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QUANDO A MEDIOCRIDADE VENCE


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QUANDO A MEDIOCRIDADE VENCE

Roldo Goi Júnior*

No ambiente de trabalho, assim como na vida comum, a mediocridade é maioria: a maioria das pessoas não arrisca, não inova, não se compromete, se preocupa o tempo todo em armar a própria defesa e nunca se expõe. Passa o tempo atirando pedras sobre aquelas que inovam, que arriscam, que se expõem. Para sorte dos medíocres, os inovadores correm riscos. Às vezes esses riscos se transformam em perda, os inovadores se vão, e os medíocres ficam.

 

A mediocridade é, também, muito conveniente: não questiona, não ameaça, não põe à prova. Convive facilmente com qualquer situação, e participa de qualquer jogo de poder. Por isso, essas pessoas ficam, E ficam também porque sabem que, se forem embora, não vão mais conseguir uma situação semelhante.

A mediocridade está presente em todos os níveis de cada sociedade ou organização. Mantém presença intensa mesmo onde a criatividade onde a criação são elementos básicos como, por exemplo, nas artes.

Na verdade, ser medíocre é o mais fácil. Como o mato, que cresce onde nada mais nobre foi plantado. E uma vez crescido, impede o nascimento de qualquer coisa. Precisa ser removido por um trabalho externo para dar lugar a plantação mais produtiva. Com as pessoas não é diferente, mas esse trabalho externo de remoção, é muito penoso, combatido, porque a mediocridade, ao contrário do mato, reage. E reage a seu modo, trançando teias de amarração por debaixo do pano, minando as ações, lançando as pequenas armadilhas, criando obstáculos, e tudo muito nebuloso, pardacento, para que não tenha de ser assumido. E acaba dando certo, porque é pouco freqüente que haja vontade política suficiente para fazer essas remoções a qualquer custo. Eis porque a mediocridade vence. Não é uma vitória justa, bonita. Mas é real, na prática.

Percorra-se todas as empresas comerciais, de serviços industriais, artísticas, etc., e na grande maioria se vai encontrar a mesma situação: a mediocridade plantada, entrincheirada, e histórias de profissionais que tentaram isso ou aquilo e passaram. E não faltará um sorriso irônico na boca de um ou outro medíocre, como a dizer “nós é que sabemos o que é bom ou ruim para esta empresa”. São esses que iniciam imediata destruição de tudo o que os inovadores fizeram, tão logo conseguem afastá-los de seus territórios. As exceções são empresas em que a inovação encontrou espaço próprio, domesticou a mediocridade, e a utiliza onde não pode ser mais daninha. Essas empresas são, invariavelmente, bem sucedidas e se caracterizam também por não fazer alarde disso.

Medíocres e inovadores são como água e azeite: nunca se misturam. Mas diferentemente desses dos elementos, não se ignoram: os inovadores se obrigam sempre a incluir a participação com os atos dos medíocres em seus planos de ação, e os medíocres estão sempre atentos aos passos dos inovadores para encontrar a chance de colocar cascas de banana no caminho . Medíocres se aliam a medíocres e inovadores a inovadores. As ligações dos medíocres, entretanto, são mais perigosas, porque são baseadas em ameaças veladas, do tipo “fica comigo porque senão jogo cascas de banana no seu caminho também”. Para um medíocre, uma casca representa risco maior que para o inovador, porque não tem energia para se levantar e prosseguir, sem dano moral.

O preço que o medíocre paga é nunca se destacar positivamente. Isso não chega a ser um problema, porque o medíocre não quer destaque. Ao contrário, quanto menos notado, melhor. Às vezes, acontece o acidente inverso: o medíocre é pilhado onde seria necessário inovar. Aí é um vexame, mas acontece pouco e não chega a afetar a maioria.

Não há nenhuma categoria intermediária entre inovadores e medíocres: ou se é inovador, ou se é medíocre. Dentro desses dois grupos existe a divisão em grupos com diferentes graus de honestidade, energia, carisma, inteligência, etc, mas permanecem as atitudes básicas.

Não é só em nosso país que existe essa realidade , mas também no dito Primeiro Mundo. Variam as razões de disputa, e os cacifes dos envolvidos, mas as situações se repetem. E como somos dependentes econômicos de um sem número de multinacionais, importamos mediocridade também. Recebemos dirigentes, funcionários e decisões tão medíocres que levamos algum tempo para acreditar que é aquilo mesmo, e que não há mais nada a entender.

Qual o destino dos inovadores? Em geral, num primeiro momento, a marginalidade profissional. Depois, os que tiverem sorte, acabam encontrando um nicho de trabalho onde a mediocridade está controlada. Outros, com tenacidade, iniciam nichos desse tipo. O restante permanece na marginalidade, ou se bandeia para atuar disfarçado dentro da mediocridade. Essa realidade é perversa, mas é realidade, e é necessário conviver com ela. Inovadores do mundo, uni-vos! Os medíocres não sabem, mas já estão automaticamente unidos pela própria mediocridade. Cabe aos inovadores realizar esforços para mudar essa condição. Este artigo irá provavelmente trazer algum estímulo aos inovadores. Quanto aos medíocres, não irão se ver neste espelho. Mais ainda, irão considerar o artigo vago e inconsistente: “não sei do que o autor está falando”.

* o autor é engenheiro mecânico, formado pela Escola Politécnica da USP.

 Publicado no O ESTADO DE SÃO PAULO em 19.8.1994

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Me chamem de velha

A velhice sofreu uma cirurgia plástica na linguagem

Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista (Foto: ÉPOCA)

ELIANE BRUM

                         Jornalista, escritora e documentarista.

Na semana passada, sugeri a uma pessoa próxima que trocasse a palavra “idosas” por “velhas” em um texto. E fui informada de que era impossível, porque as pessoas sobre as quais ela escrevia se recusavam a ser chamadas de “velhas”: só aceitavam ser “idosas”. Pensei: “roubaram a velhice”. As palavras escolhidas – e mais ainda as que escapam – dizem muito, como Freud já nos alertou há mais de um século. Se testemunhamos uma epidemia de cirurgias plásticas na tentativa da juventude para sempre (até a morte), é óbvio esperar que a língua seja atingida pela mesma ânsia. Acho que “idoso” é uma palavra “fotoshopada” – ou talvez um lifting completo na palavra “velho”. E saio aqui em defesa do “velho” – a palavra e o ser/estar de um tempo que, se tivermos sorte, chegará para todos.

Desde que a juventude virou não mais uma fase da vida, mas uma vida inteira, temos convivido com essas tentativas de tungar a velhice também no idioma. Vale tudo. Asilo virou casa de repouso, como se isso mudasse o significado do que é estar apartado do mundo. Velhice virou terceira idade e, a pior de todas, “melhor idade”. Tenho anunciado a amigos e familiares que, se alguém me disser, em um futuro não tão distante, que estou na “melhor idade”, vou romper meu pacto pessoal de não violência. O mesmo vale para o primeiro que ousar falar comigo no diminutivo, como se eu tivesse voltado a ser criança. Insuportável.

A velhice é o que é. É o que é para cada um, mas é o que é para todos, também. Ser velho é estar perto da morte. E essa é uma experiência dura, duríssima até, mas também profunda. Negá-la é não só inútil como uma escolha que nos rouba alguma coisa de vital. Semanas atrás, em um programa de TV, o entrevistador me perguntou sobre a morte. E eu disse que queria viver a minha morte. Ele talvez não tenha entendido, porque afirmou: “Você não quer morrer”. E eu insisti na resposta: “Eu quero viver a minha morte”.

Na adolescência, eu acalentava a sincera esperança de que algum vampiro achasse o meu pescoço interessante o suficiente para me garantir a imortalidade. Mas acabei aceitando que vampiros não existem, embora circulem muitos chupadores de sangue por aí. Isso só para dizer que é claro que, se pudesse escolher, eu não morreria. Mas essa é uma obviedade que não nos leva a lugar algum. Que ninguém quer morrer, todo mundo sabe. Mas negar o inevitável serve apenas para engordar o nosso medo sem que aprendamos nada que valha a pena.

A morte tem sido roubada de nós. E tenho tomado providências para que a minha não seja apartada de mim. A vida é incontrolável e posso morrer de repente. Mas há uma chance razoável de que eu morra numa cama e, nesse caso, tudo o que eu espero da medicina é que amenize a minha dor. Cada um sabe do tamanho de sua tragédia, então esse é apenas o meu querer, sem a pretensão de que a minha escolha seja melhor que a dos outros. Mas eu gostaria de estar consciente, sem dor e sem tubos, porque o morrer será minha última experiência vivida. Acharia frustrante perder esse derradeiro conhecimento sobre a existência humana. Minha última chance de ser curiosa.

Há uma bela expressão que precisamos resgatar, cujo autor não consegui localizar: “A morte não é o contrário da vida. A morte é o contrário do nascimento. A vida não tem contrários”. A vida, portanto, inclui a morte. Por que falo da morte aqui nesse texto? Porque a mesma lógica que nos roubou a morte sequestrou a velhice. A velhice nos lembra da proximidade do fim, portanto acharam por bem eliminá-la. Numa sociedade em que a juventude é não uma fase da vida, mas um valor, envelhecer é perder valor. Os eufemismos são a expressão dessa desvalorização na linguagem.

Não, eu não sou velho. Sou idoso. Não, eu não moro num asilo. Mas numa casa de repouso. Não, eu não estou na velhice. Faço parte da melhor idade. Tenho muito medo dos eufemismos, porque eles soam bem intencionados. São os bonitinhos mas ordinários da língua. O que fazem é arrancar o conteúdo das letras que expressam a nossa vida. Justo quando as pessoas têm mais experiências e mais o que dizer, a sociedade tenta confiná-las e esvaziá-las também no idioma.

Chamar de idoso aquele que viveu mais é arrancar seus dentes na linguagem. Velho é uma palavra com caninos afiados – idoso é uma palavra banguela. Velho é letra forte. Idoso é fisicamente débil, palavra que diz de um corpo, não de um espírito. Idoso fala de uma condição efêmera, velho reivindica memória acumulada. Idoso pode ser apenas “ido”, aquele que já foi. Velho é – e está. Alguém vê um Boris Schnaiderman, uma Fernanda Montenegro e até um Fernando Henrique Cardoso como idosos? Ou um Clint Eastwood? Não. Eles são velhos.

Idoso e palavras afins representam a domesticação da velhice pela língua, a domesticação que já se dá no lugar destinado a eles numa sociedade em que, como disse alguém, “nasce-se adolescente e morre-se adolescente”, mesmo que com 90 anos. Idosos são incômodos porque usam fraldas ou precisam de ajuda para andar. Velhos incomodam com suas ideias, mesmo que usem fraldas e precisem de ajuda para andar. Acredita-se que idosos necessitam de recreacionistas. Acredito que velhos desejam as recreacionistas. Idosos morrem de desistência, velhos morrem porque não desistiram de viver.

Basta evocar a literatura para perceber a diferença. Alguém leria um livro chamado “O idoso e o mar”? Não. Como idoso o pescador não lutaria com aquele peixe. Imagine então essa obra-prima de Guimarães Rosa, do conto “Fita Verde no Cabelo”, submetida ao termo “idoso”: “Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam…”.

Velho é uma conquista. Idoso é uma rendição.

Como em 2012 passei a estar mais perto dos 50 do que dos 40, já começo a ouvir sobre mim mesma um outro tipo de bobagem. O tal do “espírito jovem”. Envelhecer não é fácil. Longe disso. Ainda estou me acostumando a ser chamada de senhora sem olhar para os lados para descobrir com quem estão falando. Mas se existe algo bom em envelhecer, como já disse em uma coluna anterior, é o “espírito velho”. Esse é grande.

Vem com toda a trajetória e é cumulativo. Sei muito mais do que sabia antes, o que significa que sei muito menos do que achava que sabia aos 20 e aos 30. Sou consciente de que tudo – fama ou fracasso – é efêmero. Me apavoro bem menos. Não embarco em qualquer papinho mole. Me estatelei de cara no chão um número de vezes suficiente para saber que acabo me levantando. Tento conviver bem com as minhas marcas. Conheço cada vez mais os meus limites e tenho me batido para aceitá-los. Continua doendo bastante, mas consigo lidar melhor com as minhas perdas. Troco com mais frequência o drama pelo humor nos comezinhos do cotidiano. Mantenho as memórias que me importam e jogo os entulhos fora. Torço para que as pessoas que amo envelheçam porque elas ficam menos vaidosas e mais divertidas. E espero que tenha tempo para envelhecer muito mais o meu espírito, porque ainda sofro à toa e tenho umas cracas grudadas à minha alma das quais preciso me livrar porque não me pertencem. Espero chegar aos 80 mais interessante, intensa e engraçada do que sou hoje.

Envelhecer o espírito é engrandecê-lo. Alargá-lo com experiências. Apalpar o tamanho cada vez maior do que não sabemos. Só somos sábios na juventude. Como disse Oscar Wilde, “não sou jovem o suficiente para saber tudo”. Na velhice havemos de ser ignorantes, fascinados pelas dimensões cada vez mais superlativas do que desconhecemos e queremos buscar. É essa a conquista. Espírito jovem? Nem tentem.

Acho que devíamos nos rebelar. E não permitir que nos roubem nem a velhice nem a morte, não deixar que nos reduzam a palavras bobas, à cosmética da linguagem. Nem consentir que calem o que temos a dizer e a viver nessa fase da vida que, se não chegou, ainda chegará. Pode parecer uma besteira, mas eu cometo minha pequena subversão jamais escrevendo a palavra “idoso”, “terceira idade” e afins. Exceto, claro, se for para arrancar seus laços de fita e revelar sua indigência.

Quando chegar a minha hora, por favor, me chamem de velha. Me sentirei honrada com o reconhecimento da minha força. Sei que estou envelhecendo, testemunho essa passagem no meu corpo e, para o futuro, espero contar com um espírito cada vez mais velho para ter a coragem de encerrar minha travessia com a graça de um espanto.

(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)

Ganhou mais
de 40 prêmios nacionais e
internacionais de reportagem.
É autora de um romance –
Uma Duas (LeYa) – e de três
livros de reportagem: Coluna
Prestes – O Avesso da Lenda
(Artes e Ofícios), A Vida Que
Ninguém Vê
(Arquipélago
Editorial, Prêmio Jabuti 2007)
e O Olho da Rua (Globo).
E codiretora de dois
documentários: Uma História
Severina e Gretchen Filme
Estrada.

elianebrum@uol.com.br

@brumelianebrum

Doutorado acadêmico é descartável?


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Doutorado acadêmico é descartável?

Por que fazer um doutoramento é muitas vezes um desperdício de tempo?

Na noite antes do dia de Todos os Santos, em 1517, Martinho Lutero afixou 95 teses na porta de uma igreja em Wittenberg. Naqueles dias foi a tese simplesmente para posicionar um queria discutir. Lutero, um frade agostiniano, afirmou que não poderia comprar os cristãos a caminho do céu. Hoje tese de doutoramento é tanto a idéia de uma e uma conta de um período de investigação original. Escrevendo um é o objetivo das centenas demilhares de estudantes que embarcam em um doutorado em filosofia (PhD) a cada ano.
Na maioria dos clubes de país para PhD é um requisito básico para uma carreira na academia. É uma introdução ao mundo do independente tipo de pesquisa-a da obra-prima intelectual, criado por um aprendiz em estreita colaboração com um supervisor. Os requisitos para completar uma enorme variam entre os países participantes, Universidades e eventos. Alguns alunos vão passar dois primeiros anos para ter trabalhando em um mestrado ou diploma. Alguns receberão uma bolsa, outros vão pagar sua própria maneira. Alguns doutores envolvem pesquisa, apenas algumas aulas obrigatórias e exames exigem do aluno e alguns para ensinar alunos de graduação. A tese pode ser Dezenas de páginas em matemática, ou centenas em história. Como resultado, doutores recém-formados podem ser tão jovem quanto seu 20s adiantado cansados do mundo ou quarenta e poucos anos.
Muitos estudantes de doutoramento uma coisa em comum é a insatisfação não está disponível. Seu trabalho descreve alguns como “trabalho escravo”. Sete dias de semanas, 10 horas-dias, os baixos salários e perspectivas incertas são generalizadas. Você sabe que você é um estudante de pós-graduação, um gracejo vai, Quando o seu escritório está melhor decorada do que a sua casa e você tem um sabor favorito de macarrão instantâneo. “Não é a pós-graduação é desanimador que por si só”, diz um estudante, que confessa apreciar a caça Ao invés de pizza grátis. “O que está desencorajando é o ponto final Concretizar tem sido puxado para fora de alcance.”
Nesta secção
• O sifão de vida
• Os ricos, os pobres e Bulgária
• Tempo, senhores
• desagradável, brutal e não a curto
• Um novo Grand Tour
• O maravilhoso Magyar microcarros
• Campos de Lágrimas
• Fire in the hole
• Luzes, câmera, África
• Uma aldeia em um milhão
• Um punho justo
• Vinho e tulipas em Cabul
• Você escolhe
• Rise of a imagem mental
• adequadamente vestido
• Iluminando uma idade das trevas
• Os códices decodificado
• “O acadêmico descartável
• Outro mundo verde
Reprints
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Tópicos relacionados
• Física
• Ciência
• Ciência e tecnologia
• Estados Unidos
• Escolas de Pós-Graduação
Estudantes de doutorado de lamentação não são novidade, mas parece haver problemas genuínos com o sistema produz doutorados de pesquisa que (os práticos “doutorados profissionais” em áreas como Direito Empresarial, e da medicina têm um valor mais óbvio). Há um excesso de oferta de doutorados. Apesar de um doutorado é projetado como um treinamento para um trabalho na academia, o número de posições de doutoramento não está relacionado ao número de vagas. Enquanto isso, os líderes empresariais se queixam da escassez de competências de alto nível, sugerindo doutores não estão ensinando as coisas certas. Os críticos mais ferozes comparar doutorados de pesquisa para esquemas de Ponzi ou de pirâmide.
Ricas presas
Para a maioria dos eventos da história para primeiro grau de uma universidade era privilégio de poucos ricos, e pessoal académico Muitos não têm doutorados. Mas como o ensino superior expandiu após a segunda guerra mundial, assim como a expectativa de que iria realizar professores avançados graus. Universidades norte-americanas voltadas para cima em primeiro lugar: em 1970 a América estava a produzir um pouco menos de um terço dos estudantes universitários do mundo, e metade das DSTs ciência e tecnologia PhDs (naquele tempo tinha apenas 6% da população global). Desde então, a produção anual dos Estados Unidos de doutores dobrou, para 64.000.
Outros países estão a recuperar. Entre 1998 e 2006, o número de doutorados distribuídos em todos os países da OCDE cresceu 40%, em comparação com 22% para a América. PhD mais dramaticamente acelerada produção no México, Portugal, Itália e Eslováquia. Mesmo no Japão, onde “o número de jovens está diminuindo, agitaram mais cerca de 46% doutores. Parte desse crescimento reflete a expansão do ensino universitário fora da América. Richard Freeman, economista do Trabalho na Universidade de Harvard, diz que até 2006 a América que tinha apenas 12% dos alunos de Inscrição do mundo.
Mas as universidades que descobriram estudantes de doutoramento são do Trabalho, barato e altamente motivada, descartável. Com mais estudantes de doutoramento pode fazer mais pesquisas Eles, e mais o ensino em alguns países, com menos dinheiro. Um assistente graduado de Yale poderia ganhar US $ 20.000 por ano para nove meses de ensino. A remuneração média dos professores catedráticos na América foi 109.000 dólares em 2009-mais do que a média para juízes e magistrados.
De fato, a produção de doutores supera em muito a demanda por professores universitários. Em um livro recente, Andrew Hacker e Claudia Dreifus, um acadêmico e um jornalista relatório, produziu mais do que a América Isso doutorado 100.000 Entre 2005 e 2009. No mesmo período foram lá apenas 16,000 cátedras novas. Usando estudantes de doutoramento para fazer muito do ensino de graduação reduz o número de empregos a tempo inteiro. Mesmo no Canadá, onde “a saída de doutorados cresceu modestamente relativamente, Universidades conferido doutorado 4.800 em 2007 2,616 Mas acabou de contratar novos professores em tempo integral. Apenas alguns países emergentes, como Brasil e China, parecem agora curto de doutores.
Um curso de curta duração na oferta e procura
Na pesquisa, a história é similar. Alunos de doutoramento e agentes contratuais conhecidas como “pós-docs”, descrito por um estudante como “baixo-ventre feio da academia”, fazem grande parte da pesquisa estes dias.Há um excesso de oferta de pós-docs também. Dr. Freeman Concluído desde a pré-dados de 2000 se a American que os trabalhos de professores nas ciências da vida foram aumentando em 5% ao ano, apenas 20% dos alunos iria pousar um. No Canadá 80% de pós-docs ganhar $ 38,600 ou menos por ano de impostos Antes de o salário médio de um trabalhador da construção civil. A ascensão do pós-doutorado, criou um outro obstáculo no caminho para um posto de trabalho acadêmico. Cerca de cinco anos em áreas como um pós-doc é agora um pré-requisito para a aterragem para garantir emprego em tempo integral.
Estes exércitos de baixa remuneração pós-doutorados e investigadores doutorados impulsionar das universidades e clubes POIS país a capacidade de investigação. Isso ainda não é sempre uma coisa boa.Brilhantes e bem treinados mentes podem ir para o lixo quando mudar de modas. A era pós-Sputnik levou ao crescimento rápido nos Físicos de doutoramento, que veio a uma parada abrupta como a guerra do Vietname drenou o orçamento de ciência. Brian Schwartz, professor de física na Universidade da Cidade de Nova York, diz que na década de 1970 que cerca de 5,000 físicos tinham de encontrar empregos em outras áreas.
Nos Estados Unidos o surgimento de sindicatos de professores doutorados ‘reflete a quebra de um contrato implícito entre Universidades e estudantes de doutorado: remuneração crummy agora para um bom trabalho acadêmico mais tarde. Professores-alunos em universidades públicas como a Universidade de Wisconsin-Madison tão cedo quanto os sindicatos Formada nos anos 1960, mas o ritmo de sindicalização aumentou recentemente. Os sindicatos estão agora se espalhando para as universidades privadas, embora de Yale e Cornell, onde dos administradores e professores da universidade Alguns argumentam que estudantes de doutoramento que ensinam não são aprendizes trabalhadores, mas, têm resistido unidades de junção. Em 2002, New York University foi a primeira universidade privada para Reconhecer um professor PhD “união, mas com ele parado três anos de negociação mais tarde.
Em alguns países, como Grã-Bretanha e Estados Unidos, poucas perspectivas salariais e de trabalho se refletem no número de alunos nascidos no estrangeiro de doutoramento. Dr. Freeman estima que em 1966 apenas 23% dos doutorados em ciência e engenharia nos Estados Unidos foram concedidos a estudantes nascidos fora do país. Em 2006 Essa proporção aumentou para 48%. Os estudantes estrangeiros mais pobres tendem a tolerar condições de trabalho e da oferta de baratas, brilhantes, estrangeiros Salários do Trabalho também mantém baixo.
Um PhD pode não oferecer benefício financeiro sobre o grau de mestre. Pode reduzir ganhos eventos
Os defensores do PhD argumentam que é que vale a pena se ele não levar a eventos de trabalho acadêmico permanente. Nem todo estudante embarca em um PhD querer mudar carreira universitária Muitos e do setor privado com sucesso em trabalhos em, designadamente a investigação, industrial. Isso é verdade, mas as taxas de abandono Sugerir que muitos estudantes Torne-se desanimado. Nos Estados Unidos apenas 57% dos estudantes de doutorado terá um PhD dez anos após o primeiro dia de matrícula. Nas ciências humanas, onde ‘A maioria dos estudantes paga seus doutorados próprios, o valor é de 49%. Pior ainda, em outras áreas temáticas Considerando os alunos tendem a abandonar o navio, nos primeiros anos, nas humanidades Eles se agarram como lapas Eventualmente Antes de cair. Estes alunos e começou como o creme acadêmica da nação. Pesquisa em uma universidade americana descobriu que aqueles que não são mais inteligentes do que terminar Aqueles que não o fazem. Pobre supervisão, as perspectivas de emprego ruins ou falta de dinheiro faz com que funcionar fora do vapor.
Mesmo os graduados que encontrar trabalho fora das universidades não se deu nada bem isso. PhD estão tão Especializado escritórios carreiras universitárias que lutam para ajudar graduados à procura de emprego e supervisores tendem a ter pouco interesse em alunos que estão saindo da academia. Um estudo da OCDE mostra cinco anos após o recebimento que os seus graus, mais de 60% de doutores na Eslováquia e mais de 45% na Bélgica, a República Checa, Alemanha e Espanha ainda estavam com contratos temporários. Muitos foram os pós-docs. Cerca de um terço de PhD da Áustria diplomados tomam os empregos não relacionados com os seus graus. Na Alemanha, 13% de todos os Doutorados, acabam em ocupações humildes. No Netherlandv a proporção é de 21%.


Um prémio muito magro

Pós-graduados que ganham mais do que pelo menos aqueles com um grau de bacharel. Um estudo no Journal of Política de Educação Superior e Gestão por Bernard Casey mostra que os homens britânicos com um grau de bacharel ganhar 14% a mais do que aqueles que poderia ter ido para a universidade optou por não Mas. O prémio de ganhos para um doutorado é de 26%. Mas o prémio para um mestrado, que pode ser realizado em menos de um ano, é quase tão alta, em 23%. Alguns temas do prémio para um PhD Totalmente Desaparecida.Doutores em matemática e computação, ciências sociais e línguas não ganham mais do que aqueles com mestrado. O prémio para um doutorado é realmente menor do que para um mestrado em engenharia e tecnologia, arquitetura e educação. Apenas na medicina, outras ciências, negócios e estudos financeiros e é bem alto o suficiente para valer a pena. Sobre todos os assuntos, um PhD comanda apenas um prémio de 3% sobre o grau de mestre.
Dr. Schwartz, o físico de Nova York, diz que as habilidades aprendidas no curso de doutorado podem ser facilmente adquiridas através de cursos muito curtos. Trinta anos atrás, eu disse, as firmas de Wall Street Realizado Isso poderia Físicos Algumas equações diferenciais e trabalham fora recrutou-os a se tornarem “crânios” Analistas e comerciantes. Vários cursos de curta duração oferecem hoje as contas avançadas úteis para as finanças. “Um físico PhD com um curso sobre equações diferenciais não é competitivo”, diz o Dr. Schwartz.
Muitos alunos dizem que estão a prosseguir o seu objecto de amor, e que a educação é um fim em si mesmo.Alguns dão pouca atenção ao que a qualificação pode levar. Em um estudo da British doutorados, cerca de um terço admitiu que eles estavam fazendo seu doutorado parte para continuar a ser um estudante, ou adiar a procura de emprego. Quase metade dos estudantes de engenharia admitidos a esta. Os cientistas podem facilmente obter bolsas, e deriva em PORTANTO fazer um doutoramento. Mas há penalidades, bem como benefícios, para permanecer na universidade. Trabalhadores com “excedente escolaridade” educação mais do que um trabalho é provável exige-estar menos satisfeitas, menos provável e mais produtivo que vai dizer para deixar os seus empregos.
Os interesses das universidades e dos acadêmicos titulares estão desalinhados com os de alunos de doutoramento
Tendem a considerar Academics perguntando se um PhD vale a pena como análoga a saber se existe muita arte e cultura no mundo. Eles acreditam que em Universidades Conhecimento derrama da sociedade, tornando-o mais produtivo e saudável. Isso pode muito bem ser verdade, mas fazendo um doutorado ainda pode ser uma escolha ruim para um indivíduo.
Os interesses dos acadêmicos e universidades, por um lado e os outros estudantes de doutoramento não são bem alinhados. Os alunos mais brilhantes para ficar nas universidades, o que é melhor para os acadêmicos.Estudantes de pós-graduação trazer subsídios e da carne de seus registros dos supervisores de publicação.Academics escolher e noivo brilhantes alunos de graduação os alunos de pós-graduação-las como potencial.Não é do seu interesse inteligente para transformar as crianças longe, pelo menos no início. Uma aluna falou de ser dito de Oportunidades no início brilhante, mas depois de sete anos de trabalho árduo ela estava com uma piada fobbed fora de encontrar um marido rico About.
Monica Harris, professor de psicologia da Universidade de Kentucky, é uma rara exceção. Ela acredita que muitos doutores estão sendo produzidos, e parou de admiti-los. Controle unilateral Mas o nascimento como é acadêmica rara. Um Ivy-presidente da Liga, recentemente questionado sobre excesso de oferta PhD, disse que, se cortar os Outros principais universidades entrará para oferecê-los em seu lugar.

Atividades nobres
Muitas das desvantagens de se fazer uma PhD são bem conhecidos. O seu interlocutor estava ciente de los mais de uma década atrás, enquanto ela arrastei até PhD em grande parte inútil em ecologia teórica. Como os europeus tentam harmonizar o Ensino Superior, algumas instituições estão empurrando a aprendizagem mais estruturada que vem com um PhD norte-americano.
As organizações que têm Realizadas pagamento para doutorados de pesquisa que muitos acham isso difícil de transferir para suas habilidades no mercado de trabalho. Elaboração de relatórios de laboratório, apresentações e acadêmicos de seis meses Realização de revisões da literatura pode ser surpreendentemente inútil em um mundo onde o conhecimento tem que ser assimilado rapidamente técnico e apresentado a um público amplo, simplesmente. Algumas universidades já estão oferecendo seus estudantes de doutoramento de treinamento em soft habilidades de comunicação e trabalho em equipe como a que pode ser útil no Mercado de Trabalho. Na Grã-Bretanha de quatro anos NewRoutePhD Tais afirmações apenas desenvolver habilidades de graduados.
Medidas e incentivos pode ser mudado, também. Alguns acadêmicos e departamentos universitários de doutorados Considere os números como um indicador de sucesso e competência para produzir mais. Para os estudantes, uma medida de como os estudantes rapidamente chegar ao trabalho Aqueles permanente, e que eles ganham, seria mais útil. Quando as sanções são aplicadas em acadêmicos que permitem doutores de superação, o número de alunos que completa sobe abruptamente, o que sugere que eram estudantes autorizados a apodrecer com anteriormente.
Muitos dos que embarcam em um doutorado são os mais inteligentes em sala de aula e sua ter sido o melhor em tudo o que têm feito. Eles já acumulou prêmios e prêmios. Como nova safra deste ano de estudantes de pós-graduação saltar em suas pesquisas, poucos estarão dispostos a aceitar que o sistema Eles estão entrando poderia ser projetado para o benefício dos outros, que os eventos de trabalho duro e brilho pode não ser suficiente para êxito e que Eles estariam melhor fazendo outra coisa. Eles podem usar as habilidades de investigação para olhar seu mais difícil no lote do acadêmico descartável. Se alguém escrever uma tese sobre isso.

http://www.economist.com/node/17723223

Meu sonho.

Cientistas buscam entender as intensas explosões de raios gama


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Cientistas Buscam Entender

as Intensas Explosão de Raios Gama

 

Quando uma gigantesca estrela morre e colapsa dentro de si, um intenso pulso de raios gama é emitido, tornando esse objeto a fonte mais luminosa do Universo por alguns minutos. No entanto, esse fenômeno também parece ocorrer nos buracos negros e os cientistas estão tentando entender como isso acontece.

                       
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O pulso de raios gama produzido pelas estrelas no momento da morte é a mais intensa manifestação energética que acontece no Universo. O processo é bem conhecido e ocorre quando uma estrela dez vezes mais densa que nosso Sol desmorona sobre si mesma e ejeta sua camada externa no espaço. Isso transforma a gigantesca estrela em um objeto extremamente denso e pequeno, do tamanho de uma cidade e que gira em velocidade muito elevada sobre seu próprio eixo.

Todo esse processo leva cerca de 1 dia – tipicamente 20 minutos – e é acompanhado de um intenso flash observável de qualquer parte do Universo e que pode ser registrado em diversos comprimentos de onda, principalmente no espectro dos raios gama. Essa violenta explosão é conhecida como Supernova.

De acordo com o conhecimento atual, se a densidade do pequeno e massivo objeto remanescente for igual ou superior a 3 massas solares, então esse objeto dará origem a um buraco negro.

Buracos Negros Rotativos
Apesar de ser típico de estrelas em colapso, algumas vezes esse descomunal flash também tem origem nos buracos negros rotativos, que ao girarem rapidamente sugam a matéria à sua volta e lançam ao espaço um fino feixe de energia muito alta, que se propaga em grande velocidade.

“O buraco negro está girando rapidamente e à medida que suga matéria estelar ejeta um jato de material através de um envelope similar a uma supernova”, explica o astrônomo da Universidade Pennsylvania Péter Mészáros, durante reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.

Esses jatos de radiação movem-se basicamente na velocidade da luz, que se acredita seja o limite da máxima velocidade possível no Universo. No entanto, para refinar suas teorias os pesquisadores precisam saber exatamente a velocidade desses jatos e para isso estão utilizando os dados do Telescópio Espacial Fermi, lançado em 2008 com o propósito de mapear todas as fontes de raios gama do Universo.

“Fermi está fazendo um excelente trabalho em medir o quão perto da velocidade da luz o jato se propaga, mas ainda não sabemos exatamente se são 99,9995 % da velocidade da luz ou 99,99995% dessa velocidade”, disse Mészáros.

Mistérios
Embora os astrônomos tenham uma ideia geral sobre o que provoca uma explosão de raios gama, muitos aspectos do processo ainda estão envoltos em mistério. Um aspecto particularmente difícil de entender vem do fato de que essas explosões, e os buracos negros em seu interior, envolvem massas extremamente grandes confinadas em espaços muito pequenos.

 Crédito: David A. Aguilar (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics).

Teoria da Relatividade Geral

Teorias propostas pelo físico Abert Einstein que revolucioria

Para entender esses domínios, os cientistas usam duas teorias propostas ainda na primeira metade do século 20: a teoria da relatividade geral de Albert Einstein que abrange coisas gigantescas, de grande massa e alta energia e a teoria da mecânica quântica que reina sobre as dimensões absurdamente minúsculas. O problema é que as duas teorias são incompatíveis entre si e os cientistas não sabem como conciliá-las.

“Até o momento temos sido capazes de descartar as versões mais simples de teorias que combinam a mecânica quântica com a gravidade, embora outras ainda precisam ser testadas”, disse Mészáros.

O que se espera é que, com mais dados observacionais do Telescópio Espacial Fermi e de outros instrumentos, os cientistas sejam capazes de refinar as teorias que descrevem as explosões de raios gama e também outras ocorrências que envolvem energias extremas no universo.

http://www.apolo11.com/spacenews.php?titulo=Cientistas_buscam_entender_as_intensas_explosoes_de_raios_gama&posic=dat_20120220-100317.inc

Como as reservas de combustíveis fósseis estão ligadas a negociações climáticas


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Como as reservas de combustíveis fósseis estão ligadas a negociações climáticas

O editor Duncan Clark do “The Guardian” utilizou dados da Revisão Estatística da Energia Mundial da BP para calcular quanto CO2 cada país tem a possibilidade de emitir e como isso influencia na posição das nações sobre um acordo climático.

Por Jéssica Lipinski do Instituto CarbonoBrasil

Campo de extração de petróleo na Califórnia, Estados Unidos - Foto de Storm Crypt / Flickr

Campo de extração de petróleo na Califórnia, Estados Unidos – Foto de Storm Crypt / Flickr

Muitas vezes, a demora no progresso das negociações climáticas faz-nos perguntar por que as lideranças mundiais estão a demorar tanto para combater as emissões de gases do efeito estufa (GEEs), que contribuem para as mudanças climáticas.

Pensando nessa relação, o editor de meio ambiente do jornal The Guardian, Duncan Clark, utilizou os dados da Revisão Estatística da Energia Mundial da BP para calcular quanto de GEEs cada país pode emitir, e traçou uma relação entre as reservas de combustíveis fósseis das nações e suas posições a respeito de acordos climáticos.

Clark exemplificou a sua análise com o caso das negociações climáticas da 17ª Conferência das Partes (COP17), que ocorreu no final de 2011 em Durban, na África do Sul: quem defendeu mais fortemente a extensão do Protocolo de Quioto e criação de um novo acordo mundial foram a União Europeia, a África e a Aliança de Pequenos Estados Insulares (AOSIS), que, segundo o editor, têm juntas menos de 14% das reservas de combustíveis fósseis mundiais.

Analisando a posição oposta, Clark também chegou a resultados semelhantes: a Arábia Saudita, o Canadá, a China, os EUA, a Índia e a Rússia, que juntos detêm quase 60% de todas as reservas mundiais de combustíveis fósseis, frequentemente se posicionam, em maior ou menor grau, contra acordos climáticos globais.

O Canadá, por exemplo, anunciou recentemente a sua retirada do Protocolo de Quioto, enquanto a China e os EUA, os maiores emissões de GEEs do mundo, nunca fizeram parte do tratado.

Mesmo em escala regional, parece haver ligação entre as duas situações: enquanto a maioria dos países da América Latina se mostra favorável a um pacto climático mundial, a Venezuela, que detém grandes reservas de petróleo e areia betuminosa, se posicionou contra um acordo e entrou em confronto com a presidência da ONU, alegando que os países emergentes estavam a ser ‘negociados’ nos debates climáticos.

O editor do The Guardian ressaltou que a sua análise não é científica e que há casos em que a relação entre reservas de combustíveis fósseis e posicionamento climático não se concretiza, mas lembrou que é interessante ponderar a questão sobre esse ponto de vista, para que talvez se possa entender melhor o andamento das negociações climáticas.

Leia a íntegra da análise (inglês)

Artigo de Jéssica Lipinski publicado por Instituto CarbonoBrasil

A ASPIRAÇÃO HUMANA


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A VIDA DIVINA (SRI AUROBINDO) — Capítulo I a X

Capítulo I

A ASPIRAÇÃO HUMANA

SRI AUROBINDO

Ela marcha em direção à meta daqueles que vão mais adiante, é a primeira na eterna sucessão de alvoradas por chegar; Usha se expande manifestando tudo o que vive,  despertando alguém que morreu … Qual é seu alcance, quando harmoniza as alvoradas que já brilharam com as que agora devem refulgir? Deseja as antigas manhãs e as enche de luz; projetando para diante sua iluminação, entra em comunicação com o resto do que está por vir.

Kutsa Angirasa – Rig Veda [1]

São triplos aqueles supremos nascimentos desta força divina que está no mundo; são verdadeiros, são desejáveis; se desloca no Infinito e brilha puro, luminoso e pleno… O que é imortal nos mortais, e dotado da verdade, é um deus, estabelecido interiormente como uma energia, que opera em nossos poderes divinos… Torna-te espiritualmente elevada, oh Força, atravessa todos os véus, manifesta em nós as coisas de deus.

Vamadeva – Rig Veda [2]

A primitiva preocupação do homem em seus pen­samentos despertos, e o que parece sua inevitável e última inquietude – pois ela sobrevive aos mais prolongados períodos de ceticismo e retorna após cada banimento— é também a maior preocupação que seu pensamento pode conceber. Manifesta-se no prenúncio da Divindade, no impulso em direção à perfeição, na busca da pura Verdade e deleite não misto, no sentido de uma secreta imortalidade. As antigas auroras do conhecimento humano nos legaram o testemunho desta constante aspiração; hoje em dia vemos uma humanidade – saciada mas não satisfeita pela análise vitoriosa  das exterioridades da Natureza – preparando-se para retornar a seus primitivos anelos. A fórmula primitiva da Sabedoria promete ser a última: Deus, Luz, Liberdade, Imortalidade.

Estes ideais persistentes da espécie são, ao mesmo tempo, a contradição de sua experiência normal e a afirmação de experiências superiores e mais profundas que resultam anormais para a humanidade e só hão de obter-se, em sua inteireza organizada, mediante um esforço revolucionário ou um progresso evolutivo geral. Conhecer, possuir e constituir o divino ser em uma consciência animal e egoística [3], converter nossa sombria ou crepuscular mentalidade física na plena iluminação supramental, construir paz e felicidade auto-existentes ali onde só há tensão por conseguir satisfações transitórias, perante o assédio da dor física e sofrimento emocional, estabelecer uma liberdade infinita em um mundo que se apresenta como um grupo de necessidades mecânicas, descobrir e compreender a vida imortal num corpo sujeito à morte e a constantes mutações; tudo isto se nos oferece como a manifestação de Deus na matéria e meta da Natureza em sua evolução terrestre. Para o intelecto ma­terial comum, que crê que sua presente organização da consciência é o limite de suas possibilidades, a contradição direta dos ideais irrealizados com o fato realizado é um argumento final contra sua validade. Mas se tomamos uma visão mais reflexiva do trabalhar-do-mundo, essa contradição direta parece muito mais uma parte do profundíssimo método da Natureza e o selo de sua mais completa aprovação.

Pois todos os problemas da existência são, em essência, problemas de harmonia. Surgem da percepção de uma discórdia não-resolvida e da intuição de um não-descoberto acordo ou unidade. Repousar contente com uma discórdia não resolvida é possível para a parte prática e mais animal do homem, mas é impossível para sua mente plenamente desperta, e geralmente inclusive suas partes práticas só evitam a necessidade geral de harmonizar contrários evitando o problema ou aceitando um compromisso tosco, utilitário e não-iluminado. Pois essencialmente, toda a Natureza busca uma harmonia, vida e matéria em sua própria esfera, igualmente que a mente na organização de suas percepções. Quanto maior é a desordem aparente dos materiais oferecidos ou a aparente diferença essencial – até uma oposição irreconciliável – dos elementos que serão utilizados, mais forte é o estímulo, e este leva a uma ordem mais sutil e pujante do que aquela que seria o resultado de um esforço menor. O acordo ou combinação da Vida ativa com o material com que se forja a forma – no qual o estado de atividade por si mesma parece ser a inércia – é um problema de opostos que a Natureza resolveu, e procura sempre resolver melhor com maiores complexidades; pois a solução perfeita seria a imortalidade material do corpo animal plenamente orga­nizado que serve de sustento à mente. O acordo ou combinação de uma mente consciente e da vontade consciente como uma forma e uma vida não-abertamente conscientes de si mesmas e capazes, quan­do muito, de uma vontade mecânica ou subconsciente, é outro problema de opostos em que a Natureza produziu resul­tados assombrosos e que aponta sempre para maravilhas superiores; e seu último milagre seria uma consciência animal que já não marche em busca da Verdade e a Luz senão que as possua, com a onipotência que resultará da possessão de um conhecimento direto e aperfeiçoado. Então, não apenas é racional em si mesmo o impulso ascendente do homem direção à conformidade de opostos ainda mais elevados, como é também a única finalização lógica de uma regra e de um esforço que parecem ser o método fundamental da Natureza e o próprio sentido de seus esforços universais.

Falamos da evolução da Vida na Matéria, da evolução da Mente na Matéria; mas evolução é uma palavra que apenas assinala o fenômeno, sem explicá-lo. Pois aparentemente não há razão para a Vida evoluir a partir dos elementos materiais ou a Mente a partir da forma vivente, a menos que aceitemos a solução Vedântica de que a Vida já está envolta pela Matéria e a Mente pela Vida, porque, em essência, a Matéria é uma forma velada na Vida, e a Vida é uma forma velada da Consciência. Parece que, então, há escassa objeção a um passo mais adiante na séria e à aceitação da idéia de que a própria consciência mental é apenas uma forma e um véu de estados superiores de Consciência que estão além da Mente. Nesse caso, o indomável impulso do homem em direção a Deus, a Luz, a Bem-Aventurança,  a Liberdade e a Imortalidade, se apresenta em seu lugar correto na cadeia, do mesmo modo que o impulso imperativo pelo qual a Natureza busca evoluir além da Mente parece tão natural, verdadeiro e justo quanto o impulso em direção a Mente que a Natureza implantou em certas formas de Vida. Tal como lá, aqui o impulso existe – com uma série sempre ascendente no poder de seu querer-ser; tal como lá, aqui ele evolui gradual­mente e obriga à evolução plena dos órgãos e faculdades necessários. Assim como o impulso em direção à Mente parte das mais sensíveis reações da Vida no metal e na planta, subindo até a plena organização no homem, de igual maneira no próprio homem existe a mesma série ascendente, a preparação, se não algo mais, de uma vida superior e divina. O animal é um laboratório vi­vo no qual a Natureza elaborou o homem. O  próprio homem pode ser um laboratório pensante e vivo no qual, com sua cooperação consciente, a Natureza elaborará o super-homem, o deus. Ou melhor diremos que manifestará a Deus? Pois se a evolução é a progressiva manifestação, na Na­tureza, do que dormiu ou trabalhou nela desde dentro, envolto po ela, também é, igualmente, a realização aberta do que ela é secretamente. Então não podemos atribuir lentidão a uma dada etapa de sua evolução nem temos o direito de condenar qualquer intenção que ela ponha em relevo ou qualquer esforço que realiza para ir adiante, como fazem os fanáticos religiosos, qualificando tal intenção ou esforço como perverso e presun­çoso, ou os racionalistas, considerando esta intenção ou esforço como enfermidade ou alucinação. Se é verdade que o Espírito está envolto pela Matéria e que a Natureza aparente é o Deus secreto, então a manifestação do divino em si mesmo e a realização de Deus, dentro e fora, são o objetivo supremo e mais legítimo do homem sobre a terra.

Dessa maneira, o eterno paradoxo e a eterna verdade – de uma vida divina em um corpo animal, de uma aspiração imortal ou realidade que mora numa habitação mortal; de uma única, solitária e universal consciência que se apresenta em limitadas mentes e egos divididos; de um ser transcendente, indefinível, não sujeito ao tempo nem ao espaço, que por si só, faz possível o tempo, o espaço e o cosmos, e em todos estes, a verdade superior que é realizável por meio e desde o termo inferior- se justifica, tanto perante a reflexiva razão quanto perante o persistente instinto ou intuição da humanidade. Com frequência, efetuaram-se intentos – concretados em questões muitas vezes reputadas insolúveis  pelo pensamento lógico procurando persuadir o homem a limitar suas ativida­des aos problemas práticos e imediatos de sua existência material no universo; mas essas evasões jamais foram permanentes em seu efeito. A humanidade retorna delas com um impulso mais veemente de investigação ou uma fome mais violenta de solução imediata. Através dessa fome medra o misticismo e surgem novas religiões para substituir as antigas, que foram destruídas ou despojadas de significado por um ceticismo que em si mesmo não pode satisfazer, pois, ainda que sua atividade fosse a investigação, deliberadamente não quis investigar o suficiente. A tentativa de negar ou afogar uma verdade porque ainda é obscura em sua estrutura externa – e mui frequentemente se acha representada por uma supers­tição obscurantista ou uma fé inculta – é em si mesma um gênero de obscurantismo.

A vontade de escapar à necessidade cósmica de investigar a Verdade – porque é árdua, difícil de justificar com resultados tangíveis imediatos, lenta em regularizar suas operações – deveria haver desembocado na não-aceitação da verdade da Natureza e em uma rebelião contra a secreta e mais poderosa vontade da grande Mãe. É melhor e mais racional aceitar que ela não nos permitirá, como espécie, rechaçar essa dita Verdade, e a elevará a partir da esfera do cego instinto, da obscura intuição e da esporádica aspiração até colocá-la dentro da luz da razão e de uma vontade instruída e conscientemente-guiando-se-a-si-mesma. E se existe qualquer luz superior de iluminada intuição ou verdade auto-reveladora, que agora está obstruída e inoperante no homem ou trabalha com lampejos intermitentes – como por trás de um véu ou com manifestações ocasionais, como as luzes do norte em nossos claros céus materiais – então também não precisamos ter medo de aspirar. Pois é possível que esse seja o próximo estado superior da consciência, do qual a Mente é apenas forma e véu, através dos esplendores dessa luz pode aparecer o caminho de nosso pro­gressivo auto-engrandecimento em qualquer estado supremo em que se ache o último lugar de descanso da humanidade.

[1] I. 113. 8. 10.

[2] IV. 1. 7; IV. 2; IV. 4. 5.

[3] A palavra inglesa é “egoistic” que poderia ser traduzida por “egoística” se estivesse admitida pela R.A.E., e reservar o termo “egoísta” para sua correspondente inglesa “egoist”, mas os termos aceitados na língua espanhola, como “egocêntrica” ou “egotista”, não são melhores, o termo optado para o espanhol: “egoísta”, e há que se ter em conta esta nota, pois o termo aparece frequentemente.

Yellowstone, uma catástrofe anunciada!


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Yellowstone, uma catástrofe anunciada!

Ficheiro:Morning Glory Pool2.jpg

A natureza tem castigado severamente a humanidade nesta última década. São terremotos de grandes proporções, tsunamis, vulcões interrompendo o tráfego aéreo dos países, furacões, etc. Todas estas manifestações naturais têm deixado milhares de mortos mundo afora. Felizmente, do ponto de vista geológico, estamos no planeta a pouco tempo e por isso não presenciamos a fúria devastadora dos chamados ‘Supervulcões’.

No entanto, algo parece estar acontecendo no famoso supervulcão que está sob o Parque Nacional de Yellowstone nos Estados Unidos. Este é um dos maiores supervulcões do planeta, possui uma caldeira com mais de 60 km de diâmetro. Especialistas estudam e monitoram Yellowstone a anos, e todos os anos nessa região tem uma elevação, uma espécie de inchaço devido a alta pressão interna provocada pelo magma na caldeira, algo em torno de 5 a 7cm por ano (uma catástrofe sendo anunciada a séculos)

Mas no início do ano passado Yellowstone parece ter “respirado” profundamente. Uma grande área do parque se elevou em mais de 25cm de altura a uma velocidade surpreendente e agora vários locais tem rachaduras profundas que foram abertas por esse movimento das rochas. Os cientistas disseram que este é um caso extraordinário de pressão vulcânica e que não sabem se estão lidando com uma pré-erupção. No caso da explosão de um supervulcão como este, o impacto seria o mesmo que milhões de bombas nucleares sendo detonadas ao mesmo tempo.

Fort Yellowstone: outrora uma base do exército dos EUA, agora serve como sede administrativa do parque.

Se Yellowstone despertar as conseqüências serão desastrosas. Sua erupção duraria cerca de cinco dias. E mais ou menos três meses após a erupção uma nuvem de poeira vulcânica cobriria todo o hemisfério norte, fazendo as temperaturas caírem para – 30°C. Ao mesmo tempo, o hemisfério sul da terra entraria em um período de seca indeterminada onde as temperaturas poderiam chegar a 50°C positivos facilmente.

Logo após a erupção, haveria a liberação na atmosfera de um gás mortal e venenoso chamado piroplastic que pode chegar a temperatura de 500°C. Este gás se espalharia incinerando tudo em um raio de 1900km, devastando a vida nas regiões do Kansas, Nebraska, Livingstone entre outras. Devido a ação dos ventos, partículas deste gás poderiam chegar ainda mais longe, matando milhões de pessoas por envenenamento ou por asfixia. Aliás, uma morte terrível pois esse gás literalmente cozinha os pulmões e as vias respiratórias dos atingidos. Um tremor de terra resultante desta erupção atingiria o grau 9.0 graus da escala Richter, causando um enorme tsunami com ondas de 55 metros de altura que iria devastar áreas costeiras da Europa, América Central, Ásia e até mesmo América do sul.

Apesar de tudo isso a humanidade sobreviveria… Eu acho!

Yellowstone Geyser Grotto

Ficheiro:Yellowstone Geyser Grotto10.jpg

http://www.cuttingedge.org/News/n1852.cfm

Lula para o Banco Mundial


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Economia

Lula para o Banco Mundial

Ex-presidente se destacou ao defender economias emergentes no cenário internacional

Nomeação do ex-presidente brasileiro seria símbolo de uma nova configuração na economia global.

Por Gregory Chin*

O anúncio da saída de Robert Zoellick da presidência do Banco Mundial gerou um novo debate sobre sua sucessão, e cada vez mais vozes pedem o fim da tradição da seleção automática de um norte-americano para o cargo. Num momento em que as economias avançadas certamente prefeririam corrigir os desequilíbrios macroeconômico no comércio e nas finanças, para os países do Hemisfério Sul, os desequilíbrios também existem na representação dos dois hemisférios nas instituições globais.

Leia Também: Obama deveria se recusar a nomear o próximo chefe do Banco Mundial

O Brasil está entre os países que pedem um equilíbrio maior. “Não há razão alguma que faça com que o presidente seja obrigatoriamente de uma nacionalidade específica. O escolhido deveria ser simplesmente alguém competente e capaz”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Nossa meta é fazer com que os países emergentes tenham a mesma chance de competir pela liderança dessas organizações multilaterais”.

Mantega não precisa ir muito longe para achar um candidato. Que tal Lula?

Sob sua liderança, entre 2003 e 2010, o Brasil sobreviveu fortemente à crise financeira global. Seus bancos e multinacionais continuaram a crescer no mercado mundial. Lula foi um dos líderes mais carismáticos do hemisfério Sul na última década, e seus desempenho foi marcante nos encontros do G20, onde ele não hesitou em apontar os culpados pelo estado da economia mundial e exigiu reformas para corrigir acordos de representação obsoletos no sistema econômico global.

Suas credenciais como um grande nome das economias emergentes são fortes. Ele viajou o mundo defendendo laços mais fortes entre os países do sul, inclusive com os africanos, e uma maior cooperação dentro do grupo dos BRICs,  além de apoiar fóruns regionais na América do Sul. E Lula também exigiu um papel maior dos países emergentes nas decisões e nos planejamentos globais.

Lula é respeitado por formadores de opinião no Hemisfério Norte. O Brasil deu contribuições importantes para instituições multilaterais dentro do sistema das Nações Unidas, e dando mais dinheiro do que a China à Associação Internacional de Desenvolvimento, o fundo do Banco Mundial para os países pobres. Tanto a Chatham House, de Londres, quanto a Sciences Po, de Paris, deram a Lula prêmios de “figura do ano”.

A nomeação do ex-presidente não resolveria por si só os desafios de legitimidade que o Banco Mundial enfrenta. Embora esses problemas não sejam tão graves quanto os do FMI, não se pode esquecer que foi apenas há quatro anos que o Banco nomeou seu primeiro economista-chefe oriundo de um país emergente: um chinês. Logo, o simbolismo da nomeação de alguém como Lula certamente não passaria despercebido.

Para os Estados Unidos, seria uma quebra com seu lugar cativo na presidência, e isso poderia ser enxergado como um risco no momento em que muitos ao redor do mundo questionam o modelo de desenvolvimento que o Banco Mundial deveria promover. A crise financeira global abalou as convicções existentes.

No entanto, com Lula como presidente, o Banco seria liderado por alguém que lutou bravamente por democracia, igualdade e justiça social. Haverá um acordo, pelo menos em algum nível, sobre o que representa um bom modelo de governo.

Para os poderes tradicionais e de outrora, essa coroação de Lula não deveria ser subestimada. Se, por razões de saúde, ele preferir não aceitar o cargo, algo perfeitamente compreensível, deve-se então buscar alguém com credências similares.

* Professor da York University,

Prior to joining York University in 2006,

Dr. Chin served as a diplomat in the Canadian Embassy in Beijing from 2003 to 2006, and was responsible for Canadian foreign aid to China and North Korea. From 1999 to 2003, he served in Canada’s Department of Foreign Affairs and International Trade, and the Canadian International Development Agency  no Canadá

Fontes:Financial Times – Lula for World Bank

LEI  AMERICANA  AMEAÇA CORRUPTORES

(inclusive no Brasil)

Editoria de Arte/Folhapress

Como funciona a Lei Dodd-Frank, em vigor desde 2011

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Sites de redes sociais não podem ser obrigados a controlar downloads


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Tribunal Europeu: Sites de redes sociais não podem ser obrigados a controlar downloads

O Tribunal de Justiça Europeu determinou hoje que os ‘sites’ das redes sociais não podem ser obrigados a instalar filtros que impeçam a transferência de músicas ou outros ficheiros protegidos pelo direito de autor.

A decisão é uma vitória para as empresas que operam as redes sociais na União Europeia, mas uma derrota para os que defendem restrições à distribuição de obras protegidas pelo direito de autor sem pagamento ou autorização.

Ela é divulgada numa altura em que se registam crescentes protestos na Europa contra o acordo internacional ACTA (Anti-Counterfeiting Trade Agreement), negociado entre a UE, Estados Unidos, Japão, Canadá, Nova Zelândia, Austrália, Singapura, Coreia do Sul, Marrocos, México e Suíça.

Na decisão hoje anunciada, o Tribunal europeu, a mais alta instância judicial da UE, determinou que exigir a instalação de filtros que cubram todos os utilizadores do ‘site’ não permite proteger dados pessoais e contraria a liberdade de receber e partilhar informação.

Num comunicado de imprensa, o Tribunal afirmou que obrigar os ‘sites’ a policiar as redes não respeitaria “o princípio de que deve ser encontrado um equilíbrio justo entre a proteção do direito de autor, por um lado, e a livre iniciativa, o direito de proteção dos dados pessoais e a liberdade de receber e partilhar informação”.

O Tribunal pronunciou-se relativamente a uma queixa apresentada pela sociedade belga de direitos de autor, SABAM, contra as práticas da rede social NetlogTV, cujos perfis de utilizador permitem a partilha ilegal de obras protegidas.

À semelhança de outras redes sociais como o Facebook, o Twitter ou o Youtube, a Netlog permite aos utilizadores a criação de um perfil que possiblita ligações com amigos e publicar fotos, vídeos ou outras ligações, incluindo materiais protegidos pelo direito de autor.

Em novembro, a SABAM já perdeu um outro processo em que pretendia que os fornecedores de serviço Internet fossem obrigados a instalar filtros que impedissem os ‘downloads’ ilegais.

Diário Digital com Lusa

O consentimento dos conectados


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Internet

Se o Facebook fosse um país, seria o terceiro mais populoso do mundo (Reprodução/Internet)

O consentimento dos conectados

Como os reinos de Googledom e Facebookistão, entre outros soberanos do ciberespaço, estão lidando com o poder sem precedentes que têm nas mãos

Empresas como Apple, Facebook, Google, e muitos outros serviços e plataformas digitais criaram uma nova esfera virtual, uma grande parte da qual é projetada, construída, operada e pertence a companhias privadas. Essas companhias agora são mediadoras de todo tipo de relações humanas, incluindo a relação entre cidadãos e governos. O que está sendo exercitado é uma nova camada de soberania sobre o que estamos ou não estamos autorizados a fazer com nossas vidas digitais, combinada e até maior do que a soberania dos governos. Às vezes – como no caso da Primavera Árabe – essas plataformas mundiais administradas por corporações são capazes de ampliar as vozes de cidadãos questionando seus governos. Mas em outras situações, elas podem restringir nossa liberdade de formas bastante pérfidas, às vezes em cooperação com governos e às vezes de forma independente.

A iNação Apple

Problemas com censura na Apple vão muito além da China, e chegam a lugares inesperados. Em março de 2010 a Apple apagou, sem aviso prévio, um aplicativo para iPad da Stern, uma das maiores revistas da Alemanha. Conteúdo erótico havia sido publicado na versão impressa, que era automaticamente duplicada no aplicativo. O conteúdo estava perfeitamente de acordo com as leis da Alemanha, mas como algumas páginas de uma edição específica violavam os padrões dos aplicativos da Apple, a revista inteira foi censurada na App Store. A Apple também notificou uma outra revista alemã, Bildt, que ela teria que alterar seu conteúdo se quisesse manter seu aplicativo.

Este ano a Apple também censurou uma versão em quadrinhos de Ulisses, de James Joyce, que continha algumas imagens de nudez, apesar do aplicativo ter sido marcado como contendo conteúdo adulto. Conteúdo político e religioso controverso também é frequentemente censurado. Queixas de censura continuam, tanto da esquerda quando da direita do espectro político norte-americano.

Facebookistão

Mais de 800 milhões de pessoas “habitam” o reino digital do Facebook. Se o Facebook fosse um país, seria o terceiro mais populoso do mundo, atrás somente de Índia e da China. Vamos chamá-lo de Facebookistão. É um país governado por uma série de regras baseadas na ideologia da sua equipe de administração e seu “pai fundador”, que governam seu reino da forma que eles acreditam ser mais benéfica para seus usuários – e para eles próprios.

Zuckerberg defende o que veio a ser conhecido como “transparência radical”: a ideia de que a humanidade estaria melhor se todo mundo fosse mais transparente sobre quem são e o que fazem. Ativistas que usam o Facebook em regimes opressores estão uma posição complicada: Eles podem usar nomes falsos e se arriscar a ter suas contas desativadas. Ou eles podem usar seus nomes verdadeiros e se arriscar a ser presos – ou pior.

Ninguém está forçando ninguém que se sente desconfortável com os termos de serviço a usar o Facebook. Os executivos ressaltam o fato de que os usuários da internet têm escolhas dentro da web. Mas para ativistas tentando maximizar seu impacto, a dominância global do Facebook significa que muitos ativistas não podem se dar ao luxo de não terem uma conta se eles querem que seu movimento tenha sucesso, apesar dos riscos.

Googledom

A nova rede social do Google, Google Plus, começou com a mesma filosofia de governo que o Facebook no que diz respeito a identidade, mas provou ser mais flexível e aberto ao lobbying de seus usuários. Em julho de 2011, cerca de um mês após seu lançamento, os administradores começaram a desativar um grande número de contas registradas com nomes falsos e pseudônimos. Então, em novembro do mesmo ano, o Google anunciou que iria criar novos procedimentos para que as pessoas pudessem usar apelidos e pseudônimos, pelo menos em casos em que uma pessoa tenha uma identidade virtual diferente do nome impresso em suas carteiras de identidade oficiais.

Gerentes e desenvolvedores de produtos – os barões e lordes do Facebookistão, Googledom, e da iNação Apple, e de outras plataformas – agora se vêem desempenhando papéis de governança para os quais grande parte deles não está preparada, levando a consequências políticas reais que eles não compreendem e têm dificuldade em prever. Eles ainda não encontraram um jeito de governar suas plataformas privadas de uma forma que seja genuinamente compatível com os ideais e aspirações democratas de muitos de seus usuários no mundo físico. Eles também se encontram agora no reino da geopolítica. As novas soberanias digitais começam a entrar em disputa com os estados-nação convencionais.

Confie mas verifique

Como acontece com soberanias no mundo físico, as soberanias do ciberespaço precisam ser consideradas responsáveis por seus compromissos para que possam ser consideradas confiáveis, e em última instância para que sejam bem-sucedidas. Elas precisam ser muito mais transparentes sobre a forma com que suas políticas são traçadas e como elas conduzem seus relacionamentos com governos. Se as soberanias do ciberespaço fizerem tudo isso, elas conquistarão a confiança do público – e essa confiança terá sido merecida. Essa confiança vai, em troca, dar a elas legitimidade como um desejado contrapeso à soberania dos governos: mantendo um ao outro em cheque, tornando o abuso de poder – seja pelas soberanias do ciberespaço ou pelas soberanias no mundo físico – mais difícil.

Fontes:Slate – Consent of the Networked

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