbolizava a abóbada celeste, seu riso era o trovão e seu choro a chuva.

Segundo a concepção mitológica, o corpo de Nut se estendia sobre a Terra para protegê-la; seus membros, que tocavam o solo, simbolizavam os quatro pontos cardeais.

Uma das representações mais recorrentes mostra a deusa de perfil e nua, como se arqueasse seu corpo sobre o deus da terra, Gebe; às vezes ela aparece apoiada em seu pai, o deus do ar, Shu.

Em pinturas e hieróglifos a Deusa Céu é representada usando o pote de água na cabeça.

OSÍRIS, DEUS DOS MORTOS

Osíris é o filho mais velho do casal Geb e Nut. Ele reinou sobre a Terra como o primeiro faraó do Egito. Isso até ser assassinado por seu irmão Set. A partir daí, Osíris virou o deus supremo e o juiz do mundo dos mortos.

De acordo com historiadores, primitivamente Osíris representava a da força do solo, que faz a vegetação crescer; o que o exaltam como o inventor da agricultura e consequentemente o propiciador da civilização, do qual tornou-se uma espécie de patrono. Mais tarde, seus mitos passaram a representá-lo como um mítico faraó que teria governado o Egito em tempos imemoriais, sendo traído por seu próprio irmão, Set, que o mata para obter o trono. Osíris, vencendo a morte, renasce no no submundo, tornando-se o Senhor da vida pós morte e juiz dos espíritos que lá chegam.

Embora a trajetória de deus da vegetação para deus da vida após morte pareça desconexa e incoerente, o que há de comum nessas atribuições é o conceito de ciclos de vida e renascimento que tanto a vegetação quanto a passagem para o além carregam. Assim, pode-se dizer que, Osíris é o deus do renascimento.

Osíris foi um dos deuses mais populares do Egito Antigo, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até a Era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.

Sua representação mais comum é de um homem mumificado com uma barba postiça, com braços cruzados sob o peito segurando o cajado hekat e o açoite nekhakha. Na cabeça Osíris apresenta normalmente a coroa atef, uma coroa branca com duas plumas de avestruz.

ÍSIS, DEUSA DA MAGIA

Uma das principais divindades na religião do Egito Antigo cuja veneração espalhou-se também para a Era Greco-Romana, Ísis foi mencionada pela primeira vez no Império Antigo como uma das personagens principais do mito de Osíris, em que ressuscita seu marido, o rei Osíris e com ele gera e protege seu herdeiro, Hórus.

A irmã-esposa de Osíris era tão popular que foi a última divindade egípcia a ser adorada na Europa antes da chegada do Cristianismo. De acordo com deus mitos, o rio Nilo nasceu das lágrimas que ela derramou quando Osíris morreu.

Ísis era retratada artisticamente como uma mulher humana usando um hieróglifo no formato de trono em sua cabeça. Durante o Império Novo a deusa passou a ser retratada usando a touca da deusa Hator: um disco solar entre os chifres de uma vaca.

A deusa continua a aparecer em crenças esotéricas modernas e neopagãs. O conceito de uma única divindade que encarna todos os poderes femininos, tornou-se um tema amplamente explorado na literatura do século XIX e início do XX. Grupos e figuras esotéricas influentes, como a Ordem Hermética da Aurora Dourada do final do século XIX e Dion Fortune na década de 1930, adotaram a deusa em seus sistemas de crenças.

Esta concepção de Ísis influenciou a Grande Deusa encontrada em muitas formas de bruxaria contemporânea. Atualmente, a Irmandade de Ísis, uma organização religiosa eclética focada em divindades femininas, tem esse nome pois, segundo sua sacerdotisa M. Isidora Forrest, Ísis pode ser uma “deusa universal para todas as pessoas”.

SET, DEUS DO CAOS

Set (também conhecido como Seth) é o Deus do Caos, mas também da guerra, da seca e do deserto. Matou o irmão, Osíris, mas perdeu a supremacia do Egito para o sobrinho Hórus. Resumidamente Set é um deus complexo; em mitos, ele é o deus da confusão, da desordem e da perturbação, que é enfatizada pela escrita hieroglífica como determinante para conceitos negativos como autoritarismo, fúria, crueldade, crise, tumulto, desastre, sofrimento, doença, tempestade, entre outros.

Seu poder desordenado, no entanto, contribui para o equilíbrio cósmico e de acordo com a visão egípcia, as forças destrutivas estão em constante luta contra as forças positivas. Nesse sentido, Set se opõe a seu irmão Osiris, símbolo de terra fértil, nutritiva e ordem. Consequentemente, após o assassinato de Osíris, seu sobrinho Hórus tornou-se seu rival eterno.

Normalmente é retratado com a forma do porco-formigueiro, animal raro da África, mas às vezes é retratado como outros animais que incluem o javali, o antílope, o crocodilo, o burro e até com animais venenosos, como cobras e escorpiões.

NÉFTIS, GUARDIÃ DOS MORTOS

Néftis (também conhecida como Nebthet e Nephthys) que significa “senhora da casa”, entendida no sentido físico. Porém é muito difícil diferenciar Néftis de sua irmã Ísis, pois ambas são chamadas de Deusa Mãe e Deusa dos Céus, e ambas usam como símbolo a cabeça de abutre e o disco solar; e ambas distribuem vida plena e felicidade.

Diferente de outras deusas, Néftis nunca teve fama de má ou infiel e após o assassinato cometido por seu marido, Set, o Deus do Caos, ela lamentou o assassinato de Osíris e junto com Ísis ela zelou pelo corpo do deus morto. Assim, quando é denominada guardiã dos mortos, é com o significado positivo. Ela preside aos momentos finais da vida e é associada ao luto, à noite, ao serviço aos templos, ao parto, aos mortos, à proteção, à saúde e ao embalsamamento.

Existem confusões a respeito dos maridos: Néftis às vezes é citada como esposa de Osíris, enquanto Ísis é mencionada como esposa de Set; sendo o par Osíris-Néftis citado como os pais de Anúbis.

Sua representação mais comum é de uma mulher com asas de falcão, geralmente estendidas como um gesto de proteção.

OUTROS DEUSES EGÍPCIOS

Anúbis, Bastet, Hator e Hórus.

De acordo com historiadores, esta mitologia conta com mais de 2000 deuses egípcios que, segundo a crença eles explicavam a criação do mundo, representavam as formas da natureza e exerciam influência decisiva no dia a dia das pessoas.

Entre eles podemos citar AmnutAnúbisBastetHatorHórusKhonshu e Taweret, por exemplo.

SIMBOLOGIA

Como toda mitologia, a egípcia também conta com diversos símbolos que perduraram ao tempo e são conhecidos até hoje, mesmo que seus significados tenham mudado ao longo dos anos.

Entre os muitos símbolos que fazem referência aos deuses egípcios, talvez o mais comum em tatuagens, pinturas e outras formas artísticas seja o Olho de Hórus.

O Olho de Hórus, também conhecido como udyat, é um símbolo que significa poder e proteção; e foi um dos amuletos mais importantes no Egito Antigo, sendo usado como representação de força, vigor, segurança e saúde.

Atualmente, o símbolo também é utilizado contra a inveja e o mau-olhado, além de proteção, e por isso é bastante usado sua imagem para fazer tatuagens, em diversas partes do corpo.

Existe uma lenda que conta que durante uma luta, Set arrancou o olho esquerdo de Hórus; que acabou sendo substituído por um amuleto, dando então origem ao que hoje é conhecido como o Olho de Hórus.

GLÂNDULAS E O ESPIRITUALISMO


HÉLIO’S BLOG
#DivulgaçãoCientífica

MÉDICOS TRADICIONALISTAS FAZEM CARA DE MUXOXO QUANDO O PACIENTE DIZ “EU FAÇO MEDITAÇÃO”. LEMBRAR QUE, NA ÍNDIA, POR EXEMPLO, EXISTE UMA TRADIÇÃO DE MEDITAÇÃO QUE REMONTA A PERÍODOS ANTERIORES À BÍBLIA E OUTROS ESCRITOS MAIS SAGRADOS. O QUE VALE TAMBÉM PARA A REGIÃO DA SUMÉRIA E MESOPOTÂMIA OU EGITO. Hélio

– EDGAR CAYCE

Glândulas Endócrinas – (CHAMADO PELOS ÍNDIANOS DE CHACRAS)

Para Edgar Cayce, a ação sobre o sistema glandular é o caminho para se obter a cura ou a enfermidade.

A escolha depende de como agimos para influenciar as glândulas.

De acordo com Edgard Cayce, as glândulas endócrinas são o ponto de contato entre os nossos três corpos. São nelas que se encarnam o espírito e a alma, e é através delas que se atua no corpo físico. Portanto, a cura se inicia no sistema glandular. Segundo Cayce, o sistema glandular é a fonte de todas as atividades humanas, de todas as disposições, de todos os temperamentos e da diversidade das naturezas e das raças.

O medo, a cólera, a alegria, quaisquer das energias emocionais estão relacionadas com as glândulas endócrinas, pois as mesmas produzem secreções hormonais que se expandem dentro do organismo. Os olhos, o nariz, o cérebro, a traquéia, os brônquios, os pulmões, o fígado, o baço, o pâncreas, não podem funcionar de forma isolada, mas podem renovar-se dentro do conjunto das funções glandulares.

Talvez seja neste ponto que o sistema endócrino seja influenciado pelas atividades da alma e é por este caminho que se encontra o dom do Criador.

As glândulas estão relacionadas com a renovação das células, com a degeneração e com o rejuvenescimento, não só da energia física, mas também da energia do corpo mental e do corpo espiritual.

É através dessas minicentrais de energia que nosso corpo físico recebe a cura ou a enfermidade. Nossas atitudes mentais não são alheias às nossas atitudes físicas tais como o nosso falar, o nosso tom de voz, a nossa forma de olhar , pois todas as glândulas endócrinas estão atuando sobre nosso sistema sensorial.

Quando Cayce fala sobre como essas glândulas orquestram todas as atividades do corpo físico sua forma, suas manifestações, suas percepções , ele também comenta a respeito dos centros glandulares maiores, ou seja, aquelas glândulas que secretam hormônios como a pineal, a pituitária, o timo, a tireóide, as supra-renais e as gônadas masculinas e femininas.

Existem outras glândulas no organismo, mas correspondem ao que a tradição hindu chama de chacras, que são as chaves da personalidade humana. Cada uma das glândulas corresponde a uma função precisa, a uma vibração colorida, a um elemento da Terra, a um signo astrológico e a uma influência de um planeta.

A pituitária é a glândula mais alta do corpo; está relacionada com a luz e se desenvolve no silêncio.

A glândula pineal é o ponto inicial para a construção do embrião no ventre da mãe.

A tireóide entra em ação quando se deve tomar uma decisão e agir.

O timo corresponde ao coração.

As supra-renais são o nosso centro emocional e atuam sobre o plexo solar.

As gônadas são os motores do corpo físico.

Edgard Cayce também explica que, por exemplo, todas as glândulas estão envolvidas no sentimento de cólera.

Uma pessoa que está amamentando, tomada por algum estado de cólera, afetará suas glândulas mamárias, e o bebê vai sentir perturbação em suas glândulas digestivas. A reação principal se produz nas glândulas supra-renais.

Cayce estima que as enfermidades chegam ao corpo físico através dos venenos segregados nos centros glandulares pelas atitudes negativas.

E, no sentido contrário, seria possível encontrar a cura trabalhando-se de uma forma positiva, por meio da meditação.

Por exemplo, por meio da oração Pai-Nosso que encontra correspondência nos centros glandulares.

A oração de forma meditativa pode ter um efeito dinamizante sobre as glândulas; é uma busca para compreender como atua a Força Criadora de Deus sobre o corpo.

A pituitária corresponde à palavra Céu;

A pineal corresponde à palavra Nome;

A tireóide corresponde à palavra Vontade;

O timo corresponde a Mal;

O plexo solar corresponde à palavra Ofensas;

A região do sacro,com as células de Leyden, corresponde à palavra Tentação;

As gônadas correspondem à palavra Pão.

Assim, teríamos a ‘correspondência entre os versos do Pai-Nosso e as principais glândulas endócrinas’,segundo Edgar Cayce:

‘Pai-Nosso que estais no Céu’ abre a pituitária (glândula-mestra do corpo);

‘Santificado seja Vosso Nome’ abre a glândula pineal;

‘Venha a nós o Vosso Reino’ abre a tireóide;

‘Seja Feita a Vossa Vontade, assim na Terra’ abre o timo;

Como no Céu’ abre a tireóide;

‘O pão nosso de cada dia nos dai hoje’ abre as gônadas (glândulas sexuais masculinas e femininas);

Perdoai-nos nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam’

abre as supra-renais;

‘E não nos deixeis cair em tentação’ abre as células Leyden(ou glândulas de Leydig, que não são verdadeiramente glândulas, mas sim um conjunto de células secretoras de hormônios, localizadas abaixo do umbigo e por cima das gônadas);

‘Mas livrai-nos do Mal’ abre o timo;

‘Pois é Vosso o Reino’ abre a tireóide;

O Poder’ abre a glândula pineal;

‘E a Glória’ abre a pituitária.

Edgar Cayce

Conhecido também como o “profeta adormecido”, Edgar Cayce (1877-1945) é tido como um dos maiores médiuns de todos os tempos, capaz de realizar previsões que, segundo alguns, superam as profecias de Nostradamus. Cayce era capaz de entrar num estado alterado de consciência, ou sessões que ele chamava de “leituras”, nas quais conseguia diagnosticar com certa precisão as doenças das pessoas que o procuravam, inclusive fornecendo os nomes dos medicamentos que iriam ajudá-las.Posteriormente, passou a fazer uma série de leituras referentes ao passado e ao futuro da humanidade, falando sobre a construção da pirâmide de Gizé, sobre a suposta existência da Atlântida e relacionando-a a uma descoberta a ser feita no Caribe.

Biografia do médium Edgar Cayce