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Arquivo mensal: setembro 2013

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O terrorista apelo à abstenção!


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Temos assistido a um crescente apelo à abstenção nas eleições que amanhã se realizam. Apelos que chegam das mais variadas origens, algumas delas com responsabilidades sociais que, por si só, justificariam contenção neste verdadeiro acto de terrorismo verbal.

Votar, mais que um direito, é um dever. É dever de todos os cidadãos eleitores expressarem a sua vontade e exprimirem através do voto o caminho que querem que se siga.

Voto

A abstenção é uma cobarde forma de nos alhearmos dos destinos do País e no caso especifico de nos alhearmos do destino da nossa autarquia. A abstenção é o mesmo que dizer “para mim tanto faz, não quero saber”!

Por outro lado no terrorista apelo que é feito à abstenção e/ou ao voto útil quer-se transmitir a ideia de que dos resultados das autárquicas e da taxa de abstenção devem retirar-se outras conclusões e assumir consequências.

Sejamos pragmáticos, a única consequência que é garantida é que a abstenção e/ou o voto útil pode originar que o vosso município ou a vossa junta de freguesia sejam governados por quem não vos interessa ou por quem não querem.

melhorar os argumentos

As autarquias são por demais importantes, pela proximidade que tem das populações para servirem de joguete e para servirem outros interesses que não os locais. As eleições autárquicas são mais que partidos políticos, são pessoas, são projectos e são o garante de representatividade da vontade popular.

Em último caso, se nenhum dos projectos que se apresenta a votos vos agradar votem nulo, mas votem. Um voto nulo tem mais valor que uma abstenção, mostra que se interessam, mostra que estão atentos, mostra que estão dispostos a lutar por o que querem. Transmite o contrário da abstenção.

Uma cabeça cheia de medos

Tenho plena consciência que este meu curto texto compromete projectos futuros mas não ficaria bem com a minha consciência se não o escrevesse ou se o escrevesse de outra forma.

Olhem à vossa volta, analisem as pessoas, os projectos e o que querem para o vosso município ou freguesia mas sobretudo façam o favor de não irem na cantiga do voto útil e de ser verdadeiramente uteis para a decisão do vosso futuro.

Votem em consciência. Eu voto!

Um abraço

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Woodrow Wilson foi principal impulsionador da ONU


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Woodrow Wilson

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
 

Thomas Woodrow Wilson (Staunton28 de dezembro de 1856 — Washington, D.C.3 de fevereiro de 1924), foi eleito presidente dos Estados Unidos por duas vezes seguidas, ficando no cargo de1912 a 1921. Era membro do Partido Democrata, tendo também sido reitor da Universidade de Princeton e laureado com o Nobel da Paz em 1919. Foi o presidente americano durante a Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918. Interrompeu uma série de mais de 16 anos de presidentes do Partido Republicano.

Foi a figura chave por trás da Liga das Nações –

fundada durante a Primeira Guerra Mundial para manter a paz internacional.

Woodrow Wilson é considerado um pai do idealismo, lutou por uma Alemanha livre e com condições para um desenvolvimento econômico e democrático.

Principal impulsionador da Sociedade das Nações,

projeto que só não falhou por completo porque muitas das estruturas da SDN foram utilizadas futuramente na ONU e pelo fato de ter resolvido alguns pequenos conflitos entre nações na Europa e na América do Sul, tudo fez para que os políticos se tornassem sensíveis às populações que representavam, mostrando que estas são as mais prejudicadas com a guerra, e que as massas deviam ter uma opinião quanto à política externa do seu país (chamava mesmo inconstitucionais muitas das medidas tomadas pelos regimes da época). O fracasso da SDN está intimamente ligado com o facto dos EUA não terem aderido, apenas parcial e sucessivamente, à organização.

Woodrow Wilson também ficou conhecido por suas convicções racistas: reduziu bruscamente a participação de negros na política em muitos estados dos EUA, apesar de em sua campanha apregoar os Direitos Civis. Além disso, foi um grande interventor militar na América Latina, invadindo NicaráguaMéxicoPanamá e Haiti.

Os 14 pontos da proposta de paz de Woodrow Wilson.

O presidente americano Woodrow Wilson (1913-1921) foi um dos personagens centrais no processo de paz que sucedeu a Primeira Guerra (1914-1918). Foi Wilson quem redigiu o tratado dos 14 pontos que determinou as diretrizes para a paz e foi o embrião da Liga das Nações, o primeiro esforço diplomático global. Por seu trabalho com o tratado, o americano ganhou o Nobel da Paz de 1919.

Os 14 pontos foram apresentados em 8 de janeiro de 1918 ao Congresso dos EUA, que o rejeitou, sob a forte influência do isolacionismo na política externa americana. A rejeição deixou os EUA de fora da Liga—que anos mais tarde falhou em evitar a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Depois das complexas negociações entre as nações vencedoras e aliadas, que envolveram discussões sobre a retomada de terras dominadas e conflitos anteriores à Primeira Guerra, uma versão reformulada do tratado de 14 pontos foi aprovada.

Um mês depois, em 28 de junho de 1919, em Paris,

o estatuto da Liga das Nações foi assinado como parte do Tratado de Versalhes, que definiu as cláusulas do fim da guerra. A primeira assembléia geral da Liga foi realizada em 15 de novembro de 1920, na neutra Genebra.

Conheça os 14 pontos da proposta de paz de Woodrow Wilson:

1)Inaugurar pactos de paz,

depois dos quais não deverá haver acordos diplomáticos secretos, mas sim diplomacia franca e sob os olhos públicos;

2)Liberdade absoluta de navegação nos mares e águas fora do território nacional,

tanto na paz quanto na guerra, com exceção dos mares fechados completamente ou em parte por ação internacional em cumprimento de pactos internacionais;

3)Abolição, na medida do possível, de todas as barreiras econômicas entre os países e o estabelecimento de uma igualdade das condições de comércio entre todas as nações que consentem com a paz e com a associação multilateral;

4)Garantias adequadas da redução dos armamentos nacionais até o menor nível necessário para garantir a segurança nacional;

5)Um reajuste livre, aberto e absolutamente imparcial da política colonialista, baseado na observação estrita do princípio de que a soberania dos interesses das populações colonizadas deve ter o mesmo peso dos pedidos equiparáveis das nações colonizadoras;

6)Retirada dos Exércitos do território russo e solução de todas as questões envolvendo a Rússia, visando assegurar melhor cooperação com outras nações do mundo. O tratamento dispensado à Rússia por suas nações irmãs será o teste de sua boa vontade, da compreensão de suas necessidades como distintas de seus próprios interesses e de sua simpatia inteligente e altruísta;

7)Bélgica, o mundo inteiro concordará, precisa ser restaurada, sem qualquer tentativa de limitar sua soberania a qual ela tem direito assim como as outras nações livres;

8)Todo território francês deve ser libertado e as partes invadidas restauradas.

O mal feito à França pela Prússia, em 1871, na questão da Alsácia e Lorena, deve ser desfeito para que a paz possa ser garantida mais uma vez, no interesse de todos;

9)Reajuste das fronteiras italianas, respeitando linhas reconhecidas de nacionalidade;

10)Reconhecimento do direito ao desenvolvimento autônomo dos povos da Áustria-Hungria, cujo lugar entre as nações queremos ver assegurado e salvaguardado;

11)Retirada das tropas estrangeiras da Romênia, da Sérvia e de Montenegro, restauração dos territórios invadidos e o direito de acesso ao mar para a Sérvia;

12)Reconhecimento da autonomia da parte da Turquia dentro do Império Otomano e a abertura permanente do estreito de Dardanelos como passagem livre aos navios e ao comércio de todas as nações, sob garantias internacionais;

13)Independência da Polônia,

incluindo os territórios habitados por população polonesa, que devem ter acesso seguro e livre ao mar;

14)Criação de uma associação geral sob pactos específicos para o propósito de fornecer garantias mútuas de independência política e integridade territorial dos grandes e pequenos Estados.

Woodrow Wilson Medalha Nobel

28º presidente dos Estados Unidos Estados UnidosMandato4 de março de 1913
4 de março de 1921Vice-presidenteThomas R. MarshallAntecessor(a)William Howard TaftSucessor(a)Warren G. Harding34º Governador de Nova Jérsei Nova JérseiMandato17 de janeiro de 1911
1 de março de 1913Antecessor(a)John Franklin FortSucessor(a)James Fairman FielderVidaNome completoThomas Woodrow WilsonNascimento28 de dezembro de 1856
StauntonVirgínia,
 Estados UnidosFalecimento3 de fevereiro de1924 (67 anos)
Washington, D.C.,
 Estados UnidosAlma materDavidson College
Universidade de Princeton
Universidade da Virgínia
Universidade Johns HopkinsCônjugeEllen Axson (1885–1914)
Edith Bolling (1915–1924)PartidoDemocrataReligiãoPresbiterianismoProfissãoAcadêmico
Historiador
Cientista políticoAssinaturaAssinatura de Woodrow WilsonFilhosMargaret Woodrow Wilson
Jessie Woodrow Wilson
Eleanor Randolph Wilson

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Dire Straits – Brothers In Arms


Alguns “críticos” ainda não aprenderam a analizar uma letra de uma musica internacional ,e nao tentaram entender a cultura do país de um poeta como esse. alguém explica para eles por favor que se a letra rima em inglês não quer dizer que rimará em português .e lembrando que a guerra é o incio do fim
Gilvan Santos

Adolescência agora acaba aos 25 anos, segundo psicólogos


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A adolescência acompanha a atual compreensão de maturidade emocional, desenvolvimento hormonal e atividade do cérebro

A ideia busca evitar que crianças e jovens se apressem e se sintam pressionados a atingir marcos importantes Foto: Getty Images
A ideia busca evitar que crianças e jovens se apressem e se sintam pressionados a atingir marcos importantes
Foto: Getty Images

Adulto aos 18 anos?

Não mais. Agora a adolescência termina aos 25 anos, de acordo com diretrizes atualizadas e dadas a psicólogos infantis. A ideia busca evitar que crianças e jovens se apressem e se sintam pressionados a atingir marcos importantes, o que pode levar a um complexo de inferioridade caso não os atinjam.

Os dados são da BBC.

“A ideia de que, de repente aos 18, você é um adulto não soa verdadeira”, diz a psicóloga infantil Laverne Antrobus, que trabalha na Tavistock Clinic de Londres. “Minha experiência com os jovens é a de que eles ainda precisam de uma quantidade bastante considerável de apoio e ajuda para além dessa idade”, completou.

A mudança acompanha os acontecimentos na compreensão de maturidade emocional, desenvolvimento hormonal e atividade do cérebro. O desenvolvimento cognitivo de uma pessoa jovem, por exemplo, continua em um estágio mais tardio e a maturidade emocional, a autoimagem e julgamento serão afetados até que o córtex pré-frontal do cérebro esteja totalmente desenvolvido.

Agora, existem três fases da adolescência: início da adolescência entre 12 e 14 anos, adolescência média entre 15 e17 anos, e adolescência final de 18 a 25 anos. “Alguns adolescentes podem querer ficar mais tempo com suas famílias, porque eles precisam de mais apoio durante esses anos de formação e é importante que os pais percebam que os todos jovens não se desenvolvem no mesmo ritmo”, completou Laverne.

Um abraço

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Cientistas na maior conferência científica do mundo afirmam: golfinhos são PESSOAS!


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Foto: Jan Ploeg

Essa pode ser considerada a boa notícia do ano, ou melhor da década, quem sabe do século!

Já fazem mais de dez anos que venho afirmando isso. Viajei e morei no lindo e rico país do México justamente para conviver e trabalhar diariamente com os golfinhos. Lá constatei pessoalmente muitas das coisas que falam sobre eles, reconhecendo em primeira mão que os golfinhos são gente como a gente.

 

Porém ao voltar do México, ainda cursando a faculdade de psicologia aqui no Brasil, procurei aliar o meu curso com o estudo dos golfinhos e qual não foi a minha surpresa ao perceber que a maioria dos professores e até a diretora do curso se mostraram não só céticos quanto as minhas experiências, como também irônicos (o que certamente não é uma postura científica!) não me apoiando de maneira alguma. E quanto a professora de neuroanatomia na época que deveria estar melhor informada quanto a isso, ela chegou a debochar de mim. Lembro que ela se considerava muito inteligente…mas infelizmente não foi inteligente a ponto de buscar pesquisar sobre o assunto antes de desistimular um aluno em suas idéias.

Foto: Luiz Felipe Zanette

Mas a paixão e o amor que desenvolvi pelos golfinhos foi o que me deu forças para colocar de lado aquele curso a fim de me dedicar exclusivamente a mostrar as pessoas que os golfinhos são gente como a gente, que eles pensam, sentem e raciocinam igual ou quem sabe melhor do que nós homo sapiens.

Todo esse trabalho resultou em um livro sobre os golfinhos que será finalmente publicado este ano. Fiquem de olho!

Depois de todo este tempo e esforço, hoje me sinto realizado ao saber que os maiores especialistas em golfinhos, na maior conferência científica do mundo não só falam aquilo que digo há anos, como também já lutam para assegurar direitos aos cetáceos. Principalmente o direito à liberdade e à vida!

Essa notícia e principalmente essa cosncientização que virá nos próximos anos trará uma transformação radical na maneira como a nossa espécie vê e se relaciona com o planeta e com a vida como um todo. Certamente temos muito a aprender com os golfinhos.

Segue notícia abaixo:

Imagem: Internet

Cientistas sugerem que estes seres são tão brilhantes que devem ser tratados como “pessoas não humanas“. Estudos sobre o comportamente dos golfinhos relevaram a similitude de suas comunicações à dos seres humanos, ultrapassando à dos chimpanzés.

Isto foi respaldado por pesquisas anatômicas que mostram que os cérebros dos golfinhos têm muitas características chaves associadas com uma alta inteligência.

Os pesquisadores sustentam que seus estudos demonstram que é moralmente inaceitável manter estes animais inteligentes em parques de atrações, matá-los para comer, ou que estes tenham que morrer por acidentes de pesca. Cerca de 300 mil baleias, golfinhos e botos morrem desta maneira a cada ano.

Imagem: Internet

– “Muitos dos cérebros dos golfinhos são maiores que o nosso e o segundo em massa -após o cérebro humano- ao ser correlacionados com o tamanho do corpo”, disse Lori Marinho, uma zoóloga da Universidade de Emory em Atlanta, Georgia, que utilizou imagens por ressonância magnética para traçar o cérebro das espécies de golfinhos e compará-los com o dos primatas. “A neuroanatomia sugere uma continuidade psicológica entre os seres humanos e os golfinhos, o qual tem profundos envolvimentos na ética das interações dos humanos com os golfinhos”, acrescentou.

 

Os estudos mostram como os golfinhos têm personalidades diferentes, um forte senso de si mesmos e podem pensar no futuro.

 

 

Também ficou claro que são animais “culturais”, o que significa que novos tipos de comportamentos podem ser rapidamente aprendidos por um golfinho de outro. Em um estudo, Diana Reiss, professora de psicologia no Hunter College, de Nova York, demonstrou que os golfinhos comuns podem se reconhecer em um espelho e inclusive utilizá-lo para inspecionar as diversas partes de seu corpo, uma habilidade que se cria limitada aos seres humanos e aos grandes símios. Em outro estudo, descobriram que os animais em cativeiro também têm a capacidade de aprender uma linguagem rudimentar baseada em símbolos.

Outras pesquisas mostraram que os golfinhos que vivem em cativeiro podem resolver problemas difíceis, enquanto os golfinhos que vivem em estado silvestre cooperam em formas que implicam estruturas sociais complexas e um alto nível de sofisticação emocional. Em um caso recente, ensinaram a um golfinho resgatado de seu habitat a “caminhar sobre o rabo” enquanto recuperava-se de uma lesão durante três semanas em um parque aquático na Austrália. Após ser liberado, os cientistas surpreenderam-se ao ver outros golfinhos silvestres fazendo o mesmo. Obviamente aprenderam com aquele que foi treinado enquanto estava em cativeiro.

 

 

Há muitos exemplos similares, como os golfinhos que vivem na Austrália ocidental, os quais aprenderam a cobrir seus focinhos com esponjas para se protegerem na busca de peixes espinhosos que vivem no fundo do oceano. Estas observações, junto com outras que mostram, por exemplo, como os golfinhos cooperam com precisão militar em estratégias para encurralar bancos de peixes que lhes servirão de alimento, estão propondo diversas interrogações a respeito das estruturas do cérebro dos golfinhos.

 

 

O tamanho é só um fator. Os pesquisadores descobriram que o tamanho do cérebro varia enormemente -de umas 200 gramas para espécies de cetáceos pequenos, como o golfinho do rio Ganges, a mais de 8 kg para os cachalotes, cujos cérebros são os maiores do planeta. O cérebro humano, ao contrário, varia entre 1 a 1,8 kg, enquanto o cérebro de um chimpanzé pesa ao redor de 350 gramas. Quando se trata de inteligência, no entanto, o tamanho do cérebro é menos importante que seu tamanho em relação ao corpo.

 

O que Marinho e seus colegas descobriram foi que o córtex cerebral e o neocórtex dos golfinhos são tão grandes que “as relações anatômicas responsáveis pela capacidade cognitiva colocam-nos no mínimo em segundo lugar após o cérebro humano”. Também descobriram que o córtex cerebral dos golfinhos nariz de garrafa, tem as mesmos dobras arrevesadas que estão fortemente vinculadas com a inteligência humana. As dobras aumentam o volume do córtex e a capacidade das células do cérebro para interconectar entre si. “Apesar da evolução ao longo de uma trajetória neuroanatômica diferente dos seres humanos, os cérebros dos cetáceos têm várias características que se correlacionam com a inteligência complexa”, disse Marinho.

 

 

Marinho e Reiss, exporão suas conclusões em uma conferência em San Diego, Califórnia, no próximo mês, concluindo que as novas provas sobre a inteligência dos golfinhos torna repugnante os maltratos a este animal. Thomas White, professor de ética da Loyola Marymount University, na Califórnia, quem escreveu uma série de estudos acadêmicos que sugerem que os golfinhos têm direitos, falará na mesma conferência. “A pesquisa científica sugere que os golfinhos são pessoas não humanas que são qualificadas para o status moral de indivíduos”, disse White.

 
Fonte: Times Online

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Sistemas Agroflorestais geram mais renda e emprego que pecuária, diz estudo feito no MT


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Produção de palmito pupunha em Sistema Agroflorestal. Foto: Embrapa Produção de palmito pupunha em Sistema Agroflorestal. Foto: Embrapa

Os sistemas agroflorestais, além de serem uma importante alternativa para manter a cobertura vegetal,

geram 20 vezes mais empregos e até 93 vezes mais renda que a bovinocultura extensiva.

É o que conclui a dissertação de mestrado do pesquisador Robert Davenport,

aprovada pelo Centro de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Pesquisa e Ensino (Catie), de Turrialba, na Costa Rica.

Com o tema “A eficácia de projetos de conservação e desenvolvimento sustentável para conter o desmatamento na Amazônia Mato-grossense comparada com a ação de políticas públicas de comando e controle” a pesquisa analisou o impacto dos Projetos de Desenvolvimento Sustentável nos assentamentos da reforma agrária implantados pelo Incra, entre eles Iracema em Juína, Nova Cotriguaçu e Vale do Amanhecer, municípios localizados no Noroeste de Mato Grosso, região amazônica.

Para uma parte do grupo de agricultores que participou do estudo, os Sistemas Agroflorestais representam a principal alternativa de renda e de uso do solo nas propriedades deles. Davenport avaliou esses números para cada hectare cultivado, em propriedades com tamanho entre 50 a 100 hectares.

No caso do assentamento Vale do Amanhecer, a combinação de assistência técnica, organização social, certificação legal da produção sustentável, parcerias com diversos setores e agregação de valor aos produtos, entre outros fatores, garantiu uma cobertura florestal 39% maior que nas demais áreas de estudo.

Davenport analisou os impactos dos projetos sobre a viabilidade e legitimidade percebida pelos agricultores a respeito das regras ambientais nos arranjos institucionais locais, que incorporaram a preocupação com a segurança e sustento das famílias, apoio a infraestrutura de cooperativismo e associações, além da atenção a redução dos custos de transação da agricultura.

Variáveis

O mestrado envolveu a realidade de agricultores familiares em assentamentos da reforma agrária nos três municípios, avaliando variáveis institucionais, econômico-ecológicas e a produção da agricultura familiar como fator de definição da tendência de usos da terra pelos agricultores. O cumprimento da legislação ambiental, pontos de vista dos agricultores sobre o Código Florestal Brasileiro e as percepções das condições sócio ecológicas locais também foram abordados. A pesquisa de campo foi realizada entre janeiro e abril e a dissertação defendida na Costa Rica em julho deste ano.

Apoio

Foram também avaliados os resultados alcançados pelo Projeto Poço de Carbono Juruena, desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (Aderjur) e patrocinado pela Petrobras, se destacando na pesquisa pelo apoio à implantação dos Sistemas Agroflorestais.

Entre as ações de apoio estão assistência técnica, apoio a organização social da cooperativa e associações, realização de cursos, visitas, intercâmbios em outros municípios, uso da serraria portátil para aproveitamento de madeira morta, alcance do suporte financeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e respectivos programas de crédito, pelo desenvolvimento de mercado e elaboração de contratos de aquisição com comunidades indígenas, além do apoio com mudas de espécies nativas, calcário e adubo.

Confira aqui a pesquisa completa.

Informe do Incra, publicado pelo EcoDebate, 19/09/2013

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‘Venci’, diz ex-catadora de latinhas do DF que passou em concurso do TJ


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Ex-catadora de latinhas Marilene Lopes e os filhos, em frente ao barraco em que moravam em uma invasão em Brazlândia, no Distrito Federal (Foto: Marilene Lopes/Arquivo pessoal)Ex-catadora de latinhas Marilene Lopes e os filhos em frente ao barraco em que moravam em uma invasão em Brazlândia, no Distrito Federal

(Foto: Marilene Lopes/Arquivo pessoal)

‘Venci’, diz ex-catadora de latinhas do DF que passou em concurso do TJ
Marilene Lopes trocou renda mensal de R$ 50 por salário de R$ 7 mil.
‘Passei um ano com uma só calcinha’, lembra a hoje técnica judiciária.
Raquel Morais
Do G1 DF

Uma catadora de latinhas do Distrito Federal conseguiu passar em um concurso de nível médio do Tribunal de Justiça estudando apenas 25 dias. Com isso, ela trocou uma renda mensal de R$ 50 por um salário de R$ 7 mil. “Foi muito difícil. Hoje, contar parece que foi fácil, mas eu venci”, afirma. Agora, ela diz que pensa em estudar direito.
Ex-catadora de latinhas Marilene Lopes e os filhos, em frente ao barraco em que moravam em uma invasão em Brazlândia, no Distrito Federal (Foto: Marilene Lopes/Arquivo pessoal)
Ex-catadora de latinhas Marilene Lopes e os filhos em frente ao barraco em que moravam em uma invasão em Brazlândia, no Distrito Federal (Foto: Marilene Lopes/Arquivo pessoal)
Sem dinheiro nem para comprar gás e obrigada a cozinhar com gravetos, Marilene Lopes viu a vida dela e a da família mudar em 2001, depois de ler na capa de um jornal a abertura das inscrições para o concurso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Ela, que até então ganhava R$ 50 por mês catando latinhas em Brazlândia, a cerca de 30 quilômetros de Brasília, decidiu usar os 25 dias de repouso da cirurgia de correção do lábio leporino para estudar com as irmãs, que tinham a apostila da seleção. Apenas Marilene foi aprovada.

Nunca tinha nem fruta para comer. Eu me lembro que passei um ano com uma só calcinha. Tomava banho, lavava e dormia sem, até secar, para vestir no outro dia. Roupas, sapato, bicicleta [os filhos puderam ter depois da aprovação no concurso]. Nunca tive uma bicicleta”Servidora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal Marilene Lopes, que foi catadora de latinhas (Foto: Marilene Lopes/Arquivo pessoal)Servidora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal

(Foto: Marilene Lopes/Arquivo pessoal)
Marilene Lopes, ex-catadora de latinhas que hoje trabalha no TJDF
“Minha mãe disse que, se eu fosse operar, ela cuidava dos meninos, então fui para a casa dela. Minha mãe comprou uma apostila para as minhas irmãs, aí dei a ideia de formarmos um grupo de estudo. Íamos de 8h às 12h, 14h às 18h e de 19h às 23h30. Depois eu seguia sozinha até as 2h”, explica.
O esforço de quase 12 anos atrás ainda tem lugar especial na memória da família. Na época, eles moravam em uma invasão em Brazlândia.

Marilene já havia sido agente de saúde e doméstica, mas perdeu o emprego por causa das vezes em que faltou para cuidar das crianças. Como os meninos eram impedidos de entrar na creche se estivessem com os pés sujos, ela comprou um carrinho de mão para levá-los e aproveitou para unir o útil ao agradável: na volta, catava as latinhas de alumínio.
Segundo ela, a situação durou um ano e meio, e na época a família passava muita fome. “Nunca tinha nem fruta para comer. Eu me lembro que passei um ano com uma só calcinha. Tomava banho, lavava e dormia sem, até secar, para vestir no outro dia. Roupas, sapato, bicicleta [os filhos puderam ter depois da aprovação no concurso]. Nunca tive uma bicicleta”, conta.
saiba mais
CONFIRA A LISTA COMPLETA DE CONCURSOS E OPORTUNIDADES
Procon do DF aguarda desde 2011 nomeação de aprovados em concurso
Cespe/UnB fará concurso para 25 vagas de procurador no DF
Mesmo para se inscrever na prova Marilene, que é técnica em enfermagem e em administração, encontrou dificuldades. Ela lembra ter pedido R$ 5 a cada amigo e ter chegado à agência bancária dez minutos antes do fechamento, no último dia do pagamento. E o resultado foi informado por uma das irmãs, que leu o nome dela no jornal.
“Tinha medo [de não passar] e ao mesmo tempo ficava confiante. Sabia que se me dedicasse bem eu passaria, só precisava de uma vaga”, diz. “Dei uma flutuada ao ver o resultado. Pedi até para minha irmã me beliscar.”
Ganhando atualmente R$ 7 mil, a técnica judiciária garante que não tem vergonha do passado e que depois de formar os cinco filhos pretende ingressar na faculdade de direito. “Mesmo quando minhas colegas passavam por mim com seus carros e riam ao me ver catando latinhas com o meu carrinho de mão eu não sentia vergonha. E meus filhos têm muito orgulho de mim, da nossa luta. Eles querem seguir meu exemplo.”
Marilene já passou pelo Juizado Especial de Competência Geral, 2ª Vara Cível, Órfãos e Sucessões de Sobradinho, 2ª Vara Criminal de Ceilândia, 12ª Vara Cível de Brasília e Contadoria. A trajetória dela inspira os colegas. Por e-mail, o primeiro chefe, o analista Josias D’Olival Junior, é só elogios. “A sua história de vida, a sua garra e o seu caráter nos tocavam e nos inspiravam profundamente.”
Servidora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal Marilene Lopes, que foi catadora de latinhas (Foto: Marilene Lopes/Arquivo pessoal)
Servidora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal
Marilene Lopes, que foi catadora de latinhas
(Foto: Marilene Lopes/Arquivo pessoal)
A técnica afirma ainda que não se arrepende de nada do que passou, nem mesmo de ter tido cinco filhos – como diz terem comentado amigos. “Ainda hoje choro quando me lembro de tudo. Eu não tinha gás e nem comida e não ia falar pra minha mãe. Se falasse, ela me ajudaria, mas achava um abuso. Além de ficar 25 dias na casa dela, comendo e bebendo sem ajudar nas despesas, ainda ia pedir compras ou o dinheiro para o gás? Ah, não. Então assim, quando passei, foi como se Deus me falasse ‘calma, o deserto acabou’.”
Da época de catar latinhas, Marilene diz que mantém ainda a qualidade de ser supereconômica. Ela afirma que não junta mais alumínio por não encontrá-los mais na rua. “As pessoas descobriram o valor, descobriram que dá para vender e juntar dinheiro”. Já as irmãs com quem estudou, uma se formou em jornalismo em 2011 e outra passou quatro anos depois no concurso do TJ de Minas Gerais, e foi lotada em Paracatu.
Dificuldades
O primeiro problema enfrentado por Marilene veio na posse do concurso. A cerimônia ocorreu três dias após o nascimento do quinto filho, em um parto complicado. A médica não queria liberá-la para a prova, mas só consentiu com a garantia de que ela voltaria até 18h30. Por causa do trânsito, a catadora se atrasou em uma hora.
“A médica chamou a polícia dizendo que eu tinha abandonado meu filho. É que eu estava de alta, mas o bebê não, e ele precisava tomar leite no berçário enquanto eu estivesse fora”, lembra. “A enfermeira ligou para a polícia do hospital e explicou a situação e aí pararam de me procurar. A médica me deixou com o problema e foi embora, no término do plantão dela.”
Resolvida a situação, Marilene e a família viveram bem até 2003, quando o marido resolveu sair de casa. O homem, que já havia sido preso por porte ilegal de arma, havia “se deslumbrado” com a situação econômica da mulher. A casa e o carro comprados a partir do salário do tribunal precisaram ser divididos.
Atualmente, ela mora com os filhos na casa de um amigo, na Estrutural, enquanto aguarda a entrega de um apartamento de três quartos em Águas Claras. Marilene tem uma moto e, junto com uma das irmãs, está pagando um consórcio para comprar um carro zero.
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por 

Rookie

Discutia um dia desses política com um amigo. Não entendo quase nada do assunto, ainda mais estando longe do Brasil, só recebo compartilhamentos de Facebook com a indignação da classe média no novo escândalo. Meu amigo, contudo, lançou o seguinte argumento:

O Brasil não tem partidos. Não é como os EUA, por exemplo, que possuem ideologia, um partido que vota coeso, um plano de governo. Aqui cada um vota como quer, os partidos servem só para fazer alianças e ganhar ministérios.

Não pude responder, porque não havia base para qualquer opinião nisso, contra ou a favor. Engana-se quem acha que fico satisfeito com o nível “bar” de conversa de política; não posso apenas argumentar citando um caso como prova, sou estatístico, tenho brios. Disse que iria pensar a respeito, e esse post é o que pensei a respeito, minha tentativa de responder a pergunta que vai no título.

Antes de mais nada, esse não é um blog político e esse não é um post político. Se você está buscando gritos de “FORA PT” ou “CHORA TUCANADA”, abra seu Facebook, não este site.

Usando meu comportamento obsessivo, o mesmo que me fez, em maio do ano passado, compilar o mês de aniversário de quase 400 jogadores de futebol, passei algumas horas no site do senado brasileiro e juntei os votos de todos os senadores brasileiros nas decisões da casa no ano de 2012. Não foi fácil, porque o site não é feito para esse tipo de análise. Cada senador possui uma página pessoal, com um arquivo pdf para cada ano e as decisões são escritas nesse arquivo.

Descobri nesse processo que, ainda que o voto seja obrigatório ao brasileiro, não é aos senadores. Existe uma modalidade de voto chamada P-NRV, presente – não registrou voto. O exemplo que dei acima, o arquivo pdf do senador Aloysio Nunes, não foi escolhido por acaso, ele é um dos dois casos de senadores que registrou voto em todas as votações abertas. Se quiser um exemplo do use de P-NRV, recomendo o pdf de José Sarney, ele votou em apenas três votações abertas.

Outra particularidade é a proporção de votações abertas e secretas. Em 2012 tivemos 36 votos abertos e 46 secretos, o que prejudicava um pouco mais minha vida, pois reduzia minha base de dados. Todos os votos, sendo 1 para “Sim”, -1 para “Não” e 0 para a não emissão de voto, por qualquer motivo, você encontra no link.

Em minha análise contei 75 senadores. O leitor atento pode não gostar, pois o Senado possui 81 senadores, mas tive que excluir os que entraram apenas como suplentes em 2012. Muitos começaram o mandato apenas em outubro, a quantidade de informação acrescentada é baixíssima, posso exclui-los sem medo.

E uma vez que tenho essa base de dados (75 senadores em 36 decisões), posso me divertir. A matemática não é difícil, a parte difícil foi caçar os votos no site do Senado. Estamos atrás da chamada matriz de correlaçãodos votos. Sem entrar em detalhes, essa matriz me diz o seguinte:

Na linha i e coluna j terei um valor. Se esse valor é positivo, o senador i costuma votar de forma coerente ao senador j . Se é negativo, eles costumam emitir votos opostos. Quanto mais alto, maior é essa correlação entre eles. Se é muito negativo, eles divergem em muitas decisões.

Usando algumas técnicas interessantes, que infelizmente não cabem em um post nível Rookie1 , pude ordenar os senador em “governismo”, ou seja, colocá-los em uma escala de mais governo ou mais oposição. Sem incluir nomes ou partidos, a matriz de correlação tem essa cara:

senadores_1Para ler esse gráfico, basta pensar que quando um quadrado é bem vermelho, então os senadores equivalentes a aquela linha e coluna votam juntos. Se está bem azul, eles costumam votar bem diferente. É claro que a diagonal será bem vermelha, pois ela representa um senador consigo mesmo, e essa é a correlação máxima, uma pessoa sempre vota consigo.

Mas note que há dois grupos bem distintos de senadores. O primeiro bloco, no canto inferior esquerdo, possui alguns pontos vermelhos entre si e é essencialmente azul quando comparamos ao outro bloco. O bloco dominante, o do canto superior direito, também é coerente entre si e profundamente azul com o outro bloco. Nesse gráfico, podemos perceber que no Senado, há bem definidas oposição e situação. Isso fica mais fácil se eu sinalizar esses blocos, de onde conseguimos extrair ainda mais informação:

senadores_2Percebemos mais alguns detalhes aqui. Esse mapa pode ser lido em “blocos”. O quadrado oposição-oposição indica a coerência interna daquele bloco, enquanto o oposição-governo indica o quanto esses blocos diferentes votam juntos. O governo possui muito mais regiões vermelhas, o que indica coesão e correlação entre os votos, enquanto a oposição está cheia de pontos azuis. Isso é a confirmação estatística do que sempre se disse da política atual brasileira, que a oposição não apenas é menor, mas é desunida e não vota de maneira coerente. O governo, no entanto, possui uma larga região coerente e garante, com isso, um senado tranquilo para quem está no poder.

Esse gráfico ainda não responde meu amigo, porque eu não considerei partidos em nenhum momento. Eu descobri dois grupos, e os chamei de oposição e governo, mas apenas fiz isso porque sabia quais partidos eram majoritários em cada bloco. O bloco que contém o PT é o que chamei de governo, enquanto o outro é a oposição; mas vale a pena analisar se esses blocos coincidem com os partidos políticos tradicionais.

Aquela matriz possui uma ordem, eu a ordenei propositalmente para encontrar esses dois blocos; mas agora posso mudar a ordem respeitando os partidos políticos. Como são muitos, anotarei apenas os maiores para que vocês consigam, olhando para os blocos partidários, notar duas coisas:

  • O bloco “interno” do partido, as correlações dele consigo mesmo, situados na diagonal da matriz. Isso dará uma ideia do quão coerente os membros de um partido são com os membros do mesmo partido.

  • Os blocos “externos”, por exemplo, o bloco PSDB-PT nos permite ver o quanto esses dois partidos votaram juntos (presença de vermelho) ou divergiram (presença de azul)

A ordem de todos os partidos, para incluir os omitidos, é: PSDB – PSOL – DEM – PDT – PR – PMDB – PTB – PSD – PSC – PP – PT – PSB – PV – PCdoB – PRB. Esse gráfico já é bem mais interessante. Ele é diferente do anterior porque ordenei as linhas e as colunas para se tornarem blocos partidários, e podemos, com isso, tirar as seguintes conclusões:

  • Os únicos partidos de oposição são PSDB, DEM e, surpreendentemente, PSOL. O senador psolista não apresenta grande correlação com ninguém, mantendo uma coloração verde-água em toda sua linha; infelizmente ele é apenas um e é difícil tirar estatística de um ponto para confirmar a independência política do PSOL.

  • PSDB apresenta razoável coerência interna, mas não se compara à coerência petista. O tom vermelho no bloco interno no PT mostra que o partido costuma votar junto, com raras exceções, sendo Ana Rita, do Espírito Santo, a que mais contraria seu partido.

  • O caso do PMDB é talvez o mais interessante. Compare o bloco interno desse partido com a figura completa, a primeira que coloquei, são quase iguais! A estrutura interna do PMDB é como a estrutura do senado todo, ou seja, o PMDB possui a mesma estrutura partidária que nenhuma estrutura partidária! Esse também é o caso do PR, mas ele possui menos membros e é difícil extrair estatística de poucos pontos.

  • O bloco interno do PDT possui mais correlações negativas que positivas, tornando esse partido o mais incoerente de todo o Senado. Esses senadores mais divergiram que concordaram nas decisões. Estatisticamente falando, eu os teria colocado em extremos opostos na orientação partidária.

  • O DEM é o partido “do contra”. Seu lado da matriz sendo um rio de azul escuro, esse partido faz jus ao título de oposição.

Após a publicação desse post, recebi muito feedback e, em especial, Filipi Nascimento Silva, do grupo de sistemas complexos do Instituto de Física da USP de São Carlos, reproduziu minha análise com alguns softwares mais bonitinhos, um trabalho mais fino, e o resultado é lindo. Ele representa os senadores em um grafo, cada senador é um ponto e, quanto mais próximos os senadores, maior é a coerência entre seus votos. Senadores muito distintos votam drasticamente diferente, enquanto grupos concentrados votam juntos. Ele fez o favor de colorir de acordo com os principais partidos, apresento os resultados:

PartidosFilteredNotamos que, felizmente, sua análise concorda com a minha. Temos dois grupos, um muito mais coeso que o outro, temos o PSDB lutando para ser alguma coisa, o PT profundamente concentrado no centro da região governista, o PMDB espalhado para todo canto e o PDT nos extremos mais diversos do grafo.

Todas essas conclusões são baseadas, infelizmente, em pouca informação; mas acabei me empolgando e provavelmente farei algo mais completo no futuro. Naquela discussão, meu amigo citou o dito do governo ainda imperial, que não há nada mais conservador que um liberal no poder, não posso concordar. A política brasileira atual é mais vasta e complexa, não há apenas dois, há tantos partidos no Brasil, e todos são muito diferentes. Há os que apresentam mais coerência que outros, há os que não parecem querer ter coerência interna, há oposição, há governo, há os que parecem ter sido juntados em um mesmo partido ao acaso, e há os que desejam ser maioria a todo custo.

Esse estudo me convenceu de que há muito a se ganhar se tanto o Senado quanto o Congresso disponibilizarem de forma clara os votos de cada representante. Foi um sacrifício encontrar e extrair esses dados, e acredito profundamente que uma melhora na disponibilidade e exposição desses dados acrescentaria muito ao discurso político. Quanto ao voto secreto do Senado, confesso, incomoda-me. Não questiono o aspecto político do segredo, mas não gosto; se precisasse escolher, pediria para que o abolissem, se não pela transparência e clareza, pela estatística.

  1. O autovetor associado ao maior autovalor da matriz de correlação nos dá o primeiro componente principal, o que é o equivalente a saber o quão “governista” ou “oposicionista” um senador é! []

41 respostas

Nexo de causalidade sistêmica e Síria:


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George Lakoff

Autor, “A Mente Política ‘,’ Política morais ‘e’ Não Pense em um elefante!”

Todas as línguas do mundo tem uma maneira em sua gramática para expressar causalidade direta: a aplicação local de força que tem um efeito local no lugar e no tempo.Você pega um copo de água e beber: causalidade direta. Você bombardear um hospital, destruindo-o e matando as pessoas no interior: causalidade direta.

Nenhuma língua no mundo tem um jeito em sua gramática para expressar causalidade sistêmica. Você perfurar muito mais petróleo, queimar muito mais gás, colocar muito mais CO2 no ar, a atmosfera da Terra se aquece, mais umidade evapora dos oceanos produzindo tempestades maiores em determinados lugares e mais secas e incêndios em outros lugares: sistêmica causalidade. A ecologia mundial é um sistema – como a economia mundial e do cérebro humano.

De infanthood em que experimentamos simples, a causalidade direta. Vemos causalidade direta ao nosso redor: se empurrar um brinquedo, ele tombar, se nossa mãe gira um botão no forno, as chamas surgir. E assim por diante. O mesmo não é verdadeiro de causalidade sistêmica. Causalidade sistêmica não pode ser experimentado diretamente. Ele tem de ser aprendida, seus casos estudados, e comunicação repetida é necessário antes que possa ser amplamente compreendida.

Os horrores diários na Síria são diretos: tiroteios, bombardeios, gaseamentos. Quando a mídia relata em “Síria” (como deveria), é relatar os horrores diretos. Se a “Síria” é o problema, o problema é os horrores diários, a 100 mil mortos, os tiroteios e bombardeios contínuos, o ódio persistente e opressão. Se o presidente é entendida como abordar “Síria”, e ele propõe diretamente a bombardear a Síria, a pergunta natural é se o que elimina os horrores diários directos. Quando ele admite que isso não acontecer, quando o secretário Kerry diz corretamente, “Não há boas opções na Síria”, surge naturalmente a pergunta: “Por que bomba quando não vai resolver o problema direto, mas pode criar outros problemas?”

Para o presidente Obama, “A Síria” não é principalmente sobre a causalidade direta. Trata-se de causalidade sistêmica, pois afeta o mundo como um todo. Trata-se de evitar a proliferação do uso de gás venenoso e armas nucleares. Trata-se da manutenção e aplicação dos tratados sobre estas matérias. Isso é o que ele quis dizer quando ele disse que a linha vermelha não é sua, mas a linha vermelha “linha vermelha do mundo”, “da comunidade internacional.” O presidente tem uma perspectiva ampla. Para ele, “a Síria” não significa apenas a Síria, isso significa que os efeitos dos horrores na Síria no mundo. Bombardeio “limitada” na Síria não é sobre parar diretamente os horrores lá, trata-se de uma tentativa de evitar a proliferação de gás e armas nucleares e sobre uma tentativa de se mover em direção a uma resolução pacífica.

Mas o presidente não tem feito isso bem claro, e ele não poderia fazê-lo em um discurso, uma vez que a maioria das pessoas não visceralmente reagir a causalidade sistêmica e muitos não entendem nada disso. Ele só podia fazê-lo, discuti-lo abertamente, distinguindo o que é sistêmica do que é direto, e repeti-lo mais e mais. Mesmo assim, seria difícil de vender, por razões cognitivas – mesmo que ele tem boas razões para basear a sua política sobre isso.

Depois, há a Rússia. Em seu discurso de 10 de setembro, Obama dirigiu-se ao plano da Rússia para assumir o controle do gás venenoso na Síria das mãos de Assad, que Assad tem consentiram. Ele discutiu o plano, mas nunca mencionou por que a desconfiança racional de costume da Rússia não deve aplicar-se aqui. Não deve ser aplicada, porque tomar o controle é em muitos aspectos do interesse da Rússia: há interesses comerciais, e há muitos cidadãos russos na Síria que trabalham com tecnologia ou ir para a faculdade ou casar com sírios. Um bombardeio americano poderia levar a gás cair nas mãos dos jihadistas da Chechénia e em outros lugares, que poderia usar gás em ataques terroristas contra a Rússia.A Rússia tem um forte interesse em tomar o controle de gás venenoso de Assad e que podemos confiar Rússia a agir em seus interesses. Mas o presidente não disse que a Rússia tem um interesse real em uma solução diplomática pacífica na Síria, assim como nós. Por que não? Dada a profunda desconfiança da Rússia na psique americana, que é difícil de vender, também.

Assim como não há opções diretas fáceis na Síria, para que não haja opções de comunicação de curto prazo diretos fáceis para uma política razoável com base na causalidade sistêmica. A razão é que a comunicação de idéias estranhas, como causalidade sistêmica é em si um problema sistêmico. Você não pode apenas mencioná-lo uma vez e esperar que ele seja amplamente compreendido. Ele tem de ser repetido ao longo do tempo por um monte de gente em um monte de situações.

Como resultado, a lógica do bombardeio limitado do presidente não é compreendido: ele quer bombardear para evitar que o efeito sistêmico do uso de gás venenoso, para não parar a matança direta através de outros meios, que não podemos parar. Obama tem duas duro vende, que, por razões cognitivas estão além de seu controle imediato. Causalidade sistêmica não é um conceito natural que é automaticamente aprendido. No discurso de 10 de setembro, essas idéias foram mencionados, mas eles não foram colocados frente e no centro. E, além disso, não houve bases comunicativo ao longo dos últimos cinco anos, que iria ajudar os cidadãos a compreender a lógica da causalidade sistêmica contra causalidade direta e como ele se aplica à Síria e outras questões do nosso tempo.

Foto

George Lakoff

 www.georgelakoff.com 

é Richard e Rhoda Goldman Professor Emérito de Ciência e Lingüística Cognitiva na Universidade de Berkeley.

Um abraço

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