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Arquivo mensal: abril 2011

Vergonha Real


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Grita Brasil

Vergonha Real

Vazio

                Dos vazios,
tudo é vazio.

Ou

Verdade das
vaidades, tudo é vaidade.

Livro Ecleasiasties

Passado três milênios, a física quântica comprou aquilo dito há tanto tempo. O que é real, e
a ilusão, nesta vida terrena que por breve lapso de tempo que percorremos?

Conhecimento

                                       Entendimento

                                                                                           Libertação

                                                                                                                             Transformação.

Em tempos em que só se fala do
casamento real de William e Kate, prefiro ficar com a nossa real. E que não é
nada legal. É vergonhosa.

Por Claudio Schamis

Em tempos em que sóse fala do casamento real de William e Kate, que terá transmissão ao vivo, e já
tem até uma bolsa de apostas das mais variadas, prefiro ficar com a nossa real.
E que não é nada legal. É vergonhosa. É a nossa vergonha real.E essa vergonha não
se restringe a um ou outro fato. Parece que virou epidemia igual ao casamento
real. A única diferença é que sobre essa real não querem que se fale e muitos
acham que isso pode ser ofuscado por assuntos assim mais “interessantes”, como
o casamento real e de quantos salgadinhos serão servidos, de como será a
decoração da festa, de quem fez o que, da maluca que coleciona itens sobre a
realeza, ou de quanto o comércio esta movimentando com o fato. A grana é
realmente alta, chega a ser absurda. Mas o problema é deles. Nós já temos os nossos.

E por falar em nosso…

Nosso Senado mostrou a que veio instituindo agora o que se pode chamar de “Era da Obscuridade e do
Entrave”. Viva a burocracia. Viva o ofício e a banalização da transparência que
eles tanto prezam e cospem que existe. E para que facilitar?

O que existe é uma trama muito bem bolada para que, no Senado, ganhe tempo para camuflar certos
desvios e até destruir provas, já que agora os jornalistas são obrigados a
enviar suas perguntas com antecedência e formalizadas através de um ofício que
têm o prazo de até cinco dias para ser respondido. E isso tudo acontecendo em
plena era de modernidade e velocidade com que a informação viaja. Basta hoje um
clique e o que aconteceu do outro lado do mundo é transmitido em segundos para
o mundo e para quem quiser ver. Só que a direção do Senado não pensa assim.

Seria até estranho pensarem assim. Transparência para quê? Para quem? A ordem é dificultar ao
máximo o acesso às informações. Os jornalistas que se virem. E que se não fosse
essa “transparência” totalmente camuflada em mau-caratismo e a determinação
dessa classe cada vez menos compreendida nunca teríamos descoberto que a sogra
do assessor de imprensa de Renan Calheiros ganha R$ 4,9 mil sem sair de casa –
talvez não tenha para o taxi –, para descobrir que a assessora de senador,
filha de FHC também não sai de casa porque acha o Senado uma bagunça, as horas
extras pagas nas férias (??), a terceirização entre amigos, o uso indevido do
celular do Senado pela filha de um senador que gastou R$ 14 mil em viagem ao
México e tantas outras coisas. Viva a transparência opaca do Senado.

Ou será que eles não querem a transparência por ela em demasia poder ser considerada uma
obscenidade. Como se isso que eles fizessem não fosse.

E talvez agora atitudes como a do senador Roberto Cabra Macho Requião, que arrancou o gravador
de um repórter e apagou a entrevista, não precisem mais acontecer. E Requião só
devolveu o aparelho por talvez as partes terem entrado num ‘acordão’. Acorda
Requião! Mas foi preciso a intervenção da Secretaria de Comunicação do Senado. E
isso tudo só porque o repórter Victor Boyadjin fez uma pergunta que se eu
tivesse frente a frente com ele e não com a Gabi também faria: “E sobre sua
aposentadoria de apenas R$ 24.117…” Sorte a minha que Requião não pode apagar
essas linhas e principalmente nossa memória, ou pelo menos a minha, e minha (ou
nossa) convicção de que ele, Requião, é louco de pedra. Louco a ponto de dizer
que sofreu “bullying jornalístico”. Dessa eu gostei. Criativo o Bob. Porque não
usa a criatividade para fazer alguma coisa de útil?

Ou que pelo menos vá se tratar, pois disse que perdeu a paciência com o repórter. Ah coitado! Bob
tem pavio curto.

Posso dizer para ele, ou seria para ‘vossa excelência”, que quem tem pavio curto sou eu e que não agüento
mais assistir a tudo isso como se fosse somente uma banda passando. A única
banda que deixo passar é a do Chico Buarque.

E falando em banda, alguém por acaso notou a banda podre que integrará o Conselho de Ética do
Senado, um pedido do presidente “vitalício” do Senado que teima em não arredar
o pé e a bunda de lá, José Sarney, o homem incomum? Pois é, minhas madeixas
ficaram arrepiadas. E esse Conselho será instalado por causa do “bullying”
sofrido por Bob Requião – a essa altura claro já somos íntimos – e dos 15 nomes
de parlamentares, 8 têm contas a prestar no Supremo.

Não é ‘supimpa’ isso?
Fico até emocionado em ver Renan Calheiros, Romero Jucá, Valdir Raupp, Mário
Couto, Acir Gurgacz, Antonio Carlos Valadares, Jayme Campos e Gim Argello. Timaço!! E não me venham dizer que bebi
gim.

Quem bebeu foi Lobão Filho, também indicado para compor o Conselho de Ética que soltou a pérola:
“Renan tem capacidade moral para assumir”.

Assim como Lula parece que dará o aval para acabar com o banimento de Delúbio Soares, o
ex-tesoureiro do PT e operador do mensalão, que voltará, ao que tudo indica,
como membro filiado ao PT, sabe-se lá para fazer o que. De novo.

E de novo não tem nada e ainda está longe de José Cassado Dirceu dar PT saudações, pois o nome
dele é um que está na lista de possível novo presidente do PT.

Meus Deus!

Salvem as baleias.
Não jogue lixo no chão. Não fume em ambiente fechado.

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Reino Unido: Hora de aposentar a família real


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Reino Unido

..

Hora de aposentar a família real

Às vésperas do casamento do príncipe William,

britânicos questionam papel da monarquia

Celebrar um casamento real hoje é se arriscar a uma profunda decepção amanhã (Fonte: Economist)

Em poucos dias, o Príncipe William, de 28 anos, se casará com Catherine
Middleton, sua colega de universidade de 29 anos, cujos pais mantém um bem
sucedido negócios de vendas de artigos para festas. No centro de Londres, a maquinaria
da futilidade estatal já está a pleno vapor. Por toda a extensão do Mall,
bandeiras britânicas estão sendo colocadas em postes com coroas, os corrimões
do palácio reluzem com tinta fresca e guardas em cavalos com ornamentos de
plumas participam de treinamentos nos parques. Um palanque para os âncoras
televisivos foi erguido em frente ao Palácio de Buckingham: horas de programação especial vêm pela frente.

O clima da opinião pública britânica é difícil de ser medido. A imprensa
está repleta de matérias sobre chapéus e vestidos, mas pesquisas de opinião
mostram que metade dos britânicos não dá atenção ao casamento, e apenas um
terço da população deve assistir a cerimônia pela televisão. Conselhos relatam
uma divisão entre o norte e o sul nos pedidos para celebrações nas ruas, e os
números são bem menores do que os registrados no casamento dos pais do príncipe William em 1981.

O que está acontecendo. Em termos simples, a experiência ensinou aos
britânicos que celebrar um casamento real hoje é se arriscar a uma profunda
decepção amanhã. Depois de décadas de divórcios reais e guerras maritais
conduzidas por tablóides e biografias, suspirar pelo casamento de um príncipe
exige uma fé digna de Zsa Zsa Gabor.

Talvez, podem esperar os otimistas, os britânicos sintam uma ponta de
remorso coletivo por conta da curta e invadida vida da mãe de William, a
Princesa Diana. Talvez o público queira somente dar um pouco de espaço a um jovem casal.

Otimistas defendem a plausível idéia de que William prosperará caso incorpore
a impaciência de sua mãe com o protocolo e sua empatia com o sofrimento, e
aprenda com o calor da classe–média da infância de Kate, ou a ascensão de sua
mãe da pobreza há apenas duas gerações. Uma grande dose de normalidade, todos concordam, fará maravilhas pela monarquia.

No papel, o regime parece bastante seguro: o apoio aos republicanos
continua estacionado por volta dos 20%. Mas questão – Você quer a manutenção da
monarquia? – é muito rudimentar. A rainha e seus filhos são coisas diferentes
simultaneamente: eles são “uma família no trono”, incorporando Unidade e
continuidade. Embora a descrição de seu trabalho tenha se desenvolvido para
incluir manifestações de emoções humanas, ser uma monarca ainda remove a rainha
das experiências normais. Após quase 60 anos, ela poderia ser um unicórnio ou
qualquer outra criatura mitológica. Ao mesmo tempo, a família real interage com
o mundo real, parte dele habitado pelo que sobrou da aristocracia: uma vida de
campos e caça de veados, de verões sob a chuva da Escócia, cães e cavalos, a
igreja, as forças armadas, os mesmos poucos colégios internos e o tipo certo de
clubes noturnos. Esse é um terreno mais perigoso: a maioria dos britânicos não gosta de gente assim.

Se a família real é como os unicórnios – existindo fora da sociedade –
seu lugar é razoavelmente seguro. Se eles estão no topo da sociedade, correm
perigo. Embora seu pai fosse um nobre, O desprezo de Diana pelos cavalos, pelos
verões em Balmoral e por todo o resto eram indicativos de que ela era uma princesa
moderna e uma mãe melhor que seu marido. Ela levou seus filhos a parques
temáticos vestindo anoraques, enquanto o príncipe Charles o levou em ternos de
tweed para matar animais. Ela passava seus verões sob o sol, ou na companhia de
estrelas de cinema. Ela era mais famosa que aristocrata, e era adorada.

William, por sua vez, pode compartilhar do gosto de seu pai pela vida no
campo e pelos esportes de campo, mas passa boa parte de seu tempo como um
unicórnio real. Ele é membro do exército, da marinha e da aeronáutica, e deixou
seu helicóptero para representar a indicação do Reino Unido à Copa do Mundo de
Futebol. Essa não é a vida comum de alguém de 28 anos. Evitando colocar uma
capa de super-herói sobre seus ombros, a família real não poderia fazer muito
mais que isso. É claro que uma esposa de classe média poderia aumentar seu
apelo. Talvez: casar-se com a filha de um duque poderia ser mais arriscado. Mas
e se todo contato com o sistema de classes for letal à atual família real?

A jornada de Kate Middleton, da periferia de Londres ao palácio, por
meio do colégio interno, pode inspirar a população como uma história de
mobilidade social. E também inspira a acidez: um colunista do “Times”
recentemente descreveu sua história como um conto do “novo dinheiro
sistematicamente criando uma garota de maneira tão perfeita aos olhos do
príncipe, que ela se torna virtualmente indistinguível da realidade”.

Esse é um assunto infinito entre os britânicos. Os jornais estão
repletos de matérias suspeitas se perguntando porque o príncipe William não
usaria uma aliança. Ele não gosta de jóias, diz o palácio. Eles não podem
responder: na verdade, aristocratas ingleses consideram alianças uma cafonice.
O primeiro-ministro, David Cameron, declarou que não usará um fraque na cerimônia.
Outros primeiros-ministros usaram vestimentas formais em ocasiões estatais,
reclamou o “Daily Telegraph”. Cameron não pode dizer “na verdade eu sou um
veterano da Eton College, que na vida privada talvez usasse um fraque: é por isso que não posso usar um em público”.

Chega. Dêem aos britânicos um motivo para se magoarem uns com os outros,
e eles o irão saborear com gosto. A mãe de William usou a pompa da família real
como uma arma em sua guerra contra eles; sua disputa marital arruinou vidas, e quando
a Princesa Diana morreu, a opinião pública britânica se viu perturbada, cínica
e dividida. Middleton pode ser uma boa pessoa, mas se sua jornada de vida se
concentra no papel de William na sociedade, ela pode acabar prejudicando o
príncipe. A classe média representa o que há de pior no Reino unido. Para o bem
do país, e também como um ato de bondade, é hora de aposentar a família real, e
o momento ideal para um republicanismo com compaixão: a república talvez seja o
melhor presente de casamento para esse jovem casal.

Guarda chama Kate Middleton de ‘vaca’ no Facebook e é afastado



Para entender o prestígio da futura
princesa da Inglaterra, Kate Middleton, basta ler este caso. Um
integrante da Guarda Real do Palácio de Buckingham foi afastado de suas funções
após chamar a noiva doPríncipe William de “vaca arrogante” e
“cadela riquinha” em sua página no Facebook.

Cameron Reilly, de 18 anos, que costumava usar o tradicional uniforme vermelho e chapéu de pele
de urso em frente aos palácios reais, escreveu em seu perfil: “ela e
William passaram de carro por mim na sexta e tudo o que eu recebi foi uma
porcaria de aceno enquanto ela olhava para o outro lado, vaca arrogante idiota
não sou bom o suficiente para eles! cadela riquinha concordo plenamente com vc nisso quem dá a menor bola para ela”.

O guarda escocês, que diz no Facebook ter entrado para as Forças Armadas do Reino Unido
em 2010, aparece em fotos no Facebook segurando metralhadoras, vestindo
uniforme militar e ainda beijando uma garrafa de vodka. Entre seus interesses o rapaz listou “cerveja super-forte” e “causar confusão”.

Além dos insultos contra Kate Middleton, Reilly também teria feito comentários denegrindo
negros, judeus e paquistaneses. Um porta-voz do Ministério da Defesa disse que as alegações estão sendo investigadas.

Fontes:The Economist – “No more royal weddings”

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Problemas renais podem causar doença cardíaca


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Saúde e bem-estar

Problemas renais podem causar doença cardíaca

Medidas simples e eficazes podem prevenir ambas as doenças, explica o cardiologista Dr. Alex Felix,

do Lâmina Medicina Diagnóstica / Dasa

Atualmente, cerca de 20 milhões de pessoas morrem em todo o mundo por doenças ligadas ao coração e 500 milhões
sofrem de problemas renais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No
Brasil, estima-se que mais de 10 milhões de brasileiros apresentem algum grau
de disfunção renal, o que contribui consideravelmente para a evolução de doenças cardiovasculares.

As doenças do coração são muito
frequentes e quando associadas às doenças renais podem ter evolução mais rápida
e de difícil controle. A doença renal crônica pode provocar anemia, causar
descontrole dos níveis de colesterol e triglicerídeos e dificultar o controle
da pressão arterial. Além disso, pode acelerar o processo de aterosclerose,
causando calcificação e formação de placas gordurosas nas artérias coronarianas
e artérias cerebrais, podendo levar a infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

“Doenças cardíacas e doenças renais se
encontram associadas em muitos pacientes, pois os problemas renais facilitam o
desenvolvimento de doenças cardíacas e agravam a sua evolução, enquanto que as
doenças cardíacas, por sua vez, também podem facilitar o surgimento de
problemas renais, muitas vezes graves e irreversíveis. Os médicos envolvidos na
assistência a estes pacientes sempre estão atentos para a detecção precoce
destas complicações” explica o cardiologista, Dr. Alex Felix, do Lâmina Medicina Diagnóstica / Dasa.

Campanhas vem sendo realizadas para
alertar a população sobre os aspectos e potenciais riscos destas doenças, com
enfoque especial na sua prevenção, como a realizada no ultimo Dia Mundial do
Rim, em 10 de marco deste ano, quando a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)
lançou a campanha “Proteja seus rins, salve seu coração” com ações de conscientização em todo o pais.

“Existem medidas simples e eficazes
para a prevenção de ambas as doenças, como por exemplo: o controle adequado da
pressão arterial, a adoção de hábitos de vida saudável, como dieta equilibrada,
exercícios regulares e combate a obesidade. Reduzir o consumo de sal, não
fumar, realizar controle adequado do colesterol e do diabetes, também é de
grande importância. Estas medidas devem sempre ser coordenadas através de
acompanhamento médico regular, possibilitando também a avaliação periódica de
outros fatores de risco e a realização de exames laboratoriais de rotina, como
por exemplo a dosagem de uréia e creatinina no sangue, permitindo a detecção
precoce de alterações da função renal” diz Dr. Felix.

Exames simples e de baixo custo, como
a dosagem de uréia e creatinina no sangue, são ferramentas extremamente úteis
para o diagnóstico precoce das alterações da função renal. Alterações mais
sutis da função renal podem ser avaliadas com exame de urina de 24 horas, para
determinação do clearence de creatinina, que possibilita determinar
quantitativamente a função dos rins. É importante também a avaliação de outros
fatores de risco cardiovascular, como a dosagem de índices de colesterol,
triglicerídeos, ácido úrico, glicose e hemoglobina glicada, além da realização
de exames de imagem, como ultrassonografia dos rins, ecocardiograma e
eletrocardiograma, para uma avaliação completa dos sistemas cardiovascular e renal.

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Vale nota, professor?!


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Ficheiro:Painel.Paulo.Freire.JPG

Vale nota, professor?!

by Antonio Ozaí daSilva in práxis docente

*“… viva a certeza de que faz parte de sua tarefa
docente não apenas ensinar conteúdos mas também ensinar a pensar certo. Daí a
impossibilidade vir a tornar-se um professor crítico se, mecanicamente
memorizador, é muito mais um repetidor cadenciado de frases e de idéias inertes
do que um desafiador”. (Paulo
Freire
, 1997: 29)

“Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino de
conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é substantivamente formar”. (Id.: 37

Paulo Freire (1921-1997)

Educadores críticos como Paulo Freire nos ajudam a
refletir sobre a prática docente. Mas, toda reflexão embute um certo sofrer; e
este sofrimento é ainda maior quando identificamos que a teoria pedagógica,
isto é, os fundamentos e modelos que incorporamos, contribuem para aumentar as
dificuldades presentes no processo de ensino-aprendizagem. Entre a teoria e a
prática há uma distância nem sempre fácil de percorrer. Assim, ainda que nossas
certezas teóricas nos levem a assumir uma determinada postura como educadores,
somos desafiados cotidianamente pela realidade da sala de aula.

A título de analisarmos os desafios e angústias da prática docente,
adotemos alguns exemplos hipotéticos:

  1. O (a) professor (a) “X” ministra aulas para duas turmas, em horários

    seguidos. Ele (a) aplica a prova para primeira turma e esta, no intervalo,

    passa as questões (e respostas) para a segunda turma. Posteriormente, o (a)

    professor (a) fica sabendo do ocorrido, e irado (a), afirma que a prova será

    anulada para ambas as turmas. Os alunos, é claro, não aceitam. O que

    fazer?

  2. Numa certa manhã gélida o (a) professor (a) dirige-se à escola para

    ministrar aula e, lá chegando, se vê diante do seguinte fato: seus alunos mataram

    a aula para estudar a matéria do (a) outro (a) professor (a), que aplicou a

    prova na aula seguinte. O que fazer?

  3. A aula do (a) professor (a) “Y” é interrompida pelo (a) professor (a)

    “Z” para informar aos alunos sobre a disponibilidade de monitoria em sua

    disciplina. Os alunos escutam-no atenciosamente, mas não esboçam reação nem

    fazem perguntas. Não contente em apenas “dar o recado”, o (a) professor (a) “Z”

    adota um tom de ameaça velada e sugere aos alunos que procurem a

    monitoria e façam um “estoque de notas”.

Nestas hipóteses, o fator fundamental que salta aos olhos é o objetivo
e/ou a necessidade da nota. O
(a) aluno (a) precisa estudar não para aprender, não para se formar
e se educar – no sentido freireano – mas para tirar a nota, fazer um estoque de notas e obter o diploma. A
avaliação torna-se o fim e não um meio, entre outros, da
prática pedagógica. Os alunos sabem que não podem se esquivar de fazer o
“estoque de notas”, reconhecem que determinados (as) professores (as) serão
mais exigentes, isto é, dificultarão ao máximo (quanto maior o número de
reprovados em sua disciplina, mais terão a fama de rigorosos); os alunos
sabem-no e, por isso, adotam estratégias
de sobrevivência
(a cola, o “matar a aula” para estudar a prova da
outra disciplina, a compra de trabalhos, via internet ou de algum conhecido (a)
que vive dessa prestação de serviço, etc.). O (a) aluno precisa “fazer o
estoque de notas”, passar de ano, pegar seu diploma.

A exigência da nota
determina o agir dos alunos e professores, angustiando uns e outros –
sem contar os sádicos e masoquistas. A nota
não prova inteligência – acaso o saber pode ser quantificado?! – mas a
capacidade de memorização ou de enganar o (a) professor e a si mesmo. A prova
nada prova, mas é instrumento de poder e, em certos casos, de autoritarismo; em
outros, simples recurso que encobre a insegurança do (a) professor e sua
incapacidade de garantir a ordem na sala de aula. Que seria dos (as) professores
(as) sem as notas? Que seria
dos alunos sem a auto-ilusão de que suas notas
expressam conhecimento? Que seria do sistema de ensino se todos perdessem o
medo à liberdade, se todos se responsabilizassem pelo próprio processo de
aprendizagem, se valorizassem a autonomia e a solidariedade, em lugar da
tutela, submissão e da competição?[1]

É preciso que o sistema se alimente de uns e outros e aparente que os meios
são os fins. É preciso que o sistema apareça a todos como racional
e natural; que o (a) professor (a) diferente e questionador seja
isolado e anulado. Seus alunos e colegas se encarregam desta função. Eles nem
sempre o farão de maneira consciente ou por maldade, mas sim através de
atitudes amparadas em regras e procedimentos pedagógicos burocráticos que
dificultam e tornam ilusória a liberdade de cátedra. Isto ocorre porque alunos
e professores internalizam a pedagogia
burocrática
e pautam sua ação e objetivos por seus princípios.

Portanto, o (a) professor que não se adapta ou questiona o sistema
de notas
será tratado como algo desimportante e exótico. Ele (a) até terá
a simpatia de uns e outros, mas muitos tenderão a não levá-lo a sério, a
tratá-lo com desdém e até mesmo a desrespeita-lo, ora abusando da sua boa
vontade, ora confundindo liberdade
com licenciosidade. Seus
alunos, numa perspectiva utilitária e viciada no sistema de “estocar notas”,
o abandonarão a seus próprios sonhos – ele (a) lhes parecerá um idealista.
Presos mentalmente ao sistema de notas, eles usarão a sua disciplina
como tempo disponível para outras disciplinas que consideram mais importantes
ou de professores que lhes parecem mais “rigorosos”; lerão outros textos e
outros livros, dos professores mais exigentes: seus corpos podem até se fazer
presentes, mas suas mentes estarão noutro lugar. Eles não percebem a própria
indolência, pois que se encontram subjugados à lógica da cega obediência, da
memorização de conteúdos, do “tirar a
nota”
. O discurso do (a) professor (a) lhes parecerá vazio, sem
fundamento: não corresponde às suas expectativas. E, se o (a) professor (a),
inquirí-los, eles silenciarão. O que fazer?

O professor crítico se vê, então, diante do dilema de se render à
“tirania da maioria”, aos vícios incorporados por seus alunos e
institucionalizados pelo sistema de ensino – desde a infância – ou insistir em
suas certezas, sob o risco de parecer que padece de ingenuidade crônica ou que
o considerem bobo ou frouxo. Em suma, não é fácil ser um (a) professor (a) que
respeita seus alunos, trata-os como sujeitos e não como objetos e acredita em
sua capacidade autônoma de aprender e de ensinar.

Todos estamos, simultaneamente, aprendendo e ensinando. Esta é a nota
mais difícil de conseguir, a nota determinada não por procedimentos
burocráticos, mas pela experiência do educar-se, do ensinar aprendendo e
aprender ensinando. Vale nota, sim! Mas esta nota o (a) professor (a) não pode
dar-lhe, meu caro (a) aluno (a). Não depende dele (a), mas apenas do seu
interesse pelo conhecer. Não é fácil! Exige que você aprenda a pensar certo e
que alcance a maturidade necessária a um indivíduo livre e autônomo, capaz de
diferenciar meios e fins e de exercer a crítica – mesmo que
tenha que enfrentar os seus próprios receios e insegurança.

O (a) educador (a) educa-se ao educar; os alunos, em geral, não
compreendem essa simples verdade. Imaginam que seja “papo furado”, pensam que é
“enrolação”, uma forma de “não dar aulas”, ironizam. Mas o (a) educador (a),
insiste. Ele (a) sabe que há os que reagem afirmativamente, que não apenas
simpatizam, mas que se assumem enquanto sujeitos autônomos e também
responsáveis por seu próprio aprendizado. Há os que respondem positivamente e
se educam no sentido freireano;
os que percebem que memorizar conteúdos não é tudo, e talvez nem seja o
principal. Então, terá valido a pena insistir neste caminho! O (a) professor
(a) crítico deve agradecer a estes e também àqueles que desafiam suas certezas
e teorias pedagógicas!

Referência

FREIRE, Paulo. (1997) Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa
. São Paulo:
Paz e Terra.


* ANTONIO OZAÍ DA SILVA é professor de Ciência Política e Sociologia
do Departamento de Ciências Sociais, Universidade Estadual de Maringá; Doutor
em Educação (USP) e editor da Revista Espaço Acadêmico, Revista Urutágua e Acta Scientiarum. Human and Social Sciences . Email: aosilva@uem.br. Publicado originalmente na REA, nº 38, julho de 2004, disponível em http://www.espacoacademico.com.br/038/38pol.htm

[1] Estas questões foram analisadas em outras
oportunidades. Ver: À mestra e ao mestre com carinho e compreensão!; O engodo do vestibular e os dilemas da classe média
empobrecida
; As dimensões da relação aprender-ensinar; “Estudo Errado”: Qual é a capital de Kubanacan?

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Brics pedem nova ordem mundial


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MUNDO

Líderes dos países conhecidos como BRICS (Fonte: AFP)

Brics pedem nova ordem mundial

Apesar de declaração conjunta e objetivos comuns, grupo é formados de países com realidades e interesses distintos

Concentrados naquilo que os une, e deixando suas diferenças de lado, os
líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e, agora, África do Sul – os chamados
Brics – chegaram ao fim de um encontro no resort na ilha de Hainan, no sul da
China, com uma declaração conjunta que pede mudanças profundas na ordem
política e financeira do planeta.

Hainanan é destaque no mapa

Hainan Island está localizado no Mar da China Meridional ,

separado de Guangdong é Leizhou península ao norte pelo estreito e raso Qiongzhou Estreito

A estrutura de governo de instituições financeiras internacionais, diz a
declaração, “deve refletir as mudanças na economia mundial, aumentando as vozes
e a representação das economias emergentes e dos países em desenvolvimento”. A
declaração também pede uma “reforma compreensiva” das Nações Unidas para tornar
o órgão “mais eficaz, eficiente e representativo”.

Entre as ações e recomendações mais específicas anunciadas estão um
acordo envolvendo bancos de desenvolvimento nos países do grupo para que abram
linhas de crédito mútuo denominadas em moedas locais, um alerta contra o
potencial para “monstruosas” injeções de capital das nações desenvolvidas para
desestabilizar economias emergentes; e apoio a um “amplo sistema internacional
de reserva monetária, gerando estabilidade e segurança”.

Esse último item implica em um desafio ao valor do dólar como principal
reserva monetária global. De fato, a motivação do encontro foi a necessidade de
realinhar a ordem global imposta após o fim da Segunda Guerra, e a subsequente
ascensão dos Estados Unidos.

Lord Halifax assina acordo de Bretton Woods

O Reino Unido assinou o acordo de Bretton Woods, mas logo se viu que necessitam ajuda dos EUA
“Nós vamos resolver todos os seus desacordos, se você juntar o gateway desenvolvimento …
Arquivo: Christus austreibt.JPG

Bretton Woods em 1971, e foi com relutância substituído por um regime de câmbio flutuante.

Representando cerca de 40% da população mundial e quase um quarto de sua
produção econômica, os Brics parecem ter boas razões para pedir mudanças como
essas. Talvez, com mais objetividade, com projeções mostrando que eles serão
responsáveis por boa parte do crescimento econômico nas próximas décadas, eles
estejam em posição de impor suas reivindicações.

Mas a frente unificada apresentada em Hainan mascara grandes diferenças.
Coordenar seus esforços não será uma tarefa fácil para eles, mesmo a curto
prazo. O Brasil, por exemplo, já reclama da quantidade de investimento chinês e
de importações chinesas baratas, e se juntou aos Estados Unidos e a outros
países que reclamam publicamente da subvalorização do yuan.

As relações entre a China e a Índia vêm há muito tempo, sendo
atrapalhadas por tensões relativas ao comércio, à disputa de fronteiras e ao
apoio militar dos chineses ao rival dos indianos, o Paquistão. O comércio
bilateral é uma mera fração do que é possível para esses dois gigantes
Arquivo: International dinheiro montage.jpgvizinhos, cada um com uma população superior a um bilhão de habitantes, e
juntos, apresentando um vasto potencial para a complementariedade. O comércio
total entre esses dois dínamos deve chegar a US$ 100 bilhões em 2015, e o
equilíbrio está fortemente desregulado a favor dos chineses (o déficit
comercial indiano estava perto dos US$ 20 bilhões em 2010).

Em uma manobra considerada pela imprensa indiana como uma esnobada na
China, o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, decidiu não participar do
Fórum de Bo’ao, agendado para o dia seguinte e nada distante do local de
encontro dos Brics. Mas os dois lados usaram o recente encontro para anunciar o
retorno das trocas no campo da defesa, que foram interrompidas no ano passado
após um mal-estar causado pela relutância chinesa em reconhecer as
reivindicações territoriais da Índia na Caxemira.

Arquivo: Kargil.map.gif

Índia na Caxemira

Quando o assunto é o Conselho de Segurança da ONU, a China pode não ter
muita pressa em ver os Brics com uma representação maior, pelo menos não entre
os membros permanentes do Conselho. Apesar da solidariedade entre os Brics, a
China e a Rússia estão em posições privilegiadas entre os cinco membros
exclusivos e não ficariam contentes de ver esse poder diluído. No fim das
contas, não há como não enxergar esse novo bloco dos Brics como algo montado a
partir de partes desiguais.

Leia mais:

Brics deixaram de ser emergentes, diz
economista

Fontes:Economist – Emerging economic powers: BRICS in search of a
foundation

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Arquivo: WhiteandKeynes.jpgPreparando-se para reconstruir o sistema econômico
internacional, como a
Segunda Guerra Mundial
 ainda
grassava, 730 delegados de 44 nações aliadas reuniram-se
no Mount
Washington Hotel
 ,
em Bretton
Woods, New Hampshire
 , Estados
Unidos
 ,
pela Organização
das Nações Unidas Conferência Monetária e Financeira
 .
Resultado desta negociação; Muita fome nos país do terceiro mundo  

Por isso é preciso

 uma

Nova Ordem

                                                                                            Mundial!!!

A revolução digital africana


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Internet

Cada vez mais africanos estão conectados à internet por meio de telefones celulares

A revolução digital africana

Mercado
de telefonia celular cria febre da internet no continente, que está na mira de
principais fabricantes do ramo

A
África Subsaariana foi, por muito tempo, privada da abundância de meios de
comunicação disponível em regiões mais ricas do planeta. Foi somente depois que
a China passou a exportar televisores preto-e-branco de US$ 50 para o
continente, há cerca de dez anos, que as transmissões se desenvolveram fora das
principais cidades. Esse novo, e muito maior mercado levou a grandes mudanças.
Asif Sheikh, da A24, um canal de notícias online em Nairóbi, diz que as
emissoras quenianas deixaram de exibir programas ocidentais quase que
exclusivamente, como acontecia em 2005, para apostar em uma programação que
atualmente é 80% africana. O conteúdo local está fazendo sucesso em outras
mídias também: programas de rádio, vídeos musicais e televangelismo se
mostraram altamente lucrativos. Mas para todo tipo de conteúdo, todos concordam
que a próxima grande oportunidade nos negócios está nos telefones celulares.

A
chegada de três cabos submarinos à África no ano passado quadruplicou a banda
larga e diminuiu os preços em 90%. Como a cobertura de telefonia celular é
muito melhor que a de telefonia fixa, o celular vai rapidamente se tornando o
computador favorito dos africanos. Pelos cálculos já existem 84 milhões de
telefones celulares na África com pelo menos uma conexão rudimentar à internet.
Um modelo de smartphone de US$ 90 feito pela empresa chinesa Huawei, e usando o
sistema operacional Android, do Google, teve a venda esgota esgotada em vários
países africanos em menos de um mês.

A
Nokia cobre 58% do mercado africano. A companhia africana empata com a
Coca-Cola como a empresa mais reconhecida no continente. Mas vendas recentes
dos telefones mais modernos da empresa fracassaram nos maiores mercados,
beneficiando rivais como Samsung, Huawei, e RiM, a empresa responsável pelo
BlackBerry, que conseguiu uma popularidade impressionante, considerando que se
trata de um telefone a preços nada populares. O chefe da RiM na África, Deon
Liebenberg, diz que a a enorme demanda fez com que ele acelerasse a chegada de
modelo a preços com preços mais modestos.

Ainda
assim, é cedo para desconsiderar a Nokia. Cerca de 90% dos celulares vendidos
na África são modelos básicos, um nicho que a Nokia ainda domina. O modelo 1100
da Nokia, de US$ 30, permanece como o AK-47 da comunicação para os pobres
africanos: 50 milhões deles estão sendo usados na África. Uma versão mais incrementada
do 1100, que deve chegar ao mercado nos próximos meses, precisará oferecer uma
tela melhor, uma conectividade mais potente, e alguma espécie de acesso. Tudo
isso sem sacrificar seus trunfos: a durabilidade e o preço. Se a Nokia
conseguir este feito, pode recuperar sua liderança confortável.

Para
aqueles que querem vender entretenimento, no entanto, o futuro está escrito nos
tablets. Nesse nicho, a Samsung saiu na frente. Embora ele custe cerca de US$
500 na África, Erik Hersman, um especialista em tecnologia de Nairóbi, espera
que seu preço caia pela metade em 2012. A Apple até agora mostrou poucos sinais
de que irá tentar vender iPad a um grande número de africanos, mesma estratégia
adotada pela RiM, que afirma que seu tablet, o Playbook, que chega à África em
junho, será direcionado para altos executivos e servidores civis. Atacadistas
africanos acreditam que o mercado decolará no momento em que o preço dos
tablets estiver abaixo de US$ 200.

A
Nokia se recusa a responder se irá construir um tablet equivalente ao modelo
1100 de telefone celular. Mas seu chefe de vendas na África, Brad Brockhaug,
está certo de que tablets mais baratos que Google Phone da Hauwei de US$ 90
serão comuns na África a partir de 2014. O chefe da Nokia, Stephen Elop, diz que
a empresa investirá fortemente em clientes na África e na Ásia, que têm um
sinal de telefonia celular, mas não a experiência na internet. Se a Nokia
desperdiçar tempo, pode ser deixada para trás pelas rivais, que já estão
lançando tablets baratos.

Seja
em telefones celulares ou em tablets, usuários de internet estão se tornando
cada vez mais comuns na África. Isso irá impulsionar os negócios de informação
e entretenimento, e permitir que grupos de mídia africanos como a Nation Media
Group (no leste) e a Media24 (no sul) expandam seus negócios em conteúdo
digital ligados aos idiomas e mercados locais. Os produtores de conteúdo
ocidentais sem dúvida ficarão preocupados com o aumento nos riscos da
pirataria, mas se fizerem as ofertas certas, a África se tornará um enorme novo
mercado para seus produtos também.

Fontes:TheEconomist – “Digital revolution”

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Empresas começam a valorizar lições, a moda agora é fracassar


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Negócios

Empresas estão começando a reconhecer as virtudes de fracassar

A moda agora é fracassar

Empresas começam a valorizar lições
importantes que podem ser tiradas de experiências mal sucedidas

Escritores do mundo dos negócios
sempre rezaram no altar do sucesso. Tom Peters se transformou em um superstar
com “Vencendo a Crise”. Stephen Covey vendeu mais de 15 milhões de cópias de
“Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”. Malcolm Gladwell espertamente
batizou o subtítulo de seu livro “Outliers” (“Fora de Série”), como “The Story
of Success” (“A História do Sucesso”). O fetiche pelo sucesso torna mais
impressionante a última tendência da gestão. A edição de abril do “Harvard
Business Review” é dedicada ao fracasso, trazendo entre os colaboradores, A.G.
Lafley, um bem sucedido ex-chefe da Procter & Gamble (P&G), proclamando
que “nós aprendemos muito mais com os fracassos do que com os sucessos”. A atual
edição britânica da revista “Wired” traz a mensagem “Fracasse! Rapidamente.
Então seja bem sucedido. O que os negócios europeus precisam aprender com o
Vale do Silício” em sua capa. A consultora IDEO, criou o slogan “Fracasse para
prosperar em breve”.

Existem boas razões para a moda do
fracasso. Sucesso e fracasso não são opostos polares: quase sempre é preciso
suportar o segundo para poder apreciar o primeiro. O fracasso pode realmente
ser um fruto de lição melhor que o sucesso. Pode também ser um sinal de criatividade.
A melhor maneira de evitar fracassos em curto prazo é continuar movimentando os
mesmos velhos produtos, embora, a longo prazo isso possa condenar os negócios,
que são incapazes de inventar o futuro — seu próprio futuro — sem correr
riscos.

Empresários sempre entenderam isso.
Thomas Edison fez 9 mil experimentos antes de alcançar uma versão satisfatória
da lâmpada elétrica. Estudantes de administração falam sobre a curva de
retornos: os fracassos chegam rápido e com frequência, e os sucessos levam tempo.
Os Estados Unidos provaram ter mais talento para os negócios que a Europa, em
boa parte, por terem adotado a política da “queda para frente”, como é
conhecida na indústria tecnológica: na Alemanha a falência pode encerrar a sua
carreira, enquanto no Vale do Silício ela é quase como uma medalha de honra.

Uma atitude mais tolerante com os
fracassos também pode ajudar as empresas a evitar a destruição. Quando Alan
Mulally se tornou chefe da Ford Motor Company em 2006, uma das primeiras coisas
que fez foi exigir que seus executivos se responsabilizassem por seus
fracassos. Ele pediu aos gestores que codificassem cromaticamente seus
relatórios de progresso — que iam do verde do cenário positivo ao vermelho do
perigo. Em um dos primeiros encontros, ele ficou pasmo ao ser rodeado por um
mar de relatórios verdes, ainda que a companhia tivesse perdido vários bilhões
de dólares no ano anterior. A recuperação da Ford começou somente quando ele
conseguiu que seus gestores assumissem que nem tudo na empresa estava na “zona
verde”

Sede da Empresa em Dearborn nos EUA.

A banalização do fracasso

Os fracassos também estão se tornando
mais comuns. John Hagel, do Centro de Ponta da Deloitte (que aconselha chefes
em questões tecnológicas), calcula que a média de tempo que uma empresa passa
no índice S&P 500 caiu de 75 anos em 1937 para aproximadamente 15 anos.
Cerca de 90% dos novos negócios fracassam logo após a fundação. Empresas de
capital de risco têm sorte se 20% de seus investimentos derem lucros. Empresas
farmacêuticas pesquisam centenas de grupos moleculares antes de lançar um novo
remédio. Menos de 2% dos filmes são responsáveis por 80% das receitas de
bilheteria.

Mas simplesmente “abraçar” as falhas
seria tão estúpido quanto ignorá-las. Empresas precisam aprender a
controlá-las. Amy Edmonson da Harvard Business School defende a ideia de que a
primeira coisa a ser feita é a distinção entre fracassos produtivos e
improdutivos. Não há nada a ser ganho com a tolerância a defeitos na linha de
produção ou com erros na operação.

Essa distinção pode soar óbvia, mas é
uma que algumas das melhores mentes dos negócios deixaram de fazer. James
McNerney, um ex-chefe da 3M, uma empresa industrial, arruinou a ferramenta de
inovação da companhia ao tentar aplicar os princípios seis sigma (que fora
criados para reduzir erros nas linhas de produção) em toda a companhia,
incluindo os laboratórios de pesquisa. É apenas uma questão de tempo até que
outro chefe, hipnotizado pela onde atual de “experimentalismo rompante”, cometa
o erro oposto.

Empresas devem reconhecer as virtudes
de fracassar de maneira pequena e rápida. Peter Sims associa isso a “pequenas
apostas”, no título de seu novo livro, “Little Bets”. Chris Rock, um dos
comediantes mais famosos do mundo, testa sua ideais em clubes pequenos, quase
sempre fracassando e descartando muito mais material do que é usado em seus
shows. Jeff Bezos, chefe da Amazon, compara a estratégia de sua empresa à
plantação de sementes ou “seguir por ruas que não levam a lugar nenhum”. Uma
dessas ruas, que permite a pequenas lojas que vendam livros no website da
empresa, agora é responsável por um terço das vendas.

Limite de danos

Pequenas apostas são um dos vários
caminhos usados pelas companhias para limitar o estrago de seus fracassos. Sims
enfatiza a importância de testar ideias com consumidores, usando protótipos:
eles serão mais aptos a dar opiniões honestas sobre algo que esteja claramente
em um estágio inicial do que sobre algo que parece um produto finalizado. Chris
Zook, da consultoria Bain & Company, implora às empresas para que mantenham
os fracassos em potencial próximos de seus principais negócios — talvez
introduzindo produtos existentes em novos mercados ou novos produtos em
mercados familiares. Rita Gunther McGrath da Columbia Business School sugere
que as companhias devem tomar cuidado com “imparcialidade de confirmação”,
dando a um dos membros da equipe o trabalho de procurar por falhas.

Main

Columbia Executive Education Top Ranked Executive Education Provider Worldwide

Mas não há nenhuma razão para ter um
rápido fracasso se você não conseguir aprender com seus erros, e as empresas
têm se esforçado para melhorar nesse quesito. O grupo indiano Tata premia
anualmente a melhor ideia fracassada. A Intuit, no ramo dos softwares, e a Eli
Lilly, no farmacêutico, realizam “festas de fracassos”. A P&G encoraja
empregados a falarem sobre seus fracassos tanto quanto sobre seus sucessos
durante as análises de desempenho. Mas quanto maior for a companhia, maiores
serão os egos e a relutância em admitir grandes fracassos ao invés de pequenos.
Chefes devem se lembrar da frequência com a qual os fracassos pavimentam o
caminho para o sucesso: Henry Ford não chegou a lugar nenhum em suas duas
primeiras tentativas de criar uma empresa automobilística, mas isso não o
deteve.

“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência.”

Henry Ford

Leia mais:

A revolução digital africana

Tecnologia para melhorar o trânsito das grandes cidades

Fontes:Economist – Fail often, fail well

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E se deputados e senadores não pudessem


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De fora da reforma

Uma pesquisa mostrou que 54,85% dos curitibanos são contra a reeleição de parlamentares

E se deputados e senadores não pudessem
se reeleger?

A carreira parlamentar seria
importante para um Congresso forte, mas há quem prefira uma nova legislatura a
cada eleição.

Por Hugo Souza

Ainda não é um clamor nacional, mas já
é por certo um ronrom virtual: desde que a Comissão de Reforma Política do
Senado aprovou o fim da reeleição para presidente da República, no último dia
17 de março, as notícias a respeito da decisão publicadas na internet estão
sendo acompanhadas de muitos comentários de leitores levantando a bola do fim
da reeleição também para cargos proporcionais, nomeadamente vereadores,
deputados e senadores, para arrepio dos reeleitos de carteirinha, como o
presidente do Senado, José Sarney.

São comentários como “que tal a
proposta de mandatos de 5 anos para parlamentar, sem direito a reeleição? Isso
eu duvido!”, postado no blog Luis Nassif Online, ou “o que tem que acabar é
deputados e senadores se reelegendo sucessivamente (…). Deputados e senadores
deveriam se reeleger somente uma vez, como acontece com a presidência”,
publicado no site do jornal O Globo. Ou ainda: “deveriam acabar também com
reeleição para senador e deputado, eles se eternizam no Congresso”, publicado
no site do Correio Braziliense.

O tema não é exclusivo dos fóruns
online. Na tribuna do Senado Federal, o fim da reeleição consecutiva para
cargos legislativos permeou as críticas feitas pelo senador — reeleito —
Cristovam Buarque (PDT-DF) ao arremedo de reforma política que vem se
desenhando no Congresso Nacional.

“Nenhum de nós, senador, deputado,
vereador, poderia ser reeleito consecutivamente mais de uma vez. Então, ninguém
teria mais de dois mandatos seguidos. Agora, para ser uma reforma política
republicana, seria preciso fazer uma coisa que incomodaria a muitos. Eu acho
que até líder sindical não deveria ter direito a mais de uma reeleição. Nem o
presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) deveria ter direito a
mais de uma reeleição”, disse Cristovam.

Reeleição é boa se o deputado é bom?

Outro político do PDT-DF que vê com
simpatia a ideia de apenas uma reeleição para cargos legislativos é José
Antônio Reguffe, que em outubro do ano passado foi eleito deputado federal com
a maior votação proporcional de todo o país: 18,95% dos votos válidos de
Brasília.

Antes das eleições de 2010, o PTC,
partido que integra a base do governo, chegou a usar boa parte de sua
propaganda partidária na TV para atacar a “reeleição sistemática e indefinida”
para os cargos proporcionais e prometeu até fazer campanha neste sentido.

Uma recente pesquisa sobre reforma
política feita em Curitiba mostrou que 54,85% da população local é contra a
reeleição de deputados e senadores, e quanto a uma possível limitação de
mandatos consecutivos para os congressistas, 80,1% consideram que deveria ser
no máximo dois.

Antes das eleições de 2010, circulou
na internet uma campanha intitulada “Faça um político trabalhar. Não reeleja
ninguém”. Uma das bem produzidas imagens da campanha dizia que a não reeleição
de deputados e senadores é “o único jeito democrático de moralizar e dar
dignidade ao Congresso brasileiro”.

O principal argumento a favor da
reeleição indefinida de vereadores, deputados e senadores é a necessidade de um
Legislativo tecnicamente e policamente forte para fazer o necessário contrapeso
ao Poder Executivo, e o caminho para isso seria justamente a carreira
parlamentar.

No fim das contas a questão que se
impõe é: a reeleição é boa se o deputado é bom? O próprio José Antônio Reguffe
ganhou notoriedade depois de circular a notícia de que ele, sozinho, vai
economizar para os cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões, abrindo mão de
verbas de gabinetes, do 14° e 15° salários de deputado e reduzindo o número de
assessores. “Cortar na própria carne” não é a função primordial de um
parlamentar, mas Reguffe recebeu elogios rasgados de celebridades e tem grandes
chances de se reeleger em 2014, em 2018, em 2022…

Caro
leitor/eleitor,

Você é a favor
do fim da reeleição para deputados e senadores, ou acha que a reeleição é boa
se o deputado, senador ou vereador é bom?

A renovação do
Congresso tem que ser feita nas urnas ou por força da lei?

Você acha que o
Congresso atual, repleto de parlamentares de carreira, é forte e faz o devido
contrapeso republicano ao Executivo?

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Projeto inédito em territórios indígenas no MT


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Projeto inédito em territórios indígenas no MT

promove o uso racional dos recursos naturais

Foto: Kristian Bengtson/Povos Indígenas no Brasil
Integrante da etnia Enawene Nawê

 Nos territórios indígenas Enawene Nawê, Myky e Manoki, localizados no Noroeste de Mato Grosso, está sendo desenvolvido um projeto inédito de uso racional e sustentável dos recursos naturais por meio da elaboração de planos de gestão, chamado Berço das Águas. As três áreas, que somam aproximadamente 1 milhão de hectares, estão localizadas em ambientes de transição entre Cerrado e Amazônia e se encontram cercadas por latifúndios de soja e pecuaristas, além de empreendimentos madeireiros e hidrelétricos.

Um dos objetivos do projeto é gerar renda para os indígenas a partir do manejo tradicional de produtos como borracha natural, castanha-do-brasil e outros frutos, criando oportunidades para a construção de modelos de gestão territorial desvinculados do desmatamento. Em um Estado onde não se consegue implantar um zoneamento socio-econômico e ecológico que respeite a verdadeira vocação de cada região, os índios da região Noroeste saem na frente na elaboração de um autêntico planejamento territorial.

A Operação Amazônia Nativa (Opan), há mais de 30 anos na região Noroeste de Mato Grosso, é a executora do projeto Berço das Águas. “Esta iniciativa propõe uma nova lógica no contexto dos territórios limitados, cercados por pressões de desmatamento e com desafios internos como o aumento populacional”, explica Juliana Almeida, indigenista da Opan e coordenadora da iniciativa. As ações de valorização dos ecossistemas e dos povos indígenas podem se tornar garantias concretas de sustentabilidade para cerca de mil indígenas.

Usando diferentes metodologias, outros povos de Mato Grosso já deram início à gestão ambiental de seus territórios, como os Suruí, Zoró, Rikbaktza, além de vários do Xingu. Inspirados pelas experiências de dentro e fora do Estado, representantes dos povos Enawene Nawe, Myky e Manoki passarão por capacitações para agregar valor aos produtos do Cerrado e da Amazônia e terão a oportunidade de fazer intercâmbios em gestão territorial com outras terras indígenas.

Após a fase de diagnóstico e análise da viabilidade econômica de produtos não madeireiros, os índios terão condições de implementar infraestrutura para produção e comercialização, além de formação para gestão de projetos sustentáveis, com a finalidade de que seus produtos atendam às normas de vigilância sanitária e exigências de mercado. Parcerias com empresas interessadas em comprar a produção indígena e com órgãos públicos que poderão dar suporte às ações são condições essenciais para a sustentabilidade da iniciativa.

“Estamos começando a costurar as parcerias, porém, o mais importante é que os próprios índios escolham como trabalhar e com quem. Os planos de gestão ambiental são, sobretudo, participativos. São os índios que vão dizer como querem gerir seu território”, ressalta Juliana.

União consolida produção

Na semana passada, os povos Enawene Nawê, Myky e Manoki participaram do seminário “Intercâmbio de experiências: gestões ambientais e alternativas de geração de renda em terras indígenas”, organizado pelo Projeto Pacto das Águas e realizado na Aldeia Curva, na Terra Indígena Rikbaktsa, em Brasnorte. Foi o primeiro e mais importante evento já realizado no Noroeste de Mato Grosso sobre produção sustentável de seringa e castanha-do-brasil. Indígenas, seringueiros e agricultores familiares trocaram experiências e definiram, junto com órgãos do governo e empresas, quais as possibilidades de ampliação do manejo e comercialização de produtos da floresta como estratégia de gestão ambiental em áreas naturais protegidas.

Além de representantes de empresas e governos, participaram indígenas de sete territórios – Rikbaktsa, Japuíra, Escondido, Zoró, Enawene Nawe, Myky, Manoki -, seringueiros da Reserva Extrativista Estadual Guariba-Roosevelt e agricultores do Assentamento Vale do Amanhecer. Foram cerca de 4 mil pessoas de 100 aldeias, 40 colocações de seringa e 50 propriedades rurais de agricultores familiares que vivem numa área de 2 milhões de hectares.

De acordo com Juliana Almeida, coordenadora do Projeto Berço das Águas, a Opan vai se inspirar na metodologia do Projeto Integrado da Castanha (PIC), que desde 2003 trabalha com manejo sustentável de castanha no Noroeste e está sendo desenvolvido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Aripuanã, por meio do Projeto Pacto das Águas.

“Nosso objetivo é conhecer de perto uma iniciativa que está dando certo na região e que poderá contribuir na construção de estratégias de gestão para os territórios Enawene Nawe, Myky e Manoki. Queremos aplicar esta mesma metodologia, mas de acordo com a realidade do Cerrado”, explica.

A união de cada vez mais povos indígenas interessados na consolidação das cadeias de produtos da sociobiodiversidade está sendo a chave para o sucesso deste modelo de produção desvinculado do desmatamento. “Nosso êxito é trazer mais povos para ampliar nossa escala de atuação. Este é um momento propício, pois as empresas compradoras estão aceitando o tempo dos índios e respeitando seu modo de vida”, diz Plácido Costa, coordenador técnico do Projeto Pacto das Águas.

Depois de quase 10 anos de experiências no manejo sustentável da borracha e da castanha no Noroeste, ele assegura que mercado há, e muito. “Hoje, os povos que produzem castanha e borracha não estão dando conta da demanda. É preciso agora dar um passo além, ajudar na organização social para um maior entendimento das nuances do mercado. Há muitos desafios a serem superados por parte dos povos indígenas, Estado e empresários, mas esse caminho já está sendo construído com resultados concretos”, complementa Costa. Empresas como Michelin e Ouro Verde Amazônia, do Grupo Orsa, já estão envolvidas na compra da produção de alguns povos indígenas da região.

Os maiores estoques de produtos não madeireiros no Noroeste de Mato Grosso encontram-se dentro das terras indígenas. Quando os povos se interessam por uma produção não impactante e que respeite seu modo de vida, conseguem ficar mais independentes do modo predatório de exploração, predominante no entorno de seus territórios. No caso dos Enawene Nawe, Myky e Manoki, já se sabe que em matas ciliares existe potencial para exploração da borracha, por exemplo.

Por Josana Salles

Fonte: Gazeta Digital (Publicado em 12/04/2011)

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União Europeia discute medidas para incentivar a maior participação feminina em cargos de liderança


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Telhado de vidro

No Brasil, embora uma mulher tenha alcançado a presidência, os avanços ainda são tímidos

Elas ainda são poucas no poder

União Europeia discute medidas para incentivar a maior participação feminina em cargos de liderança.

Por Fernanda Dias

As mulheres já conquistaram uma boa parcela das vagas das universidades e do mercado de trabalho. No Brasil, uma delas alcançou o cargo mais importante do país nas últimas eleições. Mas os avanços ainda são tímidos no que se refere a cargos de liderança. E o problema não é só brasileiro. Em março, a União Europeia, que têm apenas 12% dos cargos de responsabilidade nas empresas em mãos femininas, emitiu um ultimato para as grandes companhias: se não integrarem mais mulheres em cargos de gerência, sanções corretivas serão instituídas. A Comissão Europeia deu prazo de um ano para que ocorram mudanças. A medida, no entanto, tem causado polêmica.

Os defensores dizem que, sem imposição, nunca haverá o equilíbrio no mundo dos negócios. Já os contrários à proposta argumentam que o sistema é injusto e causará uma nova forma de discriminação.

“A cota não seria o certo porque a chance de criar um preconceito é muito grande, e a ascensão das mulheres seria questionada o tempo todo. O ideal é que os governos promovam uma conscientização baseada em fatos. Uma pesquisa publicada na Revista Fortune 500 mostra, por exemplo, que as grandes empresas dos EUA que têm mulheres no poder alcançaram, nos últimos anos, rentabilidade maior do que as dirigidas por homens”, afirma Renato Grinberg, diretor geral do portal “Trabalhando.com”.

Para ele, as leis deveriam intervir para equiparar a ainda existente discrepância de salários entre os sexos: “Isso está mudando. Mas a prática ainda é frequente em alguns setores e deve ser combatida”.

O consultor em desenvolvimento gerencial e capacitação de lideranças Cesar Pinheiro também concorda que “qualquer medida impositiva corre o risco de ser percebida como uma forma de discriminação por aqueles que não forem contemplados pelos benefícios da ideia”. Ele pondera, entretanto, que há de se reconhecer a contribuição da iniciativa: “Se bem aproveitada pelas organizações, como mais um apoio para a quebra dos paradigmas, poderemos ter respostas interessantes e ratificadoras das competências femininas, além daquelas tradicionalmente reconhecidas”.

Segundo o jornal espanhol El País, em Luxemburgo, Portugal e Malta menos de 5% dos diretores de grandes empresas são mulheres. A baixa presença de mulheres na liderança não se justifica por falta de estudo. O problema é que elas se formam, chegam ao mercado de trabalho, mas não ascendem.

Uma pesquisa realizada pelo portal “Trabalhando.com” com 240 mulheres mostrou que 68% delas acreditam que o preconceito sofrido dentro da empresa e com a própria equipe seja o principal obstáculo enfrentado para alcançar cargos de chefia. A dificuldade de conciliar a vida familiar com a carreira (24%) e o medo de competir com o parceiro (8%) também foram problemas apontados pelas entrevistadas.

“Algumas mulheres têm dificuldade de impor posição e chegam a se perder na questão de ser feminina e ter comando. Principalmente as que lidam com muitos homens, como no mercado da Engenharia Civil, buscam manter uma postura masculina, agindo através da força para liderar. Mas o que o mercado realmente espera delas é o lado feminino, que tende a ouvir mais os funcionários”, ressalta Renato.

Para Pinheiro, a resistência contra mulheres em cargos de chefia é resultado de herança cultural. Ele defende, no entanto, que a criação clássica pode indicar que a mulher foi mais tempo preparada do que o homem para o exercício de posições de comando:

“As meninas são ensinadas a brincar de mãe (cuidando da boneca), cozinheira (viabilizando o sustento) e professora (compartilhando informações e instruindo). Aos meninos, entretanto, há, desde cedo, liberdade para brincar e brigar pelo seu espaço (defesa da honra da família). Olhando por este prisma, quem está mais preparado para o exercício de papéis de liderança?”, indaga Pinheiro.

Diante da pressão da União Europeia, a França vai exigir que as empresas com mais de 500 funcionários tenham um contingente feminino de pelo menos 40% em conselhos de administração nos próximos seis anos. A Itália, que atualmente tem apenas 5% das mulheres ocupando esses cargos, está em fase de análise de uma lei que vai exigir que o percentual passe para 20% em 2012 e 30% em 2015. Na Espanha, a Lei da Igualdade estabelece uma meta de paridade em 2015. Mas, por enquanto, é apenas uma recomendação.

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Exército mulher-mecanica

Não cometa o erro achando que já sabe tudo.