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A origem do Réveillon de Copacabana


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Tradição

A origem do Réveillon de Copacabana

A festa foi uma invenção dos praticantes do Candomblé

O Réveillon de Copacabana foi uma invenção dos praticantes do Candomblé. Desde pelo menos os anos 70, eles iam saudar a chegada do ano novo vestidos de branco, com muitas flores. Vários grupos se reuniam ao longo da praia fazendo suas rezas e danças.

De vez em quando, algum praticante entrava em transe e saia rolando pelo chão, emitindo estranhos grunhidos. No momento culminante, o grupo se encaminhava para o mar cantando hinos muito bonitos. Algumas mulheres entravam na água carregando um barco, provavelmente feito de madeira, que levava flores e outras oferendas.

Ultrapassando a primeira arrebentação das ondas, elas colocavam o barco na água e o empurravam para o fundo. Se o mar levasse o barco embora isso queria dizer que Iemanjá tinha aceito a homenagem e o ano ia ser bom. Se o barco fosse devolvido para a areia era um mau presságio.

Aos poucos, no decorrer dos anos 80, foi aumentando a quantidade de pessoas que iam assistir ao espetáculo.

Tudo num silêncio mágico, que só era interrompido, durante alguns minutos, pela queima de fogos organizada por restaurantes e hotéis. Sem alto-falantes e sem holofotes. Um espetáculo ao mesmo tempo calmo e emocionante.

O ex-prefeito do Rio César Maia estragou tudo em sua primeira gestão, a partir de 1992. Percebendo o potencial de marketing do evento, que já reunia perto de um milhão de pessoas, passou a utilizá-lo como evento da prefeitura, com grandes shows, muita luz e muito barulho.

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MEIO AMBIENTE Florestas sob monitoramento


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MEIO AMBIENTE
 

Sistema usa imagens de satélites para avaliar o desmatamento (Fonte: Economist)

Florestas sob monitoramento

Uso de satélites ajuda a controlar desmatamento e pode medir as emissões de carbono na atmosfera

As florestas peruanas cobrem 72 milhões de hectares do país, uma área três vezes maior que a do Reino Unido, e o Peru pretende mantê-las do jeito que estão. Em 2000, a taxa de desmatamento era de 250 mil hectares anuais. Em 2010, de acordo com Antonio Brack Egg, ministro do meio-ambiente peruano, o desmatamento será de 90 mil hectares. Se tudo correr bem, em 2021, a taxa chegará a zero. Para garantir que tudo siga seu curso, o Dr. Brack afirma que o governo deve gastar mais de US$ 100 milhões ao ano em fotos de alta resolução geradas por satélite, de seus bilhões de árvores.

Juan Carlos Castilla-Rubio, um executivo peruano da Cisco afirma que o sistema de monitoramento terrestre ALERTS foi testado em comparação com o PRODES, sistema da agência espacial brasileira, um método respeitado de medir o desmatamento por meio de imagens de satélites. As áreas selecionadas pelo ALERTS como aquelas que vêm sofrendo mudanças equivalem às áreas que pesquisadores utilizando o PRODES destacaram como locais de desmatamento. Ao contrário do PRODES, o ALERTS tem um alcance global, e seus algoritmos reavaliam cada ponto no planeta a cada seis segundos, sempre que as nuvens permitem, algo que o PRODES não consegue fazer. O ministério do Dr. Brack agora trabalha para descobrir como usar o ALERTS para distinguir os pedaços de floresta que precisam ser vistos com mais atenção, daqueles que estão bem. Para Castilla-Rubio, sistemas como o ALERTS são “bens públicos globais” – recursos que todos os interessados podem compartilhar. A partir desses programas é possível estimar a massa vegetal (e por consequência, a quantidade de carbono acumulada) em uma área.

O que se sabe, no entanto, é que em várias partes do mundo, os resultados foram díspares, o que é uma má notícia para aqueles que pensam em usar os sistemas, e uma boa notícia para concentrar o foco nas partes que devem ser melhoradas. Simon Lewis, um ecologista florestal da Universidade de Leeds, que esteve em Cancun com a delegação do Gabão – um país repleto de florestas, que está feliz em ser pago para continuar desta forma – espera comparar os resultados com seus próprios dados, assim que eles forem publicados. Um recente estudo, que examinou 4,3 milhões de hectares no Peru, comandado por Greg Asner, da Carnegie Institution, nos Estados Unidos, produziu estimativas precisas de desmatamento, degradação florestal e reflorestamento, ao mesmo tempo em que palpitava sobre a maneira como os tipos de solo e as características geográficas influenciavam o armazenamento de carbono nos diferentes pontos. O Dr. Asner agora realiza uma pesquisa nacional na Colômbia.

Ele também criou um software que permitirá analisar o desmatamento utilizando um enorme arquivo de imagens de satélites que o Google está disponibilizando, por meio de sua nova “Earth Engine”. A ferramenta do Google oferecerá esses dados gratuitamente, juntamente com ferramentas analíticas como a do Dr. Asner que ajudarão os internautas a usá-la. Some os novos instrumentos colocados em órbita, e o interesse prático e fiduciário no assunto estimulado por acordos antidesmatamento como o REDD+, e é possível esperar estimativas melhores do que as atualmente disponíveis sobre os acúmulos de carbono nas florestas e outros habitats. As estimativas não serão apenas melhores, mas chegarão de maneira mais clara, e seus resultados poderão ser checados e comparados, o que diminuiria a possibilidade de fraudes ou omissão de informações. Mas ainda, à medida em que maneiras mais eficazes de medir os níveis de dióxido de carbono se tornam disponíveis, será possível medir não apenas as emissões oriundas do desmatamento, mas também os níveis de carbono utilizados na fotossíntese. A ciência se moverá de estimativas estáticas de reservas para um senso de fluxo dinâmico do sistema. Como Peter Drucker, o guru dos gurus da administração de empresas, certa vez afirmou que o que pode ser medido, pode ser controlado. Se essa máxima funcionar tão bem na ecologia quanto nos negócios, o futuro das florestas mundiais será brilhante.

Leia mais:

Desmatamento no Panamá pode trazer consequências para economia mundial

Um marco para as florestas brasileiras

Mineração ilegal põe em risco rios e florestas

Fontes: Economist – Monitoring forests: Seeing the world for the trees

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Entrevista com Rubens Junqueira Villela


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Entrevista com Rubens Junqueira Villela

Meteorologista, professor e pesquisador em Ufologia

Por Pepe Chaves

Para UFOVIA

Rubens Junqueira Villela, 80 anos, é meteorologista e professor, natural e residente em São Paulo-SP, possui graduação em B.S in Meteorology pela Florida State University (1957) e mestrado em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (1985), atuando principalmente nos seguintes temas: meteorologia aeronáutica, climatologia, meteorologia aplicada, projeto de aeroportos. Foi docente na Universidade de São Paulo (USP), onde se aposentou como professor. Como cientista, participou em nove expedições do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) e esteve presente na inauguração da Base Brasileira “Comandante Ferraz”, em 1984, no continente Antártico. À parte sua bem sucedida carreira profissional, se dedica desde jovem aos estudos dos fenômenos aeroespaciais, em especial à ufologia e a vida extraterrestre. O professor Villela testemunhou OVNIs em diversas ocasiões, no ar, no solo, no gelo e, segundo ele, até mesmo por comunicação telepática. Alguns de seus relatórios de avistamentos foram publicados pela NICAP (EUA), GEPA (França), e revistas UFO, “Disco Voador” (RGS) e “Caos” no Brasil. Participou da conhecida APEX (Associação Paulista de Pesquisas Exológicas), como pesquisador e membro da diretoria. Apresentou relatório de avistamentos no Congresso Mundial de Ufologia, o maior evento temático já realizado no país, em Brasília, no ano de 1979. Nessa entrevista nos concedida gentilmente, ele nos fala um pouco de sua profissão e também de suas experiências e convicções acerca da presença de inteligências extraterrestres em nosso ambiente planetário.

UFOVIA – Professor Rubens, quando e como surgiu o seu interesse pelos fenômenos aeroespaciais, em especial, a ufologia?

Rubens Junqueira Villela – Meu interesse na aviação data desde os 13 anos de idade, quando aprendi o código morse e monitorava voos de aeronaves pela radiotelegrafia. Um primeiro interesse em UFOs, mas superficial,  surgiu na década de 1950 quando estudava engenharia nos EUA e li artigos e noticias sobre o assunto em jornais e revistas. Mas só me aprofundei no assunto após o meu primeiro avistamento, em 16/03/1961, na Antártida. Mas, na realidade, só entendi que o objeto que havia visto na Antártida era um UFO, anos mais tarde, em 1968, quando vi numa livraria em Paris a revista do GEPA, “Phénomènes Spatiaux”, contendo descrições e análises de objetos com certas características comuns às do meu avistamento antártico, tais como barras de luz sólida e variações de cores. No regresso ao Brasil ingressei na APEX para saber mais sobre o fenômeno.

UFOVIA – Na APEX (Associação Paulista de Pesquisas Exológicas), o senhor esteve ao lado de conhecidos pesquisadores, como Flávio Pereira, Max Berezovski, Guilherme Wirz, entre outros. Como foi para o senhor trabalhar ao lado destas pessoas?

Rubens Junqueira Villela – Foi um grande aprendizado trabalhar com estes pioneiros, todos eles muito cultos, sérios, e objetivos. E também de mente aberta e sem preconceitos. Dona Irene Granchi [recentemente falecida] também foi um conhecimento importante nesta fase, bem como o general Uchoa, e meu colega cientista, Alberto Francisco do Carmo.

UFOVIA – Naquela época, em particular, o senhor pesquisou o caso de um rapaz que se dizia contatado, chamado Eromar Gomes, mineiro de Governador Valadares. Ele se tornou conhecido por grande parte dos pesquisadores brasileiros, pois alegava ter mantido contato com três elementos estranhos, de aparência quase idêntica. Também afirmava que era capaz de manter contatos telepáticos, nos quais caía em transe e proferia “mensagens”. Quais as conclusões que o senhor chegou sobre as experiências desse rapaz?

Rubens Junqueira Villela – Ele compareceu na APEX em 1978, procurando ajuda, onde foi submetido à hipnose pelo doutor Max Berezovski. Numa sessão dessas, entrou uma entidade falando pausadamente “O contato não está sob hipnose terrestre, está num estado cataléptico induzido por nós”. Nós quem, perguntamos. “Extraterrestres como denominam vocês”. Queríamos provas, “vocês as terão no seu devido tempo”. E de fato tivemos, bem concretas. Foi combinado um encontro no campo, que aconteceu num canavial em Limeira, onde apareceu uma nave no solo (parecendo um fusca), que atacou Eromar com dois jatos de luz, ficando este desacordado por breve tempo. Mas os fenômenos insólitos já haviam começado antes, ainda a caminho, na Rodovia dos Bandeirantes. Na altura do km 82, uma luz semelhante a estrela desceu a baixa altura do solo, na forma de disco voador clássico, que pelo contato “telepático” identificou-se como “nave patrulha”, enquanto a “sonda” permanecia a maior altura no céu.  O grupo de pesquisa ainda manteve vários contatos via Eromar, muita informação nos foi passada, ficando evidente que a entidade ET podia ler nossas mentes. Então Eromar anunciou ter completado sua missão, e despediu-se, dizendo que tinha-nos dado a chave do enigma e agora cabia a cada um de nós “montar o seu dinossauro” com os “ossos” disponíveis. E que continuássemos vivendo nosso cotidiano, que as coisas aconteceriam no seu devido tempo. E não estranharíamos mais quando os céus ficassem negros de tanto disco voador no ar…

UFOVIA – Nos consta que naquela ocasião, em novembro de 1978, quando teria ocorrido essa súbita aproximação de um OVNI, quase houve um acidente, enquanto o senhor dirigia seu veículo, com Eromar a bordo. Essas informações procedem?

Rubens Junqueira Villela – Procedem, como em parte narrado na minha resposta anterior. Mas o “ataque” a meu carro, na rodovia dos Bandeirantes, aconteceu antes do aparecimento da “nave patrulha”. Segundo os seres do Eromar explicaram, existem alguns ETs, de outras origens, que gostam de  fazer estas brincadeiras conosco (pregar susto nos terráqueos)…

UFOVIA – Em uma de suas supostas revelações, Eromar teria dito que, “somos milhões de mentes e um só cérebro”, como se todos fossem como um cérebro só, pensando do mesmo jeito. Como o senhor considera esta declaração?

Rubens Junqueira Villela – Não foi bem isso, e sim, “milhões de corpos e uma só mente”. Entre outras coisas, o computador deles seria uma união de mentes. Quando no sistema deles há um nascimento, a mente de todos se concentra naquele ser que vai nascer. Se há uma mente discordante, todas as mentes se concentram nela para ver onde está a verdade. Dizem  ter chegado numa evolução em que “a renúncia gera retorno”, conceito que seria difícil para os terráqueos entenderem e, dentro dele o indivíduo conserva a liberdade. Uma lei universal seria “não tomar nada (por ex. a Terra) sem autorização”; outra, “os mais fortes devem ajudar os mais fracos”. Violadores das leis respondem no “tribunal dos mundos” ou da “federação dos planetas”.

UFOVIA – E quais foram as últimas informações que o senhor teve a respeito de Eromar? O que senhor acredita que tenha se sucedido a ele?

Rubens Junqueira Villela – Eromar foi localizado pela reportagem do “Diário Popular” (jornal de São Paulo) num bairro da periferia onde trabalhava em silk-screen. Saiu uma reportagem extensa, de Yeda Souza Santos, sobre seus contatos e viagens com extraterrenos, no número de 07/03/1982, página 5, com manchete na primeira página: “A incrível e fantástica historia de Eromar e seus contatos com extraterrenos”. Depois disso não tive mais notícias dele.

UFOVIA – No seu entender, quais seriam os casos envolvendo ufologia e ocorridos no Brasil, que realmente se encontram insolúveis?

Rubens Junqueira Villela – Bem, insolúveis não seria o caso, mas alguns casos se complicaram ultimamente, e acho que indevidamente, como o da Ilha da Trindade, quando se colocou em dúvida a idoneidade de oficiais da Marinha e do governo brasileiro, e o de Varginha, pesquisado por competentes ufólogos. Na APEX foram inúmeros e impressionantes os casos pesquisados e documentados, mas nem todos conclusivos. O doutor Max era muito difícil de se convencer e evitava-nos tirar conclusões apressadas. A sua profunda desconfiança de soluções simplistas é bem espelhada no seu livro profundo e poético, “Elo Perdido”.

Rubens Villela a bordo do Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel”, da Marinha Brasileira,

fundeado frente a Estação Ferraz, e ao seu lado o Comandante Terra, o CHEOPE (Chefe de Operações).

UFOVIA – O senhor se tornou um consagrado meteorologista brasileiro e fez diversas viagens internacionais, especialmente, à Antártida, no polo Sul.  E numa dessas viagens, o senhor e outros marinheiros a bordo do navio, teriam visualizado um estranho objeto luminoso executando manobras aéreas a baixa altitude. Pode nos falar mais a respeito dessa ocorrência?

Rubens Junqueira Villela – O objeto não executava manobras (há muitos relatos falsificados), mas fazia voo reto e horizontal a baixa altura. Tinha forma oval e era acompanhado de uma cauda ou rastro na forma de um cilindro oco da cor de cobre. Segundo um cientista francês do GEPA, este tipo de rastro luminoso seria produto de descarga em campo magnético fortemente canalizado, do tipo também responsável por “luz truncada”. O avistamento foi feito de bordo do quebra-gelo “Glacier” da Marinha dos EUA, na Baía do Almirantado, costa sul da ilha do Rei George, precisamente na enseada Martel, onde foi instalada a base brasileira Comandante Ferraz, a cuja inauguração eu assisti, em 06/02/1984. Não deixa de ser uma coincidência notável, pelo menos na minha vida, com intervalo de 23 anos.

UFOVIA – Naquele momento, qual foi sua reação?

Rubens Junqueira Villela – Minha impressão foi de ter presenciado “algo que não era deste mundo”. Houve mais quatro testemunhas.

UFOVIA – O que comentaram?

Rubens Junqueira Villela – Um marinheiro disse que aquilo era ogiva de foguete reentrando na atmosfera. O comandante Netterberg da Marinha Sulafricana disse que era meteorito. Outros acharam que eram fogos de sinalização. Eu não concordei com nenhuma dessas explicações. O capitão do “Glacier” mandou desembarcar em terra para investigar se havia alguém pedindo socorro. Fiz parte do grupo de desembarque, fomos apanhados por tempestades numa lancha, levando 16 horas para alcançar terra. Nada encontramos de anormal.

UFOVIA – O curioso é que tal objeto se encontrava numa região gelada e desértica. O que o senhor acredita que era aquilo?

Rubens Junqueira Villela – Um tipo de OVNI, do tamanho de um avião Paulistinha (como usamos para rebocar planadores), voando lento (90 km/h).

UFOVIA – Há muitas informações – em grande parte, apenas boato – que ventilam uma determinada predileção dos OVNIs pelas regiões polares da Terra. Alguns alegam que tais atividades ocorrem porque se tratam de regiões ermas ou pouco habitadas. Há também alegações de que teriam sido construídas bases subterrâneas nazistas e até mesmo alienígenas em tais locais. Como o senhor vê estas colocações?

Rubens Junqueira Villela – Não creio que haja predileção pela Antártida, não mais que pelo sul de Minas, por exemplo! Os seres do Eromar (planeta Borus?) diziam que tinham base no gelo “num golfo onde estavam várias nações” e que podiam extrair energia da água através de “poços artesianos”. Lembrei-me das “Rodriguez wells”, invento americano para extrair água do gelo da calota interior, por meio de jato de água ou vapor usado para furar poço de 60 metros de profundidade. Vi isso na base Byrd. Quanto à base nazista na Antártida, acho pura fantasia, muito mal montada em torno da expedição de von Ritscher de 1939. Veja a propósito meu artigo “A further Antarctic myth” na “Polar Record” de janeiro de 2009 [periódico científico editado pela Universidade de Cambridge]. É uma das poucas vezes que uma publicação científica “ousa” falar em UFOs.

UFOVIA – Informações “espetaculares”, as quais o senhor já negou em público, também foram propagadas pela internet, dando conta de que um OVNI acidentado teria sido encontrado submerso no mar por uma equipe russa. Inclusive, envolvendo o nome do senhor em suposta descoberta. Há também histórias envolvendo OVNIs e a base antártica franco-italiana de Concordia. Como o senhor observa estas alegações que tanto carecem de fundamentos?

Rubens Junqueira Villela – Essa história russa parece mais uma versão mistificada da minha observação na Baía do Almirantado, iniciada por Ivan Sanderson, dizendo que o UFO saíra do fundo do mar rompendo capa de gelo (já disse que voava na horizontal acima da água). Infelizmente o italiano Roberto Pinotti repete esta mesma versão falsa, apesar da minha reclamação. Quanto à base Concordia, procurei verificar e não encontrei absolutamente nada de anormal ou suspeito. Não quer dizer que não haja mais casos verídicos na Antártida, eu mesmo escrevi na “Folha de S. Paulo”, em 1965, sobre casos informados por bases da Argentina, Chile, África do Sul e Nova Zelândia.

UFOVIA – Quais seriam suas considerações acerca da perfuração no lago submerso Vostok, na Antártida. A equipe internacional está prestes a concluir a perfuração, alcançando assim, uma região ímpar e repleta de informações para a investigação científica da biologia terrestre.

Rubens Junqueira Villela – A perfuração em Vostok continua suspensa, depois de chegar a 3600 metros de profundidade. Os cientistas responsáveis debatem ainda um protocolo de procedimentos para evitar a contaminação das amostras. Usa-se óleo para possibilitar a ação da broca. A transferência natural através de cristais de gelo ou recongelação, de baixo para cima, complica a situação. A expectativa pelos resultados científicos é enorme.

UFOVIA –  Recentemente, uma equipe da Nasa apontou à possível descoberta de uma bactéria que se reproduz à base de arsênio, contrariando os estudos científicos de até então. Como cientista, o senhor acredita – como alguns membros da equipe que executou essa pesquisa – que tal descoberta possa “alargar” ainda mais a possibilidade de se encontrar vida no Universo?

Rubens Junqueira Villela – A essa altura a NASA já está careca de saber que há vida, e de vários tipos, fora da Terra. E que seres de outras civilizações já “colonizaram” o nosso sistema solar, deixando marcas da sua presença “un peu par tout”… Quem sabe, tenham uma agenda para revelar gradualmente o que têm descoberto…

UFOVIA – Para o senhor, a região polar da Antártida está realmente passando por transformações, devido ao aquecimento da Terra, como alegam alguns cientistas? O que o senhor, como cientista nessa área, pode nos dizer sobre isso?

Rubens Junqueira Villela – Sim, as transformações são reais e evidentes, embora o grau varie com as regiões, numa área de 14 milhões de quilômetros quadrados. No setor sul-americano, o aumento da temperatura acelerou-se nos últimos 20 anos. Eu mesmo posso comparar o que vi ali entre 1961 e 2000 (ano da minha última expedição, a 12.a). As geleiras estão afinando ou recuando. Grandes placas das plataformas flutuantes costeiras estão se desprendendo. Mas pior ainda parece ser a perda de gelo no Ártico.

UFOVIA – Como o senhor vê essa acentuada perda de gelo no Ártico e suas futuras consequências? E ainda, a acentuação desse fenômeno ártico estaria associada ao fato de o hemisfério Norte lançar à atmosfera mais gases nocivos que o hemisfério Sul, como alegado por alguns?

Rubens Junqueira Villela – Certo, por sua maior área continental, o hemisfério Norte pode ser a maior vítima do aquecimento, além de ser a maior fonte de emissão dos gases de efeito estufa. Curiosamente, a Antártida, no hemisfério oposto, foi a maior vítima da destruição do ozônio, devido as baixíssimas temperaturas da estratosfera (-90 graus C) no final do inverno austral,  o que não acontece na mesma escala no Ártico.

UFOVIA – Para o senhor, como a nossa civilização deveria agir para deter o aumento de emissão de CO2, já que ainda não conseguiu substituir os motores a explosão, da calefação por queima de óleo, etc, por outros menos poluentes?

Rubens Junqueira Villela – Mas já estamos substituindo, por energia eólica, hidrogênio, eletricidade, biocombustível etc. Entretanto precisamos de fontes de energia incomparavelmente mais eficientes para assegurar nossa sobrevivência no planeta. E energia é o que mais temos no universo, só que ainda não sabemos extraí-la de maneira mais inteligente…

Villela pilotando o  Rapa Nui, veleiro de apoio ao Projeto

Amyr Klink de Invernagem Antártica, janeiro de 1991.

UFOVIA – Outro assunto que foi mitificado pela internet é o chamado projeto HAARP (High Frequency Active Auroral Research Program), que manipula ondas eletromagnéticas em nossa atmosfera. O senhor pode nos sintetizar em que consiste tal projeto e, se as ações do mesmo, conforme alegam alguns, exerceriam influências na climatologia da Terra?

Rubens Junqueira Villela – O projeto HAARP consiste na emissão de pulsos de radiofrequência para produzir manchas de ionização reforçada na camada ionosférica, entre 70 e 350 km de altitude. Foi desenvolvido por cientistas da Universidade do Alaska, que trabalham também na Antártida, em estudos de propagação de rádio em vários comprimentos de onda, e reveladores da interação entre o campo magnético terrestre e as tempestades de origem no sol. Acho descabida a especulação de que as emissões afetariam o comportamento humano, etc. Há outro tipo de interferência na ionosfera: as linhas de transmissão de eletricidade, que operam em 60 Hz, também afetam a magnetosfera provocando precipitação de eletrons. Foi até possível, no Canadá, correlacionar este efeito com as horas de operação do sistema de geração e distribuição das empresas de eletricidade do país; no fim de semana a demanda cai e o efeito diminui muito.

UFOVIA – Ainda falando no clima, temos ouvido alguns climatologistas alertarem para a acentuação do fenômeno pacífico La Niña, que deve aumentar as chuvas no Brasil central. Em síntese, o que podemos esperar de alterações para o clima da América do Sul, a partir desse ano de 2011?

Rubens Junqueira Villela – Acho um exagero atribuir tanto efeito a La Niña. A correlação com La Niña/El Niño na região Sudeste do Brasil não é muito boa; no Sul e no Norte/Nordeste já funciona melhor. Mas o efeito pode modular o efeito maior do aquecimento global. O resultado seria um comportamento mais irregular e instável da atmosfera, significando, por exemplo, chuvas mal distribuídas no tempo e no espaço, especialmente, na região Sudeste mencionada, neste verão, o que é mau, especialmente para a agricultura.

UFOVIA – Soubemos que após se aposentar pela USP, o senhor residiu nos Estados Unidos. O senhor chegou a militar na ufologia enquanto esteve naquele país?

Rubens Junqueira Villela – Residi nos EUA em três períodos. De 1950 a 57, cursei engenharia e depois meteorologia. Em 1962-63, fui bolsista do CNPq e representante da Comissão Nacional de Atividades Espaciais junto a NASA, trabalhando no Goddard Space Flight Center e base de lançamentos de foguetes-sonda de Wallops Island. Nessa ocasião um colega pesquisador da NASA pediu-me que relatasse o avistamento na Antártida, passando-o ao NICAP. E em 1997-99, trabalhei como “senior meteorologist” no The Weather Channel Latin America, canal de tevê americana dedicado a informações e previsões do tempo.

UFOVIA – Nestes últimos anos, temos presenciado a passagem de vários pesquisadores de OVNIs no Brasil, da chamada “velha guarda da ufologia”. Quais são as considerações do senhor, acerca das transformações a que se passa a ufologia, no Brasil e no exterior?

Rubens Junqueira Villela – Entre os pesquisadores e divulgadores que marcaram época, gostaria de lembrar o nome do inglês Timothy Good, que muito me influenciou, pela qualidade, confiabilidade e abrangência de suas informações, muitas vindas de fontes oficiais e não acessíveis pelas vias normais. Entre as novas revelações, de grande impacto e interesse para a ufologia, estão os inúmeros casos de captura de naves extraterrestres, acidentadas ou não. Mas ainda falta maior abertura sobre o relacionamento direto entre autoridades terráqueas (governo, militares) e visitantes extraterrestres. Minha própria pesquisa mostra que, efetivamente, já ingressamos na era das relações intersiderais! Outra necessidade da ufologia é maior engajamento da ciência; sequer temos ainda um bom espectrograma das emissões de radiação (luminosas ou não) dos OVNIs.

UFOVIA – Quando o senhor fala que já estamos fazendo contatos intersiderais, qual ideia deveremos ter do tipo de “gente” que está nos contatando? Se forem, como alegam alguns, civilizações muitos milênios mais antigas que a nossa, tais seres não poderiam dominar nossa espécie definitivamente?

Rubens Junqueira Villela – Poderiam, e talvez já o façam, de alguma forma que não é muito clara para a maioria da nossa população terrestre. Com mais segurança, fontes ufológicas mostram que o verdadeiro comando da aplicação da energia nuclear neste planeta não está nas nossas mãos, mas na deles, os extraterrestres, que nos mantêm sob vigilância. No fundo, os ETs estão defendendo seus próprios interesses, pois nossas explosões nucleares afetam seu sistema, não sabemos bem como. (Somos muito ignorantes ainda sobre a estrutura do universo, não sabemos o que são matéria e energia escuras que perfazem a maior parte do cosmos).

UFOVIA – Excetuando a que conhecemos aqui na Terra, que tipo de vida o senhor espera haver no Universo? E ainda, quais seriam as pretensões desses supostos habitantes do Cosmos em relação à espécie humana?

Rubens Junqueira Villela – Conclui, pelas minhas pesquisas e contatos, que a vida é um fenômeno universal e diferente do que pensa a maioria dos cientistas. Muitos ETs são bem parecidos conosco, tanto nas qualidades como defeitos… E também na aparência, sendo a forma bi-simétrica outra universalidade. Mais, não existe vida isolada ou ilhada, ela está interconectada ou  ligada pela própria tessitura do universo. Quanto aos visitantes cósmicos, alguns estão ligados à nossa própria origem e evolução, outros estão desesperados para encontrar um novo lar e gostariam de “emprestar” um pedaço da Terra (“podemos sobreviver nos desertos e áreas geladas”), outros não querem nem conversa conosco.

UFOVIA – Enfim, a considerar que determinado povo do espaço tenha um avanço de muitos milênios sobre a nossa civilização (que conta 2010 anos), seria de se supor que certos valores básicos humanos, como a moral, o bem e o mal, assim como conhecemos, teriam para esses seres conotações distintas ou até avessas às nossas? Como o senhor analisa essa possível “disparidade temporal” ante a possibilidade de um contato entre duas civilizações cósmicas?

Rubens Junqueira Villela – Esta disparidade, com efeito, poderia ser mortal para nossa civilização. Temos exemplo disso aqui na Terra quando europeus contataram ameríndios e os polinésios. No entanto, evoluímos e hoje estudamos e procuramos proteger essas culturas ou humanidades antes ditas “primitivas”. Os ETs do caso Eromar nos explicaram que esta defasagem entre civilizações, explicaria a indiferença ou mesmo agressividade com que somos tratados por seres de determinadas origens e presentes na Terra; entre eles, os que nos “atacaram” em Limeira e na rodovia dos Bandeirantes, como já relatei.

Villela fazendo a leitura do psicrômetro, a bordo do navio oceanográfico Prof. W. Besnard, durante expedição antártica.

O instrumento é usado para observar a temperatura e a umidade do ar.

UFOVIA – Além dos avistamentos comentados aqui, o senhor teve alguma outra experiência com o fenômeno, que poderia nos contar?

Rubens Junqueira Villela – Não foram experiências tão íntimas e marcantes. Foram em Ibiúna (sondas) e Cristais Paulista (Fazenda Belo Horizonte, tentativa de sequestro), detalhes constam nos boletins da APEX. E da última, em abril de 1996, com uma contatada, no Sul de Minas, com demonstração de arma ET que destruiu nave de observação “inimiga” ou rival, com explosão silenciosa, manobras de dois discos em formação e pesquisa de base subterrânea ET. Isso assim vai longe – talvez longe demais, para a “sanidade mental” da maioria das pessoas, mesmo que ufólogas…

UFOVIA – Com certeza. Mas, como o senhor vê a abordagem da ufologia atualmente? Considerando aí, desde os trabalhos dos ufólogos atuais, da imprensa especializada e da não especializada?

Rubens Junqueira Villela – A abordagem da imprensa e da maioria da mídia é  um fracasso total; com raríssimas exceções, os profissionais destes meios são incapazes de uma abordagem objetiva, investigativa, e isenta de preconceitos. Simplesmente estão perdendo a maior reportagem de todos os tempos!

UFOVIA – Quando o senhor acredita que iremos compreender de maneira sensata e criteriosa, àquilo o que realmente se passa à margem da atual consciência humana?

Rubens Junqueira Villela – Parece que já está acontecendo com muitos da nossa espécie. A política dos próprios ETs parece gradualista, de infiltração lenta e progressiva, do individual para o coletivo, imbuindo alguns terráqueos da missão de propagar a realidade da existência de ETs e da sua presença na Terra.

UFOVIA – Após vários anos de estudos diversos acerca da questão, quais foram as conclusões que o senhor chegou a respeito do fenômeno?

Rubens Junqueira Villela – Os OVNIs são tripulados, naturalmente, e por seres de várias origens neste vasto universo (os que “conheci”, do Eromar, vinham de 472 milhões de anos-luz “até o posto de troca de naves”). Já estamos em contato com civilizações extraterrestres, embora, não no estilo esperado por muitos, como um acontecimento grandioso e sim, mais sutil. E dessa forma, não tem sentido falar em “contato final” que, aliás, poderia ser traumático demais.

UFOVIA – Agradecemos pela entrevista e pedimos para nos deixar suas considerações finais.

Rubens Junqueira Villela – Agradeço a oportunidade que me foi dada pelo Pepe Chaves. Casos ufológicos são muito complexos (como dizia o doutor Max) e num relato incompleto como este, ficam, talvez, ainda mais difíceis de serem entendidos ou avaliados. Contam-se aos milhares (talvez milhões) as pessoas que tiveram experiências ufológicas diretas, e comparando relatos, poderemos chegar mais próximos da enigmática realidade dos OVNIs.

* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine e dos portais UFOVIA e ASTROVIA.

– Imagens:

Caio Guatelli/Folha de S.Paulo.

Arquivo pessoal de R. J. Villela.

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Outras entrevistas exclusivas do portal UFOVIA

– Produção: Pepe Chaves.

© Copyright 2010, Pepe Arte Viva Ltda.

Avaliação mostra o que o Brasil faz com educação:


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Educação
 

O Brasil ficou com a 53º posição no ranking do Pisa

Avaliação mostra o que o Brasil faz com educação: Pisa

Pelo atual desempenho de nossos jovens, teremos, no futuro, uma geração não muito brilhante de executivos, professores, pesquisadores ou profissionais liberais.

Por Claudio Carneiro

Muito simbólico que o Alagoas dos Collor e o Maranhão dos Sarney tenham ficado nas últimas posições do ranking brasileiro do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Famílias ricas se elegem e se reelegem às custas de estados cada vez mais miseráveis e ignorantes. E o Brasil vai perdendo gerações inteiras, com fraquíssimo desempenho escolar.

O país alcançou a 53ª posição (401 pontos) entre os 64 países avaliados, atrás de Chile (439), México (420), Trinidad e Tobago (414) e Montenegro (404) mas à frente do Azerbaijão (389) e Quirguistão (325) – o lanterninha da lista. Os estudantes chineses de Xangai (com 577 pontos) conquistaram o campeonato do Pisa e a Finlândia (543) ficou em segundo.

O Pisa – coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – comparou o desempenho de nossos jovens na faixa de 15 anos para produzir indicadores sobre a efetividade de nossos sistemas educacionais e deve ter concluído que as milionárias famílias nordestinas não fizeram seu dever de casa ao longo de tantos anos no comando do Executivo em seus estados. Ao demonstrarem sua incapacidade para refletir e analisar, nossos jovens dão os sinais de que não serão capazes de enfrentar os desafios do futuro, não somente no aspecto intelectual, visto que este será um grave problema econômico.

Para o professor e pesquisador da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), do IBGE, José Eustáquio Diniz Alves, o Brasil terá uma janela de oportunidades entre os próximos dez e vinte anos – criada pela demografia para o desenvolvimento econômico. Em outras palavras, isso quer dizer o seguinte: findo esse prazo, nossa população vai parar de crescer e, por conseguinte, nossa boa e farta mão de obra começará a envelhecer vertiginosamente. Pelo atual desempenho de nossos jovens, teremos, no futuro, uma geração não muito brilhante de executivos, professores, pesquisadores ou profissionais liberais. Nossa competitividade irá para o ralo e seremos obrigados a importar executivos que virão aqui para gerir e mandar.

Números são para manipular

Outra preocupação é que essa cada vez menor massa de trabalhadores sustentará um número cada vez maior de aposentados. É conta que não fecha e que os constantes adiamentos de reforma de Previdência que FHC e Lula empurraram com suas barrigas sobre as pernas de Dona Dilma.

Num bem-humorado comercial de TV da Topper – de belíssimo texto – comentam-se os pífios números estatísticos do desempenho do Brasil no rugby e manipulam-se os dados sempre a nosso favor. Tão logo saíram os dados do Pisa, o ministro Fernando Haddad – aquele das trapalhadas do Enem e que parece sempre cair de paraquedas nas situações de crise – apressou-se em manipular nossos péssimos números para destacar a melhoria da qualidade do ensino e afirmar que estamos no caminho certo para recuperar o atraso e o descaso de mais de meio século. O ministro falou em avanço dos investimentos para atingir 469 pontos no Pisa 2021 (!) e disse que a pontuação neste ranking foi muito melhor que a anterior. Sempre haverá números para apontar avanços, mas faltarão palavras para explicar porque estamos atrás da Bulgária, Romênia e Montenegro.

No Programa “A Voz do Brasil”, a serviço do Governo – e agora, cada vez mais, escravo do PT – Haddad comemorava o resultado do Pisa como um “gritante avanço”. Nascido em 1963, ele deve ter estudado em escola particular ou era ainda muito criança para perceber que – até o início dos anos 1970 – as escolas públicas brasileiras proviam ensino de qualidade – do jardim de infância à faculdade. A coisa degringolou com a organização e o ganho de força das escolas particulares como instituição, isso graças, é claro, ao descaso do governo com a educação. Muito parecido, aliás, com a decadência de nossos serviços médicos e gratuitos e, este sim, “gritante avanço” dos planos de saúde.

No Brasil, o Pisa é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais “Anísio Teixeira” (Inep), também responsável pela aplicação do Enem. Instituto, aliás, que boa parte do país e quase a unanimidade dos estudantes percebe como “inepto”. Não deverá ir muito longe com essa sigla.

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Os partidos investem na mulher


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Os partidos investem na mulher

Os partidos políticos estão apostando nas mulheres e vice-versa. É o que parece. Em apenas um ano alguns partidos como o PSDB, PTB e PSB estão se organizando para formar instâncias femininas dentro de sua estrutura partidária. Em abril deste ano, foi criado, através de Estatuto, a Comissão Provisória do PTB-Mulher de São Paulo. Hoje 22 estados já possuem comissões. Os objetivos são: descobrir lideranças políticas femininas, oferecer cursos de formação política para militantes e candidatas, apresentar conceitos teóricos básicos sobre política e discutir temas polêmicos de interesse da mulher. “O PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) percebeu a importância da participação política da mulher nos seus quadros. Não podemos perder essa oportunidade que, na realidade, fomos nós que conquistamos”, avalia Ika Fleury, presidente da Comissão Provisória do PTB-Mulher/SP e vice-presidente da Executiva Nacional do PTB-Mulher. Destacou também que uma das metas principais do PTB-Mulher é preparar as mulheres para as eleições municipais do próximo ano favorecendo o aumento de mulheres eleitas. “Todos os partidos ao longo dos anos deixaram de oferecer formação política, tanto para homens quanto para mulheres. Queremos investir agora nessa atividade para capacitar melhor as nossas mulheres que vão disputar as eleições municipais”, acrescenta.

De olho também nas eleições, o PSB (Partido Socialista Brasileiro) tem se organizado para criar, pela primeira vez, a Secretaria da Mulher. Grupos de mulheres de diferentes estados se reuniram em Brasília, de 26 a 28 de novembro no 7o Congresso Nacional do Partido para discutir o assunto. Segundo Mona Zen, da Secretaria do PSB-Mulher de São Paulo, o partido tradicionalmente já tem referências femininas fortes na política, como a deputada federal Luiza Erundina que também é ex-prefeita de SP, Lídice da Mata, ex-prefeita de Salvador e Kátia Born, atual prefeita de Maceió. “São mulheres que governam e governaram cidades grandes e importantes. Foram testadas politicamente e obtiveram sucesso. Queremos manter essa linha”, concluiu. Mona destaca ainda que a Secretaria do PSB-Mulher pretende fazer um mapeamento das candidatas que vão disputar as Prefeituras, oferecer cursos de formação política e principalmente discutir o apoio financeiro do partido às campanhas. “Temos que disputar as eleições em outras condições.

Com profissionalismo e recursos financeiros disponíveis. Vamos cobrar essa postura do partido” afirma. Lembra ainda que a participação da mulher está crescendo em todos os partidos. Elas estão se destacando nas eleições locais. Estão sendo aceitas pela comunidade. São aceitas como boas administradoras e sem vínculos com a corrupção. “A sociedade está em busca de um novo modelo de comportamento na política. Temos chances significativas”, avalia.

Com a maior bancada feminina no Congresso Nacional, 9 parlamentares, o PSDB tem recebido bem as mulheres, na avaliação da deputada Yeda Crusius (PSDB-RS), presidente do Secretariado da Mulher do PSDB criado oficialmente, através do estatuto, no ano passado. O partido também adotou cotas de 25% para as mulheres participarem da Executiva Nacional e o presidente nacional do partido, senador Teotônio Vilella Filho (PSDB-AL) autorizou os diretórios e executivas municipais e estaduais a adotarem o mesmo procedimento se desejarem. O partido também estruturou recentemente a Rede PSDB-Mulher, um programa que pretende organizar o Movimento Feminino dentro do partido, motivar a participação da mulher na política, preparar as mulheres para a disputa eleitoral do próximo ano e discutir recursos para as campanhas. Nesse último item a deputada destaca que agora as candidatas têm que ir para o embate estruturadas. “Temos que saber que não somos um grupo Lions ou Clube de Mães. A eleição exige profissionalismo”. O partido vai oferecer até o próximo ano, 10 cursos regionais acompanhados de uma Cartilha “Curso de Formação Política para Mulheres Tucanas”.

A deputada federal Iara Bernardi (PT-SP) acredita que a maioria dos partidos políticos vêm se sensibilizando com a participação das mulheres nas eleições. Eles têm procurado, inclusive, atrair aquelas que se destacam na comunidade, através de seu trabalho, para disputar as eleições. Segundo a deputada o eleitorado feminino interessa aos partidos. Eles querem agora que as mulheres se candidatem e também que elas se elejam. Iara Bernardi destaca que o PT já tem uma forma mais aberta de lidar com a presença e participação das mulheres na política. Foi o primeiro partido que instituiu o sistema de cotas para mulheres no âmbito federal, estadual e municipal. Iara lembra que foi a primeira vereadora de sua cidade, Sorocaba cumprindo três mandatos e agora assume a Câmara Federal pela primeira vez. A deputada apresentou na Câmara um projeto de lei que defende a continuidade do sistema de cotas para mulheres nas eleições.

Conselho da Mulher

O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) também quer ver as mulheres na política. No próximo ano já está prevista a realização de um trabalho de esclarecimento sobre a importância das mulheres participarem da vida política. A forma de como esse trabalho vai ser operacionalizado, (seminário, cartilha, ou debate) ainda não está definida. A presidente do CNDM, Solange Bentes já está conversando com a bancada feminina do Congresso sobre o assunto. ” Sempre tive como uma das metas realizar esse trabalho no Conselho. É muito importante fazê-lo principalmente no próximo ano quando serão realizadas as eleições municipais. Na minha opinião, o empoderamento das mulheres é fundamental. Favorece a auto estima das mulheres, facilita a adoção de políticas públicas que nos beneficiem e gera mudanças culturais”, ressalta Solange. O trabalho está previsto para ser realizado no primeiro semestre no próximo ano. Solange defende o aumento da participação das mulheres na disputa eleitoral e o sistema de cotas, “mas precisamos mais, por exemplo, conscientizar que também é importante mulher votar em mulher”.

Centro Feminista de Estudos e Assessoria – CFEMEA

http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sepm/conselho/


A Nova “Batalha no Cricaré”


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A Nova “Batalha no Cricaré”

Hélio Araújo Silva

Em 1808. o Imperador odenou a guerra contra os índios botocudos de Minas Gerais. Estabelecia-se um governo que ao declarar guerra aos indígenas, pertimia a organização de bandeiras contra eles. Os que fossem presos estavam sujeitos a um cativeiro de 15 anos…

Hoje, não queremos novas batalhas. Queremos recuperar o espaço dos índios e negros na sociedade brasileira, sem mortos ou feridos e sem escravos…

Hélio Araújo Silva

No princípio, os índios brasileiros sofreram uma invasão.  Mais tarde, os Negros foram seqüestrados. Estando aqui, ambos foram escravizados. Dependente dos atores da política daquela época, que desempenharam os seus papéis na época, prevaleceu uma cultura de escravos, na qual a falta de perspectiva histórica contribuiu para desenhar um cenário de desenvolvimento dos índios que dizimou a história e a cultura de mais de três mil anos.

Em tese, os nativos (índios) não perderam a sua pátria como os negros. Mas, quando os portugueses invadiram (ou descobriram) a sua terra, lhe negaram os seus direitos naturais de donos da nação e a sua própria identidade. Pouco depois, a República continuou ignorando o direito e infantilizando os índios.

Ainda hoje, os nativos que eram donos de tudo se viram excluídos, passando a seres indesejáveis para o Brasil. Os nativos passaram a ser vistos como lixo, que parte dos portugueses e brasileiros costumavam jogar por baixo do tapete. Hoje, para redescobrir tal invisibilidade, basta ver agora os altos índices de ignorância entre a população indígena, herança maldita, reconhecida como analfabetismo dos índios.

O abismo educacional dos Índios

Considerando a população indígena que sobrou nos dias de hoje, é significativo considerar a reduzida chance de se ver um índio freqüentar uma universidade. Neste sentido, vale uma pergunta: Nos cinqüenta anos de Brasília, quantos índios existem na Universidade Brasília? E na USP? Na UFRJ? E em todas as outras instituições brasileiras? Não sei ao certo, corrijam-me se eu estiver desinformado, mas, comparando-se às demais etnias, qual seria o percentual de indígenas nas universidades brasileiras?

A POLÍTICA atual

Por que não começar comparando o nível educacional dos povos indígenas com os demais? No caso dos negros, por exemplo, o IBGE informa que 11,7% têm superior incompleto, 13,1% têm superior completo e 14% têm mestrado ou doutorado. Salvador apresenta a maior proporção de negros e pardos (82,1%) e Porto Alegre a menor (13,1%). Isso nos deve dar muito orgulho. É injustiça social, na certa, mas que vem sendo corrigida pela política de ação afirmativa, que procura resgatar a história e inibir a discriminação.

No entanto, com os índios a situação ainda é bem pior, mas as estatísticas, muitas vezes, contribuem para disfarçar esta história. Segundo fontes do IBGE (IBGE divulga informações sociodemográficas inéditas sobre …, de 13/12/2005), por exemplo, é possível falar de “avanços” nos indicadores educacionais ao longo da década de 1990. Isto porque, segundo o censo de 1991, o percentual de indígenas em relação à população total brasileira era de 0,2%, ou seja, 294 mil pessoas no país todo. Já em 2000, 734 mil pessoas (ou seja, 0,4% dos brasileiros) se auto-identificaram como indígenas, um crescimento absoluto, no período entre censos, de 440 mil indivíduos, significando um aumento anual de 10,8%, a maior taxa de crescimento dentre todas as categorias de cor ou raça. Tal aumento seria relevante, já que o país apresentou, no mesmo período, um ritmo de crescimento de 1,6% ao ano.

Quantos indígenas existem no Brasil?

Fontes: Instituto Socioambiental / IBGE – Censo 2000

Só que estes dados não conseguem disfarçar que, desde o descobrimento, mais de 80 etnias teriam sido extintas. Então, dentro deste contexto, o que, de verdade, significa considerar um aumento da população indígena equivalente a quase seis vezes mais do que a própria população brasileira em geral na década de 1990? Seria este um aumento real? O próprio IBGE questiona o significado deste dado. Segundo ele, tal crescimento não é capaz de indicar necessariamente que os índios estejam vivendo mais e melhor. Primeiro, porque tal aumento pode ter ocorrido por causa da migração de povos de outros países. E segundo, porque tal crescimento é mensurado por meio de auto-identificação. Ou seja, parte da população indígena, que antes tinha medo ou vergonha de assumir sua própria etnia, estaria mais propensa a valorizá-la agora. Sinal dos tempos!

Povos indígenas

Segundo outra fonte (Luciano Mariz Maia. Procurador Regional da República), o Brasil teria hoje 246 povos indígenas. O quantitativo populacional de cada etnia varia de um grupo para outro. Também varia o modo de organização social. Os povos que vivem com menor interação e fricção com a sociedade majoritária conseguem permanecer com o modo de organização social mais tradicional, valorizando representantes e líderes espirituais, mantendo conselhos tribais, e preservando modos de manutenção da ordem e coesão interna.

História (ou Hipocrisia)

O Brasil celebra os 510 anos do assim chamado “Descobrimento” (não seria invasão?). Pretende-se comemorar esta data como sendo um “encontro” entre os navegadores ou, de fato, exploradores portugueses e os índios armados com bodoques ingênuos, sem armas de fogo, que já viviam nestas terras há milênios. O discurso oficial narra como um fato restrito ao passado as matanças de índios, invasões e tomadas de suas terras e riquezas, destruição de suas culturas e grupos. No entanto, o que temos hoje é um “retake”. Isto porque, “ o que se vê é a repetição desses mesmos fatos, nas novas fronteiras de expansão econômica, e a perpetuação do problema nas áreas em que a convivência entre índios e não-índios tem sido mais intensa, desde a época da chegada dos primeiros europeus.”

(http://www.uss.br/web/arquivos/textos_historia/Teofilo_Carlos_Batizados_e_Casamentos_Botocudos.pdf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882002000200002)

A infoguerra já tem seu primeiro wiki-mártir?


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Tendências e Debates

O fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange (dir), e sua representação em presépio de Nápoles

A infoguerra já tem seu primeiro wiki-mártir?

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, virou provavelmente o primeiro homem caçado pela Interpol por não ter usado camisinha

Há uma semana, na sexta-feira dia 3 de dezembro, a organização WikiLeaks sofria o mais duro golpe desde que começara a publicar em seu site os segredos – uns inconfessáveis, outros não tão secretos assim – da diplomacia norte-americana.

Naquele dia, o WikiLeaks, o site, chegou a ficar seis horas fora do ar por ação de hackers que, das duas, uma: ou gostam muito de guardar os segredos alheios ou foram recrutados pelos EUA a peso de ouro. A ação, ou melhor, a ciber-reação contra o WikiLeaks foi tão pesada que o site teve que mudar de endereço para voltar a estar disponível na web com todas as suas… altas indiscrições, por assim dizer.

No calor daquela queda de braço à distância, sem músculos, punhos cerrados ou olho no olho, mais precisamente às 7:32h daquele 3 de dezembro, um velho guru da internet (se é que os gurus da internet podem ser tão velhos assim) cantou a pedra sobre o que estava acontecendo no mundo exatamente naquele momento.

John Perry Barlow escreveu a seguinte mensagem em sua página no Twitter: “A primeira infoguerra pra valer já começou. O campo de batalha é o WikiLeaks. Vocês são os soldados”.

E ele tinha razão. Nos dias subsequentes à já célebre tuitada de Barlow, o cerco ao WikiLeaks se fechou: o site foi expulso do servidor norte-americano Amazon, as operadoras de cartão de crédito Visa e Mastercard cancelaram as contas de doações online por onde a organização captava recursos para se manter e, por fim, o fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, entregou-se à polícia em Londres após a emissão pela Interpol de uma ordem internacional de prisão contra ele referente a uma acusação de “crime sexual”.

Matar o mensageiro

O curioso é que a Mastercard e a Visa continuam intermediando o recebimento de doações à Ku Klux Klan (http://www.inquisitr.com/92447/ku-klux-klan-i-okay-wikileaks-is-bad-says-mastercard-and-visa/), famigerada organização racista norte-americana, o que indica que a rejeição das duas operadoras ao WikiLeaks não é propriamente moral.

Além disso, uma das duas amigas que foram à polícia dar queixa contra Assange por ele ter feito sexo com elas sem preservativo – queixa estranhamente prestada só dez dias depois de o “crime” ter acontecido – publicou em janeiro deste ano no seu blog um post intitulado “Sete passos para uma vingança judicial”, um guia sobre como incriminar alguém usando acusações ligadas ao sexo. A autora do manual de vingança sexual é colaboradora de sites financiados pela Usaid, agência do governo dos EUA ligada ao Departamento de Estado norte-americano.

O fato é que o WikiLeaks, hoje, já tem mais de 200 endereços online diferentes para se esquivar dos ataques que vêm sofrendo, bem como seu fundador até pouco tempo atrás não podia dormir duas noites no mesmo endereço físico. Agora, parece ter fixado residência na cadeia.

Com a infoguerra declarada, um dos coletivos de hackers mais temidos do mundo, o Anonymous, usou a tuitada de John Perry Barlow como epígrafe de um manifesto lançado na última quarta-feira, 8, conclamando todos a aderirem à “Operação Vingar Assange”, nem que seja votando para que o fundador do WikiLeaks seja escolhido o “Homem do Ano” pela revista Times.

Em mensagem publicada no WikiLeaks pouco antes de se entregar, Assange reclama da anuência do seu próprio país à perseguição movida pelas potências contra si. Ele diz que o governo da Austrália “está tentando atirar no mensageiro porque não quer que a verdade seja revelada, incluindo informações sobre as suas próprias negociações diplomáticas e políticas”.

Na mesma carta, Assange diz que os políticos “entoam o coro falso” do Departamento de Estado dos EUA: “Você colocará vidas em risco! Segurança nacional! Você colocará em perigo os nossas soldados!”.

Caro leitor,

Você acha que Assange e o WikiLeaks estão tornando o mundo um lugar menos seguro ou prestando um serviço à sociedade?

Como você classificaria Julian Assange: herói, vilão, anti-herói ou mero anarquista?

Em quem você votaria para “Homem do Ano” da revista Times: Assange, Mark Zuckerberg (o fundador do Facebook) ou os 33 mineiros que ficaram presos na mina de San José, no Chile?

Olá, mundo!


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Aquecimento global gerará verão mais quente da história em 40 anos


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GRÁFICO

Cúpula do clima de Cancún (Fonte: swissinfo.ch)

Aquecimento global gerará verão mais quente da
história em 40 anos

Temperatura média no fim do século deverá ser três graus mais alta que
no começo da Revolução Industrial

Nesta
segunda-feira, 29, representantes de países ao redor do mundo se reuniram em
Cancun, no México, para o primeiro grande debate sobre o clima desde o encontro
de Copenhague, em dezembro de 2009. Embora progressos sejam possíveis, é
provável que a estagnação nos avanços permaneça. O que continua fora de
cogitação, como em Copenhague, é um acordo sobre um programa plausível para
manter um controle sobre as mudanças climáticas. O mundo esquentou 0,7 graus no
último século, e ao final do século XXI, será três graus mais quente do que no
começo da Revolução Industrial. Aumentos na temperatura média serão menos
perceptíveis do que aquelas nas temperaturas extremas.

De acordo
com uma comparação, realizada em 2009 por David Battisti e Rosamond Naylor,
usando mais de 20 modelos climáticos, em 2050, há uma possibilidade entre 10 e
50% de que o verão médio na maior parte do mundo seja mais quente que qualquer
verão já registrado até hoje. Em 2090, as chances de que isso aconteça serão de
90% na maior parte do planeta, como mostra o gráfico abaixo.

Leia mais:

Emissões brasileiras de gases estufa aumentaram cerca de 60%
entre 1990 e 2005

‘Desenvolvimento verde é o caminho’, diz ativista

Fontes: Economist
– Heat map: The world is warming

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